Quando um ministério evangélico cresce é impossível ao ministro se manter fora de evidência. Como pregar sem ser visto? Como criar interesse das almas para ouvir a pregação sem se mostrar?
A situação é complicada, pois sempre existe uma legião de críticos de plantão dizendo que quando o líder evangélico fica famoso ele quer ser “estrela”, ser “artista”. E ainda acusam seus liderados de ser seus fãs!
Ao líder cabe pedir ao Senhor sabedoria específica para encontrar o ponto de equilíbrio ideal entre a fama e o que fazer com ela. É importante aprender ser visto sem chamar a atenção principal do povo para si. O líder esspiritual não pode ofuscar a Pessoa de Jesus Cristo, invisível aos olhos humanos.
Alguns críticos dos líderes famosos, para exemplificar a necessidade do líder ser humilde, não se colocar em grande evidência, citam João Batista naquela ocasião que disse “importa que Jesus cresça e eu diminua” (João 3.30). É necessário que Cristo cresça e nós diminuamos, sim. Mas é importante levar em conta que João Batista nunca desempenhou a função pastoral; ele era o último dos profetas da Dispensação da Lei, então, é necessário fazer a interpretação das suas mensagens com o devido cuidado, analisando todo o contexto.
Sobre João Batista, Jesus declarou que entre os nascidos de mulher ninguém apareceu maior que ele. Será que Jesus se referia ao ministério de João, que todo ministro teria que ser igual a ele? Não. Por que não? Porque Deus revelou a Moisés, se referindo a Jesus Cristo, que nasceria um profeta dentre os homens igual a ele. Isto é: dentre os profetas o mais importante não foi João Batista. O mais importante dos profetas foi Moisés, pois foi igualado por Deus, quanto ao ministério, semelhante a Cristo! Confira: Mateus 11.7-11; Lucas 7.24-28, Deuteronômio 18.15-19; Atos 3.22-23; e 7.37.
A humildade de João Batista é muito importante. Vale lembrar que humildade não significa se considerar inferior aos demais. Ser humilde é se considerar igual a todos. Nem mais, nem menos importante do que os outros.
A lição de humildade de João Batista serve aos cristãos de uma maneira geral, líderes e liderados, refere-se à vida devocional de ovelhas e pastores, ouvintes e preletores. Representa o caminhar no fruto do Espírito, que não é passar a imitá-lo comendo gafanhotos, usando roupas grotesca feito pele de camelo ou se meter em ostracismo total como os moradores dos desertos.
Deixar Cristo crescer em nós é abandonar as obras da carne e praticar o fruto do Espírito. É válido aos líderes evangélicos exercer humildade e exaltar a Cristo, fazer reconhecimento público de que Jesus deve ser levado em alta conta, como Senhor merecedor de toda honra e glória. Mas é impossível fazer isto sem estar em evidência. Quanto maior a evidência do ministro maior é o raio de alcance da sua mensagem.
Quando o ministro parte para ministrar deve ser igual Moisés, um alguém usado por Deus que se colocava na frente do povo para guiá-lo da escravidão do Egito à Canaã. E isto é algo impossível de ser feito sem estar aparecendo.
E.A.G.
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