Segundo
João Cruzue, em um comentário no blog
União de Blogueiros Evangélicos (UBE) o Brasil é o quinto produtor de conteúdo para a WEB.
Diante dessa informação, eu reflito que a internet é uma ferramenta possante para evangelização e artigos edificantes aos nossos irmãos em Cristo. Ela rompe barreiras de todas as espécies. O que escrevemos chega em lugares que jamais pisaremos os pés e nem saberemos que fomos lidos.
Considero a blogosfera uma ferramenta importante. Já faz um bom tempo que sou um dos incentivadores e divulgadores dela, com o máximo empenho possível.
Estou blogando desde 2005. E sempre me esforçando para não esquecer que estou em espaço público, não apenas entre discipulandos ou crentes maduros. Utilizo blogs fazendo evangelização, e ainda me vejo pensando sobre a significância da rede mundial de computadores na questão espiritual.
Blogosfera cristã evangélica
O ano de 2007 houve um grande movimento na blogosfera com a entrada dos evangélicos.
Muitos irmãos e irmãs em Cristo deram seus primeiros passos como blogueiros. Sem dúvida os blogs são importantes para expressar uma mensagem. É um veículo poderoso. Porém, acho que é preciso cuidado nas nossas publicações. Por quê? Porque na redação de jornais e revistas existe o repórter, o editor e o editor-chefe. Três pessoas analisam tudo o que é escrito antes que seja publicado. No blog é só uma pessoa, o blogueiro. Daí, então, penso eu que a qualidade espiritual das postagens que fazemos precisa ser bem focada.
Evangelismo ou denominacionalismo?
Buscar a defesa da nossa fé em Jesus ou trabalhar pelos interesses denominacionais? Não podemos desconsiderar que os blogueiros têm todos os tipos de pessoas lendo os blogs. Então, é necessário que quem "bloga" se ponha no lugar de quem lê. Será que os leitores entenderão o propósito do artigo?
Como "blogar"?
A apreensão que sinto é que muitos blogueiros cristãos, mesmo tendo a noção da importância do blog, ainda não se dão conta da magnitude representativa que ele é. Não nos dirigimos para um grupo pequeno e seleto entre quatro paredes, ou um grupo reduzido de pessoas selecionadas. Existe uma enorme variedade de internautas. Talvez, tão grande que nem podemos imaginar o quão potente, como ferramenta de comunicação, é esta plataforma.
Relembremos. O apóstolo Paulo usou as figuras do leite espiritual e do manjar em 1 Corintios 3.1-2. Fez diferenciação ao pregar a Palavra, não havia discurso padrão para ouvintes com qualidades espirituais diferentes. Alguns entendem apenas a mensagem simples, nem todos conseguem "mastigar" assuntos polêmicos.
Nossos leitores, segundo o prisma espiritual:
1 - evangélicos maduros e novos convertidos; os não-evangélicos (alguns são simpatizantes do cristianismo e outros não);
2 - os ateus e os agnósticos; os céticos e preconceituosos em relação ao cristianismo (alguns são declaradamente inimigos da fé e outros apenas questionadores dela).
Não é coisa simples escrever sem conhecer qual é o perfil exato do leitor. Como cristão propagando o cristianismo não devemos nos esquecer que o texto chega aos olhos de pessoas que nem as Escrituras Sagradas conhece. Não perco de vista a máxima de que quem comunica tem a dura tarefa de ser plenamente entendido tendo a responsabilidade de criar o texto bem enxuto, sem nenhuma ambiguidade.
A defesa da fé
Respeito todos os
apologetas e me sinto incapaz de fazer o que eles fazem. Estou aprendendo. Entendo que existe a necessidade de se fazer o combate teológico, fazer a defesa da fé na internet. Mas (referência para mim: exponho e não imponho) levo em conta a amplitude de leitores, que são de todas as faixas etárias, muitos crentes neófitos, ateus, e judeus e inimigos do evangelho.
A apologia deve ser usada com muita sabedoria e prudência. Como disse o apóstolo Pedro, precisamos responder com mansidão e temor todo aquele que nos pedir a razão da nossa esperança. Frisando: “responder” significa reação e não iniciativa em criar uma pauta de assunto. A apologia deve se ater ao campo do pensamento reflexivo e não provocativo, jamais ser movida por ataques pessoais, se assim for descemos ao nível da mera discussão banal.
É temerário fazer apologia cristã-evangélica nos blogs, por ser espaço público com dimensões inimagináveis. Repito e relembro: os leitores de blogs não são apenas evangélicos. Um artigo, mesmo que perfeito teologicamente, corre o risco de ser interpretado apenas como uma mera briguinha de crentes com opiniões diferentes. É necessário que o blogueiro apologeta use a mansidão e o temor de Deus e esteja em constante oração.
Será que o que escrevemos, com vista a exercitar a apologia cristã, ajuda na evangelização das almas ou dificulta?
Conclusão
Quem dera cada um de nós se aprimore cada dia mais e façamos bom uso de nossos talentos, dons, ministérios, em benefício coletivo. Ou seja, tendo sempre em mente João 3.16. Sendo blogueiros cristãos, precisamos, sim, nos por em constantemente oração para que todos quantos leiam nossos blogs sejam impactados e edificados pelo poder do evangelho, e que o Espírito Santo, que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo, trabalhe no coração de cada pessoa que acessar nossas páginas.
Eu me incluo nestes dilemas apresentados nesta postagem. Me esforço para apresentar Cristo, e edificar os irmãos, sem levantar nenhuma bandeira ministerial. Como blogueiros podemos otimizar mais nosso tempo na internet:
Segundo
Poliane Latta, blogueira e fundadora da comunidade Blogosfera Cristã (na extinta plataforma Orkut) e blogs
Blogosfera Cristã e
Café com Rumorejo, os blogueiros cristãos, não necessariamente estão restritos a falar somente sobre cristianismo. Diz ela no perfil da sua comunidade:
“Uma das formas interessantes é a ilustração livre da vida do cristão, onde mostra que somos diferentes, mas que fazemos parte do mundo e não nos separamos dele pelo simples fato de que acreditamos que a melhor forma de levar a palavra e o amor de Cristo é se infiltrando e convivendo com todos e não nos separando dele”.
Para otimizar o uso do blog, citando outra vez João Cruzue, primeiro é necessário deixar qualquer tipo de presunção; segundo, perguntando o máximo possível como usar o que ainda não conhecemos perfeitamente; terceiro, deixando de lado a timidez para produzir os próprios textos, porque se aprende a andar engatinhando, só depois firmamos os próprios pés e andamos.
Valeu pelo esclarecimento, Eliseu.
ResponderExcluirA paz Eliseu,
ResponderExcluirGostei muito desse post, se não se importa estarei utilizando o que você escreveu ao apresentar aos meus colegas seminaristas do Seminário Nazareno, a idéia de criar um blog nosso.
Deus abençoe você e aperfeiçoe cada vez mais a boa obra que Ele iniciou na sua vida!
Grande abraço!
Nilma
ResponderExcluirObrigado por mais esta visita.
As perguntas são indagações que me acompanham. E as respostas são consequências de leituras bíblicas.
Nada é conclusivo, mas acredito que estamos caminhando para o lado certo.
Abraço.
Gisele
ResponderExcluirFique à vontade para usar os artigos deste blog. Apenas peço que use a indicação da fonte e autoria.
Fique com Deus.
Gostei,
ResponderExcluirE concordo que nao precisamos falar exclusivamente sobre cristianismo. No meu caso o problema é que apesar de saber disso ainda nao o implementei no meu blog. Agora, mesmo nao falando sobre cristianismo, devemos cuidar com o que falamos.
Abraços!
muito bom esse post, heim!
ResponderExcluirmuito bom mesmo!
www.felipebreia.wordpress.com
um abraço