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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

A ansiedade e a galinha dos ovos de ouro


"Assim, o seu futuro será brilhante, e você não perderá a esperança"
(Provérbios 23.18)

Você se lembra da fábula A Galinha dos Ovos de Ouro, cuja autoria é creditada a Esopo?

Conta-se que determinado homem possuía uma galinha encantada, todas as manhãs, no mesmo horário, ela botava um valioso ovo de ouro. Desejoso em melhorar rapidamente sua vida financeira, a ansiedade tomou conta de seu coração. Então, cometeu a tolice de matar a ave, pensando em ter muitos ovos de uma só vez. 

Resultado: ficou sem a galinha e os valiosos ovos matinais.

Lembramos esse conto para lembrar a nossa realidade. Todos os dias temos oportunidades dadas pelo Criador, que não devemos desperdiçar, são importantes, e é preciso preserva-las com muito cuidado. Algumas pessoas só valorizam boas oportunidades após perdê-las. Nós não somos assim, agradecemos a Deus por todas as bênçãos e usufruímos delas de acordo com o critério que Ele quer,  seja entregar a nós a bênção de uma só vez ou em parcelas, distribuídas em momentos diversos.

E.A.G.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Morte e ressurreição - Escatologia: acontecimentos futuros no plano da redenção


Eliseu Antonio Gomes

"Assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez por todas para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, não para tirar pecados, mas para salvar aqueles que esperam por ele" - Hebreus 9.28.

A verdade mais significativa de toda a profecia bíblica está na certeza de que Jesus Cristo voltará segunda vez. Este acontecimento é a chave profética que abre todos os demais eventos escatológicos. Diversas doutrinas dependem do retorno de Cristo. Por exemplo, a doutrina da ressurreição do corpo humano, que não pode ser cumprida até que Cristo venha (1 Corintios 15.23); a vitória de Cristo sobre Satanás, desde Gênesis 3.15 não será completa até a volta. Mesmo o reconhecimento dos queridos na eternidade e a prova física de que nascemos na família de Deus não se evidenciam até sua segunda vinda. O retorno de Cristo põe a funcionar o relógio de Deus quanto ao futuro pela perspectiva do plano divino da redenção.

Se o valor de um ensinamento fosse considerado pela frequência com que é mencionado, a Segunda Vinda de Cristo facilmente seria considerada uma das mais importantes doutrinas da Bíblia. Somente a doutrina da salvação é mencionada maior número de vezes.

Vinte e três dos vinte e sete livros do Novo Testamento fazem referência à Segunda Vinda do nosso Senhor à terra. Os 216 capítulos do NT contém 318 referências ao retorno de Cristo, portanto, um versículo em cada trinta nos assegura disto.

O adágio popular diz: para morrer, basta estar vivo

A despeito de nossa habilidade e sofisticação científica, ainda não dominamos a morte, ela continua irreversível, não existe solução humana para este momento terrível. Então, perder a companhia de pessoas amadas é uma das experiências mais doloridas, a tristeza que o óbito provoca é enorme, afeta a todos, independente da raça, posição social, sexo e idade.

Poucas coisas provocam mais estresse do que a morte de alguém querido, como um marido ou esposa, um parente ou amigo. Qualquer pessoa que já perdeu um ente amado, sabe o intenso sofrimento que esta separação causa. Um artigo publicado em uma revista de psicologia americana, a The American Journal of Psychiatry, afirmou que a morte é o pior tipo de perda permanente. No entanto, nós cristãos, não podemos nos esquecer que através da ressurreição de Jesus Cristo, Deus venceu a morte.

A reflexão sobre questões escatológicas é importante aos cristãos. Além de promover o conforto emocional aos que que estão em luto, aponta ao Deus que reina na história, esclarece sobre as promessas firmadas pelo Senhor quanto ao futuro promissor de todas as pessoas que são perseverantes em sua fé. Faz o crente superar a visão imediatista do mundo, evita que seja confundido com as heresias, promove o despertamento espiritual da Igreja existente nos dias atuais. Por tudo isso, a vinda de Jesus deve ser um assunto sempre em pauta na roda de nossas conversas.

O salário do pecado é a morte

Deus, na sua onisciência, já sabia sobre a entrada do pecado no mundo, bem antes da criação do ato de toda a criação. Sobre isso, devemos ter o cuidado para não interpretar de modo errado esta situação. Deus não é o autor do pecado (Jó 34.10).

Apesar de todo o pecado ser um mal, nem tudo o que consideramos mal é pecado. O pecado não deve ser confundido com o mal físico que produz prejuízos e calamidades. O pecado é a causa do mal, enquanto que o mal é o efeito do pecado.

O vocábulo "pecado" deriva do grego "hamartia", que ao pé da letra significa "errar o alvo". Quando o ser humano se afasta do objetivo que Deus deixou para ele, comete pecado (Eclesiastes 7.29). Os termos bíblicos para designar o pecado são variados: fracasso, erro, iniquidade, transgressão, contravenção, falta de lei e injustiça. O pecado é sempre dirigido contra Deus. A característica principal do pecado, em todos os seus aspectos, é que ele age em contrário à vontade de Deus.

Através das Escrituras, vemos que o princípio de todo pecado se originou no orgulho de Satanás, culminando com a sua expulsão do céu (Lucas 10.18; Apocalipse 12.7-9). O pecado teve origem entre os anjos: Isaías 14.12-15; Ezequiel 28.13-15). Deus criou os anjos dotados de perfeição, mas Lúcifer e legiões de anjos se rebelaram contra o Criador. Jesus descreve o Diabo como homicida desde o princípio; o apóstolo João afirma que ele é pecador desde o princípio (João 8.44; 1 João 3.8).

Qual a origem do pecado na história da raça humana? Esta pergunta se expande numa indagação sobre a origem do mal em todo o mundo. O pecado passou a existir no mundo através da transgressão voluntária de Adão e Eva no Éden, quando ambos cederem à tentação diabólica. A mulher dialogou com a serpente, que insinuou a Eva que se ela desobedecesse ao Criador, comendo o fruto que não lhe era permitido experimentar se tornariam igual ao Criador  e viveria para sempre. Eva ofereceu o fruto para Adão e ambos o comeram. O casal não agiu com vigilância e foi induzido à desobediência. Ao comerem o fruto que Deus havia proibido que comessem, a porta de acesso ao pecado no mundo foi aberta  e anos mais tarde o casal morreu (Gênesis 2.16-17).

A pecaminosidade do ser humano está registrada em toda a extensão das Escrituras. Esta é a condição em que nasce o homem, definida teologicamente como "pecado original". Esta situação é chamado assim porque se deriva de Adão, o tronco original da raça humana; porque está na vida de cada indivíduo desde o momento do nascimento; e porque é a raiz interior de todos os pecados atuais. Por "pecados atuais", entenda-se os atos externos executados através do corpo, por atitudes, e também por pensamentos conscientes.

A Bíblia apresenta a humanidade como pecadora por natureza, pois todos os seres humanos participam do pecado original. A condição pecaminosa do raça humana encontra sua explicação na primeira transgressão de Adão no Éden. Seja em grandes cidades mundiais ou em aldeias esquecidas na África, o pecado é um flagelo diário. Os mais antigos filósofos gregos, na sua luta contra o problema do mal, foram levados a aceitar a universalidade do pecado, apesar de incapazes de explicar esse fenômeno e não entenderem que a prática do pecado torna o home, culpado diante de Deus.

Quanto à pratica do pecado, o crente vive um estilo diferente do ímpio. Por compreender o significado e a gravidade da ação relaxada de quem vive pecando, o pecado que antes lhe era uma regra, agora lhe é uma exceção. Ao longo de toda a narrativa bíblica é alertado contra o "pecado que tão de perto nos rodeia" (Hebreus 12.1). Ao manter-se firme no hábito da oração, estudo das Escrituras, tem a oportunidade de desvencilhar-se dos riscos espirituais que poderiam torná-lo presa fácil dos laços do adversário - que o impediria de fazer parte do Arrebatamento da Igreja.

A consciência da morte por parte dos apóstolos

Muitas vezes se afirma que os apóstolos acreditavam que a segunda vinda de Cristo aconteceria na geração em que eles viveram e que não iriam morrer mas serem arrebatados. Isso não confere com narrativas bíblicas.

• Jesus disse que eles seriam mortos (Mateus 24.9);
• Jesus predisse de que modo Pedro morreria (João 21.18-19);
• Paulo aconselhou aos presbíteros de Éfeso a permanecessem firmes na fé após seu falecimento (Atos 20.29-30);
• Paulo escreveu sobre sua morte iminente (2 Timóteo 4.6-8).

A derrota da morte

A palavra grega para imortalidade é "athanasia", que literalmente significa "ausência da morte". Quando o Senhor descer do céu na sua Segunda Vinda, o primeiro fato a acontecer será a ressurreição de todos os salvos (1 Tessalonicenses 4.16). Os crentes fiéis ouvirão a voz de Jesus, se levantarão de seus lugares em que foram enterrados, e a morte não mais terá poder sobre eles (João 5.28, 29; Apocalipse 1.18).

Deus é eterno, imortal, tem vida em si mesmo e nEle não existe morte (João 5.26; 1 Timóteo 6.16). Deus é o doador da vida e concederá a vida eterna aos remidos. Crentes vivos e ressuscitados terão os corpos glorificados e se ajuntarão com o Senhor e incontáveis números de anjos nos ares, e depois viverão felizes para sempre. Esta é a promessa de Deus e a esperança dos cristãos.

Três milagres que ocorrerão no decorrer do processo do Arrebatamento: ressurreição; transformação e glorificação.
1. Os cristãos ressurgirem dos mortos será um dos primeiros milagres. Esta é uma doutrina genuinamente bíblica, citada tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Salmos 16.10; Jó 19.25-27; Isaías 26.19; Daniel 12.2; Lucas 14.14; João 5.21, 28, 29; Atos 2.24; Apocalipse. 4-6, 13).
2. A transformação extraordinária dos crentes salvos, ressuscitados e a dos crentes que estiverem vivos, será o segundo grande milagre no processo do Arrebatamento da Igreja. Haverá a suspensão das leis físicas, a cessação do poder natural para a atuação do poder sobrenatural. Primeiro, os salvos que estiverem dormindo no Senhor, receberão corpos vivos espirituais; em segundo lugar, os crentes, vivos, com corpos carnais, receberão corpos espirituais. Assim, haverá a metamorfose: da mortalidade para a imortalidade; da corruptibilidade para a incorruptibilidade.
3. O milagre da glorificação merece destaque.
O ser humano, na condição de carne e sangue, relaciona-se com o mundo físico, estamos limitados ao tempo e ao espaço, enquanto o corpo espiritual relaciona-se com a eternidade (1 Coríntios 15.47, 49). As sete etapas do processo da glorificação do corpo dos salvos, é o seguinte:
a. salvação (Romanos 8.24)
b. adoção (Romanos 8.23);
c. justificação (Romanos 8.30);
d. santificação (2 Coríntios 7.1);
e. redenção (Romanos 8.23);
f. libertação (Romanos 8.21);
g. glorificação (Romanos 8.17).
O Arrebatamento

Jesus Cristo firmou-se como a pessoa mais importante que já viveu, nenhum outro homem exerceu tanta influência sobre a humanidade. Ele ascendeu ao céu, mas ainda não terminou o seu plano com o planeta terra e com a humanidade que nele habita (João 14.3).

Vivemos o tempo escatológico do cumprimento das últimas profecias. "Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não irá demorar" - Hebreus 10.37. Quanto ao tempo em que o Senhor reaparecerá, não existe dúvida de que realmente voltará. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, os justos serão glorificados e arrebatados e serão levados ao encontro de seu Senhor e Salvador.

Na hipótese de não sermos arrebatados antes de falecer, seremos ressuscitados e levados pelo Salvador ao encontro de Deus no céu. A palavra "arrebatado" quer dizer, em sentido literal, agarrado com rapidez, tomado agilmente à força, como um ladrão rouba um prêmio. A palavra latina é rapto, que significa pegar à força. Um dia Jesus virá buscar suas joias, levará os membros da Igreja da terra ao céu. O evento acontecerá em uma fração de segundos, assim como relâmpago se move, tão rápido como o abrir e fechar de olhos (Mateus 24.7, 1 Tessalonicenses 4.16). Neste instante, os fiéis que estiverem vivos serão transformados e os crentes mortos ressuscitarão (1 Tessalonicenses 4.16-17).

A ação promovida por Cristo ao levar os crentes no Arrebatamento, não se refere a determinadas denominações ou grupos religiosos específicos, mas de todos os indivíduos que se arrependeram de seus pecados e, pela fé, convidaram o Senhor Jesus Cristo para entrar em suas vidas.

A ressurreição no episódio da volta de Jesus

Jesus voltará do mesmo modo como ascendeu após sua ressurreição (Atos 1.11). Esta hora específica nos é desconhecida, pois Jesus se referiu a ela, dizendo: "daquele dia e hora ninguém sabe, senão somente o Pai".

Como podemos ter certeza que haverá a ressurreição, se a existência humana é apenas uma existência corpórea? A ressurreição também é um evento corpóreo. Jesus de Nazaré, nascido de mulher, gente de carne e ossos, morreu e ressuscitou ao terceiro dia. Sua tumba está vazia. A melhor notícia de todos os tempos é que Ele está vivo, derrotou a morte e é a fonte de nossa esperança: receberemos um corpo glorificado como Cristo recebeu (Lucas 24.34, 39-40).

Se Jesus ainda estivesse morto, não haveria perdão para os nossos pecados. Se Jesus ainda estivesse morto, não teríamos esperança em nossa ressurreição (1 Coríntios 15.17-18).

Haverá ressurreição na vinda de Jesus, a vida após a morte será uma realidade. Temos plena convicção que aqueles que morreram em Cristo serão ressuscitados para satisfação, paz e alegria eterna. Assim como aconteceu com Jesus de Nazaré também acontecerá com todos aqueles que nEle creem (1 Tessalonicenses 4.14).

Apesar de que o Arrebatamento da Igreja ocorrerá em velocidade extraordinária, Deus fará com que os justos que estiverem mortos sejam arrebatados antes que os justos que estiverem vivos sejam transformados (1 Coríntios 15.42-44; 50-56; Filipenses 3.20-21; 1 Tessalonicenses 4.15-16).

Nesta ocasião festiva, o corpo dos salvos que estão na sepultura, ainda que em estado de pó, decrépito, carbonizado, desfeitos por dentes afiados de peixes ou feras serão trazidos à existência pelo poder de Deus, que vivifica os mortos e convoca as coisas que não são para que venham a existir (Romanos 4.17).  O corpo ressuscitado será de natureza diferente deste corpo carnal e terreno em que vivemos hoje. A natureza do novo corpo será glorificado (1 João 3.2; 1 Coríntios 15.35-44; 50-56).

Os justos serão ressuscitados no último dia (João 6.39, 40, 44, 54),  Todos os que estão na sepultura sairão, bons e maus. Haverá a ressurreição de justos como de perversos (João 5.28-29; Atos 24.15).

Conclusão

É importante lembrar que existem apenas duas espécies de pessoas hoje no mundo, os crentes que fazem a vontade de Deus e os incrédulos que não a fazem. A Segunda Vinda de Cristo afetará cada grupo de maneiras diferentes. Na primeira fase, levará quem o recebeu como Senhor e Salvador ao lar celestial. Você já obedeceu a Deus em seu coração, entregando sua vida a Jesus? Se ainda não o fez, por que não fazê-lo, agora? As Escrituras, a história e a lógica humana clamam aos homens para que aceitem a Jesus Cristo como Filho de Deus, que morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia (1 Corintios 15.3, 4). Se você crê que Ele é Filho de Deus, não terá dificuldade no momento de seu retorno. Se ainda não o conhece como o único Salvador, sugiro que se esforce para conhecê-lo.

O cristão não é chamado por Cristo para permanecer aqui na terra, a pátria de quem segue a Jesus está lá no alto. Então, cada cristão precisa estar sempre íntegro quanto à disposição de seu coração de acreditar que o Arrebatamento da Igreja é uma realidade. E, integro também para a hipótese de falecer antes do Arrebatamento, pois os fiéis serão ressuscitados para estar eternamente juntos com Deus e com todos os salvos nas mansões celestiais.

E.A.G.

Atualizado em 14 de dezembro de 2018, 00h55.

Compilações:

As Grandes Doutrinas da Bíblia, Raimundo de Oliveira, páginas 190 a 199, 201, 204 a 206, edição 1987, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus).
Deus Esvaziará a Terra, Walter Santos, páginas 82 e 83, edição novembro de 1982, Rondonópolis/MT (M.D. Navarro G. Editora e Publicidade).

Escola Bíblica de Obreiros - 64ª EBO: Edificando Nossa Cada, Escatologia, Gerson Filitto Sobrinho, página 40, 19 de setembro a 4 de outubro de 2010, Belenzinho, São Paulo/SP (Igreja Assembleia de Deus em São Paulo).
Lições da Palavra de Deus - Grandes Temas do Apocalipse - Uma Perspectiva Profética Impressionante dos últimos Tempos. Lição 2: O Arrebatamento dos Salvos. Joá Caetano, ano 14, número 53, 1º trimestre de 2018, páginas 16 a 18, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel).
O Começo do Fim, Tim LaHaye, página 9, 10, 20, 172, edição 1982, São Paulo/SP (Editora Vida).
O Tema da Bíblia - Um Estudo Sobre o Plano da Redenção, FerrelL Jenkins, página 17, 2ª edição ano 2000, São Paulo/SP (Dennis Allan).

domingo, 9 de dezembro de 2018

Eu celebro o Natal de Jesus Cristo


Por Eliseu Antonio Gomes

É claro, respeito a todos que se negam a celebrar o dia em que Deus, literalmente, demonstrou nos amar trazendo ao mundo o seu Unigênito; logicamente, se se negar-se a comemorar o nascimento do Filho Único do Pai celeste é uma negação com a intenção de agradá-lo, a única reação sensata da minha parte é me esforçar para entender quem viva assim. Mas, o fato de buscar entender não é o mesmo que crer que este estilo de vida esteja baseado na doutrina de Cristo.

Aos que não celebram o nascimento do Senhor, digo o seguinte. Veja bem, ninguém nega que o Natal de Cristo é uma data célebre! Todos os cristãos sabem que é um dos dias memoráveis entre os poucos dias realmente memoráveis que a história humana tem. Sim, é dia célebre. Os anjos foram os primeiros a celebrar este dia, eles inauguraram a tradição da celebração natalina do Filho de Deus. O nascimento de Jesus é tão célebre que o Adversário das nossas almas tentou acabar com o motivo da nossa celebração naquele episódio em que Herodes decretou a mortandade de meninos de dois anos para baixo.

Pare e pense nesta projeção: Jesus nasceu com o objetivo de morrer e ressuscitar. O Salvador não morreria na cruz, na condição de gente de carne e ossos, se não houvesse nascido. E Ele só se manifestou em carne e ossos por causa do amor de Deus por nós, não veio passear na terra entre os pecadores. Então, considero importante usar um dia, dos 365 ou 366 de cada ano em que estamos vivos, para lembrar aos pecadores (eu me incluo como pecador) que Deus amou o mundo de tal maneira que entregou seu filho unigênito para nos salvar.

Entendo que a regra de fé e comportamento do cristão é a Bíblia Sagrada. E assim, o cristão se orienta pela doutrina de Cristo, contida tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Podemos usar outra base como nossa regra de fé e conduta, além da Bíblia Sagrada? Não devemos fazer isso, porque é atitude de hereges e pagãos colocar outra palavra acima da Palavra de Deus.

Então, se o nosso único Livro de regras e comportamento não aponta para nenhuma proibição contra a celebração do nascimento do Filho de Deus, como então afirmar que celebrar o Natal de Jesus Cristo é um costume anticristão? Como se posicionar contra a celebração do nascimento de Cristo se o próprio Cristo não se posiciona contra a celebração do seu nascimento?

Sobre a data da celebração, não entendo que não saber o dia exato como um impeditivo à celebração. Não haver uma data no calendário apontando o dia exato ao nascimento é o que menos importa. Considero que o fator mais importante é usar um dia, usamos 25 de Dezembro mas poderia ser outro dia. O importante é usar um dia como o momento de dizer ao mundo que Jesus é a prova do amor de Deus, destacar para muitos que Deus amou o mundo de tal maneira que entregou seu filho unigênito para nos salvar. A entrega que Deus fez significa a comprovação deste amor. 

Como adoradores de Deus e seguidores de Cristo precisamos imitar a Deus e a Cristo, em nossos relacionamentos interpessoais. Amar ao próximo, expressar em palavras este amor e ter a atitude condizente com esta declaração de amor. Quantos declaram amar o próximo e não comprova esta declaração através de ações ajustadas com o que diz? O Natal é uma lição de como precisamos ser como cristãos. Como? Menos discursos cheios de propostas e mais posicionamentos efetivos.

Não consigo ligar o fato de se montar decorações natalinas em árvores com idolatria. Sabemos que comerciantes fazem isso com intenções de alavancar suas vendas...

Que as famílias possam se reunir à roda da mesa e centralizar Jesus Cristo em seus corações. O mais relevante não é presunto, pratos requintados e trocas de presentes, é a união, a paz em família. Que a Ceia de Natal possa ser momento de reconciliação. A situação de harmonia parece ser situação tão difícil de ser alcançado na vida de muitos hoje em dia. Oremos, para que o clima de entendimento e concordância seja realidade na vida de todos nós, porque Jesus nasceu com o objetivo de morrer e ressuscitar e levar para o céu os pacificadores.

E.A.G.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

A segunda vinda de Jesus Cristo - Escatologia: acontecimentos futuros no plano da redenção


Por Eliseu Antonio Gomes

Desde o momento em que Deus criou o mundo e tudo que nele existe com o poder de sua palavra (Gênesis 1.1-25), formando o ser humano com suas próprias mãos, soprando nele o fôlego da vida (Gênesis 2.7), ocorreram muitos dias importantes na história da humanidade. Porém, desde o pecado (Gênesis 3.1-5) há grande expectativa no coração humano sobre o futuro que o aguarda. As Escrituras registram a volta do Senhor Jesus a este mundo, este momento será  o mais significativo evento de todos os tempos.

A Bíblia Sagrada diz que o céu é a habitação de Deus (2 Crônicas 6.18, 21; Salmos 123.1). Esclarece que o caminho da vida é para cima, a fim de que se desvie do inferno, que está para baixo (Provérbios 15.24).

A Bíblia fala em três céus:

1º. Auronos. Este é o nome dado ao que conhecemos de "primeiro céu". É o "céu atmosférico" que Jesus descreveu como "extremidades dos céus" (Lucas 17.24).

2º. Mesoranjos. É o nome dado ao céu intermediário, chamado de "céu estelar"; "céu planetário" e também "céu astronômico". A Bíblia descreve como "alturas".

3º. Eporaneos. É o céu superior, que a Bíblia chama de "terceiro céu" (2 Coríntios 12.2); "céu dos céus" (Números 9.6).

A ESPERANÇA QUE SUSTENTA O POVO DE DEUS HOJE 

Segundo os estudiosos das Escrituras Sagradas, as promessas infalíveis sobre a vinda do Senhor são citadas 1.527 vezes no Antigo Testamento e 320 vezes no Novo Testamento. Reis, sacerdotes, profetas, pessoas comuns, evangelistas e até anjos mencionaram a vinda de Jesus a este mundo (Daniel 7.13-14; Malaquias 3.1-5; 1 Coríntios 15.23; 1 Tessalonicenses 4.16-17; 3.13). Da mesma maneira, cerimônias, parábolas e ilustrações sinalizam com muita contundência que Jesus virá outra vez (Gênesis 3.15; Judas 14).

Todas as profecias registradas no Antigo Testamento sobre a primeira vinda do Senhor Jesus, chegada através da gravidez virginal de Maria, são perfeitas em seus mínimos detalhes, cumpriram-se literalmente (Salmos 16.10; Atos 2.22-32). A doutrina da segunda vinda do Senhor Jesus, de igual modo, tem fundamentos profundos na palavra profética, oferece certeza e segurança aos que creem no retorno do Senhor a este mundo. Acredite na promessa de Jesus, registrada em João 14.1-3. Jesus afirmou que iria ao céu - à habitação de Deus - preparar o lar que será o destino final dos cristãos e voltaria para nos levar para lá. Ele foi ao céu e, através de anjos, reafirmou sua promessa que voltará (Atos 1.12).

O céu (eporaneos) não saiu da prancheta de projetistas humanos, a estadia foi pensada de maneira perfeita para ser o lugar de todos que aceitaram a Cristo como Senhor e Salvador. Não é uma tenda ou um tabernáculo. Não é uma casa alugada construída por seres mortais. É uma permanência perpétua edificada através do poder do Supremo Criador, erigido com o objetivo de propiciar felicidade eterna. Considere que receberemos a posse no tempo devido. No céu há muitas mansões, há espaço distinto para cada um que ali chegar, há muitos filhos para serem levados à glória. Lá, todos os verdadeiros cristãos são bem-vindos, para morar permanentemente.

As Escrituras mencionam sinais que apontam ao advento da volta de Cristo:

O restabelecimento do Estado de Israel é um fato que acontecerá antes da segunda vinda de Jesus. O Israel original desapareceu séculos atrás. Em 6 de junho de 1967, os judeus, pela primeira vez desde que Jerusalém foi capturada por Nabucodonosor, em 536 a.C., não tinham o controle da cidade de Jerusalém, que estava sob o governo de gentios. Em 1948, o novo Estado de Israel foi estabelecido. A  reunificação dos judeus em Israel é um sinal claro, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, de que a vinda de Jesus acontecerá (Lucas 21.24).

Nós podemos ver algumas pistas que indicam a aproximação do retorno do Senhor (Mateus 24.3; Lucas 21.7). Guerras, revoluções, fome, doenças, terremotos em muitos lugares diferentes (Mateus 24.6-7; Lucas 21.7).
• Em cima, no céu (Joel 2.30, 31; Lucas 21.11; Atos 2.19);
• Em baixo, na terra (Mateus 24.7; Lucas 21.12; Atos 2.19);
• Na vida social (Mateus 24.12; Lucas 17.26-28; 21.12; 2 Timóteo 3.1-4);
• Na vida moral (Lucas 17.28-30);
• Entre o povo judeu (Ezequiel 37.1-4; Lucas 21.24, 29; Romanos 11.25, 26);
• Na vida política (Daniel 2.19, 31-33; 7.23-27; Ezequiel 38.6;  Lucas 21.29; Apocalipse 17.7, 12)
• Na vida religiosa (Mateus 24.5; Lucas 21.12; Apocalipse 13.12);
• No meio do povo de Deus (Mateus 24.12; 25.5; Lucas 17.26; 18.8; 2 Timóteo 4.3, 4; 2 Pedro 3.4);
• Na vida científica (Isaías 60.8; Jeremias 51.53; Daniel 12.4; Naum 2.4). 
A data desconhecida

Nenhum homem conhece o dia do Arrebatamento. Ninguém tem condições de afirmar com certeza quando Jesus estará voltando novamente. Segundo as palavras bíblicas, o advento acontecerá em data e hora desconhecidas, ninguém no céu, na terra, no inferno ou em qualquer outro lugar, sabe o dia ou a hora quando Jesus arrebatará a Igreja,  as pessoas do mundo só saberão o que houve depois, quando notar a ausência de milhões de cristãos (Mateus 24.36). (Mateus 24.42-44; Marcos 13.32).

O Senhor disse claramente que até os anjos no céu não sabem o dia, Inclusive, até o Filho de Deus, quando estava na terra, não sabia, também. Esse conhecimento, o Senhor disse, era reservado estritamente ao Pai celeste (Marcos 13.32). Estipular um dia é transgredir contra o sigilo de Deus. Alguns ousaram afirmar que estamos às 23 horas e 59 minutos do advento. Todos os especuladores que tentaram determinar data e horário foram envergonhados ao ficar patente a sua ignorância.

OS DOIS PERÍODOS DA VOLTA DE JESUS

A vinda majestosa de Jesus Cristo se dará em duas fases distintas, divididas em um período de sete anos. Isto é mostrado claramente nas páginas sagradas, portanto, precisamos deixar bem claro o que diz as Escrituras a esse respeito, evitando interpretações equivocas (1 Tessalonicenses 4.13-17; 1 Coríntios 15.51-52).

Primeira fase: o Arrebatamento da Igreja

A palavra "arrebatado" é traduzida do verbo grego "harpazo" ("tirar", "arrancar com força"); o vocábulo latim "raptare", que em português é "raptar", também significa "arrebatar". 

Este assunto é um mistério, só será compreendido plenamente quando ocorrer, pois anulará o poder da morte e da gravidade e outras leis que regem a matéria (1 Corintios 1515.51-55).

Na primeira etapa da vinda de Jesus, acontecerá o Arrebatamento. O retorno será invisível aos olhos de quem vive segundo o estilo do mundo porque este não serve a Deus. Ele virá até as nuvens, seus pés não tocarão o solo, encontrará os salvos nos ares.

O Senhor Jesus voltará para levar consigo todos quantos morreram salvos e todos àqueles que estiverem, em vida, servindo-o fielmente (1 Tessalonicenses 4.15-18; Hebreus 9.28). Os mortos ressuscitados e os vivos serão transformados, numa ação muito rápida, tal qual o movimento de pálpebras, num abrir e fechar de olhos (1 Coríntios 15.52). Repentinamente, os dois grupos, juntos, irão ao encontro do Senhor e serão transladados por Ele às mansões celestiais. A maioria dos salvos será composta de gentios e não de judeus, estes subirão com Cristo nos ares (1 Tessalonicenses 4.17, 18).

Jesus buscará a Igreja que o está velando e esperando (Mateus 25.1-13; 24.39-44; 2 Pedro 3.10).

O Arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação (Mateus 3.7; 1 Tessalonicenses 1.10; Apocalipse 3.10).

Segunda fase: a vinda em forma visível 

Este evento apocalíptico acontecerá sete anos após o Arrebatamento da Igreja.

Ao final da Grande Tribulação. Cristo voltará em corpo glorioso, revestido de poder (João 14.3), ocasião em que sinais espantosos acontecerão no céu, na terra e entre os seus habitantes, em especial o povo judeu. O som de trombetas será ouvido no céu, na terra, no inferno e em todos os lugares (Mateus 24.31).  Neste evento, Jesus estará acompanhado da Igreja glorificada, composta dos crentes que subiram no Arrebatamento, os santos que passaram pelas bodas do Cordeiro e pelo Tribunal de Cristo (Apocalipse 19.7; 2 Corintios 5.10). Esta vinda será contemplada por todos os habitantes da terra (Apocalipse 1.7) - isto será possível devido á tecnologia da comunicação, extremamente desenvolvida (Daniel 12.4).

A volta de Jesus, em sua segunda etapa, será como a sua ascensão: real, corporal, literal e visível: os homens o verão novamente com os olhos carnais (Daniel 7.13-14; Zacarias 14.1-5; Mateus 24.29-31; 25.31-46; 2 Tessalonicenses 1.7-10; Apocalipse 1.7; 19.11-21).

A ascensão de Jesus ocorreu quando estava rodeado de discípulos no monte das oliveiras. O solo deste monte foi o último ponto geográfico da terra em que os pés de Cristo pisaram. Seu retorno acontecerá ali também, à vista de Jerusalém, cujos cidadãos ingratos o desprezaram e o crucificaram, não quiseram que reinasse sobre eles. Naquele lugar acontecerá a revelação do seu retorno (Atos 1.12).

Sobre esta segundo momento do retorno, o profeta Zacarias, no capítulo 14 e versículo 4 de seu livro, profetizou que os pés de Cristo estarão sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém, e o monte das Oliveiras será fendido ao meio. Como o primogênito de Maria, Ele veio e experimentou a  vergonha quando julgado injustamente, mas virá outra vez em glória para julgar como o Justo Juiz (Atos 1.11).

No instante da segunda vinda, Jerusalém estará em guerra, sendo destruída pelos seus inimigos, e nesta situação Deus inspecionará os judeus como o refinador coloca seu ouro na fornalha e fica ao lado para ver se não vai sofrer nenhum dano. Segundo a profecia escatológica de Zacarias, Jerusalém é o ouro do Senhor a ser refinado.

O PADRÃO DOS CRENTES DE TESSALÔNICA PARA OS ÚLTIMOS DIAS

A religiosidade sem o Deus verdadeiro

Paulo se mostrou um missionário atento ao seu tempo. Quando esteve com os gregos no Areópago, como registra Lucas em Atos, usou de toda a sua retórica, advinda de sua formação educacional num contexto romano. Ao escrever aos crentes tessalonicenses, sabe que a temática relativa às últimas coisas é uma questão a ser abordada de forma complexa em virtude da presença do forte politeísmo existente em Tessalônica. Naquela cidade, havia o culto a Dionísio, Asclépio e Deméter. Existia uma forte influência da religiosidade egípcia e greco-romana, o sincretismo chegou a tal ponto que se construiu o Grande Sarapeum, templo destinado à adoração simultânea de deuses romanos e egípcios.

A abordagem sobre o Arrebatamento do povo de Deus, feita com mais detalhes pelo apóstolo Paulo é encontrada em 1 Tessalonicenses 5.2, 4.

Jesus é o caminho que leva ao Deus verdadeiro

Diante do conhecimento desse aspecto histórico, podemos refletir no enorme desafio que se impôs a Paulo na evangelização daquela cidade, havia a possibilidade de haver uma rejeição completa de tudo o que estava sendo anunciado. Se o anúncio do Evangelho não houvesse sido feito sob a orientação da graça divina, Jesus seria apenas mais um dos deuses a entrar na lista da religiosidade sincrética no coração dos tessalonicenses. Porém, felizmente, o apóstolo apresentou Jesus que, literalmente, se entregou pela humanidade. Diante da extraordinária narrativa de Paulo sobre Jesus, aquela população foi impactada pelo poder da Palavra, e consequentemente fez com que a fé para a salvação brotasse no coração daqueles irmãos, houve uma significativa adesão ao convite do Senhor e os tessalonicenses se converteram dos ídolos a Deus (1 Tessalonicenses 1.9).

OS PUROS VERÃO A DEUS

A marca do cristianismo autêntico

Se não fosse possível viver uma vida em santidade, Deus não teria ordenado que vivêssemos assim (Levíticos 19.2; Mateus 5.8). Ser santo significa ser separado para Deus, dar prioridade aos seus interesses. O fato de priorizar a vontade de Deus nos faz santos. Ninguém se torna santo porque realiza coisas boas, se transforma em gente santa através da fé em Cristo, ao amadurecer na fé, ao viver com o Senhor e através de suas atitudes em conformidade com a doutrina cristã se parecer  igual a Cristo (2 Coríntios 3.18).

Sabemos, a religiosidade transcende os aspectos litúrgicos ou ritualísticos da própria religião, associa-se, na maioria dos casos e de maneira íntima, a componentes sociais e culturais de um povo. Ao ser humano, não basta o rótulo de cristão e a acomodação às reuniões em um templo evangélico, é necessário receber a Jesus como Senhor e Salvador de sua alma, arrepender-se dos pecados cometidos e firmar o propósito de não viver em pecado sistemático ou continuado. Jesus muda o modo de viver das pessoas que o seguem com inteireza de coração (João 3.3; Apocalipse 22.14, 15).

Assim como a verdade do Evangelho prevaleceu sobre a ficcionalidade dos mitos greco-romanos na vida dos crentes tessalonicenses, e em consequência deste fato nasceu a Igreja composta por irmãos tessalonicenses, toda pessoa que ouve a voz de Jesus a bater na porta de seu coração, e permite que Ele entre em sua vida e passa a ter comunhão com Deus, todos os embaraços existentes em sua vida são vencidos, sua vida é transformada de idólatra à espiritualidade viva e dinâmica. E assim passa a ser alguém apto a entrar no céu (Salmos 15.1-7; Apocalipse 3.20).

Jesus, único mediador entre Deus e os homens

Ao retornar, Jesus levará o seu povo para estar com Ele para sempre no céu. O céu seria um lugar incompleto para um cristão se Cristo não estivesse lá. Enquanto não volta, Jesus age como nosso advogado ou defensor, protege nossos direitos e provê por nós (2 Timóteo 2.5).

CONCLUSÃO

Apesar de não ser conhecida a data em que ocorrerá o Arrebatamento, devemos estar prontos para esta chegada. Jesus prometeu voltar para nos buscar e isto acontecerá de súbito, surpreendendo a humanidade.

E.A.G.

Compilações:
1ª Escola Bíblica para Obreiros (EBO): Escatologia, Valdir Nunes Bícego, página 24, data do evento não declarado, Lapa, São Paulo/SP (Assembleia de Deus setor Lapa
Bíblia de Estudo Mattew Henry, páginas 1675 e 1706, 1ª edição 2014, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel)
Escatologia Bíblica. Um tratado sobre o fim do mundo, Erivaldo de Jesus, páginas 46 a 48, e 55; 8ª edição, 2017, São Paulo (ADIB Editora).
Lições da Palavra de Deus - Grandes Temas do Apocalipse - Uma Perspectiva Profética Impressionante dos últimos Tempos. Lição 1: A Volta do Senhor Jesus. Joá Caetano, ano 14, número 53, 1º trimestre de 2018, páginas 6 a 10, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel). 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Escatologia: acontecimentos futuros no plano da redenção (introdução)


Por Eliseu Antonio Gomes

O plano da redenção não se concluirá até que os santos encontrem-se diante de Deus, assim como Adão e Eva permaneceram na presença do Criador antes de pecarem. Existem alguns acontecimentos profetizados nas Escrituras Sagradas, que ainda estão por acontecer. Os seguidores de Cristo podem ter comunhão com Deus em Cristo agora, mas a concretização final da intenção de Deus será no céu.

Todas as religiões possuem a sua escatologia. Cada uma apontando ao propósito final da sua crença. A maior parte das religiões disponibiliza esperança aos adeptos. Os hinduístas e os espíritas aceitam como verdadeira a reencarnação; os hinduístas creem também na transmigração, sistema em que o morto revive, mas, em forma menos significante, tomando o corpo de um animal ou até mesmo de um inseto, conforme o modo em que viveu. Os espíritas são menos radicais, porém apregoam a questão do carma, a reencarnação em outro corpo humano após a morte, com o objetivo de experimentar sofrimentos a fim de pagar por erros cometidos durante a vida.

Os filósofos gregos, da época de Sócrates, insinuavam existir a mudança da alma para o mundo das ideias, à condição livre da matéria. Platão, em sua obra Fédon e Equécrates, apresenta o diálogo de Sócrates. O pensador ateniense, antes de tomar a sicuta - veneno popular entre os suicidas na antiga Grécia - afirma que nada é mais estimulante do que entrar para o mundo das ideias, onde aproveitará de novos conhecimentos. 

O vocábulo "escatologia" é originário dos termos gregos "eschatos" (último) e "logia" (doutrina ou tratado), isto é, o estudo dos últimos eventos. A sua abrangência aborda o que acontecerá com os homens e o mundo como um todo; toca em acontecimentos desde a morte física até o estado eterno, após o julgamento final; descreve o futuro da Igreja e dos ímpios.

A Escatologia sempre aguçou grande atração na humanidade. O desejo em conhecer o futuro provoca tanto crentes quanto descrentes, já que estes pesquisam na astrologia, cartomancia, na quiromancia e em outros métodos esotéricas, maneiras de descobrir o que ocorrerá em dias futuros, relacionados, principalmente à vida amorosa, à segurança econômica e, alguns mais afoitos, a saber como será o seu próprio final.

Para nós, os cristãos, a Escatologia é um dos assuntos mais profundos da Bíblia Sagrada. Como parte das doutrinas cristãs, não se restringe a alguns fatos previstos para o futuro, mas examina detalhadamente o desdobramento da História, confere os acontecimentos com as profecias bíblicas. Ao meditar nesta matéria teológica, a nossa esperança fica revigorada (1 Pedro 1.3), clareando o nosso caminhar (2 Pedro 1.19) para seguirmos adiante na trajetória da fé (Hebreus 12.1), até o momento em que a trombeta tocar nas alturas sinalizando a volta de Cristo  (1 Coríntios 15.52) e sejamos retirados desse mundo, levados ao encontro do Senhor nos ares (1 Tessalonicenses 4.16).

A partir do momento em que a Igreja de Jesus teve o seu início, ela é participante de um período da História conhecido como "os últimos dias". Consequentemente, a Igreja já nasceu numa conjuntura escatológica. Desde o começo os crentes sabem esperar pelo seu arrebatamento iminente deste mundo para o céu de luz. Sabemos que chegará o dia em que conheceremos a mansão celestial (João 14.1-3), a qual Deus preparou para ser morada do seu povo (Hebreus 11.16).

E.A.G.

A segunda vinda de Jesus

Compilação:
1ª Escola Bíblica para Obreiros (EBO): Escatologia, Valdir Nunes Bícego, página 23, data do evento não declarado, Lapa, São Paulo/SP (Assembleia de Deus setor Lapa).
64ª Escola Bíblica de Obreiros (EBO) - Edificando Nossa Cada, Escatologia, Gerson Filitto Sobrinho, página 39, 19 de setembro a 4 de outubro de 2010, Belenzinho, São Paulo/SP  (Igreja Assembleia de Deus em São Paulo).
O Tema da Bíblia - Um Estudo Sobre o Plano da Redenção, FerrelL Jenkins, página 17, 2ª edição ano 2000, São Paulo/SP (Dennis Allan).
Teologia para Pentecostais - Uma Teologia Sistemática Expandida, volume 4, Walter Brunelli, página 163, 166, edição 2016, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Central Gospel).