Por Wanda de Assumpção
Uma história moderna.
Havia uma jovem linda e inteligente. Quase terminando o colegial, ela se preparava para prestar vestibular com o sonho de cursar a faculdade que lhe daria acesso a uma profissão empolgante. Seus pais não mediam sacrifício para dar á filha o privilégio de uma educação superior e uma vida melhor do que aquela que levavam.
Entretanto, a influência de amigos desajustados pesou mais do que as palavras sábias e amorosas dos pais. Quando eles lhe chamaram a atenção com respeito a coisas prejudiciais que estava fazendo, aquela jovem arrebitou o nariz e retrucou: "Eu sei o que estou fazendo". Não foi o que pensou o policial quando ela foi apanhada dirigindo embriagada.
Uma história antiga.
Havia uma jovem linda e inteligente, que morava num lugar perfeitamente belo. Amada por uma marido lindo e inteligente, ela podia dizer que tinha tudo o que uma mulher desejava. Além de tudo, aquela jovem desfrutava de um privilégio especial: todas as tardes, recebia a visita da Pessoa mais importante do universo - o Criador. Em momentos de comunhão, de puro deleite. Como o salmista, ela podia dizer: "Meu cálice transborda."
Entretanto, certo dia a paz daquele lugar idílico foi invadida por um ser muito esperto, cuja intenção era jogar a sementinha da desconfiança e do descontentamento no coração da jovem. E ela, arrebitando o nariz, falou consigo mesma: "Não vou deixar ninguém me dizer como devo viver. Sei o que estou fazendo.
Será que sabia? As consequências daquela rebeldia foram muito além de um acidente de trãnsito: morte espiritual, morte física, moléstias, crimes, dores nos relacionamentos, tudo isso se abateu sobre o primeiro casal e sobre todos os seres humanos desde então.
Você conhece a história de Eva no Paraíso. Agora pare e pense comigo sobre o motivo que levou aquela jovem privilegiada a jogar a felicidade pela janela. Tinha de ser algo muito forte, irresistivelmente atraente. E era. Eva tinha tudo, tudo, mas não era "dona do seu nariz"! Ela fora criada por Deus, que lhe dera todas aquelas coisas maravilhosas, mas também dissera como devia viver; a mulher, contudo, resolveu que preferia determinar isso por si mesma. Não foi uma boa ideia, como logo descobriu.
O plano de Deus nos dá toda a liberdade para nos realizar como pessoas e, em particular, como mulheres. Deus, que nos fez como somos, só deseja o nosso bem. Quando O buscamos, Seu amor maravilhoso nos enche o coração. Então, a partir dessa riqueza, podemos ministrar às pessoas com o dom especial da nossa feminilidade, enriquecendo nossa vida e a delas de uma maneira que as mulheres foram capacitadas para fazer.
Fora do plano de Deus, essas características ficam distorcidas; a visão de como devemos viver para nos realizar fica deturpada, desfocada. Apegamo-nos às pessoas para satisfação da nossa necessidade de amor e propósito, e, quando elas não correspondem às nossas expectativas, sufocamo-nas, tentando dominá-las, controlá-las.
Minha amiga, temos de fazer a mesma escolha com que Eva se defrontou. Determinarmos como vamos viver, dependendo dos nosos próprios recursos, ou obedecendo aos preceitos do Deus que nos criou e que, através de todas as circunstâncias da vida, está nos levando cada vez mais para perto de Si.
Eu fiz a minha escolha. E você?
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Wanda de Assumpção é escritora e membro da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana (São Paulo/SP). Artigo extraído da revista Graça, ano 1, número 4, página 54 (Graça Artes Gráficas Ltda).
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