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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pentecostal frio e calculista

Nicolau Maquiavel entrou para a História com muitas críticas contrárias a ele, a tal ponto que "malandragem" seja sinônimo de" maquiavelismo". Com certeza, os fins não justificam os meios, como Maquiavel apregoava. Uma das descrições feitas e esse pensador mais marcante é que ele era uma pessoa fria e calculista, no pior dos sentidos desses adjetivos.

Mas, até que ponto ser uma pessoa fria e calculista é um erro?

Sou cristão e me defino como alguém frio e calculista, também. Aprendi ser frio e calculista depois que aceitei a Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador. Continuei sendo frio e calculista depois que fui alcançado com o selo da promessa do batismo no Espírito Santo. A minha convicção sobre a necessidade de ser assim só aumenta quando medito nas Escrituras Sagradas.

Sou tranquilo. Não sou vencido pela desestabilização emocional, pois confio em Deus, sei que Ele cuida de mim.


Frio

Eu administro minha vida mantendo as emoções em segundo plano. Ando exercitando a fé. Não ajo por raiva. Todo cristão precisa evitar a ira e priorizar a amor, que é uma escolha e não apenas sentimento romântico (Salmo 4.4; Efésios 4.26).

E digo que essa frieza não é tristeza. Eu estou andando no Espírito. Uma das nove características do fruto do Espírito é a alegria. Não tenho a alegria passageira dos carnavais, nem a alegria de torcedores nas arquibancadas de estádios de futebol. Minha alegria vem do céu. Ela é branda, serena e constante. Produz  satisfação por viver, dá significação para minha vida e vontade de ser útil.

No detalhe de ser frio, cito Apocalípse 3.16: "Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca".

Minha frieza é autocontrole ou domínio-próprio, que é outra característica do fruto do Espírito (Gálatas 5.19-23)

Calculista

Calcular é recomendação de Jesus Cristo (Lucas 14.28). Em todo projeto que nos envolvemos, seja planejamento de construção civil ou qualquer outro, é necessário antever todos os detalhes, ter condições para executá-lo por completo.


Para os resultados dos cálculos, sou alguém que procura a paz. Pois, creio na declaração de Jesus, feita no Sermão do Monte: bem-aventurados são os pacificadores (Mateus 5.9).

Observo tendências e limitações. Análises de cálculos levam-me a ser crítico.
Analisar tudo é importante. É preciso examinar e separar o que é bom, com o objetivo de extipar males (1ª Tessaloniceses 5.11, 21).

O criticismo cristão sempre aponta os rumos da solução dos problemas
. Apontar falhas sem mostrar como resolver o problema não é edificante. O cristão age com amor e imparcialidade  (João 7.24; Tiago 3.17).

Quem não segue a Jesus Cristo é crítico contumaz, é professor ou aluno da escolinha do sarcasmo, sente prazer em ironizar ridicularizando o próximo. Nesses momentos de sarcasmos até esquecem que Deus existe, mesmo que estejam citando as Escrituras Sagradas. Ser sarcástico e irônico é o mesmo que ser escarnecedor. O Salmo 1 nos esclarece que só é bem-aventurado quem evita relacionamentos com essa gente.

Conclusão:

O cristão necessita esforçar-se para encontrar e viver resultados que conduzam à paz (Salmo 34.14; 1ª Pedro 3.16). 

Ao criticar tem a obrigação de também usar bases bíblicas e apontar quais são as soluções daquilo que julga estar errado.

Nenhum cristão espiritual segue a Jesus Cristo se guiando apenas pelos cinco sentidos naturais. Paladar, visão, audição, tato e olfato são aspectos secundários, usados na esfera física. Quem vive o cristianismo se nega a confiar apenas nas condições físicas e a viver atendendo seus sentimentos. O cristão faz de sua vida um altar, c
ultua a Deus praticando a Palavra de Deus, usa a fé aliada à razão.

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis  os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" - Romanos 12.1.

E.A.G.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O fariseu e o publicano, e as questões do dízimo e do jejum


A parábola do fariseu e do publicano pode ser usada como argumento contra arrecadação de dízimos e contra a prática do jejum?

A resposta é não.

A parábola O Fariseu e o Publicano está registrada em Lucas 18.9-14.

Os publicanos eram cidadãos que trabalhavam coletando impostos dos israelitas, eram pessoas ilustres na sociedade, porém, possuíam a fama de ser inimigos de seus concidadãos porque trabalhavam para Roma, que colonizava Israel.

Os fariseus eram um grupo de judeus que viviam separados de todos, se consideravam mais santos do que todos os outros grupos religiosos. Procuravam separação por meio de diferenças nos costumes de alimentação e rituais, mas na maior parte das vezes isso era superficial, não existia temor a Deus.

Lucas 18.9: podemos ler qual é a finalidade da párábola. [Jesus] "propôs também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros".

Lucas 18.11-12: Na oração do fariseu, encontramos uma lista de ações ruins que ele não cometia, e por não cometê-las havia em seu coração a sensação de que era alguém superior aos que as cometiam. O fariseu não roubava, não era desonesto, não adulterava. Após orar dizendo o que não fazia, passou a dizer o que fazia: jejuava duas vezes por semana e dava o dízimo de tudo o que ganhava.

Ora, Jesus quis ensinar que o cristão precisa confiar em Deus, jamais em si mesmo. As obras que fazemos, por mais certas e justas que sejam, jamais nos transformarão em pessoas justificadas perante Deus e jamais servirão de passaporte para desprezar o próximo. “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam” - Isaías 64.6.

Em nenhuma parte dessa parábola há censura ao ato de dizimar. Quem entende que existe censura à pratica do dízimo, então deve alegar também que existe censura à prática de jejum, pois são as duas práticas que o fariseu fazia e sentia grande orgulho por ser praticante delas.

Todo o cristão, praticante do ato de dizimar e jejuar, ou não, precisa ter muito cuidado para não ser escravizado pelo orgulho. É preciso evitar que o sentimento de superioridade domine o coração.

Quem se sente justo através de suas ações religiosas deve rever seus conceitos. Só Jesus Cristo é quem nos justifica, pois viveu e morreu sem pecar. É o sangue derramado na cruz que purifica o ser humano de seus pecados. Quando o ser humano abandona o orgulho, confessa seus pecados e decide firmemente deixar de pecar, então é realmente limpo e justificado (1ª João 1.8-9).

O religioso que sente-se superior, age igual o fariseu É um acusador: "Nem ainda sou como este publicano" - Lucas 18.11.

No entanto, o relato dessa parábola não declara que o publicano roubava, não diz que era cidadão desonesto e adúltero.Também não esclarece se era ou não era dizimista e praticante de jejum. Essa era a impressão errada do fariseu contra o publicano.

É importante tomar cuidado com a impressão que temos do próximo. Só Deus sabe quem são elas. Só Deus tem o atributo da onisciência e é capaz de saber o que realmente está dentro dos corações alheios.

Enfim, não é possível usar esta parábola para defender que o cristão deve ser dizimista ou não, jejuar ou não. Podemos usar este texto para ensinar que é preciso amar a Deus sobre todas as coisas, confiar nEle.  E usá-lo para ensinar a respeito da necessidade de amar o próximo como a nós mesmos, não desprezar o semelhante, mesmo que exista impressão ruim sobre ele.

E.A.G.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Osama bin Laden está morto

Página do FBI troca mensagem sobre bin Laden, de "procura-se" para "falecido".

Osama bin Laden, aos 53 anos, foi encontrado numa mansão no Paquistão, e executado com tiro na testa.

Em um pronunciamento na Casa Branca, por volta da meia-noite, do domingo para esta segunda-feira, no horário de Brasília, o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, fez declaração oficial confirmando que o homem mais procurado do mundo, fundador da organização terrorista Al-Qaeda, foi encontrado por forças especiais americanas após quase 10 anos de procura.

Osama bin Laden estaria em um esconderijo, protegido por soldados da Al-Qaeda, em uma mansão nas proximidades de Islamabad, capital do Paquistão.
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A mansão valia 1 mihão de dólares e foi queimada após a invasão. O paquistanês apontado como dono não possuía poder aquisitivo para que realmente fosse o proprietário. O local era observado desde agosto do ano passado. A equipe de investigação usou câmeras capazes de capturar imagens através de paredes e capacetes com aparelhagem de captura de som no interior do recinto. A residência tinha grandes proporções, era maior do que todas as que se encontram em volta dela. Não existia linha telefônica e nem conexão de Internet. O lixo era sempre queimado, nunca jogado fora
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O presidente dos Estados Unidos teria recebido informações da CIA e FBI sobre o paradeiro de bin Laden na sexta-feira, e determinou o ataque no domingo. As televisões americanas foram avisadas com antecedência que haveria pronunciamento presidencial, e corria o boato entre quem faz parte da Imprensa que seria declarado a prisão de bin Laden.

O vizinho da mansão invadida, usando o Twitter, anunciou a incursão americana antes de todas as agências de notícias, sem saber que ao seu lado morava bin Laden e qual era a finalidade de soldados americanos e paquistaneses faziam naquela região.

Segundo Obama em seu pronunciamento, houve confronto e o desfecho anunciado: mortes do terrorista, de uma mulher e de um segundo homem, que dizem ser um de seus filhos. Há quem acredite que o tiro teria partido do segurança do terrorista, pois havia ordem de matá-lo caso estivesse na iminência de ser preso, porque ele tinha o firme propósito de morrer em liberdade.
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Exame de DNA confirmou a identificação do cadáver, que após isso teria sido lançado ao mar às 2 horas, objetivando que não houvesse peregrinação de fundamentalistas muçulmanos ao local e ele fosse transformado em mártir. Este ato desencadeia especulações ao redor do mundo.

No discurso, Obama declarou: "a justiça foi feita". Mas, a justiça de fato seria levá-lo para responder por seus crimes em um tribunal.

Com bandeiras nas mãos, cidadãos americanos foram às ruas de Washington, próximos da Casa Branca e de Nova York, próximos da localidade onde as Torres Gêmeas se encontravam. Pernoitaram comemorando a notícia, usando bandeiras americanas.
Não existem informações oficiais além do anúncio de Obama.

E.A.G.

Atualização: 15h36.

domingo, 1 de maio de 2011

Graça divina sem santidade

Por Philip D. Yancey

Deus não salva pela graça para que vivamos em desgraça. (Faber)

Leitura para reflexão: Romanos 6.1-14.

Paulo disse em Romanos 5.20 que “… onde abundou o pecado, superabundou a graça”. Mas este conceito radical abre uma comporta teológica. O escritor do livro de Judas alertou que é possível “[transformar] em libertinagem a graça de nosso Deus…” (Judas 4). Por que ser bom se você sabe que será perdoado? Nem a ênfase no arrependimento apaga por completo este perigo.

No livro de Romanos 6, Paulo foi diretamente ao ponto. “… Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?” Ele deu uma resposta curta e explosiva: “De modo nenhum!…” (Romanos 6:1-2) e usou uma analogia que contrasta rigorosamente morte e vida. “… Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Romanos 6:2). Nenhum cristão ressurreto para a nova vida deveria estar preso ao pecado.
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No entanto, a perversidade nem sempre parece ter o mau odor da morte. O pecado pode ser completamente atraente. Paulo reconheceu isto, e aconselhou: “… considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus” e “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal…” (Romanos 6:11-12).

Se, verdadeiramente, compreendêssemos a maravilha do amor de Deus por nós, passaríamos nossos dias tentando decifrar e compartilhar Sua graça, ao invés de explorá-la.

Graça Ofensiva? Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal… (Romanos 6:12).

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Fonte: Nosso Andar Diário – Ministério RBC, via Mensagens Q Edificam por newsletter. (Siga-o pelo Twitter). Título original: Graça ofensiva. O artigo foi adaptado ao formato do blog, sem alternar a mensagem.