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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Os navios do rei Salomão


O rei Salomão herdou um reino grande e rico de seu pai, o rei Davi, estendendo-se desde o rio Eufrates, no norte da Baía de Eilat no sul. As boas relações comerciais que o rei Salomão criou com os governantes dos reinos próximos, bem como a grande riqueza que ele acumulou graças a essas políticas de boa vizinhança e graças aos impostos que ele coletou são descritos na Bíblia nos livros 1 Reis e 2 Crônicas.

O desenvolvimento de sua frota no mar vermelho foi descrito, detalhadamente, em 1 Reis (9.27-28): "Mandou Hirão, com aquelas naus, os seus servos, marinheiros, conhecedores do mar, com os servos de Salomão. Chegaram a Ofir e tomaram de lá quatrocentos e vinte talentos de ouro, que trouxeram ao rei Salomão". Hirão era o rei de Tiro, sabia como construir navios e possuía homens que eram marinheiros hábeis, em parceria com o rei Salomão, que governava a região litorânea de Eilat, construíram uma grande quantidade de navios comerciais no Mar Vermelho. Essas embarcações velejaram para Ophir, que ao que parece estava localizado ao longo da costa leste ou oeste do Mar Vermelho, e trouxeram muitas cargas de tesouros e produtos exóticas.

Deslocamento semelhante é relatado em fontes egípcias que datam de 500 anos antes, durante o reinado da rainha Hatshepsut (esposa do faraó Tutmés II). Navios egípcios rumaram para o sul, até a Terra de Punt, que, aparentemente, localizava-se no lado leste da África. Os restos de murais nas paredes do templo mortuário de Hatsheput em Deir el-Bahari apresentam bens exóticos que foram trazidos para o Egito naquele tempo da mesma terra distante e contribuem para a interpretação das descrições bíblicas.

Além de ouro e prata, também foram trazidos ao rei Salomão "marfim, macacos e pavões" (1 Reis 10.22). Os murais egípcios mostram que os primatas eram da espécie babuíno.

A Bíblia também chama a atenção do leitor ao fato de que foram trazidas de Ofir uma enorme quantidade de madeira de sândalo e pedras preciosas (1 Reis 10.11). Estudiosos e pesquisadores modernos expressam opiniões distintas sobre a natureza da "madeira de sândalo" ("almug", na tradução ARC). Alguns afirmam que eram feixes de madeira especiais usados ​​para construção; outros pensam que eram mudas de árvores aromáticas exóticas, e uma terceira opinião é que eles eram um tipo de coral excepcional.

Com base nas várias interpretações, uma equipe de designer de selos elaborou desenhos retratando uma pilha de tesouros que foram descarregados no cais de Ezion-Geber, que atualmente é conhecida como Cidade de Eilat. Estes tesouros foram enviados ao palácio do rei Salomão em Jerusalém e utilizado na construção do Templo e do palácio. Graças às viagens a Ophir, realizadas a cada três anos, "o rei Salomão excedeu a todos os reis do mundo, tanto em riqueza como em sabedoria" (1 Reis 10.23, 24, 27).
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Nota Belverede: 

Ofir é listado em Gênesis 10.29 e em 1 Crônicas 1.23 como descendente de Sem, que por sua vez é da linhagem de Noé; seu pai  foi Joctã. Possivelmente foi o primeiro habitante da tribo ou cidade de Ofir, a região que ficou famosa por suas reservas de ouro (2 Crônicas 8.18; Jó 28.16; Salmos 45.9), madeira de junípero e pedras preciosas (1 Reis 10.11), além de prata, marfim, macacos e babuínos (10.22).

Ofir é local de onde, não apenas Salomão, mas também o rei Davi, obteve ouro e outras mercadorias de valor (1 Reis 9.28; 10.11; 22.49; 1 Crônicas 29.4; 2 Crônicas 8.18; 9.10; Isaías 13.12).

Sobre a localização desta região geográfica, há especulações de que essa região era encontrada no sudeste ou sudoeste da Arábia, ou na parte nordeste da África. Se Ofir estava localizada na Arábia, deve ter sido um centro comercial, que recebia mercadorias do distante Oriente e do leste da África. Todavia, o tempo de viagem dos navios mercantes de Salomão, que era de três anos, sugere uma localização mais distante que a costa árabe. Além disso, os conteúdos das cargas trazidas de Ofir (marfim, macacos, pavões - particularmente as aves), faz com que alguns acreditem que a origem delas era a Índia.

A prosperidade de Salomão e a sabedoria do cristão
A verdadeira sabedoria se manifesta na prática
Inspiração divina e a autoridade da Bíblia
Inteligência + sabedoria = sucesso
Sabedoria divina para a tomada de decisões
Sábios, tolos e os absurdamente tolos, diante de precipícios
O discurso inteligente de Magno Malta em defesa do juiz Sérgio Moro

E.A.G.

Fonte:
Bíblia de Estudo Arqueológica NVI, página 498, 3ª reimpressão 2014, Liberdade, São Paulo-SP (Editora Vida).
Israel Philaletic Federation - israelphilately.org . il/en/catalog/ articles/ 2139/Kings%20Solomon's%20Ships%2013112016 
Quem é quem na Bíblia - A história de Todas as Personagens da Bíblia, editado por Paul Gardner, 19ª reimpressão, 2015, páginas 495, 496, São Paulo - SP (Editora Vida). 

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