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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Resposta para uma pessoa antidizimista e que é contra o salário de pastor


Iniciando este texto, quero deixar claro que não sou pastor, não tenho nenhuma espécie de vínculo com dinheiro de igrejas, a não ser na posição de quem entrega o dinheiro para sustentar o ministério.

1. Pastores, missionários e evangelistas.

Para argumentar contra o salário de pastor, críticos citam Mateus 10.9-10 ("digno é o obreiro do seu alimento") fora do contexto do assunto. Nesta passagem, os discípulos foram enviados para um trabalho evangelístico – em pouco tempo percorreram um trajeto fazendo visitas e logo retornaram. Não é o caso do ministério pastoral – o pastor convive com os membros da igreja, cuida de uma comunidade na posição de líder espiritual.

Por que o apóstolo Paulo não aceitou salário? Ora, não poderia fazer isso porque não era pastor, ele era apóstolo/missionário. Ele não lidava com gente convertida, seu contato era com gente se convertendo.

O apóstolo ensinou os convertidos a sustentarem pastores. O texto que trata de pastores/presbíteros com relação ao salário é 1 Timóteo 5.17. Nesta passagem bíblica, Paulo escreveu que aquele que se aplica ao ensino da Palavra deve ser estimado por digno de “duplicada honra”, pelos que são ensinados. No idioma grego, em que foi escrito o Novo Testamento, o termo empregado no qual ao português está vertido o vocábulo “honra”, tem o sentido de “honorário”, “salário”, “sustento como recompensa por bons serviços prestados”. 

Este texto não é de difícil compreensão. 

2. Vivendo pela fé.

Outra argumentação dos críticos do sustento pastoral é afirmar que o pastor deve viver pela fé.

O que é viver pela fé? Viver desempregado, viver sem salário, passar fome? Ora, é assim para aqueles que possuem uma fé limitadora, mas para quem possui uma fé no Deus de toda provisão, é diferente, é o extremo oposto.

Analisemos a galeria da fé, em Hebreus 11. Enquanto uns, pela fé, viveram sem alcançar as promessas de Deus, receberam zombarias, foram presos e torturados, morreram ao fio da espada, morreram queimados, outros, também pela fé, receberam as promessas de Deus, fecharam a boca de leões, apagaram a força do fogo, colocaram em fuga exércitos inimigos, conheceram a vitória, conquistaram reinos (versículos 33 ao 38).

3. O valor do trabalho de pastor evangélico.

As pessoas mundanas, que desprezam o Espírito Santo, alegam que o pastor que não exerce uma profissão na área secular é uma pessoa que não trabalha. Eles dizem isso porque não possuem a sabedoria do alto. O trabalho de um pastor - estudando a Bíblia para pregar e aconselhar os membros; orando pelos membros - é mais importante que qualquer trabalho deste mundo, porque é um trabalho de ordem espiritual; o pastor prepara almas para entrar no céu. 

É válido lembrar que para Deus uma alma vale mais que o mundo inteiro!

4. Defendendo os dizimistas cristãos e a coleta de dízimo nas igrejas evangélicas.

Penso que não devemos subestimar os dizimistas. Alguns descrevem quem entrega o dízimo como “pessoas de baixa instrução". Afirmar isso é agir com preconceito. Não são apenas pessoas com pouca escolaridade entregando dízimos nas igrejas, também existem pessoas cultas que fazem isso. 

O dizimista é dono do seu dinheiro, e nessa condição de dono precisa ser respeitado por todos nós. Ele faz o que quiser com tudo que é dele, não merece ouvir ou ler opinião de quem quer que seja a respeito do que queira fazer, se não solicitou auxílio à administração de seus bens.

.O dízimo nada mais é do que um sistema de ofertas sob a regra de dez por cento do salário do crente. Se a igreja recebe dízimos, pedindo que seja entregue voluntariamente, nada há de errado nisso do ponto de vista bíblico.

Conclusão.

Costumo aconselhar antidizimistas a consultarem o coração. Penso que eles precisam realizar uma autoanálise, para checar a motivação que os faz ficar contra as ofertas de dez por cento. Caso a razão da indisposição em ofertar seja o apego exagerado ao dinheiro, é necessário ter uma boa conversa com Deus e pensar em mudar o quanto antes possível seu posicionamento neste assunto.

E.A.G.

4 comentários:

  1. Concordo em parte com o que diz, amigo.
    Sou contra a palavra Dízimo e a obrigatoriedade de "pagar".
    Na minha opinião, todos os pastores devem ter o seu carro e um bom carro, uma casa para morar e ter condições de seu sustento e condições modesta para criar os seus filhos. Tudo pago pela igreja e esta deve também lutar para ter sede própria.
    Caso o pastor queira ou não ter um outro salário, prestando trabalho assalariado ou seus próprios negócios, também nada contra.
    Mas para chegar a este estágio é preciso a OFERTA VOLUNTÁRIA de seus membros.
    E todas as igrejas, devem prestar conta via tesoureiro e mostrado num domingo pré determinado aos membros de escolas dominicais e depois exposto na secretaria da igreja, para ser visto só pelos membros da igreja.
    Nada deve ser gasto sem um controle vigiado de um grupo de membros e por estes receber um aval de custos e gastos.
    E quando todos os requezitos acima forem cumpridos, deve se formar um fundo de caixa, para em caso ajuda a um membro ou família de membros e tudo isto com a aprovação dos conselheiros da igreja.
    Antonio da Silva Sousa.

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  2. Caro Antonio.

    Com certeza, a clareza no trato de arrecadação do dinheiro na igreja, é sempre necessária.

    Abraço.

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  3. O Sr Antonio escreveu exatamente o que eu penso sobre o assunto.
    Se todas as instituições que arrecadam dinheiro e se dizem sem fins lucrativos prestassem conta do que fazem com o tal, evitariam-se muitas desconfianças.

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  4. Amador Madalena.

    Quando o assunto é dinheiro, todos nós devemos nos policiar. Muitos pecam porque têm dinheiro e outros porquê não o têm.

    Aqueles que estão endinheirado, muitas vezes, erram ao dar lugar à sovinice ao invés de agir com generosidade.

    Aqueles que estão com pouco ou nenhum valor consigo, pecam porque deixam de confiar no Senhor, que nos garante a provisão suficiente para viver; pecam porque sentem inveja daqueles que o estão em posição mais privilegiada; pecam porque cobiçam coisa alheia; e, também, porque dão lugar ao egoísmo.

    Abraço. Bom Ano Novo para você.

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