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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Aborto: Antibíblico, antiético, ilógico e imoral - o embrião e o feto são vida



O embrião (bebê nos primeiros três meses de gravidez) e o feto (bebê de três meses de gestação em diante) já são uma vida, mas não uma vida no mesmo sentido em que uma planta tem vida, como argumentam os defensores do aborto, que não dão importância ao feto como sendo um ser humano. O embrião ou feto tornam-se uma vida consciente em poucas semanas, enquanto a planta ou a árvore durante toda a sua existência, não tem vida consciente.

É uma falácia dizer que o embrião/feto é "parte" do corpo da mãe, e que, portanto, a mãe pode escolher o que fazer com ele, pois tem todo direito de legislar sobre seu corpo. Ora, o embrião/feto  não é parte do corpo da mãe. É uma pessoa dentro de outra pessoa.

"Na concepção, quando o espermatozoide se une ao óvulo, a molécula de DNA deste desenrola-se e une-se à daquele, formando um célula inteiramente nova (zigoto). Essa nova célula viva é tão diferente que, depois de se afixar à parede uterina o corpo da mãe reage, enviando anticorpos para eliminar o intruso não reconhecido. Somente alguns aspectos especiais e inatos do novo organismo o guardam da destruição. Por isso é incorreta a expressão 'meu corpo', empegada pelos defensores do aborto quando falam do embrião ou do feto, em qualquer estágio.

O organismo desenvolvido dentro da mãe é, na realidade, um corpo individual, diferente. A partir da concepção, esse corpo distinto produzirá mais células, e todas elas manterão o padrão único dos cromossomos do zigoto original. Está claro, portanto, que o corpo tem sua origem na concepção" (Dr Liley em Abortion: questions and answers, de J.C. WilKe, Hayes Publishing Co. Inc., páginas 51 e 52.,).

O embrião/feto não é uma coisa, nem "apenas uma vida", como vegetal. Ele é uma pessoa. "A criança não é um 'que', mas um 'quem'. É alguém a quem se diz 'tu' e que dirá, no momento certo dentro de algum tempo 'eu'. É um terceiro absolutamente novo, que se soma ao pai e à mãe. E é tão distinto que dois gêmeos univitelinos, biologicamente indiscerníveis e que podemos supor idênticos' são absolutamente distintos entre si e a cada um dos demais; são sem a menor sombra de dúvida 'eu' e 'tu', ressalta o filósofo Julián Marías.

Uma mulher nunca dirá "Meu corpo está grávido", mas sempre "Estou grávida!" Ninguém fala do feto como se fosse um tumor. Ninguém diz "Tenho um feto!" - que parece com "Tenho um tumor!". Porém, a lógica dos abortistas vai exatamente em caminho oposto e ilógico.

"Se afirmarmos que o feto não é um 'quem' porque não tem uma vida pessoal, então teríamos que dizer o mesmo da criança nascida durante muitos meses, e do homem durante o sono profundo da anestesia, da arteriosclerose avançada, da extrema senilidade, sem dizer do estado de coma", lembra Julián Marías. Logo, é uma hipocrisia dizer "interrupção da gravidez". A pena de morte seria o que, então? A criança não é um objeto ou um tumor, que se pode extirpar como se fosse algo nojento. Os defensores do aborto é que inverteram os valores do aborto e agem irracionalmente. Para eles, o 'quem' se torna 'que', as pessoas se tornam, quando lhes é conveniente, 'coisas'; e o feto, uma 'coisa' dispensável.

A Palavra de Deus valoriza tanto o embrião concebido, que define a concepção de um ser humano no ventre da mãe como algo "terrível e maravilhoso" (Salmos 139.14) Ela declara ainda que Deus escolhe pessoas desde o ventre (Isaías 49.12; Jeremias 1.5 e Lucas 1.15; 1.31-35).

O feto é vida humana para Deus, mesmo que ainda não plena em suas primeiras fases. Por isso, aborto por qualquer outro motivo, que não sejam o natural, o acidental ou o para salvar a vida da mãe, é pecado. Aborto por causa de estupro é pecado. Por meios bons ou maus, voluntários ou involuntários, desejados ou indesejados, sendo pelo amor ou pela violência, se uma vida está sendo gerada, fato é que ela deve ser respeitada. O bebê gerado por causa de um estupro não pediu para nascer. Ele não pode pagar com a vida por um erro que não cometeu. Não se pode culpar o bebê no ventre pelo pecado do pai, um estuprador, fazendo com que o bebê pague por ele com sua vida.

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E.A.G.

Fonte: Revista Geração JC, páginas 13 e 14; março abril de 2016, Rio de Janeiro (CPAD).

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