2016. Crianças sírias refugiadas na Jordânia. Fotógrafo não identificado. |
O árabe Bashar Hafez al-Assad, tem 52 anos de idade, nasceu em Damasco. Tem formação em medicina, estudou oftalmologia em sua cidade natal e concluiu o curso em Londres; exerceu a profissão no exercito de seu País. Segue a religião islâmica da linha alauísmo e seu governo é descrito como secular.
Hassad é presidente da Síria desde 17 de julho de 2000, quando o pai Hafez al-Assad, que esteve no poder desde 1971, faleceu. Bashar al-Assad é descrito no Ocidente como ditador que comanda um regime genocida.
A guera civil na Síria
A Síria está em guerra civil há 7 anos. Em 2011, milhares de sírios protestaram nas ruas e praças para exigir mudanças no regime de Bashar al-Assad e a libertação de presos pela ditadura. O movimento de protesto tinha inspiração no movimento Primavera Árabe, que já havia passado pela Tunísia, Egito, Líbia, Bahrein e Iêmen, obtendo resultados almejados. Porém, o propósito sírio não alcançou êxito, se transformou em uma guerra civil com a cooperação indireta de muitas potências e causou em torno de 500 mil vítimas fatais e a dispersão de 5 milhões de sírios para outras nações. Assad vence a guerra civil com a ajuda da Rússia.
O povo sírio sofre com a presença do Hezbollah (Parido de Deus, em português), organização que atua de maneira paramilitar, fundamentalista com raiz islâmica xiita. Assad acusa o Hezbollah e os civis rebeldes de usarem armas químicas contra a população.
No território da Síria habita também a população curda - povo sem Estado, que também estão no Iraque, Turquia e Irã. Existem também forças russas, turcas e dos Estados Unidos.
O povo sírio sofre com a presença do Hezbollah (Parido de Deus, em português), organização que atua de maneira paramilitar, fundamentalista com raiz islâmica xiita. Assad acusa o Hezbollah e os civis rebeldes de usarem armas químicas contra a população.
No território da Síria habita também a população curda - povo sem Estado, que também estão no Iraque, Turquia e Irã. Existem também forças russas, turcas e dos Estados Unidos.
Países e seus armamentos químicos
A Arms Control Association, organização sem vínculos partidários com sede nos Estados Unidos, cuja missão declarada é a promoção e compreensão pública e apoiar políticas eficazes de controle de armas, não acusa apenas a Síria de possuir armamentos químicos. Segundo esta organização, os seguintes países possuem estoques de armamento químico: Síria, Coréia do Norte, Coréia do Sul, China, Egito, Líbia, Iraque, Israel, Líbia, Irã, Índia, Taiwan; sendo que os Estados Unidos teria 40 mil toneladas e a Rússia 27.770 toneladas, e seriam os países com maior posse deste tipo de arma - ambos negam, afirmando que destruíram parcialmente seus estoques.
Os Estados Unidos são acusados de possuir armas químicas,cujo estoque foi retirado do Iraque.
Morticínios
As armas químicas conhecidas, são: VX, Sarin, Soman, Mostarda, Lewicite, Fosgênio, Napalm, Fósforo, FP 2266, mistura de Mostarda e Lewicite.
Os efeitos são: axfixia, bolhas na pele, sangramento, comprometimento grave do sistema nervoso central, que bloqueia a coodernação motora do indivíduo.
Ataque devastador, realizado por quem?
Tal brutalidade é o 37º ataque de armas químicas na Síria.
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e Theresa May, primeira ministra do Reino Unido, anunciaram na última sexta-feira, dia 13, que houve o lançamento de mísseis no território da Síria, numa coalizão internacional formada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França, com o objetivo de destruir estabelecimentos de armas químicas em poder de Assad, em reação ao suposto ataque químico cometido por ele contra a cidade de Douma no dia 7 de abril. O governo de Assad não confirma o uso de armas químicas, que é proibido por convenções da ONU.
Segundo os presidentes dos Estados Unidos, primeira ministra inglesa e Emmanuel Macron, presidente da França, em entrevista feita em dia posterior, o ataque tripartite ocorreu em consequência do uso de armas químicas em 7 de abril, contra civis em Douma, realizado por Assad.
O propósito de Trump, May e Macron foi mandar um recado específico ao ditador Hassad: "não faça faxina étnica, não faça faxina religiosa, não extermine os curdos". Entretanto, analistas de política internacional alegam que a ofensiva do Trump contra a Síria serviu de recado generalizado. Primeiro, para Bashar al-Assad, dizendo que não deve usar armas químicas contra civis. Em segundo lugar, para Kim Jong-un, o lider da Coréia do Norte, com quem se encontrará pessoalmente em breve, para que o mesmo saiba que cumpre suas ameaças, não blefa ao falar que atacará. Terceiro, ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, mostrando que tem amigos, pois o ataque a Síria foi junto com os ingleses e franceses.
Os mísseis teriam atingido três instalações do arsenal químico, tidos como alvos simbólicos, e não mudou o equilíbrio de poder na guerra de Assad contra os rebeldes, e não destruiu alvos russos. Teria destruído um centro sírio de pesquisa de armas químicas no subúrbio de Damasco, um armazém sírio em Homs. O governo de Assad afirma que o bombardeios alvejram fábricas, laboratórios e depósitos de remédios.
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e Theresa May, primeira ministra do Reino Unido, anunciaram na última sexta-feira, dia 13, que houve o lançamento de mísseis no território da Síria, numa coalizão internacional formada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França, com o objetivo de destruir estabelecimentos de armas químicas em poder de Assad, em reação ao suposto ataque químico cometido por ele contra a cidade de Douma no dia 7 de abril. O governo de Assad não confirma o uso de armas químicas, que é proibido por convenções da ONU.
Segundo os presidentes dos Estados Unidos, primeira ministra inglesa e Emmanuel Macron, presidente da França, em entrevista feita em dia posterior, o ataque tripartite ocorreu em consequência do uso de armas químicas em 7 de abril, contra civis em Douma, realizado por Assad.
O propósito de Trump, May e Macron foi mandar um recado específico ao ditador Hassad: "não faça faxina étnica, não faça faxina religiosa, não extermine os curdos". Entretanto, analistas de política internacional alegam que a ofensiva do Trump contra a Síria serviu de recado generalizado. Primeiro, para Bashar al-Assad, dizendo que não deve usar armas químicas contra civis. Em segundo lugar, para Kim Jong-un, o lider da Coréia do Norte, com quem se encontrará pessoalmente em breve, para que o mesmo saiba que cumpre suas ameaças, não blefa ao falar que atacará. Terceiro, ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, mostrando que tem amigos, pois o ataque a Síria foi junto com os ingleses e franceses.
Os mísseis teriam atingido três instalações do arsenal químico, tidos como alvos simbólicos, e não mudou o equilíbrio de poder na guerra de Assad contra os rebeldes, e não destruiu alvos russos. Teria destruído um centro sírio de pesquisa de armas químicas no subúrbio de Damasco, um armazém sírio em Homs. O governo de Assad afirma que o bombardeios alvejram fábricas, laboratórios e depósitos de remédios.
Guerra e diplomacia?
Parece haver uma coordenação implícita entre Estados Unidos, França e Reino Unido e Rússia. Publicamente, mostram uma ferrenha guerra retórica, que o mundo acompanha, e por baixo há o campo do canal diplomático.
Donald Trump alertou várias vezes em seu perfil no Twitter, semanas antes, que haveria a ofensiva. Digitou: "preparem-se, russos, misseis inteligentes virão". Não houve surpresa aos sírios e russos de que 105 mísseis riscariam o céu da Síria. Não aconteceu baixas humanas nos ataques, e muito provavelmente também não houve destruição de estoques de armas químicas. Ou será que Assad em sobreaviso ficaria de braços cruzados, aguardando o prejuízo?
Missão cumprida?
Após o bombardeio de misseis americanos e europeus em Damasco e Hums, Trump tuitou "missão cumprida", Sinalizou ao seu eleitorado dizendo que não há uma estratégia de ataques de longo prazo na Síria e que está prestes a retirar soldados americanos do Oriente Médio. Será, mesmo?
E.A.G.
E.A.G.
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Eliseu Antonio Gomes