O profeta viveu durante o reinado de Jeroboão II - tempo de ansiedade e medo entre as nações - , por volta de 800 a.C., Exerceu seu ministério profético em Israel. Era uma época de grande prosperidade material.
O livro de Oseias é repleto de linguagens simbólicas. Os temas principais são: o grande amor de Deus; o apostasia do povo; juízo divino e a promessa de restauração espiritual. O objetivo do livro é mostrar a grandeza e abnegação do amor de Deus por seu povo.
A estrutura do livro escrito pelo profeta dá mostra que o escritor era dotado de características intelectuais, enorme capacidade de expressar revelações divinas com nuances de tons filosóficos. Compreendia a importância da instituição familiar, e com essa envergadura relata suas marcantes e tristes experiências vividas no casamento. A sua conscientização sobre o matrimônio fez com que tivesse a capacidade de dar interpretação correta de suas experiências tristes como um lembrete do amor de Deus pelo pecador, por toda a nação de Israel.
O profeta foi testemunha do tipo de adoração que existia em seu país, sabia que era o contrário do que Deus desejava para seu povo. O Senhor queria adoração exclusiva, mas o povo cultuava divindades cananeias, representadas por estátuas de bronze, em cultos sem restrições sexuais e com uso de bebida embriagante. Tal situação caótica se consistia na quebra de aliança estabelecida no monte Sinai, drenava a comunhão de Israel com Deus.
Oseias sabia que era importante trazer à lembrança à Nação de quão era importante viver em comunhão com Deus, e alertava o povo rebelde sobre suas obrigações espirituais, sobre a necessidade de retomar a aliança de fidelidade espiritual feita no passado. A missão do profeta era lembrar aos israelitas que eles haviam feito um acordo de fidelidade com Deus, tinham o compromisso de obedecer os mandamentos do Senhor. A tarefa mais importante de Oseias era avisar ao povo que a fidelidade tornaria os judeus em filhos por adoção, e assim receberiam a graça divina.
O profeta estacava em sua mensagem que Israel era a noiva de Deus, usava seu próprio matrimônio como uma metáfora da relação entre Deus e os israelitas. Lembrou que o Senhor deu liberdade para Israel, e que Israel se esqueceu de honrar o importante pacto de fidelidade.
Oseias recebeu a ordem de se casar com Gomer, prostitura, mulher que se tornou esposa traidora. Alguns se perguntam se Oseias sabia que a mulher que escolheu para casar-se era prostituta antes do casamento, porque é difícil entender a ordem divina para que entrasse em uma relação matrimonial tão complicada. A vida conjugal do profeta se consistia em uma parábola para os concidadãos do profeta testemunharem. Segundo a Lei de Moisés, o cônjuge infiel deveria ser punido com apedrejamento (Deuteronômio 22.20).
O casamento do profeta fez com que os israelitas refletissem sobre a grande paciência e amor de Deus.
Após Gomer abandonar as práticas da prostituição, foi recebida em casa e o matromônio foi restaurado. Tal atitude assinalava que o povo israelita merecia apedrejamento, mas que Deus desejava o bem de todos. Assim, Oseias mostrou aos israelitas a disposição de Deus em perdoá-los.
E.A.G.
Gostei dessa materia, bem esclarecedora.
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