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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

ASSEMBLEIA DE DEUS: PASTOR-PRESIDENTE (PRA QUÊ?)

Observando, tenho constatado que aos membros a função de pastor-presidente é quase uma figura simbólica, pois é um alguém sempre ausente e que ninguém sabe ao certo qual o seu papel e atividade positiva às congregações.

Membros comentam: Que necessidade há ter alguém que está distante? Se é preciso consertar o vidro quebrado ou fazer nova pintura no templo, ou resolver os problemas das ovelhas na comunidade, quem comparece e cuida de tudo é o pastor local.

Neste ponto, eu vejo que as igrejas batistas são mais bem organizadas. Não existe o pastor-presidente (que lembra muito a figura papal). Lá, os membros elegem seu pastor... E se ele não servir as ovelhas à contento é destituído e posto outro no lugar. O dinheiro arrecadado dos dízimos e das ofertas é usado no templo local e se for para fora dali é com o consenso de todos os membros.

Na AD quem escolhe o pastor local é o pastor regional e o deixa ali o tempo que desejar, seja ele alguém bem-quisto ou não pelas ovelhas... Só os pastores votam no pastor-presidente da CGADB... O dinheiro das coletas de ofertas e dízimos segue para a sede regional e da regional para a AD central (é o que dizem). E tudo sem nenhuma prestação de contas de uso do dinheiro por parte dessas sedes aos ofertantes e dizimistas...

Creio que por causa deste processo do gerenciamento das coletas ser assim é que existem tantas necessidades nos templos das congregações assembleianas. Necessidades tanto na questão das construções velhas quanto nas questões das assistências sociais desestruturadas e desarticuladas.

Os membros que fazem perguntas sobre o processo de gerenciamento das ofertas e dízimos correm o risco de serem taxados de rebeldes. Esta situação tem causado descontentamento no meio assembleiano.

Não fiz o post com ensejo de fazer insinuações negativas ou lançar dúvidas sobre o caráter dos líderes assembleianos, pois não os conheço e nada tenho contra eles e se tivesse algo contra também não agiria assim...

Nunca pensei e nem quis insuflar grupos a rebelarem-se contra eles. Também não quis criticar a liderança da AD motivado pelo vício de criticar dos descontentes. Sou feliz, em paz comigo mesmo, com todos e com Deus.

Sendo eu alguém com 28 anos caminhando na fé em Cristo, bem longe de desejar o cargo pastoral por causa deste estado de coisas descritas acima, o meu intuíto é simples e pessoal, é tão simplesmente querer ententer...

Afinal, pastor-presidente, pra quê?

E.A.G.

10 comentários:

  1. desta vez voce acertou na veia

    muito belo texto

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  2. Claudio

    Obrigado, é muito bom saber que você gostou desta postagem.

    A reflexão, como já disse no próprio artigo, não é com o desejo de lançar dúvidas sobre o caráter dos pastores-presidentes.

    Entendo que o panorama descrito, esta tradição assembleiana de haver pastor-presidente, persiste porque os seres humanos tendem em comunidade a viverem o fenômeno da osmose e permanecem assim por força de hábito. Por conseguinte, a osmose e o hábito instalado criam um estado de satisfação mental em todos; e assim os envolvidos não sentem necessidade de refletir em profundidade na situação em que se encontram.

    Abraço.

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  3. Eliseu, é assim mesmo que acontece. Sou membro na sede,mas conheço as dificuldades que os irmãos das congregações passam. Pensei que esta organização eclesiástica (com todos os pormenores expostos) fizesse parte do meu 'mundinho fechado" mas me enganei. Isso faz parte da estrutura retrógada das Assembléias de Deus. Falo assim porque faço parte dela desde o dia em que nasci. Mas já estou enjoada com esse tipo de coisa. Ah! Nem acesso ao estatuto da igreja os membros têm. Lembro-me que na minha adolescência perguntei sobre o tal documento e quase fui excluída por rebelião. É uma lástima! Choro quando leio a história inicial das Assembléias de Deus e constato que muita coisa mudou e para pior. Quem me dera pudesse voltar aos marcos antigos. Com tristeza e pesar,

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  4. paz do Senhor

    Geralmente não concordo com você mas neste artigo concordo em "gênero numero e grau" tem coisas na minha denominação que não consigo entender.

    um abraço!

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  5. Tatiane

    Conheço pessoas perseguidas pelo mesmo motivo. Elas foram incentivadas a ofertar e dizimar... Mas, descobriram que não havia liberdade para fazer perguntas sobre o gerenciamento do dinheiro.

    Agora elas estão servindo a Deus em outra denominação com característica diferente.

    Assim como você eu nasci em berço evangélico assembleiano. Mas só passei a ler a Bíblia Sagrada, por conta própria, na minha adolescência. Esta atitude devocional me fez aceitar a Jesus sozinho. O levantar de mãos foi apenas para seguir o ritual, saí de casa dizendo que faria isso. E logo nos meus primeiros passos de fé, quando senti a necessidade de evangelizar, veio junto a necessidade de nos meus evangelismos deixar em segundo plano as placas denominacionais.

    Nunca gostei de folhetos com carimbos da congregação...

    Pela graça de Deus passei a ganhar almas após minha conversão. Apesar de algumas delas desejarem congregar na AD não foram induzidas à "conversão assembleiana".

    E, por ser e pensar assim, me recusei mais de uma vez convites a exercer cargos eclesiásticos (o maior cargo que desempenhei foi o de professor da EBD). Acho que nenhum pastor aceitaria um preletor dizer no púlpito que a pessoa poderia aceitar a Cristo na AD e servir ao Senhor em outro ministério, caso desejassem. Quis evitar atritos...

    Hoje, parece que entendo a razão disso com maior clareza. Nenhuma denominação é perfeita. Inclusive a que nasci, cresci...

    Paz e graça.

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  6. Ademir Ferreira

    Sinta-se livre para concordar ou discordar de todos os artigos que encontrar por aqui.

    Eu escrevo com o desejo de trazer a Palavra de Deus aos corações. Leio-a, estudo-a. Evito ao máximo fazer interpretações com idéias pré-concebidas. Mas, embora queira ser fiel nesta execução, não sou perfeito. Aprendo com as divergências, também.

    O debate é algo bom. Havendo respeito de ambos os lados o resultado da troca de postagens é sempre positivo.

    A paz do Senhor.

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  7. Querido, creiu que está equivocado sobre o assunto da administração das ofertas e dízimos nas assembleias de Deus.
    Elas na verdade são para a manutenção da obra de Deus na igreja local.Apenas uma porcentagem é destinado para a convenção a fim de suprir nessecidades elementares, como por ezemplo a viuvas e obreiros jubilados.

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  8. Internauta anônimo

    Primeiramente, obrigado por participar deste blog.

    Esclareço que não afirmei que o destino das ofertas e dízimos é a CGADB. A afirmação que fiz foi dizendo que elas seguem às igrejas sedes - regional e nacional. E eu faço tal informação sendo filho de um tesoureiro assembleiano que esteve nesta atividade por mais de 30 anos, ministério Belém, campo Lapa/SP.

    Talvez, quem sabe, assim como não existe padronização na AD em outras áreas, as finanças também sejam tratadas de maneiras diferentes no Brasil...

    Abraço.

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  9. a tesouraria ou administraçao finaceira da assembelia de deus de modo geral e igual a areia de cemiterio

    so come

    os dizimos e ofertas sao para manutençao da obra

    por que entao para pintar uma igreja ou reformar sao tiradas ofertas extras e fazem campanhas para tal ?

    e quanto a questao dos nescessitados deveria ser destinado uma parte para eles coisa que nao e

    quando foi a ultima vez que tivemos noticias de um desempregado ou pobre receber uma cesta ou conta de agua ou luz para pela igreja ?

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  10. Claudio Pimenta

    A intenção deste artigo é promover o encontro de quem preza pela reflexão sadia. Surgiu como consequência de anos e anos das minhas reflexões caladas sobre o tema.

    Vi diversas pessoas entrando neste assunto, críticos e criticados, partindo aos extremos das acusações e defesas corporativistas.

    O correto é buscar a Palavra de Deus, abrir e ler a Bíblia com total imparcialidade. Só assim damos liberdade para o Espírito falar através das Escrituras.

    Obrigado por visitar e participar deste blog.

    Abraço.

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