Seria só mais um final de ano que iríamos passar, de 2020 para 2021, no qual viria de Maringá para São Paulo, mas os meus planos começaram a mudar radicalmente. Como um furacão ou um tsunami, o Covid-19 quase devastou a minha vida e da minha família diretamente.
Em 2 de janeiro de 2021, fui levada por meu filho ao hospital. Vomitava, estava fraca. Perdi o apetite, tinha falta de sensibilidade no paladar e no olfato. O diagnóstico acusou a presença de Cetoasidóse Diabética.
Observação: Até este momento me lembro de tudo que digo, daqui para frente os relatos são de pessoas que me amam. Elas descreveram o que vivi durante 29 dias, o tempo que sofri com a Covid-19 e a Diabetes ao mesmo tempo.
No dia seguinte da internação, perdi a consciência por saturação baixa, hipoglicemia em 42, e fui entubada. Aparentemente, tudo convergia para que fosse mais uma pessoa na estatística que vemos nas reportagens de televisão, onde centenas de pacientes morrem todos os dias.
O drama foi sentido diariamente. Meus familiares disseram que eles tentavam se apegar em cada sinal de melhora que pudesse ter, mas a cada dia era uma luta da vida contra a morte. Os boletins médicos, na sua maioria, eram desanimadores. As informações diziam que meu estado piorava sem parar: rins, fígado, sangue com acidez, risco de hemodiálise, pulmão comprometido em 60%.
A dúvida surgia na cabeça de todos os meus parentes e amigos: "Será que a Dedê' - é assim que sou chamada carinhosamente na intimidade - 'vai resistir a essa situação terrível?" E foi assim que se formou uma corrente de fé e esperança.
Em uma das visitas meu filho Filippe Guerra recebeu autorização para entrar na UTI, os médicos não davam esperança de uma melhora, só havia perspectivas de morte, e então deixaram que ele entrasse para se despedir. Nesta oportunidade de aproximação, ele teve a chance de orar por mim. Declarou vida sobre mim.
Algumas pessoas da equipe de enfermagem acompanharam o momento da oração. Elas disseram-me que logo após a oração escorreram lágrimas do meu rosto. O choro era como se eu quisesse dizer: "filho a mamãe vai sair daqui".
Milagrosamente, no dia seguinte meu corpo começou a reagir, dia após dia vencia essa doença traiçoeira.
Recebi minha alta estando quinze quilos mais magra. Os enfermeiros e médicos do hospital Brasilândia são verdadeiros anjos que Deus colocou naquele lugar, foram usados por Deus para que eu pudesse estar contando esse testemunho do milagre, ocorrido na minha vida.
Passei 15 dias entubada e mais 15 dias na UTI. Deus mudou minha história, me deu uma nova chance, um novo recomeçar!
Primeiramente, sou grata a Deus. Hoje glorifico ao Pai pela sua misericórdia e bondade sobre minha vida. Eu ressurgi das cinzas "como uma fênix". Era assim que me chamavam no hospital. Sei que Deus me deu, ao longo da vida, muita gente cheia de dedicação.
Obrigada, minha mamãe.
Através da intercessão coletiva de fé eu renasci. Agradeço em especial aos meus filhos, o primogênito Filippe, que Deus usou como instrumento de louvor. Sou grata a minha princesa Lethicia Guerra, ela não deixou de acreditar no milagre de Deus nem um segundo sequer, clamava a Deus sem parar. Meu muito obrigado ao caçula João Gabriel Guerra de Medeiros, que ficou firme e forte apoiando seus irmãos e crendo no milagre.
Minha gratidão aos meus irmãos Alê e Fê, aos meus sobrinhos e sobrinhas, amigos e irmãos. E é e claro, gente, também estou agradecida ao meu "namô"... por me ajudar escrever esse texto lindo.
Agradeço todas as pessoas que oraram por mim, inclusive muitas que não conheço. Meu reconhecimento a todos que se envolveram nesse milagre, orando, jejuando, chorando junto. A fé que elas manifestaram fizeram eu estar aqui testificando o milagre impressionante que vivi.
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Fonte: https://www.facebook.com/andrezza.guerrademedeiros
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