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terça-feira, 20 de junho de 2017

Jesus, o libertador do medo

Por N. Laurence Olson

Uma das consequências do primeiro pecado cometido no mundo foi o medo que se apoderou do casal Adão e Eva. Por isso esconderam-se no bosque. O homem da parábola dos Dez Talentos, que recebeu apenas um talento, ao prestar contas a seu Senhor, testificou: "Atemorizado, escondi na terra o teu talento...". E por isso foi condenado como mau e negligente servo e foi-lhe tirado aquele único talento que recebera. Vamos estudar um pouco essa coisa - o medo, e como devemos vencê-lo.

Vamos adiantar que o medo de vencer o medo é ter conhecimento de Deus, por tê-lo como nosso Ajudador.

Não ao medo


A Bíblia declara que podemos conhecer a Deus através do ato de fé na pessoa de Cristo ressuscitado. Através do nome de Jesus podemos falar com Deus. Este princípio básico já vem sendo provado na experiência de milhões de cristãos através de dois milênios.

Estas palavras foram registradas para que nunca mais fôssemos atemorizados pelo que o homem possa nos fazer. O homem almeja livrar-se do terror e é justamente isto que Deus nos oferece: libertação do medo, o medo que escraviza tanta gente, medo de pequenas e insignificantes coisas e também medo de coisas sérias. 

Temores

Quanta gente há que vive constantemente assustada pelos barulhos imagináveis que ouvem. De noite não dormem direito, acordam assustadas, pensando que o ladrão esteja escondido no guarda-roupa ou destelhando a cozinha. É pavoroso passar uma existência assim.

Há esposas que em hipótese alguma ficam sozinhas em casa, quando o marido, por qualquer circunstância precisa viajar, por terem medo da solidão. Não estou dizendo que devemos procurar estar sozinhos, mas quando acontece, podemos estar certos de que temos em nossa companhia o melhor e mais chegado dos amigos. Deus é nosso Ajudador nessa hora.

O que também causa muito medo ao ser humano é a macumba, que é um culto dos espíritos. Muitos ouvem vozes que lhes falam constantemente e não lhes dão sossego. Assim, alguns nem podem dormir. As pessoas ficam presas pelo pavor, inspiradas pelos macumbeiros. (...)

Conheço pessoas que de maneira nenhuma entrariam num avião, e mesmo num alto prédio têm medo de subir. Outros sentem pavor durante uma tempestade e escondem-se debaixo da cama como se isso fosse uma proteção, que não é.

Existem senhoras que sentem medo do parto. Por isso, contrariam sua própria natureza e a ordem divina em não permitirem a procriação. Em muitos casos é praticado o aborto criminal. Só porque uma mãe é egoísta, e medrosa quanto ao parto, ela então procura um charlatão e é roubada a vida de um inocente. Como seria se a mãe dessa senhora também pensasse assim e se todas as mulheres fizessem isso? Uma coisa é certa, Deus sabe de tudo. E a mãe que matou seu filho ainda no ventre é tanto homicida quanto qualquer outro criminoso na penitenciária. O medo traz consequências terríveis e convém buscarmos o amor de Deus que lança fora o medo. Conhecemos a Deus e ficamos livres dos temores.

Certa vez, uma mãe procurou seu médico, levando em sua companhia o filho de um ano. Estava grávida. Ao médico ela disse:

- Doutor, quero que me ajude com o meu problema. Este bebê tem apenas um ano e já engravidei outra vez e não quero dois filhos tão perto um do outro. 

O doutor perguntou:

- E o que a senhora quer que eu faça?

- Oh! - disse ela - Dá um jeito qualquer para que eu fique livre da gravidez.

Após uns momentos pensando, ele disse:

- O melhor jeito é matar este que está em seu colo e deixar o outro nascer. Para mim, tanto faz, e para a senhora é mais seguro. A única diferença seria então a idade do sobrevivente. 

Dizendo isso, o médico buscou uma machadinha, sugerindo fortemente essa "solução" ao dilema. A mãe quase desmaiou e bradou:

- Assassino!

Então, o médico disse que o assassino seria ele e ela também, se acabassem com a vida do filho ainda não nascido. Matar a criança no ventre da mãe traria a mesma culpa de matar a criança no colo. Permita Deus, que o medo não leve uma mãe a atentar na vida do seu filho antes de nascer.

Pavor de tudo

Hoje em dia são milhões os que vivem apavorados diante do espectro da guerra termonuclear ou bacteriológica. Todos nós sabemos muito bem que os cientistas dispõem de forças tão tremendas, tão destrutivas, que se não forem controladas, acabarão com todos os seres vivos neste planeta, tanto homens como animais, insetos, plantas e tudo.

O homem de negócios, às vezes, é tentado a sonegar os impostos devidos ao governo. Num outro caso pode ser um jovem que precisa um pouco de coragem para matricular-se numa escola que o faria um homem das profissões. Um outro, precisa de coragem para casar-se com a jovem a quem desonrou. Para servir a Deus é preciso cumprir o dever.

Mas o medo pior de todos é o medo da morte, o desconhecido. O capitão do navio não teria coragem de navegar em águas desconhecidas por ele, se não possuísse as cartas que lhe informam tudo. Outros já navegaram ali e ele também pode viajar tranquilo. Todos nós enfrentamos a travessia da morte. Muitos têm medo da eternidade porque ela representa o desconhecido. Em Provérbios 1.26, Deus diz ao ímpio: "Também eu me rirei na vossa perdição, e zombarei vindo o vosso temor". É o temor da morte, morte como dos ateus. Têm razão em estarem apavorados, pois coisa horrenda é cair nas mãos do Deus vivo.

Alívio

Mas graças a Deus, a Bíblia esclarece que a vigem para a eternidade já foi cartografada. Cristo já esteve dentro da morte, e Ele desvendou seus segredos. Dispersou a escuridão, iluminou os tenebrosos caminhos da eternidade, arrancou as presas da mortalidade. Venceu Satanás, e abriu a estrada para a casa do Pai, onde se abre a porta que conduz às mansões de glória. 

Jesus disse à Marta, irmã de Lázaro, o defunto de Betânia: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá", João 11.25. Devemos igualmente recordar as palavras do apóstolo Paulo, quando esperava ser conduzido ao lugar de martírio (2 Timóteo 4.6-8). Assim, podia expressar-se porque ele vencera o medo da morte. Podia dizer com ousadia: O Senhor é meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem", porque Jesus é o libertador do medo.

E.A.G.

Não ao medo

Fonte:
Mensageiro da Paz, edição da 2ª quinzena de 1965, página 5, via republicação no Mensageiro da Paz, ano 68, maio de 1998, coluna Para Ler de Novo, página 1334, Rio de Janeiro-RJ (CPAD).

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