Páginas

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Eleições 2014: A consciência cristã e a consciência política

Por Eliseu Antonio Gomes

Sou eleitor na área em que Marco Feliciano coleta votos. Não votei nele na eleição passada, porque sigo o princípio de não votar em pastores (tenho em mim a firme convicção que eles não devem dividir a vocação pastoral com atividade secular), e por apoiar outra pessoa evangélica, membro da Assembleia de Deus-Brás, alguém que já acompanhava sua trajetória desde a vereança e aprovava suas atitudes políticas. Ainda apoio: Jorge Tadeu Mudalem, não me decepcionou. 

Mas, mesmo sem votar em Feliciano, reconheço-o como um exponencial. Que Deus nos ajude a ter mais representantes no Parlamento com a mesma coragem que ele demonstrou ter até agora.

Depois de vê-lo eleito, não que me veja com alta expressividade, dei a Feliciano 100% de apoio para suas lutas em favor da família e da vida. Dentro do meu campo de comunicação, critiquei a mídia que o apedrejava. 

Acredito que o meio cristão brasileiro está carente de coesão na área política. O cristão no Brasil, como cidadão/eleitor, precisa manter-se mais unido em questões como o PL 122/2006 (graças a Deus, sepultado). Em situações como essa, as diferenças doutrinárias devem ficar em segundo plano.

Politicamente, o catolicismo, pentecostalismo, neopentecostalismo, movimentos que se apresentam como da fé reformada, devem agir como um só corpo. Porque no Parlamento, o cristão eleito (seja ele Deputado presbiteriano, ou assembleiano, ou católico, ou da IURD, ou da IIGD), não poderá legislar representando correntes doutrinárias denominacionais, apenas interesses de toda a sociedade – todas as instituições eclesiásticas como um bloco, e até além delas.

Em se tratando da defesa da família e da vida, a comunidade cristã brasileira precisa agir como uma única unidade. Tudo bem ter e manter discordâncias de pontos doutrinários com alguém que se elegeu – mas que as diferenças sejam enfatizadas e defendidas separando a pessoa política da pessoa religiosa. É preciso ter bem visível na consciência a linha divisória entre questões internas sobre igreja e questões macros, de interesse geral do cristão, atuante na sociedade. Exemplos: a tentativa de legalizar a maconha e a pedofilia. Situações que atingem a “célula mater”. A família do cristão do pentecostal, do neopentecostal, do reformado e do católico, são agradidas ao mesmo tempo.  

Então, não há motivo de um eleitor, cristão calvinista, hostilizar um candidato eleito que siga a linha arminiana!

Tocar neste assunto parece ser um despropósito, não haver necessidade. Mas, infelizmente, ainda existe quem não consiga separar um assunto do outro, não consiga separar dogmas denominacionais do exercício de cidadania.

E.A.G.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá!

Obrigado por comparecer ao blog Belverede e interagir comentando. Sua opinião é importante para nós.

Lembramos que a legislação brasileira responsabiliza o blogueiro pelo conteúdo do blog, incluindo os comentários escritos por visitantes. Assim sendo, agradecendo a visita e a interatividade de todos, avisando a todos sobre nossa Política de Moderação de Comentários:

• Não serão publicados comentários em que houver palavreados chulos, xingamentos, frases grosseiras. É permitido o debate educado.

• O Editor do blog Belverede analisa todos os comentários e não publica conteúdos que infringem as leis. São eles: digitações caluniosas; ofensivas, que contenham falsidade ideológica, que ferem a privacidade pessoal ou familiar, e, em determinados casos, os comentários em anonimato.

• O editor do blog Belverede não aceita publicar todos os comentários anônimos. Embora haja aceitação de digitação de comentários anônimos, não significa que o mesmo será publicado. Priorizamos à publicação os identificados. Os anônimos são publicados apenas quando escritos objetivando à preservação do digitador devido o assunto referir-se a ele mesmo, com vista a receber aconselhamento de ordem espiritual, e a abordagem do tema tratado estiver dentro do assunto do artigo em que o comentário tem em vista ser publicado.

• Mais sobre cometários em anonimato. O comentário é de exclusiva responsabilidade de quem o escreve, conforme dispõe o Marco Civil da Internet. A utilização da condição de anonimato, não exime de responsabilidade seu autor, porque a qualquer momento seu IP pode ser levantado judicialmente e a identidade ser exposta de maneira clara.

Ainda, pedimos a gentileza ao Leitor (a) para usar este espaço de comentários escrevendo comentários referentes ao artigo.

Incentivamos aos que pretendem tratar de assunto particular, pedir orientação pessoal/espiritual. a usar o seguinte e-mail de contato: eliseu07redesocial@yahoo.com.br.

Em Cristo,

Eliseu Antonio Gomes