Por Eliseu Antonio Gomes
Introdução
O fruto do Espírito procede do alto, e só do alto. Não é algo que o ser humano é capaz de fabricar.
O amor é a suprema característica e principal virtude do fruto do Espírito. Amar a Deus e ao próximo é cumprir plenamente a Lei Divina. Amar é ter paz com Deus, com o próximo e consigo mesmo. Portanto, é esperado que o crente exercite o amor, apresente uma vida frutífera, para que assim glorifique ao Senhor.
I - A singularidade do amor agápe.
1. Amor, um aspecto do fruto.
Apesar de tudo que já se disse e se escreveu sobre o fruto do Espírito no aspecto do amor, nunca será demais relembrar que o amor é a mais importante entre as nove facetas, pois constitui a essência do caráter de Cristo (Gálatas 5.22, 23; 1 Coríntios 13.1-7). Sem o amor, como a principal característica do fruto do Espírito, é impossível ao crente ser manso, paciente, longânimo etc, pois todas as demais facetas do fruto dependem do amor.
O amor divino possui três dimensões. Verticalmente, está em direção a Deus, horizontalmente em direção aos nossos semelhantes e dirigido-se para dentro de nós mesmos. Quando o crente cumpre as três dimensões do amor cumpre toda a Lei.
Ao ler e meditar em Romanos 13.8-10, entendemos que tanto o amor quanto a lei estão relacionados com a justiça, ambos não são conflituosos, caminham juntos para realizar a vontade de Deus.
Jesus foi persistente ao ensinar os discípulos acerca do amor (João 13.34, 35). De que o amor Jesus estava falando? Há pelo menos quatro tipos de amor que devemos considerar: agápe; philia e eros.
Apesar de tudo que já se disse e se escreveu sobre o fruto do Espírito no aspecto do amor, nunca será demais relembrar que o amor é a mais importante entre as nove facetas, pois constitui a essência do caráter de Cristo (Gálatas 5.22, 23; 1 Coríntios 13.1-7). Sem o amor, como a principal característica do fruto do Espírito, é impossível ao crente ser manso, paciente, longânimo etc, pois todas as demais facetas do fruto dependem do amor.
O amor divino possui três dimensões. Verticalmente, está em direção a Deus, horizontalmente em direção aos nossos semelhantes e dirigido-se para dentro de nós mesmos. Quando o crente cumpre as três dimensões do amor cumpre toda a Lei.
Ao ler e meditar em Romanos 13.8-10, entendemos que tanto o amor quanto a lei estão relacionados com a justiça, ambos não são conflituosos, caminham juntos para realizar a vontade de Deus.
Jesus foi persistente ao ensinar os discípulos acerca do amor (João 13.34, 35). De que o amor Jesus estava falando? Há pelo menos quatro tipos de amor que devemos considerar: agápe; philia e eros.
• Agápe (ἀγάπη). Abordaremos em detalhe no próximo tópico.
• Storge (στοργή). Indica o amor familiar. Diz respeito, quase exclusivamente, ao afeto natural dos pais aos filhos. O termo também descreve os relacionamentos de afeição entre irmãos e dos filhos aos seus pais.
• Philia (φιλία). Em 2 Pedro 1.7 encontramos o amor expresso pela palavra original philia, que significa "amor fraternal" ou "bondade fraternal" e "afeição". Este amor é amizade, um amor humano, limitado. Esse tipo é essencial nos relacionamentos interpessoais, Amamos se somos correspondidos, somos amigáveis e amorosos com aqueles que são amigáveis e amorosos conosco. Philia é inferior ao agápe, então Jesus Cristo nos ensina a amar no modo agápe (Lucas 6.23).
• Eros (ἔρως): é o amor físico, proveniente dos sentidos naturais, instintos e paixões. Costuma basear-se no que vemos e sentimos; pode ser egoísta, temporário e superficial, e tornar-se um desejo desenfreado. Não está mencionado na Bíblia Sagrada, contudo está fortemente subentendido através de fatos.2. O amor agápe.
O amor divino é expressado no idioma grego com o termo agápe, que significa amor abnegado, profundo e constante, como é o amor de Deus pela humanidade. Esta perfeita e inigualável virtude abrange nosso intelecto, emoções, vontade, todo o nosso ser.
O apóstolo Paulo descreve o amor agápe em 1 Coríntios 13. Neste ensino do apóstolo, descobrimos que:
• Sem o amor, não adiantaria sacrificar a mente e o corpo na profissão, galgando riquezas materiais, quando as riquezas do coração, as do compromisso, as da parceria e as da presença pessoal são ignoradas.
• Sem o amor real, não adianta evocar frases de efeito, grandiloquentes e arrebatadoras, pois seriam como o barulho gélido de um sino.
• Sem amor, restam impaciência, maldade, ciúmes, orgulho e vaidade; quem ama é, bondoso, modesto, não é ciumento.
• Sem amor, sobram grosserias, egoísmo e mágoa. Quem ama não deixa dominar pela incivilidade, egocentrismo e ressentimento.
3. O amor agápe derramado em nós.• Sem amor, resta a "alegria" com a tristeza do próximo, mas quem ama apenas se alegra quando o outro tem motivos para se sentir feliz.
Quando recebemos, pela fé, o Senhor Jesus, nos tornamos uma nova criatura (João 3.3). Assim, está enxertado em nós a essência do Pai. Se somos discípulos de Cristo, amamos ao Pai, ao próximo e a nós mesmos.
Este amor flui de Deus para nós, que devemos retornar a Ele em adoração, serviço e obediência a sua Palavra (1 João 4.19).
Analise o paralelo entre Gálatas 5.22, 23 e 1 Coríntios 13.1-7.
a. Amor. Não procura seus próprios interesses, não é egoísta ou egocêntrico.
b. Alegria. O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.
c. Paz. O amor não se irrita, mas é sereno e estável.
d. Longanimidade. O amor é paciente e benigno.
e. Benignidade. O amor é misericordioso, interessado, tem consideração pelos outros; quem ama não é invejoso.
f. Bondade. O amor é maravilhoso, cheio de graça, generoso, é bondoso e terno.
g. Fidelidade. O amor não é maldoso, tem fé em Deus e acredita no que há de melhor nos outros.
h. Mansidão. O amor é humilde e meigo, não se exalta a si mesmo.
i. Domínio próprio. O amor é disciplinado, controla-se. Não se porta inconvenientemente.
II. Amar a Deus e ao próximo.
1. O amor a Deus.
Amar a Deus é nosso maior privilégio e dever. Seguindo o exemplo de Jesus (João 14.21; Efésios 3.17-19). nós devemos amar de todo o coração, alma, força e entendimento. Quando amamos assim, amaremos o que Ele ama e lhe pertence: sua Palavra, seus filhos, sua obra, sua Igreja e as ovelhas perdidas, pelas quais empreenderemos esforços para que sejam salvas (Filipenses 1.29).
2. O amor a si mesmo.
Amar a Deus é nosso maior privilégio e dever. Seguindo o exemplo de Jesus (João 14.21; Efésios 3.17-19). nós devemos amar de todo o coração, alma, força e entendimento. Quando amamos assim, amaremos o que Ele ama e lhe pertence: sua Palavra, seus filhos, sua obra, sua Igreja e as ovelhas perdidas, pelas quais empreenderemos esforços para que sejam salvas (Filipenses 1.29).
2. O amor a si mesmo.
Pode parecer estranho sugerir que o amor agápe inclui amar a si mesmo. Este amor nos leva a nos preocupar com o "eu espiritual", e a buscar primeiro o Reino de Deus e sua justiça, porquanto reconhecemos ser a vida eterna mais importante do que nossa existência aqui na terra. O cristão que ama a si mesmo com amor agápe não só cuidará de suas necessidades pessoais, mas também permitirá que o Espírito Santo desenvolva o seu caráter mediante o estudo da Palavra de Deus, a oração e as comunhão com outros crentes. Ele desejará que o fruto do Espírito se manifeste em sua vida, moldando-o à imagem de Cristo diariamente.
O pecado impede que a pessoa ame a si mesma. Há indivíduos que encontram dificuldade para amar a si mesmos em virtude de erros cometidos no passado. Eles sofrem de remorso. Contudo, o amor agápe, cuja fonte é Cristo, proporciona perdão completo a cada pecado cometido (Romanos 8.1). Podemos nos olhar através da graça de Deus e contemplar homens purificados pelo sangue precioso de Jesus e com uma nova natureza concedida pelo Espírito Santo.
3. O amor ao próximo.
O Deus amoroso deu o seu Filho Unigênito em favor do ser humano. Ninguém mais que o Deus Altíssimo sabe as implicações desse amor, pois Ele, em essência, é o verdadeiro Amor. Doeu em Deus Pai dar o seu Filho por amor. Mas Ele não se arrependeu de insitir em nós, pois nos amou desde a fundação do mundo. Logo, relacionamentos baseados neste amor sacrificial abrem a porta para o mistério do verdadeiro sentido da vida: amar o próximo como Deus nos amou.
O Deus amoroso deu o seu Filho Unigênito em favor do ser humano. Ninguém mais que o Deus Altíssimo sabe as implicações desse amor, pois Ele, em essência, é o verdadeiro Amor. Doeu em Deus Pai dar o seu Filho por amor. Mas Ele não se arrependeu de insitir em nós, pois nos amou desde a fundação do mundo. Logo, relacionamentos baseados neste amor sacrificial abrem a porta para o mistério do verdadeiro sentido da vida: amar o próximo como Deus nos amou.
III. Sob a tutela do amor, rejeitemos as obras das trevas.
1. Debaixo da tutela do amor.
Você deseja ser uma pessoa amorosa? Comece aceitando o seu lugar como filho muito amado por Deus, imite o Pai Celestial, viva em amor tal qual Cristo nos ama (Efésios 5.1-2).
Você quer aprender a perdoar? Então, pense em como foi perdoado. Esforce-se para ter um procedimento bondoso, cheio de compaixão, pronto a perdoar como Deus perdoou a todos nós (Efésios 4.32).
Você acha difícil pensar no próximo antes de pensar em si mesmo? Medite em Filipenses 2.6, que nos revela que Jesus sendo em forma de Deus não teve o desejo de apoderar-se da semelhança de Deus.
Você precisa ter mais paciência? Receba a paciência de Deus. Lembre-se de como Deus foi generoso com você, (2 Pedro 3.9; Romanos 5.8).
Você tem dificuldade de suportar parentes ingratos e vizinhos mal-humorados? Deus lhe suporta quando você age dessa maneira (Lucas 6.35).
2. Amor, antídoto contra o pecado.
Você deseja ser uma pessoa amorosa? Comece aceitando o seu lugar como filho muito amado por Deus, imite o Pai Celestial, viva em amor tal qual Cristo nos ama (Efésios 5.1-2).
Você quer aprender a perdoar? Então, pense em como foi perdoado. Esforce-se para ter um procedimento bondoso, cheio de compaixão, pronto a perdoar como Deus perdoou a todos nós (Efésios 4.32).
Você acha difícil pensar no próximo antes de pensar em si mesmo? Medite em Filipenses 2.6, que nos revela que Jesus sendo em forma de Deus não teve o desejo de apoderar-se da semelhança de Deus.
Você precisa ter mais paciência? Receba a paciência de Deus. Lembre-se de como Deus foi generoso com você, (2 Pedro 3.9; Romanos 5.8).
Você tem dificuldade de suportar parentes ingratos e vizinhos mal-humorados? Deus lhe suporta quando você age dessa maneira (Lucas 6.35).
2. Amor, antídoto contra o pecado.
Em toda as Escrituras Sagradas, o Espírito afirma que nossa natureza humana não é reta e que não somos pessoas naturalmente boas que poderiam, se assim quisessem, produzir frutos bons. Em linguagem bem clara, as páginas da Bíblia mostram que a vida divina do Deus vivo tem que ser implantada em nosso espírito, para que possamos desenvolver o fruto do Espírito em nós (João 6.63).
Quando um dia aceitamos a Cristo como nosso Senhor, nos alinhamos com o ensino da Palavra de Deus sobre o amor, decidimos nos encontrar com o verdadeiro sentido da vida para a glória de Deus. E quanto mais eu tenho de Cristo, tanto mais tenho do seu amor; quanto mais tenho de Deus em mim, tanto mais tenho de sua bondade; quanto mais tenho o Espírito Santo, mais tenho da sua perfeição.
Não é fácil se afastar da impaciência, vaidade e orgulho. No entanto, se tomamos a decisão solene, na presença de Deus, de viver segundo o fruto do Espírito, não importando qual seja a circunstância, estaremos compromissados com o caminho do amor no estilo agápe.
Pratica-se o amor não somente por mandamentos positivos (Romanos 12.9-21; 13.10; 1 Coríntios 13.4, 6, 7), mas também por negativos. O amor é positivo e ao mesmo tempo negativo, pelo fato da propensão humano para o mal, o egoísmo e a crueldade. Oito dos dez mandamentos do Decálogo são negativos, porque o mal surge naturalmente e o bem, não.
A ideia de que a ética cristã deve ser novamente positiva é uma falácia baseada nas ideias da presente sociedade, que procura esquivar-se das proibições que referem-se aos desejos descontrolados da carne (Gálatas 5.19-21).
3. O amor leva à obediência.
A primeira evidência do amor cristão é apartarmos do pecado e de tudo aquilo que causa dano e tristeza ao próximo.
A recomendação de Jesus em Lucas 6.27-35 corresponde, com ligeiras modificações, a de Mateus 5.38-48. No contexto do Evangelho de Mateus, o ensino sucede à Lei do Talião, e incorporado á lei mosaica, exigia o castigo proporcional ao crime (Mateus 5.38). Lucas, por escrever aos gentios, dispensa a frase "ouviste o que foi dito", por esta frase referir-se á tradição hebraica. A estrutura das estrofes dos versos 20-22 (bem-aventurados) se opõe aos versos 24-26 (os ais). Os termos "pobre", "fome", "choro", e "aborrecer" estão em contrastes com "ricos", "fartos", "risos" e "falar bem", formando um jogo de palavras e efeitos estilísticos que compõem a retórica do ensino de Cristo, para enfatizar que o pobre, o faminto, o odiado devem amar acima de todas as circunstâncias.
Veja Lucas 6.27, os verbos estão no imperativo, em foma de ordenança: amai; fazei, bendizei, orai. Devemos ser agentes ativos da prática do bem (versos 27-28). Este amor excelente foi demonstrado por Jesus que amou a todos, sem distinção.
A primeira evidência do amor cristão é apartarmos do pecado e de tudo aquilo que causa dano e tristeza ao próximo.
A recomendação de Jesus em Lucas 6.27-35 corresponde, com ligeiras modificações, a de Mateus 5.38-48. No contexto do Evangelho de Mateus, o ensino sucede à Lei do Talião, e incorporado á lei mosaica, exigia o castigo proporcional ao crime (Mateus 5.38). Lucas, por escrever aos gentios, dispensa a frase "ouviste o que foi dito", por esta frase referir-se á tradição hebraica. A estrutura das estrofes dos versos 20-22 (bem-aventurados) se opõe aos versos 24-26 (os ais). Os termos "pobre", "fome", "choro", e "aborrecer" estão em contrastes com "ricos", "fartos", "risos" e "falar bem", formando um jogo de palavras e efeitos estilísticos que compõem a retórica do ensino de Cristo, para enfatizar que o pobre, o faminto, o odiado devem amar acima de todas as circunstâncias.
Veja Lucas 6.27, os verbos estão no imperativo, em foma de ordenança: amai; fazei, bendizei, orai. Devemos ser agentes ativos da prática do bem (versos 27-28). Este amor excelente foi demonstrado por Jesus que amou a todos, sem distinção.
Conclusão.
O amor nos transforma à medida que vivemos no compromisso de enxergar em cada ser humano a obra-prima de Deus. O convite para viver esse amor nunca deve ser pela coerção, pois para mudar o nosso próximo, em primeiro lugar, precisamos refrear as nossas ambições egoístas. Antes de pensarmos em mudar o outro, olhemos para nós mesmos e vejamos o que há de errado conosco.
O amor nos transforma à medida que vivemos no compromisso de enxergar em cada ser humano a obra-prima de Deus. O convite para viver esse amor nunca deve ser pela coerção, pois para mudar o nosso próximo, em primeiro lugar, precisamos refrear as nossas ambições egoístas. Antes de pensarmos em mudar o outro, olhemos para nós mesmos e vejamos o que há de errado conosco.
E.A.G.
Compilação:
Ensinador Cristão, ano 18, nº 69, janeiro a março de 2017, página 42, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD);
Lições Bíblicas - As Obras da Carne e o Fruto do Espírito - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Comentarista: Osiel Gomes. 1º trimestre de 2017, páginas 85 e 86, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD).
Frutos do Espírito Santo, W. Phillip Keller, páginas 69-72, 73, 74, edição 1981, Venda Nova, MG (Editora Betânia)
Lições Bíblicas - O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. Comentarista: Antônio Gilberto. 1º trimestre de 2005, páginas 19-24, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD).
Compilação:
Ensinador Cristão, ano 18, nº 69, janeiro a março de 2017, página 42, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD);
Lições Bíblicas - As Obras da Carne e o Fruto do Espírito - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Comentarista: Osiel Gomes. 1º trimestre de 2017, páginas 85 e 86, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD).
Frutos do Espírito Santo, W. Phillip Keller, páginas 69-72, 73, 74, edição 1981, Venda Nova, MG (Editora Betânia)
Lições Bíblicas - O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. Comentarista: Antônio Gilberto. 1º trimestre de 2005, páginas 19-24, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD).
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