Na tradução cristã, muitas vezes, tem ocorrido um fenômeno ao contrário, no qual a tradução da Bíblia foi feita usando-se uma linguagem difícil e arcaica. As pessoas com poder na esfera esfera religiosa cristã preferiram estas traduções que não comunicam a mensagem de forma amena. É por isso que uma tradução com base no significado - e usando um vocabulário contemporâneo e simples - é muito importante para a construção do Reino de Deus. Da mesma forma que os idiomas originais eram de fácil compreensão para os primeiros ouvintes e leitores, hoje é muito importante oferecer, ao mundo, traduções da Bíblia que utilizem uma linguagem compreensível para a pessoa comum. Neste tipo de tradução, é necessário evitar palavras que são compreendidas apenas apenas pelos crentes, membros das igrejas.
É urgente que a mensagem de Deus chegue à pessoa da rua - e que esta pessoa possa entendê-la sem precisar que algum especialista a explique. Isto não significa banalizar a linguagem, nem usar palavras toscas, da rua. Mas significa, sim, oferecer uma tradução com um vocabulário simples e uma semântica fácil de ser acompanhada. Isto não sugere que seja uma tradução simplista; porém, que seja uma tradução de fácil compreensão para que a pessoa - sem preparo e estudos bíblicos - possa ter acesso à mensagem libertadora e de esperança da Palavra de Deus.
O mundo de hoje carece de traduções que "comuniquem" a mensagem poderosa da salvação de Cristo!
Esteban Voth é teológo, biblista e coordenador de tradução da Área das Américas das Sociedades Bíblicas Unidas.
Fonte: A Bíblia no Brasil, nº 240, julho a setembro de 2013, ano 65 (Sociedade Bíblica do Brasil).
Aqui necessário se faz o cuidado com outro extremo, que é o de no afã de popularizar acabar por cometer o erro da Bíblia free style: http://blogdoprmedeiros.blogspot.com.br/2014/06/a-biblia-profanada.html
ResponderExcluirA respeito de traduções mais populares, creio que a TEB e a NVI conseguem reunir linguagem acessível e fidelidade aos textos originais.