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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Existem evidências de vida após a morte?

Por Hank Hanegraaff
Tradução livre: Eliseu Antonio Gomes

"E não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno" - Mateus 10.28 (BKJ 1611).

Os ateus, - naturalistas filosóficos, inclusive muitos evolucionistas - afirmam que a morte é o término da existência do ser humano. Segundo este ponto de vista, a Humanidade é constituída tão-somente por corpo e cérebro. Apesar de rejeitarem as realidades metafísicas, como a alma, há motivos categóricos para crer que o homem tem um elemento imaterial de sua existência que extrapola o material, e desse modo possa seguir existindo após morrer.

O filósofo cristão J. P. Moreland avança neste assunto com sólidos argumentos sobre a existência da alma, a parte imaterial do ser humano que continua a existir além-túmulo.

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Primeiro, na perspectiva da lógica, demonstra que a mente não é idêntica ao cérebro, mostra que a mente e o cérebro têm prioridades diferentes. Moreland explica: "A textura subjetiva de nossas experiências mentais conscientes - o sentimento de dor, a experiência do som, a consciência da cor - é diferente de qualquer coisa que seja simplesmente física. Se o mundo fosse feito somente da matéria, estes aspectos subjetivos da consciência não existiriam. Mas existem. Portanto, há mais para o mundo do que a matéria".

A continuar de um ângulo jurídico, se os seres humanos fossem somente materiais, não poderiam ser tidos como autores este ano por um crime praticado no ano passado, posto que com o tempo a composição física muda ao longo do tempo. Não somos neste dia as mesmas pessoas que éramos no dia anterior. A cada intervalo de 24 horas, perdemos milhões de partículas microscópicas. De fato, a cada sete anos, praticamente, quase toda porção da nossa anatomia material se transforma, à parte de minúcias do nosso sistema neurológico. Em vista disso, o indivíduo que perpetrou uma transgressão no ano passado não é hoje o mesmo. Sendo assim, um criminoso que tentasse usar esta linha de raciocínio como argumento de defesa não obteria sucesso, porque esse artifício legal simplesmente não funciona em uma época de esclarecimento científico. Legal e de maneira inconsciente, reconhecemos uma paridade de alma que indica a identidade pessoal na ampliação do tempo.

Enfim, o livre-arbítrio deduz que somos mais do que robôs materiais. Se eu sou simples e unicamente um ser corpóreo, as minhas decisões são um arranjo de aspectos como constituição genética e química cerebral. À vista disso, as minhas escolhas não são livres, mas sim deliberadas de maneira fatalista. As pressuposições dessa ideia são profundas. Em uma perspectiva que aceita a imposição fatalista, não posso ser apontado como moralmente culpado por meus acertos e erros, sendo que prêmio e castigo têm lógica somente se possuirmos livre-arbítrio. Em um mundo apenas material, a capacidade intelectual propriamente dita é limitada à circunstância de um reflexo condicionado. De mais a mais, a própria definição do amor fica sem nexo. Em vez de ser uma atitude da vontade, o amor é relegado a um sistema robótico estipulado de modo fatalista por desenvolvimentos químicos.

Ainda que o argumento legal e o da liberdade de escolha sejam eloquentes em si mesmos, há um fundamento ainda mais veemente e convincente que atesta a existência da fase além do túmulo. Essa ponderação flui da ressurreição de Cristo. As mentes mais privilegiadas dos tempos antigos e modernos expressaram, inquestionavelmente, que o trauma físico de Cristo foi letal; que o túmulo vazio é um das ocorrências mais bem atestadas da antiguidade; que os seguidores de Cristo experienciaram, em diversos momentos, aparições concretas e perceptíveis de Cristo após à ressurreição; e que nas semanas subsequentes à ressurreição, mais de uma pessoa, aliás uma coletividade composta de pelo menos 3 mil judeus, presenciou uma mudança tão extraordinária, que de boa vontade desistiu de tradições sociológicas e teológicas que a sua identidade nacional lhe dispusera.

Através da ressurreição, Cristo não somente provou que Ele não é semelhante a Abraão, Buda ou Confúcio, como também forneceu evidência convincente da vida após a morte.

Fonte: The Christian Research Institute, volume 29, número 5, ano 2006 - Título original "Is there Evidence for Life after Death? - Hank Hanegraaff -Artigo adaptado de The Bible Answer Book (Nashville: J. Countryman, 2004) - http:// www. equip.org/ article/ is-there-evidence-for-life-after-death/

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