Por Eliseu Antonio Gomes
"E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado" - Marcos 2.27.
O quarto mandamento envolve os aspectos espiritual e social, diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e ao mesmo tempo com o próximo.
Segundo o Pastor Esequias Soares, no artigo Os Dez Mandamentos e a Fé Cristã, página 15 da revista Ensinador Cristão nº 61 e ano 16, é a primeira vez que, em cem anos de história da denominação Assembleia de Deus no Brasil, o tema "santificação do sábado" é abordado na Escola Bíblica Dominical. Ele entende que tal abordagem não é recebida com entusiasmo por muitos, por causa da doutrina sabatista dos Adventistas do Sétimo Dia e outros grupos que defendem a guarda do sábado.
A perspectiva bíblica e evangélica
Por razões culturais, religiosas e teológicas as três principais religiões monoteístas do mundo guardam um dia da semana. Os judeus observam o sábado; os árabes a sexta-feira e os cristãos o domingo. Mais importante do que estabelecer qual o dia da semana descansar, é acatar a finalidade da guarda, que é reservar tempo para prestar reverência e adoração ao Criador dos céus e da terra.
Ao tratar do assunto, o cristão precisa ir além das perguntas descartáveis sobre qual é o dia da semana que devemos considerar o Dia do Senhor. Este dia não deve ser encarado como mero dia de ativismo religioso, quando a pessoa se envolve e se cansa mais do que em atividades seculares.
Duas refutações aos ensinos de sabatistas
1. O sinal perpétuo
Os Adventistas do Sétimo Dia afirmam que a referência de Êxodo 31.17-18 comprova que a guarda do sábado é obrigatória ao cristão por causa da expressão "para sempre" contida neste texto bíblico. Porém, existe na Bíblia outros textos que falam em "preceitos perpétuos" ou "para sempre", mas não são considerados pelos sabatistas como obrigações permanentes. Por que só vêem no sábado um preceito eterno? Segundo a Bíblia, são preceitos perpétuos: a circuncisão (Gênesis 17.7, 13); a celebração da Páscoa (Êxodo 2.14); a unção dos sacerdotes (Êxodo 40. 15).
2. Obrigação
Também, os sabatistas defendem a ideia da obrigatoriedade de se descansar no sábado citando Êxodo 20.8, "Lembra-te do dia do sábado para o santificar". Usando esta referência, eles argumentam que o mandamento que ordena guardar o sábado está no conjunto de ordenações que mandam não ter outro deus diante de Deus; não tomar o nome do Senhor em vão; não esculpir e adorar imagens; honrar os pais; não matar; não cometer adultério; não mentir; não cobiçar a mulher, animais e coisas do próximo. Dizem que se o cristão segue tais ordenanças, que compõem os Dez Mandamentos, também deveriam seguir a ordem de guardar o sábado.
Porém, os sabatistas parecem ignorar o comentário de Cristo, que como Senhor do sábado, detendor de plena autoridade para determinar o grau de culpabilidade de quem não observa o descanso no sábado, declarou: "Não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa?" - Mateus 12.5.
A tentativa de reconciliação com Deus por meio de obras implica a nulidade da obra de Cristo e a obrigatoriedade de se guardar toda a lei (Gálatas 5.2, 3). Aqueles que consideram ser importante guardar o sábado devem julgar se estão da maneira que a lei do Antigo Testamento prescrevia: não ferver e nem assar comida; não sair de casa; não acender fogo; não fazer viagens; não carregar peso; não fazer transações comerciais (Êxodo 16.23, 29; 35.3; Neemias 10.31; Jeremias 17.21; Amós 8.5). Os defensores da guarda não cumprem essas determinações.
Deus descansou no sétimo dia da criação.
O verbo hebraico encontrado em Gênesis 2.2 significa "descansou" (hebraico shabbat) não indica fadiga, quer dizer apenas "cessou", está conectada com a finalização da obra da criação. O pensamento de que o Deus bíblico, um Ser espiritual que é onipotente, está sujeito ao cansaço é um pensamento pueril. Jesus atestou que o Criador, é incansável, está isento às fragilidades carnais e humanas: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também" -João 5.17.
"E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado" - Marcos 2.27.
O quarto mandamento envolve os aspectos espiritual e social, diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e ao mesmo tempo com o próximo.
Segundo o Pastor Esequias Soares, no artigo Os Dez Mandamentos e a Fé Cristã, página 15 da revista Ensinador Cristão nº 61 e ano 16, é a primeira vez que, em cem anos de história da denominação Assembleia de Deus no Brasil, o tema "santificação do sábado" é abordado na Escola Bíblica Dominical. Ele entende que tal abordagem não é recebida com entusiasmo por muitos, por causa da doutrina sabatista dos Adventistas do Sétimo Dia e outros grupos que defendem a guarda do sábado.
A perspectiva bíblica e evangélica
Por razões culturais, religiosas e teológicas as três principais religiões monoteístas do mundo guardam um dia da semana. Os judeus observam o sábado; os árabes a sexta-feira e os cristãos o domingo. Mais importante do que estabelecer qual o dia da semana descansar, é acatar a finalidade da guarda, que é reservar tempo para prestar reverência e adoração ao Criador dos céus e da terra.
Ao tratar do assunto, o cristão precisa ir além das perguntas descartáveis sobre qual é o dia da semana que devemos considerar o Dia do Senhor. Este dia não deve ser encarado como mero dia de ativismo religioso, quando a pessoa se envolve e se cansa mais do que em atividades seculares.
Duas refutações aos ensinos de sabatistas
1. O sinal perpétuo
Os Adventistas do Sétimo Dia afirmam que a referência de Êxodo 31.17-18 comprova que a guarda do sábado é obrigatória ao cristão por causa da expressão "para sempre" contida neste texto bíblico. Porém, existe na Bíblia outros textos que falam em "preceitos perpétuos" ou "para sempre", mas não são considerados pelos sabatistas como obrigações permanentes. Por que só vêem no sábado um preceito eterno? Segundo a Bíblia, são preceitos perpétuos: a circuncisão (Gênesis 17.7, 13); a celebração da Páscoa (Êxodo 2.14); a unção dos sacerdotes (Êxodo 40. 15).
2. Obrigação
Também, os sabatistas defendem a ideia da obrigatoriedade de se descansar no sábado citando Êxodo 20.8, "Lembra-te do dia do sábado para o santificar". Usando esta referência, eles argumentam que o mandamento que ordena guardar o sábado está no conjunto de ordenações que mandam não ter outro deus diante de Deus; não tomar o nome do Senhor em vão; não esculpir e adorar imagens; honrar os pais; não matar; não cometer adultério; não mentir; não cobiçar a mulher, animais e coisas do próximo. Dizem que se o cristão segue tais ordenanças, que compõem os Dez Mandamentos, também deveriam seguir a ordem de guardar o sábado.
Porém, os sabatistas parecem ignorar o comentário de Cristo, que como Senhor do sábado, detendor de plena autoridade para determinar o grau de culpabilidade de quem não observa o descanso no sábado, declarou: "Não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa?" - Mateus 12.5.
A tentativa de reconciliação com Deus por meio de obras implica a nulidade da obra de Cristo e a obrigatoriedade de se guardar toda a lei (Gálatas 5.2, 3). Aqueles que consideram ser importante guardar o sábado devem julgar se estão da maneira que a lei do Antigo Testamento prescrevia: não ferver e nem assar comida; não sair de casa; não acender fogo; não fazer viagens; não carregar peso; não fazer transações comerciais (Êxodo 16.23, 29; 35.3; Neemias 10.31; Jeremias 17.21; Amós 8.5). Os defensores da guarda não cumprem essas determinações.
Deus descansou no sétimo dia da criação.
O verbo hebraico encontrado em Gênesis 2.2 significa "descansou" (hebraico shabbat) não indica fadiga, quer dizer apenas "cessou", está conectada com a finalização da obra da criação. O pensamento de que o Deus bíblico, um Ser espiritual que é onipotente, está sujeito ao cansaço é um pensamento pueril. Jesus atestou que o Criador, é incansável, está isento às fragilidades carnais e humanas: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também" -João 5.17.
O sábado é um presente de Deus para o povo de Israel.
A palavra "sábado" é um termo de origem hebraica e significa "sétimo".
Deus ordenou aos judeus, libertos do regime do trabalho escravo no Egito, que descansassem no sétimo dia da criação. Diferente de Faraó, que não tratava os judeus com dignidade, Deus tratou-os dignamente como seres humanos que eles eram.
Ao descansar no sétimo dia, o povo israelita recebeu por 40 anos o alimento celestial chamado maná, cujo sabor é comparado ao gosto do mel e do azeite, até chegarem aos termos da terra de Canaã (Êxodo 16.29-30, 35; Números 11.8).
O sábado foi dado a Israel para descanso.
Tanto os israelitas quanto a terra e os animais usados no campos deveriam descansar no dia de sábado (Êxodo 23.12).
A fé cristã é isenta de toda forma de legalismo e incentiva a usar tolerância com os fracos na fé (Romanos 14.5-6).
Quando Paulo proibiu o juízo, no capítulo 14 da carta aos crentes romanos, referia-se a costumes de judeus, como as regulamentações a respeito à observância do sábado, de festas e da alimentação, O apóstolo concluiu que estas são questões individuais e não morais, e cada crente deve decidir sobre elas, pois cada um deverá prestar contas a Deus e não aos outros cristãos. O crente maduro jamais deve ostentar suas preferências pessoais de maneira que possam prejudicar outros cristãos (10.15, 20, 21, 1 Coríntios 8).
A lei, juntamente com o sábado legal, foi encravada na cruz.
Não podemos deixar de citar a redenção do cativeiro egípcio, um fato histórico, que se consistia em sombra no passado dos judeus que entraram na Terra Prometida, como também é um fato histórico o sacrifício de Jesus para redimir toda a humanidade do cativeiro da morte espiritual (1 Corintios 5.7).
O cristão não está debaixo do antigo concerto (Hebreus 8.6-13). O sábado e todas as instituições de culto do Antigo Testamento foram sombras ou símbolos prepatórios de bênçãos da salvação presente e futura em Cristo.
O sábado institucional se cumpre na vida da igreja.
O Adventismo do Sétimo Dia usa o texto de Hebreus 4.8, 9 para tentar convencer a todos sobre a necessidade de observância do sábado como dia de descanso. Porém, tal doutrinamento ignora que este texto bíblico não trata do sétimo dia literal. Antes, refere-se ao repouso de uma vida de fé em Deus. A ideia central reside no fato que Deus descansou depois de haver criado o mundo. E, também, no fato de que os profetas falaram, de antemão, de outro dia (Salmos 118.24; 95.7) e não no sétimo dia semanal. O dia mencionado pelos profetas está relacionado a um repouso maior, que se seguiria a uma obra maior, cujo objetivo não era apenas descansar fisicamente, mas também repousar a alma e o espírito.
Oseias 2.11 fala da abolição do sábado.
"E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas festividades." Esta profecia se cumpriu com o ministério de Cristo.
Divinamente inspirado, o apóstolo Paulo explica a relação entre o ministério de Cristo e a abolição do sábado no Novo Testamento, esclarece que os cristãos estão livres da observância do sábado. Ao morrer sem pecado e ressuscitar, Jesus expôs principados e postestades e os derrotou e triunfou sobre si mesmo, abrindo as portas celestiais ao repouso eterno no céu de toda alma que aceitá-lo como Salvador e reconhecê-lo como Senhor (Colossenses 2.16, 17).
O que os cristãos estão fazendo com o Dia do Senhor?
É um equívoco afirmar que o imperador romano Constantino determinou que o domingo fosse considerado pela Igreja de Cristo como o Dia do Senhor. O que Constantino fez foi apenas legitimar e oficializar a prática preservada por mais de três séculos pela comunidade cristã primitiva.
O cristão considera o domingo como Dia do Senhor porque foi neste dia que Jesus de Nazaré ressuscitou, a Igreja Primitiva se reunia para comer o pão e confraternizar-se com alegria e singeleza de coração. Assim sendo, desde o primeiro século os cristãos que confessam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, reservam o domingo para adorar a Deus. Sem pressão legalista, os adeptos do cristianismo aproveitam que o domingo é o dia oficial de descanso no mundo ocidental, para dedicar-se ao convívio em família, à meditação espiritual, adoração ao Senhor em comunidade e visita aos enfermos.
E.A.G.
Compilações:
Bíblia Apologética de Estudo, páginas 80, 83, 87, 97, 98, 1203, 1237, 2ª edição ano 2000, Jundiaí/SP (ICP - Instituto Cristão de Pesquisas).
Bíblia de Estudo Defesa da Fé: questões reais, respostas precisas, fé solidificada; páginas 8, 1804, 1899, edição 2010, Rio de Janeiro (CPAD).
Ensinador Cristão, ano 16, nº 61, página 39, jan/fev/mar 2015, Rio de Janeiro (CPAD).
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