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terça-feira, 19 de julho de 2011

Dízimos para assistência social e salário pastoral

Algumas pessoas contrárias à prática de arrecadação de dízimos costumam lembrar que os judeus em algumas ocasiões comiam seu próprio dízimo, não o entregavam no templo, podiam repartir o dizimo com os necessitados, e fazem desse cenário uma comparação com as denominações evangélicas atuais. Esse detalhe em nada altera a condição do cristão praticar a contribuição financeira entregando o dízimo na igreja.

Essas mesmas pessoas também dizem que é muito difícil à liderança cristã usar o dízimo com objetivo de fazer assistência social, afirmam que para esses casos são arrecadadas ofertas especiais, promovem eventos, mas não se usa o dizimo para ajudar alguém. Mas, existem obras assistências nas igrejas com uso de dízimos. É um erro generalizar assim. Generalizações são injustas. Os injustos não entrarão no céu (1ª Coríntios 6.9). É preciso esclarecer que às vezes são feitos eventos para levantar ofertas porque a arrecadação de dízimos é pouca.

E, talvez, cogitando que todas as arrecadações de dízimos sejam desviadas para objetivos ilícitos, como se os dizimistas fossem pessoas idiotas e manipuladas pela liderança cristã, alguns críticos da prática do dízimo dizem: " as prioridades da coleta são: salários pastorais, contas a pagar a construção de templos. Todos esses itens sem fundamento algum se seguir o exemplo da igreja primitiva”.

Bem, primeiro é necessário dizer que os templos pertencem aos ministérios evangélicos, eles são dos próprios membros dizimistas, não é  imóvel que pertence exclusivamente aos pastores.

E em se tratando de Assembleia de Deus, eu folgo ao dizer que não ocorre assim. Meu pai foi tesoureiro por décadas. E ele é minha testemunha direta da partilha de dízimos. As obras assistenciais eram prioridades, para ajudar os membros da igreja.


Nos dias atuais, conheço casos de muitas famílias beneficiadas pela igreja em momentos de crise grave. Receberam cestas básicas, roupas, remédios. O que os líderes não costumam priorizar na distribuição de dinheiro do dízimo são obras assistenciais para não membros, pessoas desvinculadas da igreja. Não é praxe fazer caridade para quem não é crente com o dinheiro de dizimistas. E isso tem base bíblica. Para confirmar, basta ler as cartas de Paulo, ver 1 Timóteo 5, capítulo inteiro.

Esses críticos passam uma ideia errada sobre quem foi o apóstolo Paulo. Parecem querer nos fazer crer que ele era contra salário para pastores. Um destes escreveu assim: "É uma pena que a maioria das denominações ou pastores não querem se espelhar em Paulo nessa parte”.

Leiamos na Bíblia, palavras de Jesus e do apóstolo Paulo: "Digno é o obreiro do seu salário" (Lucas 10.7; 1 Timóteo 5.18). Esta declaração é direta e claríssima, não requer preparo teológico para entendê-la É como raciocinar que um mais um são dois. Que espécie de argumentação teológica é essa que tenta mudar o significado real de um texto bíblico?

Escrevendo aos cristãos da cidade grega Filipos, Paulo afirmou: "E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente; porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalônica. Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta. Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus" (Filipenses 4.15-18).


Os crentes filipenses auxiliaram o apóstolo Paulo com bastante generosidade e Paulo declara que essa generosidade chegou a Deus como sacrifício agradável, como um cheiro muito bom! Que diferença de pensamento, esse do apóstolo! Não é isso que muitos pensam da colaboração da obra de Deus com vista a sustentar obreiros em seus ministérios cristãos.

Esse folclore de que os pastores que se dedicam 24 horas ao ministério não devem viver com o sustento do ministério é algo que se dissolve com pouca atividade mental. Os dízimos são destinados para uso da coletividade de cristãos, para missões, e tudo isso tem a ver com o trabalho de pastores, pois são eles quem administram essas coisas.

E.A.G.

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