Com alguma frequência encontramos alguns conteúdos “apologéticos” no mais popular site de vídeos da Internet, o YouTube.
A maior parte dos vídeos são colagens e o resultado é péssimo. Não há possibilidade de saber quais são as linhas de raciocínios dos preletores que aparecem. Os conteúdos são compostos com montagens de diversos fragmentos de preleções, usa-se filmagens com pequenas partes. Apenas trechos, tudo sem uso do começo, meio e fim, das preleções.
Temos que fazer o quê com isso? Bater palmas para quem tira falas de seus contextos ou chamar a atenção deles para que sejam sensatos?
Se quem os assiste adota como verdade o vídeo fracionado, frações que são partes integrantes de conteúdos que não conhece completamente, se arrisca a ser manobrado por quem fez as colagens.
Como cristãos, é preciso amar o próximo como amamos a nós mesmos. Tenho certeza que ninguém deseja ser alvo de editores de vídeos dessa qualidade, nenhuma pessoa mentalmente sã sonha em ser focada assim, com suas falas cortadas e coladas dentro de uma mensagem que nunca foi a linha de raciocínio que ela criou.
A (i) legalidade
Além de usar a consciência cristã para observar e entender que essa espécie de vídeo é uma coleção de montagens, é preciso ponderar que o conteúdo das montagens são produtos usados de maneira ilegal. As imagens são extraídas de programas de televisão ou DVDs, que existem sob a lei do Direito Autoral. Quem fez a colagem comete infração penal.
Meu objetivo
Por fazer este tipo de comentário, algumas vezes fui acusado de corporativismo, ser uma pessoa que está a defender as vítimas das pessoas que criam tais vídeos.
Eu sou imparcial. Não existe corporativismo da minha parte, eu não faço parte do corpo de obreiros de nenhuma igreja e nunca quis ser pastor. Sou independente, não vivo de ofertas e nem dízimos de igrejas. É o contrário, eu contribuo com o que tenho.
Estou contra quem faça esses vídeos, mas não levo nada para o lado pessoal, apenas passo algumas informações sobre eles.
O objetivo deles
Pesquise e veja os editores dos vídeos que assiste. Uma parcela é anônima, outra é declaradamente de pessoas homossexuais e atéias. Em suma, ativistas de causas anticristãs.
Para minha surpresa, determinada vez eu pesquisei e cheguei em um internauta ateu, debochador de todos os evangélicos e que tinha seus vídeos usados por evangélicos da Assembleia de Deus como fontes. Essa gente quer, e em algumas iniciativas consegue, provocar contenda entre irmãos de fé.
Acusações
Sobrepostas às edições, geralmente os editores carregam os vídeos com caracteres repletos de acusações, escárnios, textos bíblicos descontextualizados.
Quando se acusa alguém de viver em desonestidade, sem conhecer claramente a vida da pessoa acusada, a mensagem é apenas a mera calúnia. Não convém acusar sem provas. E convenhamos que um vídeo cheio de edições não seria aceito como peça em tribunal nenhum para condenar quem quer que seja.
Os editores desses vídeos, temerariamente, dizem que determinados pregadores possuem posses e que tudo que possuem serve apenas para satisfazer seus egos. Não podemos nos esquecer que nem eu e nem você tem o atributo divino da onisciência. O cristão que vigia na preservação de sua fé sabe que só Deus é capaz de sondar os corações, só Ele sabe todas as coisas e portanto tem condições para afirmar se tais acusações procedem ou não.
Acusadores também costumam dizer que obras sociais não são feitas pelos líderes que eles atacam. É uma afirmação quase sempre irresponsável, sem compromisso com a realidade dos fatos. Eles se quer checam o que dizem, não há fonte fidedigna como base. Se quer saber a verdade, a prudência manda que use seus olhos e pernas, vá em pessoa
certificar se a acusação procede.
O equívoco teológico
Essa gente acusa líderes religiosos de enriquecimento usando o nome de Deus e que eles deveriam distribuir riquezas aos pobres.
A pobreza não diminui com distribuição de dinheiro, mas com educação e trabalho. Aliado ao assistencialismo é necessário empreender ensino e dar emprego, coisas de competência do governo.
A missão da igreja não é pegar o dinheiro dos crentes e alimentar os descrentes do mundo. Por que não? Dê dinheiro ao viciado em crack, maconha ou cocaína e ele usará o valor que recebeu para alimentar o vício. Dê alimentos e roupas aos que vivem em casamento adúltero e estará incentivando a continuação do adultério do casal.
Paulo escreveu para Timóteo dizendo que a assistência social deveria ser realizada para favorecer os membros fiéis da igreja (1 Timóteo 5.3, 9, 10,14-16).
Conclusão
Todo cuidado é pouco. Nunca permita que a sua opinião se estabeleça sobre situações e pessoas a partir de conteúdos criados por internautas desconhecidos. Tenha sempre a Bíblia Sagrada como regra de fé e conduta, examinando tudo e retendo o que promove o bem.
Somos seres humanos limitados, que as Escrituras Sagradas orientam a nunca julgar ninguém pelas aparências. Não julguemos pessoas pelo que aparece no YouTube. Quando desejar ter parecer sobre algo ou alguém, vá as fontes oficiais. As vítimas de acusações geralmente têm seus sites e redes de relacionamentos, em seus espaços encontrará material completo para a sua pesquisa.
E.A.G.
Caro Eliseu,
ResponderExcluirVocê foi muito feliz em seu comentário.
Precisamos de vozes como a sua.
Deus abençoe!
Carla Ribas