Na postagem Pastor Jabes de Alencar e Nani Abílio eu escrevi sobre o divórcio e segundo casamento do fundador da Assembleia de Deus Bom Retiro, e ontem um visitante deste blog manifestou-se lá sem se identificar. Tudo bem, aceito anonimato neste caso em que a pessoa fala de si mesma e não contra terceiros. A pessoa anônima disse ter se casado, tido um filho fruto deste matrimônio e em seguida se separado e agora estar frequentando a AD Bom Retiro porque ali não sofre julgamentos de ninguém. Com este argumento, declarou que entendia o que Jabes e ex-esposa sentiam ao ler as críticas sobre a separação conjugal.
Na publicação anterior eu não fiz aprofundamento do que penso desta situação, apenas reportei o fato usando fotos, nesta resposta, que destaco nesta data, eu publico meu pensamento.
Na publicação anterior eu não fiz aprofundamento do que penso desta situação, apenas reportei o fato usando fotos, nesta resposta, que destaco nesta data, eu publico meu pensamento.
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Caro Anônimo (5 de maio de 2015).
O impacto ocorrido e a repercussão desenrolada pelo fato da separação do Pr. Jabes e seu novo casamento acontece em razão da grande representatividade que a pessoa dele exerceu com proeminência dentro do cenário evangélico em várias décadas. Importância e projeção como representante da classe de pastores.
Tenho carinho pelo Pr. Jabes e irmã Zilmar. Não conheço detalhes sobre a motivação deles para o fim do relacionamento de tantos anos vividos juntos - e nem tenho interesse em invadir a privacidade de ambos. Eu me entristeci ao receber a informação.
Dentro da Bíblia Sagrada, o matrimônio é um assunto sério, delicado e importantíssimo. Apesar de existir na sociedade brasileira atual gente admirada vivendo na condição de divorciadas e casadas outra vez, e até gente que está em nossos círculos de pessoas próximas que amamos, e este assunto ser um tema muito dolorido, delicado para muitos, cuja abordagem tem peso para causar lágrimas para tantos, nenhum explanador das Escrituras Sagradas está autorizado por Deus a silenciar-se. O pregador precisa de tato, amor, e coragem, dizer tudo o que há na Bíblia contextualizadamente sobre isso, pois antes de amar o próximo deve amar ao Deus da Palavra.
Sabemos que existe da parte de Deus a permissão para que haja o divórcio na situação de imoralidade sexual, e isto precisa ser observado com atenção quando falamos do assunto. Entretanto, a exceção, que é divorciar-se, não ocupa o lugar da regra, que é "o que Deus uniu não separe o homem".
Veja:
1. No Antigo Testamento, livro de Gênesis, encontramos Deus criando o relacionamento interpessoal. E não foi entre amigos, entre patrões e empregados, entre colegas de trabalho ou escola, foi entre marido e esposa. As outras modalidades de relacionar-se na sociedade humana surgiram depois.
2. O Filho Unígênito de Deus, o menino Jesus, cresceu dentro da proteção de um casamento. O Pai celestial confiou ao casal José e Maria que o criassem até que Ele chegasse à fase adulta. Só após Jesus conhecer pessoalmente a significância de uma família estruturada, segundo os parâmetros do Criador ,é que iniciou a vida longe do lar.
3. A inauguração da série de milagres de Jesus Cristo aconteceu em uma festa de casamento. Não poderia ser em outro evento, pois assim Ele corroborou a importância que há em um homem unir-se com uma mulher e com ela tornar-se em uma só carne. Tal unicidade é algo profundo, pois duas pessoas transformadas em uma geram outras pessoas, almas passam a existir, surgem vidas novas cuja finalidade é amadurecerem e de maneira voluntária e consciente adorarem ao Criador por toda a eternidade.
Saiba que não tenho a intenção de pôr meu dedo em feridas. Desculpe-me ressaltar que você falou em feridas da separação conjugal. É necessário enfatizar que além de ex-marido você é um pai. Comentou aqui que casou-se e separou-se da mãe de seu filho. Então, espera-se de você e da sua ex a disposição para com muita seriedade honrar a responsabilidade de educar a criança, tanto para as coisas dessa vida quanto para as coisas de Deus, ensinar a servir ao Senhor e influenciar a ser um cidadão de bem.
Espera-se a mesma intensidade de consideração em todas as pessoas evangélicas separadas. Deve-se considerar bastante o sofrimento da criança que geraram no que concerne à ruptura da relação conjugal. As pessoas divorciadas devem buscar da parte do Senhor a sabedoria para conduzir a criança ao exercício da boa cidadania e a ser um cidadão do céu, apresentando a ela Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador.
Minha argumentação não é feita para apontar o meu dedo em riste contra quem estiver separado, divorciado, em segundo casamento, contra pais e mães ausentes. Mesmo constrangidos, não podemos silenciar diante do conteúdo bíblico, pois o Senhor nos pedirá contas de tudo que nos confiou semear.
Enfim, não acredito que possa existir alguém neste mundo que olhe para outra e diga: "este (a) é o (a) meu - minha futuro (a) ex-esposo (a)". Nada é premeditado, todos sonhamos em ter uma vida feliz ao lado de outra que corresponda o sentimento de amor. A crise de relacionamento conjugal acontece por outros fatores e algo que deveria ser controlado foge ao controle e cada um segue por caminhos distintos, esquecendo-se das incríveis promessas feitas um ao outro no altar durante a celebração dos laços matrimoniais.
Abraço.
E.A.G.
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