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sábado, 12 de maio de 2012

O erro de Moisés


Charton Heston interpreta Moisés em Os Dez Mandamentos, superprodução cinematográfica dirigida por Cecil B. DeMille em 1956.

A vida de Moisés tem muitas lições importantes para nosso viver cristão. Mas, como todos os personagens bíblicos - exceto Jesus - a vida dele tem seus altos e baixos.

Quando ainda bebê, Moisés foi encontrado e considerado filho de uma mulher que não era a sua mãe. A filha de faraó quis ser sua mãe adotiva. Ele não teve contato direto com cultura hebraica durante a juventude, absorveu a cultura egípcia através da educação recebida na rotina do palácio no Egito.

O que eu acho impressionante na vida dele é a repetição da situação que sua família havia vivido durante sua infância, com a presença inexpressiva do pai biológico. Quem foi o pai de Moisés? Anrão (Êxodo 6.20). Não sabemos quase nada sobre ele, não consta a informação sobre suas atitudes. As páginas bíblicas não dizem haver criado seus irmãos Araão e Miriam, se foi bom companheiro de sua mãe, Joquebede. Talvez, a ausência possa ter sido involuntária, causada pela morte.

Em Êxodo 18 o sogro de Moisés, Jetro surge enviando-lhe a filha Zípora (esposa de Moisés) e seus dois filhos (filhos de Moisés). Neste capítulo, está claro que Moisés era marido e pai ausente. Assim como parece ter sido ausente o seu próprio pai.

Jetro traz a filha, que estava longe da presença do marido. E com ela os dois filhos dela. Imagine o sofrimento das crianças longe dos pai... Não temos a narrativa de um afeto de Moisés à sua família no momento do reencontro. Temos a informação que no outro dia Moisés passa a julgar o povo, quando recebe uma repreensão de Jetro, que o vê ignorando a filha e os netos, pedindo que ele delegue autoridade para outros e assim consiga encontrar tempo disponível para estar com a sua família. Com certeza, o instrui dessa forma objetivando que retome às funções de marido e pai.

E.A.G.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Obama apóia casamento gay

Presidente norte-americano declara apoiar casamento homossexual, após ter se mostrado contrário.

A campanha presidencial nos Estados Unidos está acirrada, e por motivação política, num gesto de desespero, Obama busca novos  patrocinadores.

Uma pesquisa do Gallup divulgada em 8 de Maio, indicou que 50% dos americanos acreditam que casamentos entre pessoas do mesmo sexo devem ser reconhecidos por lei como válidos. E 48% afirmaram que tais casamentos não devem ser legalizados. Outra pesquisa, promovida pela CNN / ORC, feita no final de Março, indicou que o eleitorado considera o assunto casamento gay de menor importância para o país, que existem muitos outros temas que merecem receber atenção.

A declaração de Obama é uma resposta aos ativistas gays, um sinal amigável, um gesto de "olá". Era isso o que eles desejavam e o pressionaram com a intenção de comprá-la. Satisfeitos, condição atingida, agora colocarão dinheiro nos cofres de sua campanha ao segundo mandato presidencial.

Para justificar a mudança de pensamento e passar a ideia de que é coerente em suas atitudes, o presidente Obama anunciou, em entrevista à jornalista Robin Roberts do programa Good Morning America, transmitido pela televisão ABC - a entrevista irá ao ar hoje -, um longo processo de conversas com o vice-presidente Joe Biden, membros de sua equipe, membros do ativismos homossexual e de lésbicas, e sua esposa e filhas, e que a conclusão foi que considera correto casais do mesmo sexo casarem-se. "Tinha hesitado sobre o casamento gay, em parte por pensar que as uniões civis bastavam, era sensível ao fato de que para muitas pessoas o assunto casamento está ligado às fortes tradições e crenças religiosas" - declarou Obama.

Este tipo de anúncio é único por parte de uma pessoa no posto de presidente dos Estados Unidos. E surgiu como contraponto ao anúncio do candidato de oposição na campanha presidencial, Mitt Rommey, que disse: "Eu acredito que o casamento é uma relação entre um homem e uma mulher." Além disso, declarou aceitar a união civil de homossexuais e considerar que ela atende às necessidades dos homossexuais.

A declaração de Obama também deve ser por indignação. Na terça-feira, o estado da Carolina do Norte votou contra o casamento gay em seu território, estabelecendo o status de pessoas do mesmo sexo casadas como insconstitucional, o casamento já era proibido por lei estadual. Os defensores da medida recorreram à emenda constitucional, argumentando que era necessário para afastar os futuros desafios legais.  Na entrevista, o presidente afirmou que respeita o conceito de o estado decidir por conta própria sobre esse assunto, mas que pensa que essa decisão é discriminatória.

A previsão feita sobre os valores a receber à mais no caixa de campanha de Obama, vindo dos ativistas homossexuais, representa um terço do total normalmente arrecadado. Mas dinheiro não é tudo. Resta saber se o eleitorado votará em candidato claramente vendido.

E.A.G.

terça-feira, 8 de maio de 2012

EBD 2012: Sardes, a Igreja Morta

Sardes, fundada em 700 a.C., era uma antiga capital dos reis da Lídia sob o reinado do rico Creso, e sede do governo após a conquista persa. Estava situada no sopé da montanha Tmolo, num quase inacessível platô, nas margens do Partolo, afluente do rio Hermo, perto da junção que ligava Éfeso, Esmirna e Pérgamo.

Sardes foi sede de uma das sete igrejas da Ásia, às quais receberam menção em cartas apocalípticas escrita por João, dirigida ao bispo local (Apocalipse 1.11).  A Igreja em Sardes foi a quinta na ordem de envio das sete cartas.

A população de Sardes tinha como padroeira a deusa Ártemis, e acreditava na reencarnação.

A cidade de Sardes era famosa por suas riquezas, sucesso e luxo, artes e ofícios, era o primeiro centro para cunhar moedas de ouro e prata. Os reis da Lídia eram tão ricos que o nome de Creso tornou-se símbolo de riquezas fabulosas, e se dizia-se que as areias do rio Pactolo eram de ouro.

A cidadela de Sardes - o reduto de defesa - foi construído em local extremamente alto, cerca de 1500 pés acima do vale, aparentemente inalcançável pelos inimigos. Esta estrutura e localização causava um sensação de autosuficiencia. A soberba os fez deixar de usar as torres vigia e assim conheceram a derrota e  vergonha.

O célebre rei Creso se tornou um lendário símbolo de arrogância e posterior queda. Atacou a Pérsia e recebeu um contra-ataque surpresa de Ciro, rei dos medos e persas, por volta de 549 a.C., quando foi capturada. O exército de Ciro escalou a montanha, se valendo de uma trilha sem vigilância.  Três séculos depois um incidente parecido aconteceu, sendo que dessa vez foi provocado pela invasão romana. No século 17 sofreu com um grande terremoto devastador, que a arruinou física e financeiramente, tornando seus cidadãos em flagelados, dependentes de ajuda estrangeira.

Os exegetas afirmam que o nome "anjo" simboliza a atuação do bispo, que é censurado por usas obras indignas, bem como toda a sua comunidade.

Conforme a tradição, Sardes foi a primeira cidade dessa região a receber o Evangelho através do ministério do apóstolo João. Foi a primeira entre as sete comunidades evangelizadas da Ásia a desviar-se na fé e a primeira a cair em ruínas (Apocalipse 3.1-4).

A censura à Igreja ocorreu pela falta de religião vital, tinha um nome como se estivesse viva, mas na realidade estava morta espiritualmente. Na aparência estava tudo muito bem, a sua dinâmica era composta de rituais bonitos, suas atividades atendiam às liturgias religiosas. o seu exterior era admirável, mas seu interior era sem vida, era fria, apenas cumpridora de formalidades pois não tinha comunhão com o Espírito Santo.

Assim como aconteceu na copiosa história da cidade, os crentes haviam deixado de vigiar. Eles se sentiam seguros e deixaram de observar a segurança espiritual. Satanás os atacou impiedosamente e os matou na fé, fazendo uso de seus desejos carnais, após rondar em derredor deles como um leão que ruge à espreita.

Quem são os crentes espiritualmente mortos? São quem vive a contar os milagres do passado, não existe nenhum depoimento novo sobre as maravilhas da presença de Deus em sua vida no dia de hoje. São excelentes contadores de história de milagres na vida alheia, porque na deles nada acontece que possa servir para a edificação de quem os ouve. Eles têm a fama e os trejeitos de pessoas espirituais, porém não possuem nenhuma atividade espiritual (Marcos 16.15-18).

Embora a maioria dos crentes de Sardes tivessem perdido o avivamento espiritual, restou entre eles um grupo de homens e mulheres fervorosos e fiéis ao Senhor, pessoas que não se descuidaram da comunhão com Deus. Estes recebem de Cristo a promessa de que caminharão com Ele usando vestes brancas. terão seus nomes escritos no livro da vida e serão apresentados ao Pai e aos anjos.

Hoje a cidade de Sardes é reduzida a uma admirável aldeia no meio das ruínas das grandezas do passado. Mantém um grande edifício utilizado para receber viajantes, que se dirigem da Pérsia a Esmirna.

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Consultas:

Manual Bíblico Henry H. Halley, 4ª reimpressão de 1998, Edições Vida Nova;
Minidicionário Bíblico - David Conrado Sabag, 1ª reimpressão, 2008, Difusão Cultural do Livro;
Dicionário Bíblico Universal A. R. Buckland & Lukyn Willians, 2007, Editora Vida;
Pequena Enciclopédia Bíblica O. S. Boyer, 19ª impressão, 1992, Editora Vida.

[Continua... ]