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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A metonímia no capítulo 14 da carta do apóstolo Paulo aos crentes romanos


Magno Paganelli

O Capítulo 14 da carta aos Romanos é uma verdadeira aula de convivência amistosa entre pessoas que pensam e que são diferentes, sobretudo em um ambiente com tamanha diversidade social, econômica, cultural e espiritual, como a Igreja. Na leitura que fiz hoje dos quatro últimos capítulos da carta, destaco o versículo 14, que diz:
"Como alguém que está no Senhor Jesus, tenho plena convicção de que nenhum alimento é por si mesmo impuro, a não ser para quem assim o considere; para ele é impuro".
Tais palavras apontam na direção de uma atitude tolerante, respeitosa com as diferenças, ao mesmo tempo que estimulam o crescimento contínuo. Paulo usou o exemplo da privação de determinados alimentos, tomando a parte (o alimento) pelo todo (as demais proibições religiosas). Uma metonímia. 

Ao fazer isso, eliminou o achatamento das diferenças entre pessoas da fé, permitindo que cada um desenvolva a sua própria relação pessoal com o Senhor, ao mesmo tempo que provoca o respeito entre as pessoas e suas diferenças. Desse modo, ficam de fora todas as tentativas de uniformização da fé e do comportamento humano, tão perniciosas, e que a meu ver são contrárias ao espírito de liberdade que devemos ter em Cristo.

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Paganelli é Pastor, escreve há mais de 20 anos e já tem cerca de 30 livros publicados. É Professor de disciplinas do Novo Testamento no Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (IBAD) e Professor no Seminário Teológico Evangélico Betel Brasileiro, em São Paulo. Doutorando em História Social na Universidade de São Paulo.

Paganelli compartilhou o conteúdo, aqui exposto, em seu perfil no Facebook, dia 15 de janeiro de 2016, https: // www . facebook. com/profile.php?id=580141593

E.A.G.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Preguiça, a falta de disposição ao trabalho


"Por muita preguiça se enfraquece o teto, e pela frouxidão das mãos a casa goteja" - Eclesiastes 10.18.

Vale enfatizar as seguinte obviedades:

1. A aversão a praticar o bem ao próximo, aos estudos,  e ao trabalho, é um sentimento altamente condenável e desonroso.

Principalmente na juventude, a diligência aos estudos é o caminho mais fácil para construir o futuro tranquilo. O capricho ao preparo, a busca pela reciclagem do conhecimento, é uma das energias mais bem usadas que todas as pessoas devem aproveitar ao máximo - enquanto possuem, o vigor acaba.

Empenhar-se com toda dedicação ao ensino e à profissionalização é o sinal de que usamos a cabeça em nosso próprio favor.

2. O tumor malígno da alma

"A preguiça faz cair em profundo sono, e a alma indolente padecerá fome" -  Provérbios 19.15.

A pouca disposição para realizar qualquer coisa necessária é comparável ao câncer. Em muitos casos, leva o indivíduo indolente a ser incapaz de praticar ações nobres.

Para não derramar seu suor trabalhando, o vadio não se incomoda em tornar-se um peso aos familiares, e, em casos extremos, ele  rouba, comete latrocínio.


3. A produtividade traz a honra ao que produz.

O vigor físico é uma bênção de Deus. Se há saúde, espera-se a pujança para através do próprio esforço buscar meios de sobreviver. Se há vitalidade, a expectativa é que haja empenho e dedicação ao labor.

E.A.G.

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Nota do Editor: Aos internautas nascidos na Bahia, e de outros estados brasileiros, informo que tive na minha vida uma pessoa baiana maravilhosa: minha saudosa sogra, que considerei como a minha segunda mãe. Assim como muitos baianos "colocam a mão no batente" todos os dias, ela era uma mulher trabalhadora. Existe este estigma de que o baiano é preguiçoso, não concordo com a generalização. Assim como há baianos, também há paulistas, cariocas, londrinos, nova-iorquinos, japoneses de Tokyo, etc, que não gostam muito de ir à luta batalhar pelo pão de cada dia. 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Aretha Franklin - Oh Happy Days (tradução)





Oh, Dia Feliz

Oh, Dia feliz, (dia feliz)
Quando Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Quando Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Jesus lavou (quando Jesus lavar)
Levou meus pecados embora (oh dia feliz)
Oh dia feliz, (oh dia feliz)

Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Quando Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Quando Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Quando meu Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Levou meus pecados embora

Ele me ensinou como (me ensinou como)
Como observar (observar)
Lutar e orar (lutar e orar)
Lutar e orar (e me ensinou como viver louvando)
E viver louvando cada, cada dia, cada dia

Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Quando Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Quando Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Meus pecados embora (oh dia feliz)
E ensinou como cada dia pode ser feliz
(oh dia feliz)

Ele me ensinou como (me ensinou como)
Como observar (observar)
Lutar e orar (cante, cante, venha e cante)
Lutar e orar
E viver louvando cada, cada dia, cada
E viver louvando cada, cada dia, cada
(cante comigo, yeah) todo dia 

Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Oh dia feliz, (oh dia feliz).

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Crentes em Cristo e casados



Efésios 5.25-31: "Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, pois somos membros do seu corpo. 'Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne' ".

A frase "uma só carne" é uma referência de Gênesis 2.24, encontrada na narrativa que mostra quando Deus fez Eva e a colocou em companhia de Adão. Significa "ajuntado de maneira completamente inseparável".


Efésios 5.22-24: "Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos".


Se o marido ama sua esposa
, cumpre o dever de imitar a Cristo em seu matrimônio, ele faz o bem para ela como Cristo fez e faz o bem para a Igreja. Como cabeça da mulher, o homem casado precisa estar consciente que nenhuma intenção, projeto, objetivo, se materializará, com as bênçãos do Criador, se não reconhecer que está ligado ao corpo em total dependência - a cabeça separada do tronco, dos braços, pernas e órgãos internos é absolutamente inútil, é incapaz de viver até em estado vegetativo. Portanto, evita as ações sem consenso com a companheira.

Se a esposa ama seu esposo, reconhece-o como a pessoa que Deus permitiu que viesse a ser o seu companheiro para toda a sua vida. E sujeita-se a ele, como os membros de um corpo estão ligados e sujeitam-se ao cérebro. Isto é, a esposa não é alguém que simboliza um corpo humano deficiente, descoordenado, atrapalhado. Age tal qual os membros de um corpo saudável, sempre apresenta ótima coordenação motora; vive o seu casamento harmoniosamente, suas ações são sempre eficientes e sabe como tirar total proveito desta saúde. Sabe que ao agir sem acordo com o marido, segundo a ótica espiritual, se assemelha a um corpo decapitado.


Amar é o mesmo que se apaixonar pela mesma pessoa todos os dias? Poeticamente, sim. A poesia usa de recursos de linguagem cujas expressões podem ser exageradas, inclusive sem qualquer espécie de lógica. Lógica que tanto necessitamos.


Paixão é um sentimento raso, tem prazo de validade, expira no curto período de três anos e meio, aproximadamente. É bonito apenas nos versos de poesias; admirável em romances literários, roteiros de cinema e novelas. Mas, na realidade do dia após dia, muita vezes mostra-se feio, violento, um tropeço. Por quase sempre estar associado ao ciúme, costuma levar seu portador à loucura, ao sentimento de posse do outro, com a ideia errada de que controlar a outra pessoa é uma atitude natural e aceitável.

Apaixonar-se é gostar de alguém se baseando na aparência e modo de ser e viver dela, porém, com a visão míope, pois não enxerga os defeitos. 

Por outro lado, amar é a decisão estratégica adotada por gente inteligente, é, conscientemente, querer fazer o bem. Jesus Cristo manda que mantenhamos esta decisão, inclusive em favor daquelas pessoas que não desejam o nosso bem-estar.

Estar amando é viver o que há de melhor na vida, porque, em via de regra, quem planta o bem semeia o bem também.

Enfim, amar segundo a recomendação bíblica, é renovar todos os dias os votos de fazer o bem ao outro. Ler 1 Coríntios 13.

E.A.G.