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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Marcos 16.18 - os sinais acompanham aos crentes também no século XXI

Pássaro na antena de televisão. Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br
"Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa" (Salmo 91.3) 

Milagres são reservados aos que creem.

Com tristeza, participei recentemente de um debate envolvendo irmãos pertencentes às linhas tradicional, pentecostal e neopentecostal. A pauta era o parecer de cada um sobre 1 Corintios 14, as normatizações sobre como cultuar a Deus.

O assunto tomou proporções menores, e alguém, metido às ironias, cogitou em oferecer veneno para um irmão pentecostal que fala em línguas estranhas. Faltou amor para quem fez isso, sobrou sarcasmo.

Lembremos da passagem de Lucas 4. Satanás sugeriu algo parecido para Jesus, disse para que pulasse do alto do cenáculo do templo, dizendo que Deus enviaria anjos para salvá-lo. Jesus citou a Bíblia: "Não tentarás ao Senhor teu Deus". Deus cumpre sua promessa, envia anjos para salvar quem seja temente e caia de grandes alturas, porém nos casos de acidentes. Da mesma forma é o caso da promessa de salvamentos aos que ingerem venenos. Em casos de acidentes há milagres aos que creem, sim.

O texto bíblico de Marcos 16.18 ("se beberem alguma coisa mortífera não lhe fará dano algum") não sugere beber veneno como se fosse suco natural. Quem tem a intenção de sorver veneno como se fosse refrigerante incorre no pecado de tentar a Deus e com certeza morrerá ou viverá o resto da vida padecendo das sequelas da ingestão.

Marcos 16.18 é uma promessa que se cumpre agora!

Uma irmã, pentecostal, viúva recentemente, congrega na mesma igreja que eu. Ela mora bem distante, numa zona rural. O lugar é afastado, os vizinhos mais próximos residem há quase um quilômetro de distância da sua chácara.

Certo dia ela retirava o capim de perto da sua casa, e quis retirar um pneu velho e abandonado. Ao mexer nele sentiu uma dor forte no pulso e largou-o. Olhou para a mão e viu que ela estava inchando rapidamente, começou sentir tontura e entrou para dentro de casa em ziguezague, sem forças para pedir socorro, e com o suor descendo pelo rosto frio e corpo já trêmulo.

O rádio estava ligado na cozinha, como de costume. Um pastor orava, expulsava demônios, usava o nome de Jesus para curar enfermos... Ela ajoelhou e começou orar junto com o pastor radialista. A mão desinchou, a dor passou, o suor frio cessou...

Mais tarde o filho voltou do trabalho. Achou o motivo do mal súbito, era a mordida de uma cobra coral. Ela foi levada com pressas ao Instituto Butantã. Lá, constaram os dentes do bicho na perfuração do braço da irmã, mas sem a ação do veneno no corpo dela.

Este caso fez eu lembrar do apóstolo Paulo na ilha de Malta, registrado em Atos 28.

Há muitos milagres ainda no dia de hoje como existiram no passado apostólico. Inclusive com comprovações da medicina. Laudos comprovam a doença e a posteriori novos exames atestam a ausência da mesma. A Ciência possui dados de pesquisas com pessoas crentes, pessoas mais saudáveis do que as descrentes, pessoas com fé são capazes de recuperem de doenças com mais rapidez do que as que não creem.


Atualizado em 09 de maio de 2019, às 13h50.

Isaías 45.9-12 - A relação da criatura com o Criador


Um vaso de barro não briga com quem o fez. 
O barro não pergunta ao oleiro: 
"O que é que você está fazendo?",
 e nem diz: 
"Você não sabe trabalhar."
 ♦ 
E um filho não se atreve a dizer aos seus pais:
"Por que vocês fizeram com que eu viesse ao mundo?"
 ♦
O SENHOR, o Santo de Israel, o seu Criador diz:
"Por acaso vocês vão exigir que eu explique como cuido dos meus filhos?
Vocês querem me ensinar fazer as coisas? 
Fui eu que fiz a terra e criei os seres humanos para morarem nela. 
Com as minhas próprias mãos, 
estendi o céu 
ordenei que
o sol, 
lua 
as 
estrelas
aparecessem". 

Isaias 45.9-12 (NTLH)

REFLEXÃO SOBRE O SONHO DE SER PREGADOR FAMOSO

Por Cristiano Santana
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Há algum tempo atrás eu tinha o sonho de ser um pregador famoso. Imaginava-me viajando pelo país pregando nos grandes congressos assembleianos e de outras denominações pentecostais. Acho que me iludi quanto a isso. A experiência me mostrou que careço de uma série de qualidades essenciais para a constituição de um “homem das multidões’.
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Não sei me transfigurar no púlpito, tornando-me alguém diferente do que sou, uma espécie de super-ser, resultado de uma metamorfose temporária, que através de brados e gesticulações extáticas se declara capaz de trazer o céu à terra. Os irmãos da minha igreja conhecem a naturalidade com a qual me expresso. O Cristiano do púlpito é igual ao Cristiano fora do púlpito.
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Não consigo usar clichês e bordões, tais como: “receba”, “tem fogo aí irmão?”, “crente que não faz barulho tem defeito de fabricação”, “tem sapato de fogo?”, “quem aqui é crente do reteté?”. Toda vez que tento usar essa técnica sinto um desconforto enorme, como se estivesse querendo moldar os crentes de acordo com um estereótipo pentecostal, estabelecido não sei por quem, quando e porquê.
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Não consigo escolher os chamados “temas de fogo” para minhas pregações . Sempre que vasculho a Bíblia, a minha mente quase que involuntariamente busca textos que me permitam extrair uma mensagem que leve os cristãos a refletirem sobre a verdadeira essência do evangelho, isto é, sobre a necessidade do arrependimento, sobre as características da verdadeira espiritualidade, sobre o amor ao próximo, sobre o sentido da vida, enfim, temas que causem um impacto espiritual que dure mais do que os dias de uma festividade.
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Não consigo dar comandos para a Igreja enquanto prego, como esses: “levante sua mão”, “olhe para o seu irmão e diga isso...”, “profetiza agora para o seu irmão”, etc. Uma voz interior - não estou certo da origem - sempre me diz que eu devo respeitar a autonomia dos crentes, que eles devem prestar uma adoração voluntária a Deus, que não é certo fazer com que eles se sentiam como marionetes. Tem aqueles dias em que desejamos ficar calados na igreja, esquecer daqueles que estão ao nosso lado e falar só com Deus, entrando num estado de profunda meditação. Como incomoda ser “cutucado” por alguém numa hora dessas! Ainda há aqueles crentes que não interagem facilmente com os outros; são circunspectos por natureza.
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Se eu continuar pregando com esse meu jeitinho simples acho que o máximo que conseguirei é pregar numa festividade aqui, noutra festividade ali, nunca num megacongresso. Eventos dessa envergadura merecem pregadores de maior quilate, capazes de levar multidões ao êxtase coletivo e de mantê-las sobre o domínio da sua oratória por horas a fio.
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É...
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Acho que o melhor para mim é seguir o exemplo de Davi: “SENHOR, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. (Salmo 131:1).
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Cristiano Santana exerce a função de presbítero na congregação Peniel, pertencente à Catedral das Assembleias de Deus em Santa Cruz, Rio de Janeiro. Blogueiro associado ao UBE.
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Nota deste blog: Eu, Eliseu, assim como o autor deste artigo, creio que Deus nos criou com características pessoais, vocações natas e úteis ao ministério cristão. Cada qual tem sua capacidade de servir ao Senhor sem necessidade de violentar seu ser imitando outras pessoas.