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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Olhando firmemente para Jesus

Ricardo Barbosa de Sousa

Uma característica de viver em uma cultura que oferece tantas possibilidades é perder o foco, não saber o que realmente importa. Vivemos de maneira dispersa, seduzidos por uma infinidade de ofertas, criando uma ciranda de opções que mudam constantemente nosso olhar de direção.

A perda de objetividade nos conduz a uma dificuldade na integração das diferentes realidades da vida. Somos seres com tendência à ansiedade e inquietação e muitas vezes nos distraímos. A obsessão pela autorrealização, pela autossegurança e pela autoimagem surge da necessidade de dar nitidez a um cenário desfocado.

Temos a inclinação de pensar que nossos problemas são externos. Porém, se não temos um foco internamente, seguiremos â deriva. Como diz o velho ditado: "Quando o piloto não sabe o destino do seu barco, qualquer vento sopra  a favor". As distrações externas apenas refletem a falta de integração interna.

Na carta aos Hebreus, o autor dedica todo o capítulo 11 para descrever, em curtas biografias, de homens e mulheres que viveram vidas focadas. Apesar das inúmeras possibilidades e pressões, mantiveram seus olhos fixos em promessas divinas ainda não cumpridas. Viveram e morreram por elas.

O autor entra no capítulo 12 com um relato e um apelo. Todo aquele elenco de homens e mulheres que viveram vidas focadas tornou-se uma "nuvem de testemunhas", ajudando e encorajando outros homens e mulheres a viverem da mesma forma. O que eles fizeram? Mantiveram seus olhos fixos em Jesus. 

Tenho pensado nas testemunhas que têm me ajudado a não perder o foco. Confesso que, às vezes, olho a minha volta e encontro muita gente que me incentiva com métodos, estratégias, técnicas, programas, no entanto, são poucos os que me ajudam a manter meus olhos focados em Jesus.

Algumas dessas testemunhas viveram séculos atrás. Agostinho é uma testemunha fiel que sempre me ajuda a olhar com honestidade para o meu pecado e para a bondade de Deus. Outra testemunha pela qual tenho grande apreço é Gregório Magno, que viveu no século 6. Sua obra tem me ajudado a manter o foco do ministério pastoral e evitado que me entregue às seduções dos atalhos.

Os movimentos do século 13 me ajudam a reconhecer o valor da simplicidade. Os reformadores me inspiram tanto na devoção como no estudo cuidadoso e reverente das Escrituras. Ao longo da minha vida algumas testemunhas fiéis e verdadeiras me ajudaram a manter meus olhos fixos em Jesus. Várias delas seguem ao meu lado, anonimamente, insistindo para que jamais perca Jesus de vista. 

Uma testemunha que teve grande influência em minha vida e pela qual sempre nutri grande admiração é John Scottt, que há pouco tempo deixou este "corpo corruptível" para receber o corpo "glorificado". Ele, com seus sermões, livros e dedicação, me estimulou a amar a Bíblia, a igreja e o Salvador.

A vida moderna, com suas múltiplas ofertas, intensifica o individualismo e acaba por produzir  uma forma de ruptura entre a realidade interna e externa. Por outro lado, a revelação de Deus como Trindade, que tem a comunhão e a interdependência de um no ser do outro, forma a base da vida e espiritualidade cristã. A consciência de que fomos criados por Deus e para Deus estabelece o eixo para vivermos de modo centrado.

Existe um centro na vida. Jesus Cristo. Ele é o princípio e o fim. Aquele por meio de quem tudo existe e para quem todas as coisas convergem. Diante dEle se dobrarão todos os joelhos no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua o confessará como Senhor e Deus. Ele é o que se encontra  Assentado no trono, em torno do qual nós nos colocamos em adoração e obediência.

Precisamos de testemunhas. Nuvens de testemunhas. Precisamos de pessoas que nos ajudem a desembaraçar os nós do pecado e de tudo o que nos impede caminhar em direção a Cristo. A vida moderna segue nos oferecendo muitas distrações. Manter os olhos fixos em Jesus nos possibilita viver de forma íntegra e centrada.

Fonte: Ultimato, número 332, setembro - outubro de 2011, Viçosa - MG (Editora Ultimato).
Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e Coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de Janelas para a Vida e O Caminho do Coração.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A Bíblia Sagrada e o Obreiro Aprovado

Por Erni Walter Seibert

É evidente que todos esperam que os obreiros manejem bem a Palavra de Deus. O apóstolo Paulo, em sua segunda carta a Timóteo (2.15), dá a recomendação: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade". Mas o que significa manejar bem a Palavra de Deus?

Quando pensamos em manejar, pensamos em usar com um propósito. Deus nos deu sua Palavra com um propósito. Manejar bem a Palavra significa utilizá-la de tal forma que este propósito seja alcançado.

Vamos pensar um pouco sobre isso na prática. Há quem use a Bíblia Sagrada como livro para satisfazer sua curiosidade. A Bíblia tem muitas informações. Quando  as pessoas utilizam a Bíblia para matar sua curiosidade, elas vão atrás destas informações. Alguns, neste afã de matar suas curiosidades, levantam dúvidas sobre a Bíblia de tal maneira que, ao final de tudo, têm mais dúvidas e questões do que no início de sua investigação. Provavelmente não estejam procurando o propósito para o qual a Bíblia foi escrita e não conseguem manejar bem a Palavra de Deus.

Outros estudam a Bíblia apenas para encontrar possíveis contradições, falhas de informações ou dificuldades. Querem, com isso, mostrar que a Bíblia não é um livro digno de confiança e que ela não pode ajudar ninguém. Quem faz este uso da Bíblia, evidentemente, não maneja bem a Palavra de Deus.

A Bíblia Sagrada foi dada por Deus com um propósito. Na segunda carta do apóstolo Paulo a Timóteo, no capítulo 3, versículos 15 e 16, diz: "E, desde menino, você conhece as Escrituras Sagradas, as quais lhe podem dar a sabedoria que leva à salvação, por meio da fé em Cristo Jesus. 16 Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver" (NTLH).

Neste texto, em primeiro lugar, aparece o grande propósito pelo qual Deus nos deu as Escrituras: para nos dar sabedoria que leva à salvação por meio da fé em Jesus Cristo. Manejar bem as Escrituras significa, acima de tudo, encontrar nelas a salvação pela fé em Jesus Cristo. Quando alguém prega, manejando bem as Escrituras, ele leva seus ouvintes a encontrar a salvação em Jesus Cristo, Quando alguém estuda a Bíblia, manejando bem as Escrituras, ele próprio encontra nelas esta mesma salvação.

E o texto de Paulo nos traz detalhes deste manejar das Escrituras: Ensinamos a verdade, condenamos o erro, corrigimos as faltas e ensinamos a maneira certa de viver. Tudo isso iluminado pela salvação que há em Jesus Cristo.

Obreiros podem, por vezes, estar constantemente em contato com as Escrituras e se esquecer destas verdades fundamentais. Aí, seu ministério corre o risco de se tornar vazio, sem sentido, sem objetivo. Por vezes, no afã de buscar sentido para o ministério, as pessoas buscam a solução em técnicas, em novidades longe das Escrituras Sagradas. 

Manejar bem a Palavra de Deus dá sentido para a vida. Manejar bem a Palavra de Deus dá sentido para o trabalho pastoral. Ao longo da história da Igreja, sempre que se viu um avivamento, foi porque as pessoas voltaram a estudar com novo afinco a Palavra de Deus. Manejar bem a Palavra de Deus significa encontrar a salvação e nova vida.

Queira Deus nos dar obreiros, que manejam bem a sua Palavra para que a Igreja. no Brasil e no mundo, seja muito abençoada.

Fonte: Ceifeiros em Chamas, ano 26, setembro / outubro de 2014, página 6, CONFRADESP, (São Paulo / SP) www . ceifeitosemchamas . net . br

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Nota de esclarecimento à população brasileira sobre a liminar deferida em favor da ação popular que requer suspensão e anulação da resolução 001/1999, do Conselho Federal de Psicologia


Brasília(DF), 20 de setembro de 2017.

Os psicólogos, autores da Ação Popular n. 1011189-79.2017.4.01.3400 TRF1-DF, vêm a público esclarecer que têm por objetivo suspender e anular a Resolução 001/1999, do Conselho Federal de Psicologia, a qual estabeleceu normas de atuação para os psicólogos em relação à Orientação Sexual, por ela ferir o patrimônio público, a liberdade científica, o livre exercício da profissão e do direito do consumidor.

O Juiz de Direito Federal, Dr. Waldemar Claudio de Carvalho, concedeu, parcialmente, a solicitação do grupo de psicólogos, para que o CFP não impeça e não puna os profissionais que atenderem pacientes em sofrimentos por orientação sexual egodistônica, uma vez que a referida resolução afronta dispositivos constitucionais, causando prejuízos aos direitos individuais e coletivos, em razão do freio que ela impôs ao desenvolvimento científico, por ser este um patrimônio público, protegido pelo Estado.

O advogado do grupo de psicólogos, Leonardo Loiola Cavalcanti, já peticionou junto à OAB Nacional e do Distrito Federal para que venham intervir, no sentido de que essa instituição cumpra a sua missão institucional (art. 44, Lei 8.906/1994), para resguardar a liberdade científica, o livre exercício da profissão, o direito do consumidor e a preservação do patrimônio público.

Medidas judiciais serão tomadas quanto à disseminação de informações distorcidas, contrárias aos intentos dos profissionais que moveram tal ação e ao que está contida na liminar do magistrado da 14ª Vara Federal, diante da descontextualização do que foi requerido e deferido.

Também serão tomadas medidas judiciais no que diz respeito à ofensa a moral e a dignidade dos autores da ação popular.

 __________

Editor Belverede: Cura gay não existe, porque homossexualidade não é doença. A ação judicial por meio da liminar não tem o objetivo buscar a cura, visa dar liberdade de ajuda profissional aos homossexuais que se sentem incomodados com a sua sexualidade, a qual é denominada egodistônica. Todas as pessoas que desejam o auxílio de um psicólogo não pode ser impedido por ninguém. O Conselho Federal de Psicologia não tem autoridade sobre o livre-arbítrio do cidadão brasileiro.

"Para o juiz Carvalho, tais normas "não ofendem os princípios maiores da Constituição". Mas, "se mal interpretados", podem resultar em que se considere "vedado ao psicólogo realizar qualquer estudo ou atendimento relacionados à orientação ou reorientação sexual", uma vez que a Constituição "garante a liberdade científica bem como a plena realização da dignidade da pessoa humana, inclusive sob o aspecto da sexualidade". Assim, ele não chega a anular a resolução, mas determina que os profissionais possam "estudar ou atender àqueles que voluntariamente venham em busca de orientação acerca de sua sexualidade, sem qualquer forma de censura, preconceito ou discriminação" - El País - Brasil, 20 de setembro de 2017, Felipe Betim.

Veja a íntegra da ata da audiência: Poder Judiciário.

E.A.G.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Casamento e perdão

Por Silmar Coelho

Deus criou o relacionamento conjugal. É uma relação única na experiência humana. Não há nenhum outro relacionamento íntimo e gratificante. O casamento nos obriga a viver com outra pessoa na mais íntima união conhecida na humanidade. Essa intimidade pode ser intimidante. Somos obrigados a revelar o verdadeiro eu, muitas vezes com medo de sermos rejeitados. Uma vez que vencemos o medo da transparência, descobrimos que não existe relação mais maravilhosa e prazerosa. Nessa união divina, temos a oportunidade de perdoar e amar como Deus nos ama.

1. Perdoar é uma escolha

O perdão é a maior prova de amor no casamento. O perdão dá a oportunidade ao outro de ser quem não era ontem. Perdoar liberta tanto o ofensor quanto o ofendido.

Você se lembra da história da prostituta arrependida que banhou os pés de Jesus com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos (Lucas 7.36-50)? Depois que ela realizou este ato de respeito e amor, Jesus contou a história de dois homens que deviam dinheiro ao mesmo credor. Um devia 500 denários, e o outro, apenas 50. A história revela muita coisa. A dívida do primeiro era enorme, impagável, não havia nenhuma possibilidade de ele quitar a dívida. O único meio de o devedor ser livre da dívida era receber o perdão do credor. O credor, graciosamente, tinha que cancelar a dívida. Ao contar a história, Jesus fez a seguinte pergunta: "Qual dos homens será mais agradecido ao credor?" A resposta é óbvia: aquele que foi perdoado da maior quantia. Perdão gera amor na sua forma mais plena. Quem muito é perdoado, muito ama.

2. Devemos perdoar, ainda que os erros sejam repetidos (Mateus 18.19-21)

Perdão generoso, ainda que haja faltas reincidentes, gera amor profundo e duradouro. Perdoar "setenta vezes sete" significa perdoar sempre. No casamento, determinadas infrações serão repetidas - conte com isso!

Alguns casam com uma lista pronta das coisas que seu cônjuge tem ou não de fazer. As exigências podem levar o outro à beira da loucura. Cada um tem os seus hábitos, alguns irritantes que, mesmo depois de casado, são persistentes, não importa o que o outro diga ou faça.

3. Não contabilize erros; perdoe imediatamente (Efésios 4.26-27)

Todo casal deveria ter Efésios 4.26 gravado numa placa bem visível acima da cama: "...não se ponha o sol sobre a vossa ira". Ou, parafraseando: Perdoe ou perca o sono!" A mensagem é dura: não durma até esclarecer udo o que tem prejudicado o seu relacionamento durante o dia.

O fluxo de adrenalina que alimenta a raiva o manterá acordado.

Quem adia o perdão ou deixa de perdoar permite que o coração endureça e permaneça fechado; permite que os afazeres diários impeçam a reconciliação; permite a ação do diabo; não permite os avanços do outro. Quem não conversa e perdoa rapidamente, antes do dia terminar, o faz a longo prazo. Caso contrário, pagará juros altíssimos pela sua teimosia. A sua relutância acaba incomodando o seu cônjuge, que também se recusa a perguntar o que está acontecendo. O outro simplesmente se vira e dorme. Você não entende como o outro não se dá conta do que fez e fica mais zangado. A calma e a cara de pau do outro é irritante. Ao amanhecer, você acorda sentindo-se mal.

A raiva não resolvida se torna um ponto de apoio para o grande destruir de famílias. Ao deixar de lidar com as ofensas, você deixa de agir sobre um princípio divino para agir sobre um princípio satânico.

4. O perdão sara, fortalece e amadurece a união conjugal

O casamento é diferente de qualquer outro relacionamento. Só no casamento podemos ser forjados numa união física, emocional e espiritual. Falta de perdão perturba a unidade emocional. Pior de tudo, rompe a sua unidade espiritual. Vocês vão parar de ler e a Bíblia e orar juntos ou praticarão as devoções como hipócritas, fingindo estar tudo bem, quando não está.

Paulo nos instrui a examinarmos a nós mesmos antes de celebrarmos a ceia do Senhor (1 Corintios 11.27-29). Esse autoexame inclui os relacionamentos horizontais, em especial a relação do casamento. Se o seu casamento está em desordem, a sua capacidade de desenvolver-se espiritualmente está em perigo.

Leia 1 Pedro 3.1-7. Quando o casal não se compreende e não obedece à Palavra, as suas orações são impedidas. A unidade do casamento depende de cada parceiro. Eles se perdoam continuamente para restabelecer a sua relação única. O ato de perdoar faz o casal experimentar a graça de Deus, ao dar um ao outro o que Deus graciosamente tem dado a cada um.

5. Aprenda a se apaixonar de novo - a arte de manter um bom casamento

Quando você se casou a sua emoção falou mais alto. Tudo culminou com uma lua de mel maravilhosa: romance, paixão, celebração e prazer. Você estava certo que nada poderia ficar entre você e seu cônjuge. O romance manteve as suas emoções alteradas e o amor superou os desentendimentos, a raiva e a dor. Ora, a paixão e o romance eram mais fortes do que as dificuldades.

Está claro o que precisamos fazer? Precisamos manter acesa a chama do amor. O desejo de amar deve ser maior que qualquer desentendimento.

Aprenda a perdoar e a buscar cura emocional. Cuidado para que expectativas irreais do casamento não o façam vulnerável. Não espere o romance; continue como se fosse uma febre - a paixão - mas ela vem a vai. Quem não é capaz de perdoar e renovar o amor fará com que o casamento se torne emocionalmente falido, emocionalmente morto.

Amaioria dos casamentos pode sobreviver a uma grande dose de estresse extremo, mas poucos casamentos sobrevivem à morte emocional. Perdão, reconciliação e luta pela unidade são essenciais para a manutenção de um relacionamento emocional saudável.

6. Confronte com cuidado e carinho

O casamento exige uma relação de responsabilidade diante de Deus e do homem. O desejo de enfrentar um ao outro pode ser a nossa primeira linha de defesa; no entanto, além de afastar um do outro, isso nos afastará de Deus.

Quando um dos cônjuges nota que o outro está negligenciando as disciplinas espirituais, deve motivar a mudança com delicadeza e doçura. nunca use Deus e a Bíblia como marreta. A impaciência e o "pavio curto" são sinais de que a vida espiritual está ficando em segundo plano.

Confronte com sensibilidade e sabedoria (Salmos 51.17; 34.18; Tiago 4.6-10). Não evite a confrontação, quando alguma coisa vai mal precisa ser abordada (Hebreus 3.9-13).Quem ama não permanece em silêncio quando o outro vive em padrão autodestrutivo ou prejudicial à sua família ou à causa de Cristo.

7. A reconciliação é obrigatória

O perdão é necessário em todos os nossos relacionamentos, mas o confronto e a reconciliação dependem das circunstâncias e do agir do Espírito Santo.

Em muitos relacionamentos, pode haver uma lacuna entre o perdão e a reconciliação. Pode haver intervalos naturais de separação. São lacunas do tempo que nos proporcionam a oportunidade de colocar nossas emoções sob controle e passar tempo meditando sobre o assunto para receber o toque do Espírito Santo, que nos levará em direção à reconciliação.

O casamento envolve viver juntos para sempre. 1 Coríntios 7.1-5 nos ensina a vivermos juntos e compartilharmos unidade física juntos regularmente para evitar a tentação, só abstendo-se de união por curtos períodos e apenas para o jejum e oração; e assim mesmo só se os cônjuges estiverem de acordo.

O casamento não é um relacionamento casual; é preciso cultivar uma relação que reflita o tipo de união inquebrável, união de amor que existe entre Cristo e a Igreja (Efésios 5.30-32).

No casamento, a reconciliação significa estar continuamente empenhado em proximidade, união e parceria divina. Haverá ocasiões em que você precisa de espaço para lidar com conflitos interiores, mas tome apenas o tempo suficiente para a questão ser resolvida. Deus ordena que os casais se reconciliem. Faça o que for possível para que seu casamento se mantenha forte e saudável. Siga a verdade, não suas emoções.

Conclusão

Aplicar essas verdades nas escaramuças das crianças é essencial, mas seu impacto é quase nada diante do exemplo como casal. Seus filhos precisam ver que vocês se amam o suficiente para perdoar sempre.

Pastor Silmar Coelho
Ao perdoar, seus filhos terão confiança e segurança para confessar erros e perdoar. A disposição de perdoar seu cônjuge se torna uma âncora estável para o seu lar. Perdão e reconciliação são testados ao máximo entre marido e mulher.

O confronto terá de ser abordado com o máximo cuidado. Não faça questão de estar certo. É a reconciliação que deve ser buscada e alcançada em sua totalidade. Faça o que a Bíblia diz! Confie em Deus e verá quando Ele agir.

Fonte: Renovação da Fé, ano 17, número 69, página 19, julho a setembro de 2017.



sábado, 16 de setembro de 2017

Jornalista Marcelo Rezende morre vítima de câncer


Marcelo Luiz Rezende Fernandes, jornalista, repórter e apresentador de televisão, faleceu na tarde de 16 de setembro, aos 65 anos de idade, no hospital Moriah, na zona sul de  São Paulo de falência múltipla dos órgãos. Ele lutava contra câncer no pâncreas e fígado desde o mês de abril.

O jornalista nasceu no Rio de Janeiro, em 12 de novembro de 1951, foi casado três vezes, pai de cinco filhos de mães diferentes, era avô de duas netas.

Rezende recebeu o diagnóstico médico em 28 de abril e após isso ainda apresentou três vezes o jornalístico Cidade Alerta. Anunciou que estava doente em rede nacional, numa entrevista ao Domingo Espetacular (Rede Record), no mês de maio, pouco antes de sua internação. Afastou da apresentação e comando do programa semanal Cidade Alerta, que apresentava desde 2012, mas continuou a comunicar-se com seus admiradores via rede social, quando enfatizava sua fé. Ele afirmava crer em Deus, mas não tinha filiação religiosa.

Rezende conquistou o APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e o diploma de honra ao mérito  do Festival de Filme e Televisão de Nova York;  ganhou duas vezes o prêmio Libero Badaró.

O velório aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo, a partir das 10 horas do domingo (17). Seu corpo foi transladado em cortejo por um caminhão de bombeiro e sepultado no cemitério de Congonhas (Jardim Marajoara, SP), com a presença de familiares,  muitos amigos e colegas de profissão.

Atualizado: 18 de setembro de 2017, 10h44.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A verdadeira origem do catolicismo romano

Por Abraão de Almeida

No ano 312 d.C., Constantino, filho de Constâncio Cloro, marcha com um insignificante exército contra Maxêncio, seu concorrente ao trono imperial, o qual lhe declara guerra. Reconhecendo-se sem quaisquer condições de vencer um inimigo muitas vezes mais poderoso, Constantino invoca Deus dos cristãos, pedindo o milagre da vitória. Enquanto se preparava para a batalha, consta ter aparecido a ele e aos seus legionários uma cruz no Sol, sobre a qual lia-se: "in hoc signo vinces" (por este sinal vencereis). Durante a renhida luta, Maxêncio afogou-se no Tibre, e seus soldados foram derrotados. Para Constantino, aquela vitória devia-se à ajuda de Cristo; em sinal de gratidão, no mesmo ano publica um edito, em Milão, no qual declara: "Queremos que todo aquele que deseja seguir a religião cristã possa fazê-lo sem temor algum de ser inquietado".

Está escrito na Bíblia Sagrada sobre o casamento: até que a morte os separe


A Palavra de Deus declara sobre o casamento o seguinte: "até que a morte os separe" (Gênesis 2.24; Marcos 10.8). Mas quantos casais desejam levar à sério a proposta de Deus sobre este assunto? 

A cerimônia religiosa é bonita; a festa de celebração da união conjugal acontece em um salão luxuoso, os convidados recebem tratamento sensacional, e o casal ganha muitos presentes maravilhosos. Mas, seis meses após este evento, a esposa enche as malas com os pertences pessoais do marido, coloca-o fora de casa dizendo que tudo acabou. O que houve de errado? Há quem diga que a boa relação é igual uma taça de cristal, não é possível consertar após quebrada. 

Ao passar do tempo, para que a nossa presença continue sendo aceita prazerosamente pelo outro requer o entendimento de que não casamos com alguém irreprovável. E fazer isso requer de nós a disposição de perdoá-la e o entendimento que também erramos contra ela e ela pode reagirá provocando em nós sentimentos de infelicidade.

As pessoas são falhas e imperfeitas, incapazes de produzir alegria plena e perene. Sabemos muito bem, não existe gente perfeita. É importante perceber que ao escolhermos alguém para passarmos o resto de nossas vidas, não temos o direito de colocar nas mãos dessa pessoa o dever obrigatório de nos fazer felizes todos os dias. O sentimento de insatisfação na relação matrimonial ocorre pelo alta expectativa de viver a vida de casal ao lado de uma pessoa perfeita. Se os olhos das pessoas que se casam olharem para o par conjugal com as lentes de Cristo, terá mais chance de conviver em alegria, pois será mais fácil perdoar e evitar errar contra o (a) parceiro (a) no casamento.

Para que o casamento dê certo, é necessário haver um triângulo amoroso: o marido, sua esposa e entre os dois o Senhor. O casamento é um laço de união que, quase sempre, começa com o sentimento da paixão. A paixão tem prazo de validade. Quando expira, sobra entre marido e esposa a decisão de amar um ao outro. O exercício do amor envolve a questão de fazer o bem, independente de recebê-lo. Observando pela ótica humana, esta situação é injusta para quem realiza o bem, porém, pelo lado espiritual o efeito de plantar sementes de cortesia é abrir a oportunidade de ser beneficiado. Fazer isso tem a ver com a nossa fé em Deus e em Cristo. É colocar Jesus na relação, conforme ensina a Bíblia Sagrada: "Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa" - Eclesiastes 4:9-12.

É muito difícil consertar situações complicadas. Entretanto, é preciso juntar os cacos, porque apesar dos remendos vale a pena conservar o matrimônio - porque esta é a vontade de Deus. Nós precisamos viver felizes, independente do que aconteça. A nossa verdadeira felicidade tem origem no Senhor. 

E.A.G.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Santander - Fim da exposição Quermuseu é guinada de retorno ao bom senso e bom gosto


Por qual motivo dar visualização ao "artista" que desenha uma imagem, que remete a Cristo, zombando da crucificação? Agradar clientes cristãos, ou perdê-los? Qual é o motivo de mostrar desenhos de crianças com a frase "sou homossexual"? Agradar clientes que são pais de filhos heterossexuais, satisfeitos com a heterossexualidade deles, ou perdê-los? Qual seria o impulso para expor publicamente um cena de sexo entre três pessoas, sendo dois homens brancos e um negro, sendo que o negro é sodomizado e realiza sexo oral? Com certeza, esta amostra quer agradar quem vai às agências bancárias e tem famílias estruturadas aos moldes bíblicos, ou será que tal mostra visa perder este cliente para a concorrência?

Segundo o Senador Magno Malta, o Banco Santander perdeu em apenas dois dias mais de 100 mil clientes. Erro: no Rio Grande do Sul, confundiu lixo com Arte. Que prejuízo! Parabéns, ex-correntistas!



Se a instituição quis fazer propaganda de sua marca, usando imagens polêmicas na exposição Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, deu um passo extremamente errado. É uma ideia muito infeliz fazer publicidade com uso do que é contraditório. Como acreditar que irá crescer mais, em um país cuja população é majoritariamente cristã, atacando o cristianismo? Impossível. Os concorrentes do Santander devem estar felizes da vida e pedem bis.

E.A.G.

Todas as garotas em condição de menoridade penal, envolvidas em relações sexuais com homens em maioridade penal, são vítimas de estupro?

Como o Código Penal Brasileiro determina e regulamenta como infração penal o ato de estupro? Esta página não tem a pretensão de apresentar uma explicação aprofundada, mas apesar de pormenores rasos, não dribla a aversão contundente que este ato delituoso merece.

O crime de estupro está tipificado no Código Penal (CP) no artigo 213, com redação dada pela Lei 12.015/2009. Prevê o estupro como crime contra a dignidade sexual.

A Lei 12.015/2009 caracteriza como crime comum a transgressão legal de estupro. Segundo esta legislação, a pessoa ativa tanto pode ser a figura masculina ou feminina, pela razão que o tipo penal não estabelece nenhuma qualidade especial do executor. Então, é possível que exista estupro investido por mulher contra mulher, mulher contra homem, homem contra mulher e homem contra homem. Estão fundidos os crimes de estupro e atentado violento ao pudor (artigos 213 e 214), pois não há dúvida alguma de que esses crimes podem ser praticados em concurso material, desde que os atos libidinosos praticados não sejam prelúdio da conjunção carnal.

É considerado ato de estupro, cuja conjunção carnal foi concluída ou tentada, em qualquer de suas figuras simples ou qualificadas. Ações consumadas ou frustradas, são consideradas crime hediondo (Lei 8.072/90, art. 1º, V). A característica deste crime é ir de encontro à liberdade sexual. Todos os indivíduos possuem o direito de dispor do próprio corpo e tem a plena liberdade para escolher o parceiro sexual, para com ele, de forma consensual, praticar a conjunção carnal ou outro ato libidinoso. É considerado infração penal quando uma pessoa é forçada, sobre a qual recai a conduta criminosa do constrangedor.

Além de a Justiça reconhecer como estupro o emprego da violência ou grave ameaça, isto é, o uso da força para obter o relacionamento sexual, falo e vulva, também tipifica como estupro atos libidinosos obtidos por coerção. Igualmente, é considerado estupro quando, sob pressão, a vítima tem participação ativa no ato libidinoso, ou permanece em atitude passiva, permite que se pratique a ação devassa sem demonstrar reação alguma. Assim como não é necessário que ocorra contato físico entre o autor da violência e quem padece deste mal, para que a Justiça considere estupro. Obrigar alguém a se masturbar diante dele, sem tocá-la em momento algum é conduta aceita como a mesma violação. Contudo, o beijo forçado não é identificado como ato libidinoso, mas crime de constrangimento ilegal (CP, artigo 146) e contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor (LCP, artigo 61).

Quem destaca que no Código Civil existe legislação sobre estupro de marido contra esposa? No casamento, o homem não tem o direito de exigir a prática da relação sexual, pelo fato da vivência conjugal; não há ao esposo nenhuma base para valer-se da violência ou grave ameaça, sob o pretexto de ser excluído de ilegitimidade do exercício regular de direito. Embora o ambiente matrimonial dê a entender que entre o casal é livre o exercício de relações conjugais, difusamente, é visto que esta liberdade tem limites, não é permitido um com o outro o uso de constrangimento com o emprego de violência ou grave ameaça. Entende-se que o fato de haver o direito ao relacionamento sexual entre os cônjuges, garante a pessoa desprezada por seu par o direito a postular requerer legalmente o término da união, nos termos da legislação civil (artigo 1.572).

Nem todos sabem que o Código Penal (artigo 13, § 2º) aponta como estupradores pessoas que não participam da violência sexual, se for comprovado que estas poderiam evitar a violência mas permaneceram omissas diante do ato de estupro. A legislação dá como exemplo a figura do carcereiro que, ao saber que um presidiário será abusado por companheiros de cela, decide não impedir o abuso.

Nem todos diferenciam o estupro pela idade da vítima: é crime de estupro qualificado (§ 1º, última parte) se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos. Se a vítima for menor de 14 anos, o crime é de estupro de vulnerável (CP, artigo 217-A), mesmo que não haja o emprego da violência ou grave ameaça.

Resumo posto do Código Penal Brasileiro, passo ao âmbito do blog Belverede. Em minha postagem de 29 de novembro de 2007, publiquei o artigo Vejam Só! - o Pastor Éber Cocareli e o seu programa na Rit Tv. Nesta publicação, surgiu na data de hoje o comentário de um internauta, falando sobre a edição mais recente do programa. Resolvi dar destaque ao pronunciamento do (a) leitor (a) e também para minha resposta, pois o tema é deveras importante e está na pauta da nossa sociedade brasileira.

 Eis os conteúdos:
"Esse programa que discuti a adolescente grávida... Eu estou pasmada (pelo fato) dessa pastora dizer que a adolescente não é vítima. Sim ela é vítima, sim... ele cometeu um crime, de abuso sexual, de violência sexual, de pedofilia.".
Anônimo disse... | 14 de setembro de 2017 00h23.

Caro Anônimo ou Anônima.

Não assisti ao programa Vejam Só! que trouxe o assunto que você comenta, portanto eu não posso manifestar minha posição especificamente sobre ele.

Nestas questões de violência sexual envolvendo menores de idade, segundo o Código Penal Brasileiro, sinto que é necessário observar o contexto geral da nossa sociedade.

Nos idos de 1960 / 1970 ocorreu o apogeu da era feminista, quando parte das mulheres daquela época reivindicaram a liberdade sexual, e fizeram sexo fora do casamento como se fosse algo bom e admirável. Logicamente, a consequência ruim disso começou a acontecer nos anos seguintes, quando essa criançada cresceu dentro de lares desestruturados - sem a figura de um pai presente - chegaram à adolescência, mais ou menos em 1975 e 85.

 A geração 75/85, desestruturada quanto ao lar tradicional, imitou suas mães e também geraram filhos fora do conceito da família aos moldes bíblicos; a maioria das garotas engravidaram sem qualquer noção do que representa ser uma mãe, colocaram seus bebês no colo das mães delas para os criarem, e essas criancinhas também não puderam desfrutar da presença e amor de seus pais biológicos. Estes, por volta de 1990 e 95, em sua maior parcela também se transformaram em pais e mães fora do casamento, e nos dias de hoje temos o resultado de suas conjunções carnais. Vemos meninas engravidando crianças e garotos não honrando a responsabilidade de criar os filhos.

Ao longo desses processos nefastos, abrangendo até agora três gerações, muitas garotas abortaram; muitas morreram em plena execução do aborto, ou pós aborto, e por conta de intervenção médica errada ou até em circunstâncias de suicídio. Também, não podemos negar que houve as raras exceções: há aquelas adolescentes que encontraram o prumo para seus costumes tortos, optaram por estar com seus filhos e até passaram a viver com o pai de sua criança. E, muitas crianças cresceram longe de suas famílias, entraram no processo de adoção, encontraram quem os amasse e lhes dessem o suporte psicológico necessário para ter uma cabeça boa que os fizessem ser cidadãos de bem, gente útil em nossa sociedade.

Em razão desse contexto, eu acredito que existe. sim, a possibilidade de uma adolescente ter a sua parcela de culpa em um ato que o Código Penal afirma ser estupro. Sim, porque o Código Penal aceita como crime uma garota entrar em conjunção carnal de maneira consensual. Mesmo ela querendo se envolver, a lei considera ser um ato de violência sexual. A lei desconsidera os detalhes da história, que eu expus acima, superficialmente, e declara que toda menor de idade é vítima de estupro.

Não defendo estupradores. Não defendo pedófilos. E, como um cristão evangélico, também não apoio a atividade sexual entre pessoas maiores de idade, se não estiverem casadas entre si.

Também, não defenderei adolescentes, envolvidas em escândalos sexuais, sem antes saber como ela é no que tange ao tema sexo. Ela é do tipo "descolada"? É expansiva? Ou retraída? Era virgem antes do fato acontecer? É preciso analisar as duas pessoas envolvidas antes de dizer qualquer coisa a respeito. 

Além disso, existe a questão do uso das roupas. Sei que essa gente do "politicamente correto" não admite que se fale que um corpo feminino bonito, ao usar uma roupa provocante, é capaz de despertar a libido de homens. Mas, isso acontece, basta reparar nas vestes de vítimas do estupro, quando o estuprador não é uma pessoa com grau de parentesco com a garota estuprada.

Homens sem autocontrole se permitem ir além da admiração da beleza de mulheres, vestidas com peças que estimulam a libido masculina, e cometem barbaridades! Cabe concluir esse raciocínio dizendo que ninguém em sã consciência quer se aproximar de feras indômitas; gente sábia procura o distanciamento seguro. Quem insiste em se aproximar de um urso, mesmo que acredite não haver perigo sua aproximação e visibilidade, e é vítima da bestialidade do animal, tem sua parcela de culpa. Por que não aceitar essa realidade?

Abraço.

E.A.G.