Marta e Maria. Pintura de 1863. Arte de Anton Laurinds Johannes Dorph. |
Por Débora Novaes de Castro
O relato contido em Lucas 10.38-42 mostra uma situação um tanto quanto conflitante para nós. A passagem bíblica mostra história das irmãs Marta e Maria, que viviam no vilarejo de Betânia, com seu irmão Lázaro, e eram admiradores de Jesus de Nazaré- aquele amigo especial que costumavam hospedar em sua casa.
O relato contido em Lucas 10.38-42 mostra uma situação um tanto quanto conflitante para nós. A passagem bíblica mostra história das irmãs Marta e Maria, que viviam no vilarejo de Betânia, com seu irmão Lázaro, e eram admiradores de Jesus de Nazaré- aquele amigo especial que costumavam hospedar em sua casa.
Com este amigo, compartilhavam as alegrias e as destemperanças de cada dia. Era um viver simples, pelo que se percebe nas estrelinhas. O vilarejo localizava-se nas encostas do Monte das Oliveiras, no qual Jesus orou e chorou lágrimas de sangue, pouco antes de ser levado preso, para ser julgado e crucificado.
Segundo nos relata João (11.5), Marta era muito amada por Jesus, e também seus irmãos. Era uma seguidora muito atenta aos ensinamentos do amigo nazareno, em quem cria, e tinha um enorme prazer em servir. Em Lucas 10.38-42, vamos encontrar Jesus passando por Betânea, e sendo hospedado por Maria, que se desdobrava nos afazeres doméstico, para que nada faltasse ao Mestre e visitante, especialmente querido, especialmente querido, que tinham o privilégio de receber em sua casa.
Sim, mas e Maria? Como se comportava Maria nessas ocasiões, quando da visita do amigo de Nazaré? Segundo Maria, ela nem se importava em ajudá-la na trabalheira da casa... Só queria mesmo era estar ao pé do Mestre, para escutar e aprender de Jesus. A bem da verdade, será que Marta não teria a sua razão?
Em determinadas situações, assemelhamo-nos às irmãs bíblicas, Marta e Maria. E então pensamos que, nos atropelando numa trabalheira sem fim, é receber bem o visitante que surge em nossa casa. E me vem à mente a pergunta: Meu comportamento se assemelha ao de Marta ou ao de Maria? Primeiro, nos apegamos em boas conversas, assentados ao sofá, ou antes da conversa o levamos para a cozinha e preparamos um café e outras coisinhas mais, com o propósito de agradá-lo? Se somos parecidos com Marta, damos tudo de nós, para que tudo saia a contento e em tempo hábil. Se Maria, deixamos um pouco de lado os outros cuidados, que não sejam a atenção, porque queremos o contato carinhoso e receber todas as informações que o visitante tem para comunicar.
Ao instigante questionamento, consideramos que Maria é figura do discipulado diligente, responsável, seriamente assumido. Desejava aprender, aprender mais, aprender sempre. E para isso, tantas outras coisas haveriam de ser desprezadas. Tenho conhecido muitos crentes do tipo Maria de Betânea. Apegam-se ao estudo da verdade divina e dela não se afastam, nem de dia, nem de noite. São aqueles que tiveram a ventura de escolher a melhor parte.
No livro de Lucas 10.41-42, Maria recorre a Jesus e pede que mande Maria ajudá-la. mas Jesus, ao contrário do que lhe foi pedido, condena o estresse de Maria, dizendo que Maria escolhera a melhor parte. A resposta desconcertante de Jesus para Maria, e para nós, resplandece na grandiosidade do propósito divino, que é o discipulado de Jesus na igreja.
Descoberta arqueológica: a tumba de Lázaro. |
Nota do Editor do blog Belverede:
Jamais se esqueça. Como crentes, devemos renovar a nossa mente dia a dia. E esperar em Deus, porque Ele tem a provisão certa e na medida certa da nossa necessidade que nos afronta. Vale lembrar que você vale mais do que o mundo inteiro para Deus. Ele tem provisão para você. Você vale mais do que os lírios, que embelezam os campos. Você tem mais valor do que os pardais, que voam na direção que quiserem ir. Na medida que desejar se aproximar da Palavra de Cristo, a revelação divina será descortinada para o seu coração.
Assim como as águas dos rios não sobem ladeira acima, têm o curso natural ao mar e compõem o volume dos oceanos, a conversão espiritual implica em decidir viver em novidade de vida, aceitar caminhar no Espírito e permitir que a insignificante vontade humana se dilua na importante e soberana vontade do Criador.
E.A.G.
A autora pertence às instituições Academia Cristã de Letras (ACL) e Academia Paulista Evangélica de Letras (APEL). Congrega na sede Igreja Metodista Renovada, situado em São Paulo-SP.
Fonte: Renovação da Fé. Ano 7, número 31. Janeiro a março de 2007. Páginas 41 e 42. São Paulo / SP. www.renovada.org.br
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