Deus fez os céus e a terra e não habita em templos feitos por mãos humanas. Nós, os cristãos que se renderam aos pés de Jesus, somos os verdadeiros templos de Deus. E os verdadeiros adoradores de Deus, que é espírito, o adoram em espírito e em verdade, não apenas no plano físico (Atos 17.24; 1 Corintios 3.16; João 4.23-24).
Acho estranhíssima a ideia de considerar a tribuna como se fosse um altar de Deus. Aos que pensam que é, peço a gentileza de mostrar os textos bíblicos em que estão baseados, usando o espaço de comentários deste artigo.
As igrejas Assembleias de Deus costumam receber autoridades políticas no local próximo ao púlpito, e há quem critique isso dizendo ser uma profanação ao altar de Deus.
Para os assembleianos, o local onde está o púlpito é apenas uma plataforma para fazer uso da comunicação. Pensando assim, recebe-se e dá-se assentos para as autoridades políticas nestas plataformas, mesmo aquelas que não professam a mesma fé, as cadeiras não estão reservadas só aos líderes da denominação.
Jesus veio para os doentes, para os pecadores. Por que o cristão deveria rejeitar os pecadores em ambientes de cultos? Nesses ambientes eles têm oportunidade de ouvir a Palavra de Deus. O cristão é orientado a ser hospitaleiro (Hebreus 13.2). Tratar bem o próximo jamais será pecado.
Pastores e autoridades ficam assentados na plataforma, que possui nível de piso superior ao restante do piso do templo. Falando por mim mesmo, é pensamento meu, não é de outros, acho uma tremenda besteira fazer questão de assentar-se em nível superior. Há quem se sinta desonrado, sendo pastor ou autoridade, se oferecerem assento em nível dos membros da congregação.
Algum tempo atrás, a Assembleia de Deus - ministério Madureira, recebeu a visita de uma pessoa que é líder da Igreja do Reverendo Moon, e ele assentou-se na plataforma em que os pastores se assentam. Isso foi motivo para muitas críticas na Internet.
Não estou a defender as doutrinas do Reverendo Moon, apenas afirmando como a Assembleia de Deus considera o local em que o púlpito está, isto é, considera uma plataforma de comunicação e não como um altar de Deus.
No episódio da presença de uma pessoa ligada ao Reverendo Moon na plataforma da AD Madureira, eu não tenho conhecimento do conteúdo que foi dito por essa pessoa e nem em que momento da reunião ela falou.
O detalhe do momento do pronunciamento é importante. Na liturgia assembleiana existe o momento da pregação da Palavra de Deus, ocorre como a última parte da reunião, a parte mais importante, o desfecho final da reunião. Nos momentos anteriores à pregação da Palavra de Deus, ocorrem momentos de louvores, momentos de testemunhos e saudações. Acredito (repito: eu suponho, porque não sou testemunha da ocorrência) que a pessoa ligada ao Moon fez uso do púlpito para uma saudação.
Os assembleianos sabem distinguir cada momento. Os líderes estão presentes e cuidam do rebanho, se há algum pronunciamento anterior que desvirtue o ensinamento bíblico, com certeza os líderes farão uso da praxe para refutar tudo no momento da exposição da Palavra do Senhor.
Caro Elizeu Gomes,
ResponderExcluirGraça e Paz,
Seu texto põe o dedo em uma "ferida" que incomoda muita gente, mas na prática vc. desmistifica uma questão sem paixão.
Ainda assim, é muito bom que tomemos todo o cuidado para que a coisa não descambe, afinal, existem muitos irmãos que ainda se escandalizam, e isso é o problema.
Creio que equilíbrio é a fala do momento.
Parabéns pela coragem de tocar em assunto cotidiano, mas melindroso.
Um grande abraço!
Bom texto e concordo com tudo referente ao altar, ou púlpito/plataforma da igreja.
ResponderExcluirAproveitando, Xará, uma coisa que eu não concordo ultimamente na igreja é: "VAMOS FICAR EM PÉ EM REVERÊNCIA A PALAVRA DO SENHOR". Isso não seria um tipo disfarçado de idolatria? Abraços, mano
Deus não habita em templos feito por mãos humanas.Entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas; como diz o profeta: O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso? Não foi, porventura, a minha mão que fez todas estas coisas?” (Atos 7.48-50). Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Coríntios 6.19).
ResponderExcluirCaro Pastor Carlos.
ResponderExcluirPois, apesar de reconhecer que o altar de Deus é o nosso coração, estamos consciêntes que o ambiente em que é realizado o culto deve ser com atitude reverente.
Se assim não for, fica claro que o altar do coração está em crise com Deus.
Obrigado por comentar mais uma vez!
Abraço.
Elizeu.
ResponderExcluirEntendo que alguns costumes litúrgicos possuem suas significâncias importantes. A questão principal é fazer com que todos entendam a representatividade e a pratiquem pela representação e não por mera força de hábito.
Abraço.
Apenas um argumento para defender a profanação de um lugar santo pois foi separado e é de onde Deus recebe louvores e adorações da sua Igreja. Inadmissível colocar pessoas que não têm nenhum compromisso com Deus para fazer uso da palavra onde é pregada a PALAVRA. Relativismo secular que tem afundado a Igreja num lamaçal de apostasias e pecados. O autor do texto fala por ele mesmo porque 99 % dos Assembleianos não concordam com tal prática e se escandalizam com essa atitude.
ResponderExcluirPrezado Jorge Bastos.
ResponderExcluirAmigo e irmão em Cristo, respeito seu modo de pensar, porém, discordo.
Os comentários acima do seu citam textos bíblicos que afirmam que Deus não habita em templos construídos por mãos humanas. A Bíblia contém a Palavra de Deus.
Pense um pouco mais. A Eklésia (Igreja) somos nós, todos os que receberam a Jesus como Senhor e Salvador. O próprio Cristo disse que onde estiverem dois ou três reunidos, Ele se faria presente. Atente: qualquer lugar. O que significa com ou seu uma plataforma de pregação. Os púlpitos não são tão importantes assim, como muitos pensam...
Abraço.