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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

A ansiedade e a galinha dos ovos de ouro


"Assim, o seu futuro será brilhante, e você não perderá a esperança"
(Provérbios 23.18)

Você se lembra da fábula A Galinha dos Ovos de Ouro, cuja autoria é creditada a Esopo?

Conta-se que determinado homem possuía uma galinha encantada, todas as manhãs, no mesmo horário, ela botava um valioso ovo de ouro. Desejoso em melhorar rapidamente sua vida financeira, a ansiedade tomou conta de seu coração. Então, cometeu a tolice de matar a ave, pensando em ter muitos ovos de uma só vez. 

Resultado: ficou sem a galinha e os valiosos ovos matinais.

Lembramos esse conto para lembrar a nossa realidade. Todos os dias temos oportunidades dadas pelo Criador, que não devemos desperdiçar, são importantes, e é preciso preserva-las com muito cuidado. Algumas pessoas só valorizam boas oportunidades após perdê-las. Nós não somos assim, agradecemos a Deus por todas as bênçãos e usufruímos delas de acordo com o critério que Ele quer,  seja entregar a nós a bênção de uma só vez ou em parcelas, distribuídas em momentos diversos.

E.A.G.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Morte e ressurreição - Escatologia: acontecimentos futuros no plano da redenção


Eliseu Antonio Gomes

"Assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez por todas para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, não para tirar pecados, mas para salvar aqueles que esperam por ele" - Hebreus 9.28.

A verdade mais significativa de toda a profecia bíblica está na certeza de que Jesus Cristo voltará segunda vez. Este acontecimento é a chave profética que abre todos os demais eventos escatológicos. Diversas doutrinas dependem do retorno de Cristo. Por exemplo, a doutrina da ressurreição do corpo humano, que não pode ser cumprida até que Cristo venha (1 Corintios 15.23); a vitória de Cristo sobre Satanás, desde Gênesis 3.15 não será completa até a volta. Mesmo o reconhecimento dos queridos na eternidade e a prova física de que nascemos na família de Deus não se evidenciam até sua segunda vinda. O retorno de Cristo põe a funcionar o relógio de Deus quanto ao futuro pela perspectiva do plano divino da redenção.

Se o valor de um ensinamento fosse considerado pela frequência com que é mencionado, a Segunda Vinda de Cristo facilmente seria considerada uma das mais importantes doutrinas da Bíblia. Somente a doutrina da salvação é mencionada maior número de vezes.

Vinte e três dos vinte e sete livros do Novo Testamento fazem referência à Segunda Vinda do nosso Senhor à terra. Os 216 capítulos do NT contém 318 referências ao retorno de Cristo, portanto, um versículo em cada trinta nos assegura disto.

O adágio popular diz: para morrer, basta estar vivo

A despeito de nossa habilidade e sofisticação científica, ainda não dominamos a morte, ela continua irreversível, não existe solução humana para este momento terrível. Então, perder a companhia de pessoas amadas é uma das experiências mais doloridas, a tristeza que o óbito provoca é enorme, afeta a todos, independente da raça, posição social, sexo e idade.

Poucas coisas provocam mais estresse do que a morte de alguém querido, como um marido ou esposa, um parente ou amigo. Qualquer pessoa que já perdeu um ente amado, sabe o intenso sofrimento que esta separação causa. Um artigo publicado em uma revista de psicologia americana, a The American Journal of Psychiatry, afirmou que a morte é o pior tipo de perda permanente. No entanto, nós cristãos, não podemos nos esquecer que através da ressurreição de Jesus Cristo, Deus venceu a morte.

A reflexão sobre questões escatológicas é importante aos cristãos. Além de promover o conforto emocional aos que que estão em luto, aponta ao Deus que reina na história, esclarece sobre as promessas firmadas pelo Senhor quanto ao futuro promissor de todas as pessoas que são perseverantes em sua fé. Faz o crente superar a visão imediatista do mundo, evita que seja confundido com as heresias, promove o despertamento espiritual da Igreja existente nos dias atuais. Por tudo isso, a vinda de Jesus deve ser um assunto sempre em pauta na roda de nossas conversas.

O salário do pecado é a morte

Deus, na sua onisciência, já sabia sobre a entrada do pecado no mundo, bem antes da criação do ato de toda a criação. Sobre isso, devemos ter o cuidado para não interpretar de modo errado esta situação. Deus não é o autor do pecado (Jó 34.10).

Apesar de todo o pecado ser um mal, nem tudo o que consideramos mal é pecado. O pecado não deve ser confundido com o mal físico que produz prejuízos e calamidades. O pecado é a causa do mal, enquanto que o mal é o efeito do pecado.

O vocábulo "pecado" deriva do grego "hamartia", que ao pé da letra significa "errar o alvo". Quando o ser humano se afasta do objetivo que Deus deixou para ele, comete pecado (Eclesiastes 7.29). Os termos bíblicos para designar o pecado são variados: fracasso, erro, iniquidade, transgressão, contravenção, falta de lei e injustiça. O pecado é sempre dirigido contra Deus. A característica principal do pecado, em todos os seus aspectos, é que ele age em contrário à vontade de Deus.

Através das Escrituras, vemos que o princípio de todo pecado se originou no orgulho de Satanás, culminando com a sua expulsão do céu (Lucas 10.18; Apocalipse 12.7-9). O pecado teve origem entre os anjos: Isaías 14.12-15; Ezequiel 28.13-15). Deus criou os anjos dotados de perfeição, mas Lúcifer e legiões de anjos se rebelaram contra o Criador. Jesus descreve o Diabo como homicida desde o princípio; o apóstolo João afirma que ele é pecador desde o princípio (João 8.44; 1 João 3.8).

Qual a origem do pecado na história da raça humana? Esta pergunta se expande numa indagação sobre a origem do mal em todo o mundo. O pecado passou a existir no mundo através da transgressão voluntária de Adão e Eva no Éden, quando ambos cederem à tentação diabólica. A mulher dialogou com a serpente, que insinuou a Eva que se ela desobedecesse ao Criador, comendo o fruto que não lhe era permitido experimentar se tornariam igual ao Criador  e viveria para sempre. Eva ofereceu o fruto para Adão e ambos o comeram. O casal não agiu com vigilância e foi induzido à desobediência. Ao comerem o fruto que Deus havia proibido que comessem, a porta de acesso ao pecado no mundo foi aberta  e anos mais tarde o casal morreu (Gênesis 2.16-17).

A pecaminosidade do ser humano está registrada em toda a extensão das Escrituras. Esta é a condição em que nasce o homem, definida teologicamente como "pecado original". Esta situação é chamado assim porque se deriva de Adão, o tronco original da raça humana; porque está na vida de cada indivíduo desde o momento do nascimento; e porque é a raiz interior de todos os pecados atuais. Por "pecados atuais", entenda-se os atos externos executados através do corpo, por atitudes, e também por pensamentos conscientes.

A Bíblia apresenta a humanidade como pecadora por natureza, pois todos os seres humanos participam do pecado original. A condição pecaminosa do raça humana encontra sua explicação na primeira transgressão de Adão no Éden. Seja em grandes cidades mundiais ou em aldeias esquecidas na África, o pecado é um flagelo diário. Os mais antigos filósofos gregos, na sua luta contra o problema do mal, foram levados a aceitar a universalidade do pecado, apesar de incapazes de explicar esse fenômeno e não entenderem que a prática do pecado torna o home, culpado diante de Deus.

Quanto à pratica do pecado, o crente vive um estilo diferente do ímpio. Por compreender o significado e a gravidade da ação relaxada de quem vive pecando, o pecado que antes lhe era uma regra, agora lhe é uma exceção. Ao longo de toda a narrativa bíblica é alertado contra o "pecado que tão de perto nos rodeia" (Hebreus 12.1). Ao manter-se firme no hábito da oração, estudo das Escrituras, tem a oportunidade de desvencilhar-se dos riscos espirituais que poderiam torná-lo presa fácil dos laços do adversário - que o impediria de fazer parte do Arrebatamento da Igreja.

A consciência da morte por parte dos apóstolos

Muitas vezes se afirma que os apóstolos acreditavam que a segunda vinda de Cristo aconteceria na geração em que eles viveram e que não iriam morrer mas serem arrebatados. Isso não confere com narrativas bíblicas.

• Jesus disse que eles seriam mortos (Mateus 24.9);
• Jesus predisse de que modo Pedro morreria (João 21.18-19);
• Paulo aconselhou aos presbíteros de Éfeso a permanecessem firmes na fé após seu falecimento (Atos 20.29-30);
• Paulo escreveu sobre sua morte iminente (2 Timóteo 4.6-8).

A derrota da morte

A palavra grega para imortalidade é "athanasia", que literalmente significa "ausência da morte". Quando o Senhor descer do céu na sua Segunda Vinda, o primeiro fato a acontecer será a ressurreição de todos os salvos (1 Tessalonicenses 4.16). Os crentes fiéis ouvirão a voz de Jesus, se levantarão de seus lugares em que foram enterrados, e a morte não mais terá poder sobre eles (João 5.28, 29; Apocalipse 1.18).

Deus é eterno, imortal, tem vida em si mesmo e nEle não existe morte (João 5.26; 1 Timóteo 6.16). Deus é o doador da vida e concederá a vida eterna aos remidos. Crentes vivos e ressuscitados terão os corpos glorificados e se ajuntarão com o Senhor e incontáveis números de anjos nos ares, e depois viverão felizes para sempre. Esta é a promessa de Deus e a esperança dos cristãos.

Três milagres que ocorrerão no decorrer do processo do Arrebatamento: ressurreição; transformação e glorificação.
1. Os cristãos ressurgirem dos mortos será um dos primeiros milagres. Esta é uma doutrina genuinamente bíblica, citada tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Salmos 16.10; Jó 19.25-27; Isaías 26.19; Daniel 12.2; Lucas 14.14; João 5.21, 28, 29; Atos 2.24; Apocalipse. 4-6, 13).
2. A transformação extraordinária dos crentes salvos, ressuscitados e a dos crentes que estiverem vivos, será o segundo grande milagre no processo do Arrebatamento da Igreja. Haverá a suspensão das leis físicas, a cessação do poder natural para a atuação do poder sobrenatural. Primeiro, os salvos que estiverem dormindo no Senhor, receberão corpos vivos espirituais; em segundo lugar, os crentes, vivos, com corpos carnais, receberão corpos espirituais. Assim, haverá a metamorfose: da mortalidade para a imortalidade; da corruptibilidade para a incorruptibilidade.
3. O milagre da glorificação merece destaque.
O ser humano, na condição de carne e sangue, relaciona-se com o mundo físico, estamos limitados ao tempo e ao espaço, enquanto o corpo espiritual relaciona-se com a eternidade (1 Coríntios 15.47, 49). As sete etapas do processo da glorificação do corpo dos salvos, é o seguinte:
a. salvação (Romanos 8.24)
b. adoção (Romanos 8.23);
c. justificação (Romanos 8.30);
d. santificação (2 Coríntios 7.1);
e. redenção (Romanos 8.23);
f. libertação (Romanos 8.21);
g. glorificação (Romanos 8.17).
O Arrebatamento

Jesus Cristo firmou-se como a pessoa mais importante que já viveu, nenhum outro homem exerceu tanta influência sobre a humanidade. Ele ascendeu ao céu, mas ainda não terminou o seu plano com o planeta terra e com a humanidade que nele habita (João 14.3).

Vivemos o tempo escatológico do cumprimento das últimas profecias. "Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não irá demorar" - Hebreus 10.37. Quanto ao tempo em que o Senhor reaparecerá, não existe dúvida de que realmente voltará. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, os justos serão glorificados e arrebatados e serão levados ao encontro de seu Senhor e Salvador.

Na hipótese de não sermos arrebatados antes de falecer, seremos ressuscitados e levados pelo Salvador ao encontro de Deus no céu. A palavra "arrebatado" quer dizer, em sentido literal, agarrado com rapidez, tomado agilmente à força, como um ladrão rouba um prêmio. A palavra latina é rapto, que significa pegar à força. Um dia Jesus virá buscar suas joias, levará os membros da Igreja da terra ao céu. O evento acontecerá em uma fração de segundos, assim como relâmpago se move, tão rápido como o abrir e fechar de olhos (Mateus 24.7, 1 Tessalonicenses 4.16). Neste instante, os fiéis que estiverem vivos serão transformados e os crentes mortos ressuscitarão (1 Tessalonicenses 4.16-17).

A ação promovida por Cristo ao levar os crentes no Arrebatamento, não se refere a determinadas denominações ou grupos religiosos específicos, mas de todos os indivíduos que se arrependeram de seus pecados e, pela fé, convidaram o Senhor Jesus Cristo para entrar em suas vidas.

A ressurreição no episódio da volta de Jesus

Jesus voltará do mesmo modo como ascendeu após sua ressurreição (Atos 1.11). Esta hora específica nos é desconhecida, pois Jesus se referiu a ela, dizendo: "daquele dia e hora ninguém sabe, senão somente o Pai".

Como podemos ter certeza que haverá a ressurreição, se a existência humana é apenas uma existência corpórea? A ressurreição também é um evento corpóreo. Jesus de Nazaré, nascido de mulher, gente de carne e ossos, morreu e ressuscitou ao terceiro dia. Sua tumba está vazia. A melhor notícia de todos os tempos é que Ele está vivo, derrotou a morte e é a fonte de nossa esperança: receberemos um corpo glorificado como Cristo recebeu (Lucas 24.34, 39-40).

Se Jesus ainda estivesse morto, não haveria perdão para os nossos pecados. Se Jesus ainda estivesse morto, não teríamos esperança em nossa ressurreição (1 Coríntios 15.17-18).

Haverá ressurreição na vinda de Jesus, a vida após a morte será uma realidade. Temos plena convicção que aqueles que morreram em Cristo serão ressuscitados para satisfação, paz e alegria eterna. Assim como aconteceu com Jesus de Nazaré também acontecerá com todos aqueles que nEle creem (1 Tessalonicenses 4.14).

Apesar de que o Arrebatamento da Igreja ocorrerá em velocidade extraordinária, Deus fará com que os justos que estiverem mortos sejam arrebatados antes que os justos que estiverem vivos sejam transformados (1 Coríntios 15.42-44; 50-56; Filipenses 3.20-21; 1 Tessalonicenses 4.15-16).

Nesta ocasião festiva, o corpo dos salvos que estão na sepultura, ainda que em estado de pó, decrépito, carbonizado, desfeitos por dentes afiados de peixes ou feras serão trazidos à existência pelo poder de Deus, que vivifica os mortos e convoca as coisas que não são para que venham a existir (Romanos 4.17).  O corpo ressuscitado será de natureza diferente deste corpo carnal e terreno em que vivemos hoje. A natureza do novo corpo será glorificado (1 João 3.2; 1 Coríntios 15.35-44; 50-56).

Os justos serão ressuscitados no último dia (João 6.39, 40, 44, 54),  Todos os que estão na sepultura sairão, bons e maus. Haverá a ressurreição de justos como de perversos (João 5.28-29; Atos 24.15).

Conclusão

É importante lembrar que existem apenas duas espécies de pessoas hoje no mundo, os crentes que fazem a vontade de Deus e os incrédulos que não a fazem. A Segunda Vinda de Cristo afetará cada grupo de maneiras diferentes. Na primeira fase, levará quem o recebeu como Senhor e Salvador ao lar celestial. Você já obedeceu a Deus em seu coração, entregando sua vida a Jesus? Se ainda não o fez, por que não fazê-lo, agora? As Escrituras, a história e a lógica humana clamam aos homens para que aceitem a Jesus Cristo como Filho de Deus, que morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia (1 Corintios 15.3, 4). Se você crê que Ele é Filho de Deus, não terá dificuldade no momento de seu retorno. Se ainda não o conhece como o único Salvador, sugiro que se esforce para conhecê-lo.

O cristão não é chamado por Cristo para permanecer aqui na terra, a pátria de quem segue a Jesus está lá no alto. Então, cada cristão precisa estar sempre íntegro quanto à disposição de seu coração de acreditar que o Arrebatamento da Igreja é uma realidade. E, integro também para a hipótese de falecer antes do Arrebatamento, pois os fiéis serão ressuscitados para estar eternamente juntos com Deus e com todos os salvos nas mansões celestiais.

E.A.G.

Atualizado em 14 de dezembro de 2018, 00h55.

Compilações:

As Grandes Doutrinas da Bíblia, Raimundo de Oliveira, páginas 190 a 199, 201, 204 a 206, edição 1987, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus).
Deus Esvaziará a Terra, Walter Santos, páginas 82 e 83, edição novembro de 1982, Rondonópolis/MT (M.D. Navarro G. Editora e Publicidade).

Escola Bíblica de Obreiros - 64ª EBO: Edificando Nossa Cada, Escatologia, Gerson Filitto Sobrinho, página 40, 19 de setembro a 4 de outubro de 2010, Belenzinho, São Paulo/SP (Igreja Assembleia de Deus em São Paulo).
Lições da Palavra de Deus - Grandes Temas do Apocalipse - Uma Perspectiva Profética Impressionante dos últimos Tempos. Lição 2: O Arrebatamento dos Salvos. Joá Caetano, ano 14, número 53, 1º trimestre de 2018, páginas 16 a 18, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel).
O Começo do Fim, Tim LaHaye, página 9, 10, 20, 172, edição 1982, São Paulo/SP (Editora Vida).
O Tema da Bíblia - Um Estudo Sobre o Plano da Redenção, FerrelL Jenkins, página 17, 2ª edição ano 2000, São Paulo/SP (Dennis Allan).

domingo, 9 de dezembro de 2018

Eu celebro o Natal de Jesus Cristo


Por Eliseu Antonio Gomes

É claro, respeito a todos que se negam a celebrar o dia em que Deus, literalmente, demonstrou nos amar trazendo ao mundo o seu Unigênito; logicamente, se se negar-se a comemorar o nascimento do Filho Único do Pai celeste é uma negação com a intenção de agradá-lo, a única reação sensata da minha parte é me esforçar para entender quem viva assim. Mas, o fato de buscar entender não é o mesmo que crer que este estilo de vida esteja baseado na doutrina de Cristo.

Aos que não celebram o nascimento do Senhor, digo o seguinte. Veja bem, ninguém nega que o Natal de Cristo é uma data célebre! Todos os cristãos sabem que é um dos dias memoráveis entre os poucos dias realmente memoráveis que a história humana tem. Sim, é dia célebre. Os anjos foram os primeiros a celebrar este dia, eles inauguraram a tradição da celebração natalina do Filho de Deus. O nascimento de Jesus é tão célebre que o Adversário das nossas almas tentou acabar com o motivo da nossa celebração naquele episódio em que Herodes decretou a mortandade de meninos de dois anos para baixo.

Pare e pense nesta projeção: Jesus nasceu com o objetivo de morrer e ressuscitar. O Salvador não morreria na cruz, na condição de gente de carne e ossos, se não houvesse nascido. E Ele só se manifestou em carne e ossos por causa do amor de Deus por nós, não veio passear na terra entre os pecadores. Então, considero importante usar um dia, dos 365 ou 366 de cada ano em que estamos vivos, para lembrar aos pecadores (eu me incluo como pecador) que Deus amou o mundo de tal maneira que entregou seu filho unigênito para nos salvar.

Entendo que a regra de fé e comportamento do cristão é a Bíblia Sagrada. E assim, o cristão se orienta pela doutrina de Cristo, contida tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Podemos usar outra base como nossa regra de fé e conduta, além da Bíblia Sagrada? Não devemos fazer isso, porque é atitude de hereges e pagãos colocar outra palavra acima da Palavra de Deus.

Então, se o nosso único Livro de regras e comportamento não aponta para nenhuma proibição contra a celebração do nascimento do Filho de Deus, como então afirmar que celebrar o Natal de Jesus Cristo é um costume anticristão? Como se posicionar contra a celebração do nascimento de Cristo se o próprio Cristo não se posiciona contra a celebração do seu nascimento?

Sobre a data da celebração, não entendo que não saber o dia exato como um impeditivo à celebração. Não haver uma data no calendário apontando o dia exato ao nascimento é o que menos importa. Considero que o fator mais importante é usar um dia, usamos 25 de Dezembro mas poderia ser outro dia. O importante é usar um dia como o momento de dizer ao mundo que Jesus é a prova do amor de Deus, destacar para muitos que Deus amou o mundo de tal maneira que entregou seu filho unigênito para nos salvar. A entrega que Deus fez significa a comprovação deste amor. 

Como adoradores de Deus e seguidores de Cristo precisamos imitar a Deus e a Cristo, em nossos relacionamentos interpessoais. Amar ao próximo, expressar em palavras este amor e ter a atitude condizente com esta declaração de amor. Quantos declaram amar o próximo e não comprova esta declaração através de ações ajustadas com o que diz? O Natal é uma lição de como precisamos ser como cristãos. Como? Menos discursos cheios de propostas e mais posicionamentos efetivos.

Não consigo ligar o fato de se montar decorações natalinas em árvores com idolatria. Sabemos que comerciantes fazem isso com intenções de alavancar suas vendas...

Que as famílias possam se reunir à roda da mesa e centralizar Jesus Cristo em seus corações. O mais relevante não é presunto, pratos requintados e trocas de presentes, é a união, a paz em família. Que a Ceia de Natal possa ser momento de reconciliação. A situação de harmonia parece ser situação tão difícil de ser alcançado na vida de muitos hoje em dia. Oremos, para que o clima de entendimento e concordância seja realidade na vida de todos nós, porque Jesus nasceu com o objetivo de morrer e ressuscitar e levar para o céu os pacificadores.

E.A.G.