A ação policial é batizada de Operação Timóteo fazendo alusão ao texto bíblico encontrado em 1 Timóteo 6.10: "Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores".
O pastor é suspeito de esquema de lavagem de dinheiro em esquema que envolve cobrança de royalties. Como seria o suposto envolvimento? Emprestando contas bancárias da instituição religiosa na qual é o líder religioso, com a finalidade de ocultar o dinheiro desviado de royalties da mineração.
Aproximadamente, 300 policiais federais saíram às ruas para realizar 52 apreensões; 29 conduções coercitivas; 12 prisões temporárias; 4 prisões preventivas; e, 3 sequestros de imóveis. Aconteceram ações em Tocantins; Sergipe; Santa Catarina; Rio Grande do Sul; Pará; Paraná; Bahia, Distrito Federal; Goiás; Mato Grosso; Minas Gerais; e Rio de Janeiro.
Em posts no Twitter, o pastor afirmou que está em São Paulo e vai se apresentar à PF na cidade.
Entenda o caso fraudulento.
Segundo as investigações da Operação Timóteo, o diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Marco Antônio Valadares Moreira, responsável pela Diretoria de Procedimentos Arrecadatórios da autarquia, oferecia informações privilegiadas sobre dívidas de royalties da exploração mineral a dois escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria.
As investigações apontam que a suposta organização criminosa tinha a seguinte estrutura:
1º. núcleo captador, formado por Marco Antônio Valadares Moreira, diretor do DNPM, e sua esposa, que, segundo a PF, procuravams prefeitos interessados em ingressar no esquema;
2º. núcleo operacional, formado por escritórios de advocacia, uma empresa de consultoria registrada em nome da esposa do diretor do DNPM, que exercia liderança no esquema e repassava valores indevidos a agentes públicos. A empresa é de fachada;
3º. núcleo político, composto por políticos e servidores públicos, que contratavam os escritórios de advocacia integrantes do esquema;
4º. núcleo colaborador: responsável pela ocultação e dissimulação do dinheiro desviado.
Entre os integrantes desse núcleo, a PF pretende apurar se há a participação de Malafaia na ocultação de dinheiro ilícito.
Postagens de Malafaia em seu perfil oficial no Twitter (@PastorMalafaia).
Abaixo, as palavras entre parêntesis são inserções minhas no corpo de texto do pastor.
"Nesta manhã. fui acordado por um telefonema informando que a Polícia Federal esteva na minha casa. Estou em São Paulo e vou me apresentar.
Recebi uma oferta de cem mil reais de um membro da igreja do meu amigo Pastor Michael Abud. Não sei o que ele (ofertante) faz. Tanto é (verdade) que o cheque foi depositado em conta. Por causa disso sou corrupto? Recebo ofertas de inúmeras pessoas e declaro no Imposto de Renda tudo o que recebo. Quer dizer que se alguém for bandido e me der uma oferta, sem eu saber a origem, sou bandido?
(O mandado de condução coercitiva) é a tentativa para me desmoralizar na opinião pública. Não poderia ter sido convidado para depor? Vergonhoso!
Recebi um cheque de um advogado, como recebo inúmeras ofertas e as declaro no Imposto de Renda. Sou responsável pela bandidagem de outros? Estou indignado."
Áudio de Silas Malafaia esclarecendo mais sobre o assunto.
Malafaia conta que há três anos atrás, aproximadamente, recebeu em seu escritório um advogado em companhia do Pastor Michael Abud, o advogado trouxe um cheque no valor de cem mil reais em caráter de oferta, o valor foi depositado em sua conta. Declara que recebeu apenas um cheque, não mais que um cheque, que foi declarado em Imposto de Renda. Descreve a situação como show piroténico feito com a intenção de desmoralizá-lo perante a opinião pública. Informa que a PF entrou em sua casa, no Rio de Janeiro, enquanto está em São Paulo. Ele pergunta a razão de não ter sido convocado para depor. Comenta que não houve convocação com a intenção de gerar notícia que o desmoraliza. Diz que não é ladrão e não estar envolvido em corrupção.Enfatiza que apenas recebeu uma oferta, que esta oferta está declarada à Receita Federal. Pede que repasse a declaração. Ouça: áudio aqui.
E.A.G.
Com informações de Verdade Gospel, O Estadão, G1.
Não entendo porque alguns pastores apesar de pregarem que o nosso galardão é no céu precisam ter tanto dinheiro nesta terra.
ResponderExcluirOlá, Amador.
ResponderExcluirA necessidade acontece de acordo com o tamanho do ministério. Aquele pastor, que dirige um rebanho com 20 pessoas, está em uma igreja com 30 assentos, não necessita de grandes somas em dinheiro para manter a Obra que é responsável. Mas alguém, cujo ministério envolve mais de 30 igrejas, com mais de 500 pessoas cada, além disso tem despesas mensais com transmissões de televisão, então, sua necessidade financeira para honrar compromissos mensais é muito maior.
Abraço.