Graça é uma palavrinha simpática que permeia nossa vida. É um vocábulo tão usado em nosso vocabulário que não paramos para observar o quanto ele é especial e profundo.
Muitas gentes dão graças antes das refeições, somos gratos ou agradecidos pela bondade de alguém, somos inundados com a sensação de gratificação ao receber uma boa notícia, congratulamos pessoas quando elas são bem-sucedidas, recepcionamos graciosamente amigos em nossa casa, damos gratificações aos funcionários que nos servem com excelência.
O contrário da graça, nós também ouvimos e falamos bastante, porque vivemos num mundo que há um ciclo de altos e baixos.
O mundo jaz no malígno, a falta de amor entre os semelhantes é a semente que faz brotar desgraças. Um bate, outro revida; fulano ofende e ciclano responde xingando; beltrano pede e não é atendido na sua solicitação, então, rouba.
Alguém é acometido pela tragédia, então, dizemos que a tal pessoa caiu em desgraça. Se não recebemos o feed back por algo de bom que fizemos a alguém, logo pensamos ou dizemos que o tal alguém é ingrato. Quando uma pessoa faz outra ficar irada, provavelmente, será emitida a frase: "você é um desgraçado!". O cidadão que não é bem-vindo, é classificado como persona non grata.
É no seio familiar, por intermédio dos pais, desde crianças, que nós recebemos os primeiros contatos com a graça ou a falta dela. Algumas famílias por muitas gerações transferem heranças de fracassos ou de sucessos. O bisavô, viciado alcoólico, passou o vício ao avô, que por conseguinte contagiou o filho com o gosto pela bebida. Ou o bisavô, médico-cirurgião, inspirou sua prole a exercer o sagrado ofício e o amor pela medicina virou a marca registrada de todos numa casa.
No filme O Último Imperador, de Bernardo Bertolucci, a criança escolhida como o último imperador da China vive uma vida de grande explendor, cercada de um número incontável de servos ao seu redor para atender os seus desejos. Alguém lhe pergunta: o que acontece quando você faz alguma coisa errada? Ele responde que outros são castigados no lugar dele. Para exemplificar, pega um jarro e atira-o no chão fazendo-o em pedaços. Logo, surge uma pessoa e castiga um dos servos que estava próximo ao menino imperador.
A graça de Deus para conosco é assim: nós erramos feio, e Jesus Cristo foi castigado em nosso lugar, indo parar pendurado na cruz do calvário e sofrer o pior dos sofrimentos até dar a própria vida por nós. Esta graça nos faz amigos de Deus, porque o sangue que Cristo derramou é capaz de limpar todas as manchas de pecados que cometemos. Basta reconhecer que somos pecadores, pedir o perdão a Deus e nos propor a não repetir o mesmo erro de antes.
O mundo não entende a graça de Deus, pensa que para recebê-la é preciso ter méritos, ser alguém que mereça tão grande favor. Mas, não há nada que eu faça que fará Deus me amar mais, e não há nada que eu faça que fará com que Ele me ame menos. O significado da palavra graça é" favor não merecido". Não depende de quem somos e nem do que fazemos, mas do amor que Deus tem por nós. Ele nos amou de tal maneira que quis dar o seu único Filho para que nós não fossêmos castigamos pelos erros que cometemos.
O mundo todo tem motivo de sobra para chorar. Se nós, cristãos convertidos a Jesus, não estamos chorando é porque estamos sendo agraciados pela bondade de Deus. Sejamos gratos a Ele, que nos ama. Temos a capacidade de irradiar e fazer este mundo mais cheio de graça. Podemos iniciar ciclos de bênçãos e eliminar os de desgraças levando a mensagem de salvação, explicando ao mundo perdido que a graça do Senhor está manifesta entre nós, basta receber Cristo como Senhor e Salvador pessoal.
O Evangelho de Jesus Cristo é o veículo que transporta ao coração humano a graça restauradora de Deus para toda a Humanidade, expressa no amor divino. Todos nós que conhecemos a Deus temos uma história de amor para contar. Comuniquemos as Boas-Novas, então.
E.A.G.
Observação: Esta matéria é a mistura de autoria própria com a compilação adaptada do artigo de autoria de Priscila Campos publicada na revista Canaã News, ano 8, de abril de 2008. Ilustração: capa da revista Natura - ciclo 08/2009.
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