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Há 119 anos atrás, o Marechal Deodoro da Fonseca deu o golpe de estado contra regime monárquico e fez o Brasil se tornar um país republicano.
Apesar de Dom Pedro II gozar de grande popularidade entre os brasileiros, o Império era desprezado. Havia naquela época uma corrente da sociedade apregoando que após a morte do imperador não haveria o 3 º Império. Isto devido a alta repulsa da população contra o marido da Princesa Izabel , o francês conde D'Eu, como também por causa das políticas aplicadas por aquele governo. O levante contra o Império teve apoio tanto por parte da elite quanto da população de um modo geral, culminando no dia 16 com um comunicado e uma proposta nas mãos de Dom Pedro II. Ele foi informado oficialmente da sua deposição e do “convite passa - fora”, sendo solicitada sua saída do Brasil o mais rápido possível.
A Igreja Positivista do Brasil
Naquela época havia um movimento religioso na zona sul do Rio de Janeiro, a Igreja Positivista do Brasil, fundada por Miguel Lemos e Teixeira Mendes, dois jovens com 26 anos, na atual rua Benjamin Constant – nº 74, no bairro da Glória. Ali haviam reuniões com palestras fazendo interpretação científica para a realidade, glorificava-se os nomes mais importantes das religiões, literatura, filosofia, ciência e política, teocracia inicial, catolicismo, ciência moderna, etc. A doutrina, criada pelo filósofo francês Augusto Comte, era a “bíblia” deles, doutrina que incitava veneração a Moisés (teocracia), Homero (poesia), Aristóteles (filosofia), Arquimedes (ciência), César (civilização militar), Paulo (catolicismo), Gutemberg (industria moderna), entre outros, todos tidos como grandes expressões do pensamento humano. Os adeptos acreditavam na subjetividade da alma e cultuavam a memória dos mortos pelo legado que os mesmos deixaram para a cultura.
Na Igreja Positivista do Brasil as reuniões costumavam lotar o templo, haviam pessoas influentes entre os membros - naquele lugar o Marechal Cândido Rondon celebrou a confirmação de casamento. No local existiam reuniões de caráter político, era o ponto de encontro de abolicionistas e republicanos. Hoje o templo se transformou em museu extra-oficial da História do Brasil. O acervo possui a primeira bandeira brasileira, a cama de Tiradentes , livros raros e pertences pessoais dos dois fundadores da igreja.
A Igreja Católica
Ao assumir o pontificado em 1848, Pio IX, criticou as modernidades liberais. O Vaticano em 1870, aprovou o dogma da infalibilidade papal. O governo de Dom Pedro II sustentada financeiramente os bispos catóticos, então em 1874 se sentiu no direito de mandar prender os bispos do Pará e de Olinda, por eles criticarem a maçonaria em apoio ao papa - , foram condenados a trabalhos forçados por quatro anos. O papa fez com que o problema se alastrasse a nível internacional. Para resolver o impasse, Dom Pedro II anistiou os bispos, tornando a prisão deles em encarceramento sem trabalhos forçados. Por conta disso a opinião pública brasileira passou a ver fraqueza no imperador e se sentiu desde então mais propensa ao fim da monarquia e implementação do idealismo republicano.
Brasilidade
Na reunião na casa do Marechal Deodoro da Fonseca, na noite de 15 de novembro de 1889, foi decidido que se faria um referendo popular, para que a população legitimasse, por meio do voto, a república. Porém esse plebiscito só ocorreu 104 anos depois, dentro da constituição vigente, no dia 21 de abril de 1993; o seu resultado foi claro: a república foi aprovada pela grande maioria da população, com 86% dos votos válidos.
E.A.G.
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