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terça-feira, 11 de maio de 2021

Filipenses 4.4 - Alegrem-se no Senhor


Por que a tendência é nos comparamos com os mais abastados e não com os mais necessitados? A minha dor é sempre a mais intensa? O meu problema é maior que o problema dos outros? Considero minha necessidade a mais urgente de todas? 

Temos alimento em nossa despensa, água nas torneiras, vestes nos armários e muitos outros benefícios mas sempre queremos mais. Estes raciocínios, e outros pensamentos que possam nos ocorrer, mostram o egoísmo que controla alguns corações, ao ponto de não nos incomodarmos com aqueles a nossa volta que clamam por uma migalha de nossas mesas.

Fazemos parte de uma pequena porcentagem de pessoas que temos o que temos, é motivo para parar e pensar. Há razão suficiente para levantar as mãos para o Céu e agradecer a Deus pelas bênçãos que estão em nossa volta. 


Texto adaptado. Paulo César Ribeiro, pastor em Igreja Cristã Semente da Vida - Brasília. www . facebook . com/ igrejacristasementedevida

domingo, 25 de abril de 2021

Alegrai-vos no Senhor


Por Eliseu Antonio Gomes.

"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem" - Filipenses 4.4.

É preciso repensar o pensamento sobre alegria. Algum tempo atrás, tive uma conversa com uma das minhas filhas sobre um hino que cita Neemias 8.10, cujo texto é "a alegria do Senhor é nossa força". A letra da música faz uma alusão sobre nossa alegria em nós, diz que nossa alegria é geradora de força. Mas, na Bíblia a inferência é que a alegria de Deus ocasionada por causa da nossa conduta correta gera força. Quando andamos em fidelidade, Deus se alegra ao nos observar sendo fiéis e isso resulta em Ele nos abençoar, dar força para continuarmos a caminhada como pessoas bem-aventuradas.

Mensagens dirigidas aos pecadores.

É necessário raciocinar sobre a motivação da tristeza. A tristeza ligada ao arrependimento pelo pecado praticado é algo que Deus incentiva:

"Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todas as pessoas; e que os vivos o tomem em consideração" - Eclesiastes 7.2.

"Cheguem perto de Deus, e ele se chegará a vocês. Limpem as mãos, pecadores! E vocês que são indecisos, purifiquem o coração.. Reconheçam a sua miséria, lamentem e chorem. Que o riso de vocês se transforme em pranto, e que a alegria de vocês se transforme em tristeza.. Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará" - .Tiago 4.8-10.

Mensagem dirigida para pessoas convertidas.

A reação de tristeza em face às lutas é uma consequência natural ao ser humano. Mas alimentá-la e prostrar-se não é a vontade de Deus aos cristãos. O Senhor deseja que vivamos pela fé, e tenhamos atitudes de gente de fé contra as adversidades. 

Os melhores exemplos sobre não dar espaço para a tristeza são as superações de Jó, que teve o cativeiro transformado de desgraça em vitória, e de Paulo acompanhado de Silas dentro de um cárcere. Quando eles entoarem hinos foram libertos através de uma intervenção sobrenatural. Conferir: Jó 42.10-11; Atos 16.16-34.

Aceitar situação ruim, abaixar a cabeça diante de problemas é entrar na situação descrita em Provérbios 24.10:

"Se você vacilar no momento de dificuldade, sua força será pequena" - Nova Versão Transformadora (NVT).

"Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena" - Almeida Revista e Corrigida (ARC).

Com vista ao ensinamento contido em Pv 24.10, Paulo testemunhou assim: "Por isso, sinto prazer nas fraquezas, nos insultos, nas privações, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então é que sou forte" (2 Coríntios 12.10).

Minha experiência.

Certa vez, passando por um problema muito grande, algo totalmente fora do meu controle, veio a mim da parte do Senhor, a seguinte ordem: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Filipenses 4.4). Digo "veio a mim", porque eu já conhecia o texto, mas só de passar os olhos e não meditar na mensagem, sem que descesse ao coração. A frase está no imperativo, é uma ordem, não é uma sugestão. Mas como alegrar-se havendo grandes problemas? Considerando que Deus é maior do que todos os problemas. Fazer o contrário é dar margem ao desânimo, e desanimar na fé nos torna fracos espiritualmente.

Eu venci o problema que citei no primeiro acima. Você vencerá o seu também.

Alegre-se durante a adversidade

Alguém pode reclamar que seu salário é baixo, mas se esquece que existem muitas pessoas desempregadas, sem salário algum. Outros podem queixar-se que há goteira em determinado cômodo de sua casa e se esquecem que muitos moradores vivem numa região de seca e estão desesperados por causa da falta de água, ou não têm uma residência para aconchegar-se do frio e da chuva.

Deus está presente, seus ouvido estão atentos à sua oração. Ele não o quer resignado quanto aos problemas, quer ouvi-lo sobre o que deseja melhorar. Não se esqueça que a fé traz à existência as coisas que não se vê. Peça ao Pai Eterno a solução do problema que aflige você e tenha a convicção que Ele quer vê-lo livre dessa situação, ver o seu sorriso no rosto, sentir seu coração alegre. É isso que ocorrerá quando colocar em prática Filipenses 4.4.

sexta-feira, 23 de março de 2018

Filipenses 4.4-7: Cultivando o amor a Deus e o bem-estar emocional

"Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se! Que a moderação de vocês seja conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus" - Filipenses 4.4-5 (Nova Almeida Atualizada / SBB).

O ensino de Paulo sobre o bem-estar emocional em momentos de adversidades - seja um contratempo de ordem material, física ou espiritual – começa com a recomendação para que estejamos alegres. Não é alegria para tudo, não é ter boa disposição para viver embaraçado em problemas e aceitar a derrota. Não é tolerar o erro e deixar de buscar o conserto. A instrução do apóstolo é para que nos alegremos no Senhor apesar de todos os constrangimentos que possamos experimentar, porque o mal que vem de encontro a nós não é culpa de Deus.

Em tempos complicados, Paulo ensina aos cristãos a fazer petições a Deus; estar satisfeito com aquilo que possuímos e a apresentar nossas preocupações ao Senhor. Pede que em momentos maus sejamos prudentes, moderados, porque deixar de confiar no Todo Poderoso em tempos de crise nos induz às tristezas e fracassos ainda maiores. A solução para a preocupação é a oração com fé e ações de graça. E ações de graça é estar grato com o que Deus já fez por nós, reconhecer o que faz no presente momento e tudo o que fará no futuro.

Ao lembrar que o Senhor está perto, Paulo não se refere apenas ao atributo da onipresença do Todo Poderoso, mas ao Arrebatamento da Igreja, quando todos os crentes serão tirados desse mundo de aflições e levados ao céu, ao Paraíso, local onde haverá muitos motivos para ser feliz, pois é onde Jesus preparou lugar para todos nós vivermos a eternidade. Lá não haverá sofrimento, choro, dores crônicas, sores eventuais, aflições, nenhuma espécie de situação ruim.

Enquanto o Arrebatamento não acontece, o conselho do apóstolo indica que precisamos estar alegres em Deus. Tal sugestão tem o propósito de, em período adverso, evitar que a intranquilidade produza mais sofrimentos e desestabilize nossas emoções. Então, exercitemos o coração para que em tudo e todos os momentos nos regozijemos e sejamos confiantes nas promessas do Senhor. Ele promete estar conosco, em prontidão para nos socorrer se permanecermos fiéis.

O resultado de proceder conforme a admoestação de Paulo, amando a Deus e cultivando o bem-estar emocional, é ter o coração e os sentimentos envolvidos e protegido pela paz de Deus, em Cristo Jesus. A paz de Deus é maravilhosa e indescritível, supera toda a compreensão humana. Quem a experimenta é mais do que privilegiado!

E.A.G. 

terça-feira, 16 de maio de 2017

Posso todas as coisas em Cristo, que me fortalece



Em Cristo, temos poder de nos contentar com o que temos. Continuamos fiéis a Deus em momentos de abatimento, fome, padecimentos. E também mantemos a fidelidade ao Senhor quando vivemos tempos de riquezas, fartura, abundância.

Podemos ler Filipenses 4.13 como uma síntese que explica a si mesma. Quando posso todas as coisas? Resposta: quando Deus me fortalece. Se não houver da parte de Deus a força necessária, ficamos na condição que Jesus disse, que é "sem mim nada podeis fazer" (João 15.5 ).

Se o olhar do crente é espiritual, ele vê além do plano físico, suas perspectivas perpassam o lugar comum. Antevê a eternidade, quando estará na presença de Deus. Deve ser nesta condição, estando independente e acima de todas as circunstâncias, inclusive as melhores que uma pessoa pode experimentar nesta vida terrena, que o apóstolo escreveu assim:

1 Coríntios 15.19: "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens".

Filipenses 1.21. "Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro".

Filipenses 3.13,14: "Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus".

Filipenses 4.12-13: “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece".

E.A.G.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Sábios, tolos, e os absurdamente tolos, diante de precipícios


Por Eliseu Antonio Gomes

No livro de Provérbios e em Eclesiastes, existe uma constatação importante para que nós conquistemos tranquilidade na vida turbulenta deste mundo caótico. Nas linhas abaixo, eu apresento uma síntese disso.

As pessoas portadoras de inteligência privilegiada sofrem mais diante das circunstâncias difíceis da vida do que aquelas cujo cérebro funciona com raciocínio mediano. Por quê? Porque elas enxergam o abismo, enquanto que os que portam intelecto frágil continuam dentro de suas rotinas se sentindo felizes, pelo fato de não perceberem o iminente perigo e a falsa sensação de segurança.

Indivíduos que realmente têm sapiência, exercem o amor diariamente, e se esforçam para evitar que os menos lúcidos caiam no precipício. Nesta tarefa altruísta, são mal compreendidos, inclusive, até maltratados por alguns que eles tentam ajudar. Em sua prova cabal de inteligência suprema, os seres inteligentes não insistem em auxiliar seus ofensores, ocupam o tempo com quem lhes dá atenção e respeito.

Outro detalhe: quem é inteligente também é falível. Porém, tem suficiência de humildade. Sendo humilde, seu coração recebe conselhos de gente comprovadamente experiente, aprende com seus próprios erros e os abandona, eliminando assim todas as ações que geram sofrimentos.

Em rota diametralmente oposta, os tolos dão atestado de tolice. Inconscientemente, bebem o veneno que fabricam, pois acreditam que estão corretos em suas obstinações e seguem padecendo por causa da teimosia. Dia após dia, por continuarem a repetir seus erros e acrescentarem novos erros em suas existências medianas, correm o risco de afundarem até o nível mais amargo da vida. Eles não compreendem o que os faz sofrer continuadamente e nem se interessam em descobrir, preferem culpar o próximo. 

O que provoca o padecimento irreversível dos tolos é o orgulho, que os fazem incapazes de se reconhecerem falhos, necessitados de mudança de atitudes e carentes de socorro. 

E.A.G.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A conduta cristã segundo Filipenses 4.8


Viva sem fingir; ame sem exigir nada em troca; escute sem atacar o opinante opositor; fale sem ofender ninguém. Esta é a filosofia de quem caminha neste mundo em observância aos ensinamentos bíblicos. Se nos comportamentos diferente, temos um Advogado em prontidão para pleitear a nossa causa: Jesus Cristo (1 Timóteo 2.5; 1 João 1.9).

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Lição 6 - A fidelidade dos obreiros do Senhor

O blog Beleverede tem apresentado semanalmente subsídios às lições bíblicas há alguns anos, recebe leitores que se acostumaram a encontrar conteúdo original.

Excepcionalmente, por motivo de força maior, nesta semana não apresentaremos artigo elaborado pelo administrador do blog Belverede. 

Nesta situação, deixamos sugestão, material escrito pelo Pr. Genivaldo Tavares de Melo. 


Breve atualizaremos  este post, colocando aqui o texto da lição, autoria Eliseu Antonio Gomes, porém, talvez, após a data em que será lecionada nos templos. Receba pedido de desculpas por isso.

Contamos com seu retorno.

E.A.G.  

quarta-feira, 17 de julho de 2013

EBD - Lições Bíblicas, lição nº 3: O comportamento dos salvos em Cristo

Na semana passada, uma pessoa comentava que não existe a palavra "evangélico" na Bíblia. Eu me dirigi a ela dizendo o seguinte: O substantivo "evangelho" significa Boas Novas. Jesus Cristo veio ao mundo trazendo a todos nós a boa notícia da salvação. Todas as pessoas que vivem e anunciam essa mensagem são descritas como evangélicas.

As características comportamentais de um cidadão do céu

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus" - Efésios 2.8.

A mensagem de salvação declara que o ser humano é salvo pela graça e amor de Deus, ninguém é capaz de escapar da perdição eterna por méritos próprios. As obras são o resultado da salvação e não a causa delas. Espera-se que o crente pratique obras de arrependimento e amor ao próximo para com a sociedade, comporte-se dignamente, com a consciência que é salvo e não pleiteiando ser salvo.

A cidadania celestial (Filipenses 3.20)

"Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti" - Salmos 119.11.

Na carta aos crentes gálatas (5.16-23), Paulo cataloga nove características de uma pessoa que caminha no Espírito, e neste padrão encontra-se o domínio próprio. O cristão deve manter na vida cotidiana firmeza e equilíbrio, para que todos encontrem nele a conduta compatível com o cidadão do céu.

Em Filipenses 1.27 Paulo lembra a todos sobre a responsabilidade do salvo perante a sociedade. O crente vive em teste de fé, é observado pelos de dentro da igreja e por quem está fora. Se está amadurecido espiritualmente, é uma pessoa preparada para reagir com dignidade ante posição oposta. Em circunstâncias favoráveis e desfavoráveis ele responde com atitudes de amor, porque sabe que "quem ama os outros cumpriu a lei" (Romanos 13.8).

Em Filipos, os cidadãos viviam oprimidos por circunstâncias externas e internas. Na sociedade a cultura religiosa era politeísta e o regime político os forçava a idolatrar o governador; no ambiente da igreja existiam falsos obreiros negando a divindade de Jesus Cristo. Então, Paulo escreveu instruções de maneira a que crescessem na fé e pudessem por si mesmos tomar decisões independentes e acertadas.

Nos dias atuais nós atravessamos momentos em que recebemos tentativas de influências negativas para enfraquecer a nossa fé, quando precisamos tomar atitudes sem ter a quem consultar. O Evangelho de Cristo produz em cada crente um comportamento digno e santo diante do Senhor e do mundo, faz toda a diferença se tivermos no coração a Palavra de Deus para manter o pensamento estável e realizemos avaliações sobre qual procedimento digno a ser praticado.

"Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele, tendo o mesmo combate que já em mim tendes visto e agora ouvis estar em mim" - Filipenses 1.29-30. É digno de nota que o contexto de 1.29-30 não se refere às doenças, adoecer não é padecer por Cristo!

Existem momentos de aflições em que o cristão padece por Jesus, portanto deve estar cônscio que sua chamada cristã não é composta apenas de tempos bons. É quando ele precisa usar o bom ânimo, agir com coragem e perseverança e apresentar a alegria, outra característica do fruto do Espírito, e responder com atitudes e palavras que representem a mansidão de Cristo aos que resistem à nossa fé (João 16.33; 1 Pedro 3.15; Gálatas 5.16.23).

Unidade na diversidade

Diversas vezes em suas cartas Paulo tocou no assunto da norma ética cristã e adverte sobre os sentimentos de individualismo e sectarismo e apela para o uso da humildade de Cristo (Romanos 161,2; Filipenses 2.3; 1 Tessalonicenses 2.12).

Vivemos no cenário brasileiro a  liberdade religiosa, essa liberdade dá margem para abertura de novas portas de pregação. Existem diversas denominações evangélicas espalhadas de norte ao sul, leste ao oeste da nação. O Evangelho de Cristo está acima de todos os dogmas e doutrinas institucionalizadas, portanto, convém ao cristão consultar as páginas bíblicas para separar o joio do trigo, ter condições de diferenciar o movimento genuinamente cristão das iniciativas motivadas por interesses carnais ou heréticos.

Conclusão

Elienai Cabral, comentarista da lição, cita uma reflexão de David Demchuck: "Paulo não está trazendo uma exortação dependente de certas realidades em suas vidas. Antes está desafiando-os sob a suposição de que tais condições, de fato, existem. Esta experiência comum consistia em: encorajamento para ser um em Cristo; conforto no amor de Deus; comunhão no Espírito; ternura e paixão."

A instrução de Paulo estimula o cristão a aprender a portar-se como cidadão celestial em todas as situações da vida, inclusive no sofrimento pelo Evangelho de Cristo, porque tinha a convicção que um dia a adversidade iria acabar e o galardão da fidelidade estava garantido. Este é um bom motivo para que o cristão não se espante, resista às oposições sem se deixar enganar e desanimar (Filipenses 1.28).

E.A.G.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Três reflexões sobre Filipenses 4

Humildade, o caminho que nos conduz ai trono de Deus.

“Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade” – Filipenses 4.12.

Agora há pouco, aqui no Facebook, troquei postagens com um velho conhecido dos tempos de juventude, trabalhamos numa mesma empresa, congregamos na mesma igreja por muito tempo.

Conversávamos sobre o capítulo 4 de Filipenses, que ele revelou ter sido a pauta de sua ministração no culto da noite de ontem, culto de domingo. Então, me detive com ele em três pontos que eu não tenho visto pregadores se pautarem.

• A briga de Evódia e Síntique (versículo 4):

As duas mulheres eram obreiras valorosas, mas não se entendiam entre si. Paulo mostra-se preocupado com a situação, pede ao pastor delas que administre a crise de relacionamento, que interfira e tome a direção da briguinha como um pacificador.

• O equilíbrio espiritual 

Filipenses 4.8 chama a nossa atenção para a moderação quanto ao planejamento da vida, que deve ser sempre equilibrado. Tocou profundamente meu coração quando me converti e ainda bate forte dentro de mim: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.

• O comportamento durante tempos bons 

O comportamento durante a fartura e a escassez aponta quem realmente somos perante o Senhor (versículo 12).

A prosperidade que Deus dá é dada para compartilhamento, jamais deve ser usada no meio cristão como ferramenta de manipulação, para propósitos egoístas na coletividade da igreja. Recentemente, tive a oportunidade de conversar com uma pessoa que deu uma polpuda oferta para uma congregação da Assembleia de Deus. Nas entrelinhas, deixou escapar uma lamúria, esperava receber uma espécie de compensação do pastor devido ao valor ofertado (apoio para atuar num determinado departamento da igreja). Não sei usar diplomacia, disse: "Você queria comprar o pastor? Cuidado, Deus não se deixa escarnecer! A igreja de Cristo não funciona assim!".

Paradoxal: para o cristão pode não ser fácil viver vida fácil. Existem inúmeros casos na Bíblia Sagrada sobre pessoas, inclusive toda a nação de Israel, que se afastou de Deus no tempo da paz e da fartura. É no momento que tudo vai bem que temos que provar que somos de fato humildes, que amamos mais a Deus do que ao dinheiro, mais pessoas do que coisas.

O assunto é interessante. Paulo declarou que sabia servir a Cristo em tempos de paz, saúde perfeita e abundância. Precisamos saber viver para Deus em 100% de fidelidade no período da prosperidade financeira, amar mais ao Senhor e jamais a Mamom, amar mais ao próximo do que aos bens materiais.

Não tive a oportunidade de ouvir muitos pregadores abordar esse texto bíblico com essa perspectiva, comentar sobre servir a Cristo em tempos de paz, saúde perfeita e abundância. Sempre presenciei a abordagem do lado ruim, a vida de padecer necessidade e passar fome. Por que será? Ainda estou para ver um pregador pregar para quem está vivendo dias de vitórias, dias de fartura e abundância usando Filipenses 4.12. Nos meus quase 30 anos de convertido ainda não vi isso.

A parábola do Bom Samaritano é uma lição sobre isso. Um homem estava caído, ferido, agonizava à beira da morte caído no chão. E passou por ele alguns israelitas que não o socorreram, porque estavam interessados em manter o status social, se importavam mais em cumprir os compromissos da agenda do dia, amavam mais as coisas do que o semelhante. O único coração humildade era o do samaritano, ele parou em sua caminhada de trabalho para atender ao necessitado, teve a iniciativa de prestar todos os cuidados necessários ao sujeito desconhecido. Sobre ele repousa a recomendação de Jesus para que o imitemos. Vide: Lucas 10.25-37.

Conclusão

Viver indiferente ao que Deus determina e estar indiferente às carências do próximo é uma situação de desequilíbrio espiritual, significa não saber usar as bênçãos que Deus tem reservado para nós. Se tal pessoa é incapaz de administrar corretamente o bem-estar, jamais poderá proferir a declaração de Paulo: “posso todas as coisas”.

Enfim, que possamos declarar tal qual o apóstolo: "posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Filipenses 4.13)!

E.A.G. ‪

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Lições Bíblicas - lição nº 2: Esperança em meio à adversidade - EBD - CPAD

Por Eliseu Antonio Gomes

Deus não está doente

Deus se alegra com a fidelidade das almas, tem prazer em estar com pessoas fiéis em ocasiões de felicidade.

Inacreditavelmente, existem pessoas que acreditam que Deus se alegra com o sofrimento de seus servos, creem que Ele contribui para que os cristãos estejam envolvidos em situações trágicas de tribulações e fome.

Deus é são, não é sádico, não é carrasco. Deus não se alegra com o sofrimento humano, não aprova o coração de quem sinta prazer em viver sofrendo pela causa do Evangelho. O sentimento perverso do masoquismo, que é o prazer em sofrer, não tem nenhuma relação com o propósito do cristianismo. O mandamento do Senhor é que cada cristão queira o bem de si mesmo e também ame ao próximo (Gálatas 5.14).

Jesus Cristo - que é o caminho, a verdade e a vida - nos recomenda a orar pedindo a Deus que nos livre do mal (Mateus 6.13).

As adversidades podem contribuir para a expansão do Evangelho.

Deus é Espírito e o Espírito sopra em todas as circunstâncias, quando e onde quer. Ele é soberano sobre tudo e todos, não existe nada que o impeça de alcançar seus objetivos. Situações que na perspectiva humana são tempos de bonança ou de adversidade estão no mesmo nível diante do seu poder divino (João 3.8; 4.24).

Todo aquele que nasceu do Espírito adora ao Senhor em todos os lugares e momentos. Não é necessário estar em situação ruim para ser um vaso útil nas mãos do Senhor. O apóstolo Paulo definiu isso muito bem: "Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece" - Filipenses 4:12-13

Assim sendo, tanto experiências de sofrimento humano quanto de prosperidade são ensejos importantes para anunciar a mensagem das Boas Novas. Paulo instruiu os cristãos a remir o tempo: "Aproveitem ao máximo todas as oportunidades"  - Colossenses 4.5b (NVI).

A estrutura espiritual de Paulo

O episódio da prisão de Paulo em Filipos foi decisivo para a expansão do Evangelho. Ao escrever a carta aos crentes filipenses estava preso em Roma, em estado físico fragilizado, aguardando julgamento perante o supremo tribunal do império.

No capítulo 1, o apóstolo enfatiza seu compromisso com Jesus acima de qualquer adversidade, esclarece que as cadeias não o impediam de proclamar o Evangelho. Em meio ao infortúnio, foi ousado. Viveu como um instrumento de Deus para edificar espiritualmente os irmãos na fé e encorajá-los a proclamar as Boas Novas no mundo.

Para ele era possível ter esperança em meio à adversidade. Atrás das grades de uma cela, ele escreveu: "E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho; De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana, e por todos os demais lugares; E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor" - Filipenses 1.12-14.

A estrutura espiritual da igreja

O encarceramento de Paulo serviu para pregadores inescrupulosos aproveitarem o aprisionamento e tentarem enriquecer às custas do sofrimento alheio. Nos dias atuais ainda existe quem não tenha temor de Deus e se aproveite de catástrofes alheias para obterem vantagens pessoais, usam acontecimentos ruins na vida do próximo para benefício pessoal. São pregadores que se assemelham aos vendedores de água aos que morrem de sede em período de estiagem.

Mas, além do joio no meio cristão existe o trigo também. Muitos pregadores usaram o sofrimento do apóstolo para proclamar Cristo de boa consciência. Assim como eles é preciso que sejamos nós, agindo como evangelistas no círculo social em que moramos, estudamos e trabalhamos, ou em missões transculturais. Em situações favoráveis e desfavoráveis é necessário estar animado para anunciar o plano da salvação aos que não conheceram Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Conclusão

Pessoas que  colocaram Cristo como o centro de suas vidas mantém-se fiéis ao Todopoderoso e continuam a ministrar a pregação da salvação de almas independente das cores da ocasião. Haja circunstâncias propícias ou não, elas seguem adiante como porta-vozes da mensagem celestial, pois são conscientes que a vida só encontra seu significado verdadeiro quando se vive para o Evangelho.

O Evangelho continua a ser transmitido atualmente por missionários que possuem ousadia semelhante a de Paulo, pessoas que não se deixam abater pelo sofrimento provocado por perseguição religiosa ou de outra origem, fazem da adversidade ponto positivo, fator contribuitivo, para o avanço do Reino de Deus. E também por gente que não perde o foco missionário em tempos confortáveis, quando a vida está em  paz e cheia de felicidade, porque tem plena consicência e consideração pelo compromisso missionário como incumbência dada pelo Senhor.

E.A.G.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Lições Bíblicas - lição nº 1: Paulo e a Igreja de Filipos - EBD - CPAD

Por Eliseu Antonio Gomes

Autoria, local e data da redação

A Carta aos Filipenses foi escrita por Paulo por volta de 60/63 d.C., está no grupo das cartas de prisão (Filipenses, Filemon, Colossenses e Efésios). Pelo nome de Timóteo estar citado na saudação inicial, versículo 1, ele é considerado coautor, sendo que todas as orientações são creditadas ao apóstolo.

Paulo estava preso quando a carta foi redigida. Há controvérsia entre os estudiosos quanto à cidade em que ele estava no momento da redação. Alguns acreditam que estava em Cesaréia, outros em Éfeso, no entanto parece claro que estivesse em Roma porque menciona a guarda romana pretoriana - tropa de elite que cuidava da segurança do imperador (4.22). Contudo, é preciso considerar que os administradores de colônias romanas eram chamados de pretores (Atos 16.22, 35, 36, 38).

A cidade 

Filipos foi fundada em 360 a.C. por Filipe da Macedônia, pai de Alexandre o Grande, construída na aldeia de Krenides em Tracia. Era uma pequena cidade usada como rota entre a Europa e a Ásia, serviu como um centro militar significativo e recebeu privilégios especiais. Sob o governo de Roma se tornou a principal cidade da Macedônia, um dos quatro distritos do que hoje é a Grécia.

Filipos foi a primeira cidade européia a receber o Evangelho (Atos 16.6-40). A casa de Lídia, uma negociante de púrpura, serviu para Paulo como ponto inicial para estabelecer o primeiro núcleo da comunidade cristã na região.

Os atos de oração e motivos da ação de graças do apóstolo Paulo

A relação que o apóstolo tinha com a igreja filipense era íntima e cordial. O apóstolo visitou Filipos diversas vezes. A Carta aos Filipenses retrata suas constantes orações e ações de graças  por aquela comunidade. Escreveu a carta com o propósito de expressar seu sentimento de gratidão aos filipenses por suas assistências generosas; para informar o seu estado pessoal na prisão de Roma; transmitir à congregação a certeza do triunfo do propósito de Deus na sua prisão para levar membros da igreja de Filipos a se esforçarem em conhecer melhor o Senhor, conservando a unidade, a humildade, a comunhão e a paz.

Outros motivos pertinentes para escrever

O conteúdo apresenta  ensinamentos doutrinários com extrema lucidez e a alegria do Espírito na vida do apóstolo. Além de agradecer, Paulo redigiu a epístola abordando o caráter de Deus, a alegria, o serviço, o conflito e o sofrimento dos santos. E com maior ênfase o senhorio de Cristo (o Kyrios de Deus, 2.9-10).

• 2.1-4 - Preveniu a comunidade cristã do perigo de cultivar o hábito da competição, egoísmo e individualismo ;
• 2.5-8 - Apresentou a doutrina da kenosis - a auto-humilhação ou auto-esvaziamento de Cristo, que é uma das passagens bíblicas mais importantes no Novo Testamento;
• 2.19-30 - Informou a visita de Timóteo e explicou a razão do retorno inesperado de Epafrodito;
• 3.1-3 - Alertou acerca dos pregadores judaizantes que depositavam a salvação nos costumes passageiros e na observação da Lei para aplacar os desejos carnais (Colossenses 2.23);
• 3.4-14 - Redigiu um retrato autobiográfico significativo.

Conclusão

Embora Paulo estivesse escrevendo da prisão, a alegria faz parte de todos os temas. O segredo de sua alegria está baseada no seu relacionamento com Cristo. Atualmente as pessoas desejam desesperadamente ser felizes, e debatem-se entre o sucesso, fracassos e obstáculos de cada dia. Os cristãos devem manter a fé e o ânimo, ser alegres em todas as circunstâncias, mesmo quando as coisas estão ruins, mesmo quando sentem vontade de se queixar, mesmo quando há motivo para estar triste. Por quê? Porque Cristo reina em todas as ocasiões. E assim como Paulo declarou, também podemos declarar: "posso todas as coisas naquele que me fortalece" (4.13).

E.A.G.

Compilação e texto de quem assina esta postagem:
Ensinador Cristão, ano 14, nº 55, página 36, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - Filipenses: A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja - Mestre; Elienai Cabral; 3º trimestre de 2013 (CPAD), 
A Bíblia Anotada Charles C. Ryrie expandida, edição 2007, página 1.157, Cidade Dutra - SP (Editora Mundo Cristão).
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, edição 2004, página 1.659, Rio de Janeiro (CPAD).

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Lições Bíblicas CPAD - 3º tri 2013: Filipenses: A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja

No terceiro trimestre de 2013, a Casa Publicadora das Assembleias de Deus [CPAD] aborda a epístola de Paulo aos filipenses, contemplando treze temas diversos, principalmente o senhorio e humilde de Jesus Cristo. 

Os comentários da revista foram escritos pelo Pastor Elienai Cabral, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, Casa de Letras Emílio Conde, conferencista, autor de livros publicados pela CPAD.  .

O tema da revista é: Filipenses. A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja.

sábado, 29 de junho de 2013

Filipenses - a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja: livro

Por Eliseu Antonio Gomes

Ao escrever carta aos cristãos filipenses o apóstolo Paulo tinha o objetivo de dar um fundamento sólido para sua exortação ao amor fraternal e à humildade. No capítulo 5, versículos 1 ao 5, solicita aos cristãos que vivam com o mesmo sentimento que Jesus Cristo viveu. Em seguida, cita um hino primitivo (2.6-11), possivelmente de origem aramaica, cuja letra apresenta a deidade de Jesus, que é própria imagem e glória de Deus, e sua missão de servo.

Jesus sendo Deus, aceitou humildemente se fazer figura humana, se esvaziar da sua glória natural. Tornou-se semelhante aos homens, realmente homem (João 1.1, 18; 17.5, 24; Colossenses 1.15, 19; 2.9).

O louvor contido na passagem bíblica mostra que Jesus não renunciou os atributos divinos da onisciência e onipresença quando esteve na terra, mas ao deixar de usar a natureza divina e sujeitar-se para viver apenas em condição igual aos homens, Deus o proclamou Senhor (Kyrios, no grego), a quem todo joelho nos céus e na terra terão que se curvar.

Leitmotiv é um termo alemão para descrever um fator desencadeante, a associação de um fato com a consequência. O Pr. César Moisés Carvalho, ao escrever o prefácio do livro Filipenses - A Humildade de Cristo, cuja autoria é de Elienai Cabral, usa essa palavra para mencionar o capítulo 2 da Carta de Paulo aos Filipenses, especificamente os versículos 6 ao 11. César Moisés reflete sobre o conjunto de fatores: a letra do louvor, o sermão de Paulo aos destinatários da epístola, crentes na Igreja Primitiva e em instância remota aos crentes do século 21, que somos nós.

Ele afirma que o conteúdo da mensagem, segundo ele apresentada despretensiosamente e pouco notada pelos leitores da Bíblia Sagrada, é uma grande reflexão antropológica, um dos grandes motivos da redação da carta. Em suma, o Criador trouxe o homem à existência para servi-lo, tal qual Jesus Cristo que em forma humana aceitou ser servo e submeteu-se até a morte na cruz. César Moisés comenta que "a humilhação não o foi ter se tornado servo, ou seja, humano, mas a morte ignominiosa de cruz".

E em outro parágrafo, citando o livro Edificando Um Mundo em Ruínas, (CPAD), escreve: "Na esteira dessa mesma linha de raciocínio, lembro-me de ter lido, há muitos anos, a diferença entre sucesso e bênção. O conhecido 'contrabandista de Deus', Irmão André, fundador da Missão Portas Abertas, afirma que 'o sucesso nem sempre é uma bênção e as bênçãos nem sempre são um sucesso'. Ele explica que o 'sucesso é geralmente o que você pode medir com os olhos e com a mente; bênção é algo que acontece no Reino de Deus'. Como exemplo. Irmão André cita o sacrifício do Meigo Nazareno dizendo que quando 'Jesus Cristo morreu na cruz isso não parecia um sucesso, mas aos olhos de Deus foi'. Tal modo de ver as coisas só demonstra  que a cosmovisão divina é diametralmente oposta à nossa e que, consequentemente, os padrões mundanos de que cada vez mais lançamos mão (...) para aferir o que seja bênção devem ser substituídos".

Na psicanálise, o termo "leitmotiv" é empregado pelo terapeuta para emitir prognósticos e diagnósticos ao estado do paciente que empreende algumas coisas e elas dão errado e inconscientemente passa a crer que tudo que fizer não será bem sucedido, que seria melhor nem ter levantado da cama pela manhã. Trata-se da percepção humana, sem o ângulo espiritual da nossa existência.

E.A.G.

Filipenses - A Humildade de Cristo como exemplo para a Igreja, Elienai Cabral, páginas 5, 6, 7; 1ª edição 2013, Rio de Janeiro (CPAD).
Bíblia Sheed,  edição 2011, página 1666, São Paulo-SP, (Edições Vida Nova).

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Oração que inspira compromisso: Filipenses 1.3-6

"Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas, pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora. Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo" - Filipenses 1.3-6.  

Na posição de líder, o apóstolo Paulo demonstra gratidão aos crentes de Filipos pela disposição que eles tinham, desde o primeiro dia de conversão cristianismo, em cooperar na obra. No grego, o termo encontrado para traduzir "cooperação" é "kononia", que significa participar em conjunto, ter coração generoso (ver capítulo 4, versículo 10).

Se o cristão tem em seu coração a Jesus Cristo entronizado como Senhor e Rei, sua vida é aperfeiçoada segundo a vontade divina, para estar livre de qualquer culpa no Dia do Juízo Final. Um desses aperfeiçoamentos é libertação do egoísmo e da avareza.

Por mais agradável e perfeita que a nossa situação aqui na terra possa estar, o melhor ainda está para acontecer. O melhor de Deus para nós sempre está no futuro.

Considere as perspectivas:

• Neste mundo você acredita no amor de Deus, no céu será alvo constante do calor deste amor.
• Aqui na terra, você tem convicção de que foi aceito por Deus, no céu ocupará um lugar de honra como filho (a) dEle.
• No mundo, você vive pela fé. No céu, compreenderá tudo e agradecerá a Deus por sua sabedoria em cada detalhe da vida.
• Na terra, por maior que seja acúmulo de riquezas que possa ter, são susceptíveis de desintegração. No céu, os tesouros que esperam pelos salvos em Cristo não tem preço que pague e são indestrutíveis.

E.A.G.

Bíblia Devocional da Mulher, página 1452, edição 2003, São Paulo (Editora Vida).
Bíblia de Estudo NTLH, 1206, edição 2005, Barueri (Sociedade Bíblica do Brasil).

quarta-feira, 7 de março de 2012

Filipenses 4.16




"Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças."

Filipenses 4.6.

domingo, 10 de abril de 2011

Carta aos filipenses: reflexões devocionais

Paulo escreveu a carta aos cristãos filipenses quando estava em Roma, por volta de 61/62 d.C.

Ele tinha em mente agradecer a ajuda de cristãos em Filipos, que haviam lhe enviado uma oferta expressiva por meio de Epafrodito (4.10,11); queria ensinar e encorajar os leitores a enfrentar adversidades (1.28-30); e convocar a todos a promover a unidade da Igreja (2.11; 4.2).

Paulo procura conscientizar a cristandade, fazer com que entendamos e aceitemos que as tribulações são partes inerentes do Evangelho (Atos 14.22). Informa que quando fomos chamados, nunca foi prometido que a vida cristã seria apenas de facilidades, mas que o Senhor sempre estaria conosco em todas as situações (Romanos 8.31-39).

Por que se deve estudar a carta de Paulo aos cristãos filipenses? O apóstolo a escreveu para fazer com que os cristãos conhecessem o segredo da verdadeira felicidade e fossem impactados com a alegria celestial.

Do início ao fim, a carta está repleta de alegria. As palavras alegria e regozijo aparecem dezesseis vezes: 1.4; 1.18 (duas vezes); 2.28-29; 3.1; 4.1, 4 (duas vezes); e 4.10.

Paulo revela que Jesus Cristo é a fonte da felicidade, que ser feliz de verdade é viver de acordo com os propósitos de Deus, mesmo que passando por aflições, e que os sofrimentos desse mundo não são capazes de destruir a alegria que Deus nos dá.

Os problemas dessa vida não deve ser motivo para abandonarmos a fé. Deus espera de nós que sejamos firmes, unidos no trabalho, otimistas e corajosos contra os inimigos.

Você se considera modelo? Quer queira ou não, é isso o que você é. As pessoas em sua volta avaliam o cristianismo pela maneira como é refletido em sua vida.

Seus filhos, pais, vizinhos, colegas, parentes, e mesmo pessoas que você não conhece, percebem se sua vida é diferente da vida das pessoas que ainda não reconheceram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Você está sempre se alegrando no Senhor (4.4)? Será que não está vivendo com ansiedade, negando assim o poder da oração (4.6)? Você está colocando em evidência a "paz de Deus" em sua vida?

Motive-se e crie motivação na vida de outros cristãos. Faça uma lista das áreas da sua vida que você considera exemplares, que realmente gostaria que outros imitassem. E, hoje, com a ajuda de Deus, tente ser o melhor exemplo em tudo que disser e fizer.
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Consultas: Caminhada Diária, volume 3 (Editora SEPAL); Revista Exposição Bíblica - Cristo: nossa alegria e suficiência; estudos expositivos em Filipenses e Colossenses (Z 3 Editora).


E.A.G.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Filipenses 4.13 - tudo posso em Deus

"Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece" - Filipenses 4.12-13 (ARA)
Você pode tudo em Deus, Ele dá forças aos seus servos.

“Posso todas as coisas naquele que me fortalece” - Filipenses 4.13.
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Existem duas interpretações radicais sobre essa passagem bíblica. Alguns forçam o texto querendo dar-lhe o sentido que ele não tem.

Uma interpretação quer tentar fundamentar a filosofia de que todo crente em Cristo deve ser milionário, viver de triunfo em triunfo, esquecendo-se que Jesus Cristo afirmou que no mundo teríamos aflições (João 16.33).

Outra interpretação quer ensinar que humildade no conceito bíblico é ser pobre financeiramente, viver em humilhações. E por causa disso todos os cristãos deveriam desprezar o progresso financeiro e abaixar a cabeça para todos, nunca lutar por seus direitos. Ora, o crente é ensinado pelas Escrituras Sagradas a humilhar-se em oração apenas debaixo das potentes mãos de Deus, e não seu próximo (1ª Pedro 5.6). Deus não pede a ninguém que abra mão de sua dignidade socialmente. Como cristãos, fazemos bem ao amar o outro como amamos a nós mesmos, nada exageradamente, nem à mais e nem à menos (Tiago 2.8).
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A carta aos filipenses é uma das cartas que Paulo escreveu enquanto estava preso. Nela, ele manifesta estar feliz apesar de todas as circunstâncias em contrário. Sua felicidade advém de Deus, e por meio de seu relacionamento com os crentes filipenses, que o socorreram. Os crentes de Filipos enviaram uma oferta bastante generosa a ele por meio de Epafrodito, a carta é uma resposta à congregação cristã, uma espécie de recibo, confirmando que ele recebeu a doação.
 
Filipenses 4: comentando 19 versículos.
 
Qual é o contexto mais próximo de Filipenses 4.13? O contexto mais próximo é o próprio capítulo 4.  Assim como toda a Bíblia Sagrada, este capítulo é precioso para nós.

Versículo 1: Exortação a igreja para que viva em união e alegria no Senhor.

Versículos 2 e 5: O apóstolo solicita às irmãs Evódia e Sintique que vivam em harmonia com o Senhor. Aparentemente elas não estavam convivendo bem entre si. Paulo pede a uma terceira pessoa de sua confiança, Sízimo, que as ajude viver em paz uma com a outra. Lembra que todos devem relacionar-se sendo gentis. ser amáveis uns com os outros.

Versículos 6 e 7: O apóstolo aconselha a não se preocupar com nada. Preocupar-se é ocupar-se antes do tempo certo. Portanto, é um equívoco pensar que esteja dizendo que Deus não precisamos levar a Deus petições sobre o o nosso cuidado diário. Ele declara que devemos orar a Deus e pedir tudo o que é preciso a Ele, com coração agradecido. Ao fazer isso, a paz de Deus protege nosso coração e nossa mente, pois agir assim é estar unido com o Senhor.

Versículo 8: Paulo ensina como é que devemos ocupar a mente. Ele diz que deve ser com coisas boas e verdadeiras, honestas, nobres; que contenham dignidade, sejam puras, agradáveis a todos, cheias de amor; sejam em gestos simpáticos, decentes; de boa fama. Mas... Mas deven ser feitas por motivo que sejam excelente e dígno de elogios. Isto é, não causem escândalos.
 
Versículo 9: Paulo se põe como exemplo dos fiéis entre os irmãos filipenses e pede que eles o imitem em atos a palavras. Em texto correlato, diz que o imitemos assim como ele é imitador de Cristo (1ª Corintios 11.1).

Versículos 10 e 11: Paulo alegra-se e agradece ao Senhor por ter sido lembrado pelos membros da congregação que pastoreia. Ele regojiza-se porque a lembrança é mais do que a saudação protocolar "como vai você?" . Enviaram-lhe ajuda material. E isso é fator de bênçãos de Deus para estes irmãos.

Versículo 12 e 13: Paulo explica que sua relação com as circuntâncias da vida não influem em sua relação com Deus. Na pobreza e na riqueza, na escassez e na fartura, sendo respeitado e desrespeitado, ele sabia se manter dentro da vontade do Senhor, pois tinha discernimento que Deus o fortalecia a prosseguir em seu apostolado.

Versículo 14-17: Paulo reforça que aos irmãos de Filipos que eles fizeram bem em lembrarem-se dele. Lembra que eles tinham esse bom costume, diferente dos irmãos de Tessalônica, onde passou necessidade e foi socorrido pelos filipenses duas ou três vezes anteriores. Afirma que a oferta gera lucro ao ofertante.

Versículo 17, textualmente: "Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta" (Almeida revista e Corrigida).

Versículo 18: Paulo revela que está em abundância, devido as ofertas enviadas pelos crentes filipenses por meio de Epafrodito (chamado Epafras em outras ocasiões). Ele declara que este tipo de socorro material é o mesmo que um sacrifício de aroma agradável para Deus, sempre aceitável ao Senhor.

Versículo 19: Paulo declara sua fé, dizendo que Deus por meio de Jesus Cristo recompensará os filipenses por ajudá-lo em seu momento de necessidade.


Versículos 20-23: Saudação final.

“Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena” - Provérbios 24.10.


E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que citado o nome do autor e o link (HTML) do blog Belverede.

sábado, 17 de maio de 2008

Paulo e sua carta aos crentes filipenses (3.17)

Imitar o apóstolo Paulo? Como?
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Sigam meu raciocínio:
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Paulo escreveu: "sejam meus imitadores..." Em quê ele pediu para imitá-lo? A resposta está na sequência do versículo: "...assim como eu sou de Cristo". Ele solicitou para todos que imitassem sua atitude, que era ser um grande imitador de Jesus Cristo. Confiram: Filipenses 3.17.
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Quando alguém, eu me incluo nisso, recomenda olhar para Cristo e não aos homens, é exatamente neste sentido de seguir o exemplo do Filho de Deus. Jesus amava a todos, inclusive aos inimigos.
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Nesta questão de imitação ao Senhor está o ato de aprender se colocar na posição do próximo, alguém que nos simpatizamos ou não, que admiramos ou não.
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O amor de Cristo constrangia Paulo. Este amor deve nos constranger a ponto de nos fazer estar, mentalmente, no lugar dos outros. O genuíno amor cristão nos compele a fazer esforço para compreender perfeitamente o próximo. O amor sofre, tudo suporta, é paciente, faz o bem... 1ª Coríntios 13.
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Em outro trecho, Paulo recomenda a ser imitadores de Deus. Como fazer isso? Deus amou o mundo! Amemos a todo o mundo também. Nosso amor ao próximo tem que ser igual ao amor de Deus: de "tal maneira". Efésios 5.1; João 3.16.
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O melhor jeito de analisar se estamos imitando a Cristo é olhar para as Escrituras em Gálatas 5.16-23. Não confie em seu coração. Quem produz em seu viver as nove características do fruto do Espírito é um verdadeiro imitador de Cristo e de Deus.
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Meditem nisso.
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E.A.G..