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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Deus: o nosso provedor

Por Eliseu Antonio Gomes

"Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz" - Salmos 37.11.

Embora o homem tenha livre-arbítrio, Deus é soberano. Soberania e livre-arbítrio sempre tiveram inúmeras tensões no campo da teologia. Quando levamos em conta a teologia bíblica defrontamo-nos com textos que nos mostram Deus respeitando a liberdade do homem, noutro momento lançando esta liberdade para segundo plano. Ora, Ele é um Deus soberano, eterno, majestoso e Senhor de todas as coisas. 

1. A razão de Isaque pensar em descer ao Egito

O procedimento de Isaque com seus vizinhos (Gênesis 26.1-5).

Deus havia feito uma promessa a Abraão e seus descendentes, porém isso, não significava que não enfrentariam obstáculos e crises. Tanto o patriarca Abraão quanto Isaque enfrentaram a crise da falta de alimento.

Semelhante às relações de Abraão com os vizinhos pagãos, os contatos de Isaque com o povo de Canaã tinham um padrão alterado de desconfiança, paciência e reconciliação. Até as bênçãos de prosperidade concedidas por Deus a Isaque pareciam impedir os esforços dele em estabelecer relacionamento pacífico com eles.

O tempo de fome naquela região semi-árida, forçou Isaque a buscar pastagem ao longo da planície costeira a leste do mar Mediterrâneo e ao sul e oeste de Canaã, em Gerar. Era território de Abimeleque, rei dos filisteus, perto da fronteira do Egito. Mas logicamente a região mais rica do delta do Egito estava atraindo Isaque para sua direção. Foi então que apareceu-lhe o Senhor (Gênesis 26.2). Deus disse a Isaque que ficasse longe do Egito. Renovou as promessas dadas a Abraão, e as aplicou a Isaque. Canaã seria a casa de Isaque e lá ele conheceria a presença de Deus. Novamente, Deus destacou a ideia da semente como as estrelas dos céus (versículo 4) e ressaltou a garantia de que todas as nações da terra colheriam bênçãos dos seus descendentes. A promessa de Deus foi passada para Isaque, porquanto Abraão obedeceu à voz do Altíssimo (versículo 5).

2. A crise que Isaque teve que enfrentar com seus vizinhos em Gerar (Gênesis 26.6-16).

Após ouvir a voz de Deus dizendo-lhe para não descer ao Egito, Isaque se estabeleceu em Gerar, ao sul de Gaza. O medo dificultou Isaque de estabelecer relações amigáveis com os vizinhos pagãos. Os valores morais daquela gente eram tais que uma família estrangeira se sentiria justificada em ter medo.

Em Gerar, aceitava-se que os reis pagãos tivessem direitos conjugal de toda mulher que lhes agradasse. Como Abraão, Isaque se defendeu de suposto dano pessoal no peculiar costume dos seus antepassados: o casamento com irmã-esposa. Neste arranjo, até uma prima ou uma não-parenta seria adotada na família como irmã do noivo e, assim, seria legalmente irmã e esposa. Ver: Gênesis 12.10-13; 20.2,11-13.

Em sua relação com Rebeca, Isaque informou os filisteus sobre o aspecto de irmã, mas não sobre o aspecto de esposa. Os pagãos não fizeram movimento que indicasse desejo por Rebeca. O rei Abimeleque viu casualmente Isaque no que teria sido uma situação comprometedora com uma irmã e suspeitou da verdade. Chamou Isaque, checou as suspeitas e, depois, o reprovou. Abimeleque declarou que Isaque poderia ter enganado um filisteu, fazendo este pecar contra Rebeca. O engano de Isaque, provocado por medo, diminuiu a opinião que o pagão tinha sobre ele, negando a oportunidade de o patriarca ser uma bênção. Isaque permaneceu no território fazendo bom uso dos poços cavados no tempo de Abraão.

Deus manteve sua promessa de abençoar Isaque. Os vizinhos filisteus ficaram invejosos e enciumados porque tudo que ele fazia parecia dar certo, e assim tornaram-se seus inimigos e tentaram livrar-se dele. A inveja é uma força que produz perversidade.

3. A demonstração de paciência sob pressão de Isaque (26.17-25)

Embora tivesse uma produção extraordinária das colheitas, resultado de irrigação possibilitada pela água tirada dos poços, Isaque também sofreu em Gerar. Apesar de o patriarca obter aumento da riqueza, por causa da bênção de Deus sobre ele, foi alvo da inveja no coração dos filisteus, que entulharam todos os poços que ele usava e depois o expulsavam Isaque da cidade (Gênesis 26. 7, 8, 15. 16).

Por duas vezes os filisteus entulharam seus poços. E Isaque buscava por água abrindo outro poço em área diferente e a continuar a preparar novos campos para plantação. Em vez de brigar, Isaque se mudava, cavava outros poços, os quais eram repetidamente entulhados na sua presença. Em vez dos filisteus aprenderem os novos e importantes métodos de agricultura com Isaque, tolamente preferiram fechar os poços e expulsar o patriarca para longe da convivência deles. O primeiro poço entulhado, Isaque chamou de Eseque (que significa disputa ou rixa); o segundo, nomeou-o de Sitna (que quer dizer "inimizade"; "hostilidade" e, o terceiro, que os filisteus não o incomodaram, deu-lhe o nome de Reobote quer dizer “lugar espaçoso, alargamento”, ou seja, local para homens que buscam a paz vivam em paz (Gênesis 26.18, 20-23).

Isaque, mesmo enfrentando problemas com a vizinhança, não deixou de trabalhar, de investir e crer na provisão divina. Em todas as circunstâncias Isaque pode ver a suficiência do Senhor.

4. Por que ao cristão, em tempos de crise, é preciso "cavar poços"?

Por três vezes Isaque e seus homens cavaram novos poços. Quando as duas primeiras disputas surgiram, Isaque mudou de lugar. Finalmente, na terceira perfuração do solo, descobriu o espaço que contentava a todos. Ao invés de dar início a um grande conflito, Isaque comprometeu-se com a paz.

Se você está atravessando uma crise, seja ela financeira, familiar, ministerial ou espiritual; não desanime. Peça a Deus sabedoria para saber quando se retirar e quando ficar e resistir. Continue a "cavar poços", onde o Senhor mostrar que deve "perfurá-los"; trabalhando e crendo na direção de Deus, você experimentará a provisão divina.

5. Não há solução mágica

No Brasil, a crise financeira está assolando todas as classes sociais, mas uma crise assim não acontece da noite para o dia. Há uma série de decisões macro e microeconômicas tomadas equivocadamente, tais atitudes trazem prejuízos irreparáveis a uma nação. Na esfera da economia doméstica, se não houver uma consciência de que se a nossa despesa for maior que a nossa receita, brevemente entraremos num colapso econômico. Má gestão e decisões equivocadas são as razões das principais crises financeiras. É o que ocorre com o nosso país e ocorre com inúmeras famílias.

Além disso, é uma verdade imponderável que problemas financeiros assaltam muitas vidas de surpresa. O desemprego, o problema de saúde. Muitos servos de Deus entram numa provação causticante onde só perceberam que entraram em crise tempos depois, pois não imaginariam de modo algum o que viria pela frente. Aqui está a soberania de Deus, no momento quando não há mais solução visível, nem perspectiva de auxílios externos, Ele age em nosso favor e derrama da sua misericórdia para conosco.

Compreendendo a natureza do Deus eterno, é que devemos olhar para os problemas deste mundo. Em tempos de crises financeiras não se volte às coisas desse mundo, mas busque a suficiência do Pai Celeste. São muitas pessoas que têm provado da provisão de Deus nos momentos de angústias e tribulações. Nossa parte é priorizar o Reino de Deus e a sua justiça, e o nosso Pai Celestial agirá em nosso favor (Mateus 6.31-33).

Conclusão

Deus cumpre a sua palavra e não leva em conta nossos erros de decisões fora da orientação dEle. O Senhor suporta nossas fraquezas por causa do projeto maior. Isaque falhou algumas vezes, entretanto deixou um excelente exemplo de homem humilde, gentil e cortês, não só para com os amigos, mas também com os inimigos. Não ter ido para o Egito foi um ato de obediência e reconhecimento da soberania divina para cuidar dele, de sua família e de toda a sua fazenda.

O Egito é símbolo do mundo, que atrai os incautos para afastá-los de Deus.

E.A.G.

Compilações
Comentário Bíblico Beacon - Gênesis a Deuteronômio - páginas 80 e 81, 4ª impressão/2012, Rio de Janeiro (CPAD).
Ensinador Cristão, página 39, ano 17, nº 68, outubro - dezembro de 2016, Rio de Janeiro (CPAD).
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 1ª edição 2016, páginas 64, 74, Rio de Janeiro (CPAD).

Apuros de "Papai Noel" - cem réplicas de Elvis

 

domingo, 30 de outubro de 2016

A decisão de lavar as mãos


Por Luiz Dirceu dos Anjos

"Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco!" - Mateus 27.24.

Desde que Pilatos consagrou o gesto simbólico de lavar as mãos como forma de se isentar de sua responsabilidade na morte do Senhor Jesus, em todo o mundo, pessoas ligadas ou não ao poder, têm repetido, cada uma à sua maneira, o mesmo gesto.

Na verdade, o hábito de eximir-se de uma responsabilidade que nos pertence não começou com Pilatos. Vem de bem mais longe. Adão foi o pioneiro dessa arte. Ele, como líder que era sobre sua esposa, não poderia ter concordado com ela na desobediência a Deus. Mas, não só o fez como também quis culpar a Deus por seu erro; que ousadia! "A mulher que me deste como companheira..." (Gênesis 3.12).

Nossa atitude não é nem um pouco diferente. A todo momento estamos procurando uma boa desculpa para não assumirmos a responsabilidade que nos cabe. 

1. Quantos pais lavam as mãos quanto à educação dos filhos! Quando, ao final, veem-nos envolvidos com todo tipo de problemas  como roubo, drogas ou prostituição, esquecem-se de que abdicaram de educá-los e passam a culpar o sistema, as outras pessoas, todo mundo, menos eles próprios. 

2. Pastores lavam as mãos quando o pastoreio se torna difícil e não aceitam serem responsabilizados quando os membros de sua igreja se desviam ou definham espiritualmente. 

3. Os líderes políticos lavam as mãos diante de corrupção comprovada, caracterizando assim flagrante impunidade, enquanto a população padece pela falta de melhor recurso para a saúde, segurança, educação, aposentadoria...

Um famoso evangelista escreveu uma frase impressionante. Era mais ou menos assim: "Somos livres para fazer o que queremos, porém, responsáveis por tudo que fazemos." Está na hora de assumirmos o nosso papel e nossas responsabilidades no reino de Deus, seja na área pastoral, de missões urbanas ou transculturais, de contribuição, literatura, ou qualquer outra área em que o Senhor nos tenha colocado.

Não é possível continuar a ver a fome, a miséria, a depravação, a corrupção, o domínio dos vícios, da prostituição, do pecado enfim, e fazer vista grossa, lavar as mãos e dormir tranquilos.

São numerosas as alternativas que temos ao nosso dispor para mostrar ao mundo o amor de Deus pelo pecador e resgatar aqueles que estão caminhando para o inferno. Estejamos todos conscientes de nosso papel específico como servos de Cristo, e não desejemos ficar aquém dele. Não queiramos nada menos do que Deus nos incumbiu de fazer.

Lave as mãos por uma questão de limpeza e higiene, mas nunca para fugir de suas responsabilidades de cidadão do céu e filho de Deus.

Mensagem da Cruz, nº 116, dezembro 1997/janeiro/fevereiro 1998, página 2, palavra ao leitor, MG (Editora Betânia).

Martinho Lutero e uma das versões sobre a Árvore de Natal


Há várias histórias sobre a origem da Árvore de Natal. 

Uma das favoritas é que o próprio Martinho Lutero (líder da Reforma Protestante), certo dia caminhava à noite e olhou para o céu estrelado através de uma árvore. Naquele momento, ele estava refletindo sobre uma forma concreta de celebrar o Natal com a família, de maneira atraente a seus filhos. De repente, ao olhar aquela árvore com as estrelas brilhando ao fundo, pensou em uma árvore com velas brilhando, imitando as estrelas.

Lutero, então, cortou uma árvore do bosque, levou-a para casa e, juntamente com os filhos foi decorando com frutas, laços coloridos e finalmente com velas que acendia às noites enquanto falavam sobre a vinda de Jesus, que trouxe luz nas nossas trevas!

Podemos escolher como enxergar os nossos costumes. Podemos até desconhecer suas origens. Porém, podemos também, escolher a melhor forma de utilizá-los. Assim, a Árvore de Natal nos relembrará da Luz que veio ao mundo para iluminar a escuridão de nossos corações.

Fonte: Lar Cristão, edição especial de Natal / 2002, ano 16, página 25, São Paulo/SP (Sociedade Religiosa Lar Cristão / Editora Mensagens).

sábado, 29 de outubro de 2016

Conselho aos pais sobre o uso da TV pelos filhos


Barnevakten

Eliseu Antonio Gomes
Tradução livre

Pode ser um grande desafio criar bons hábitos de uso do televisor nas crianças, numa época em que tanto conteúdo está disponível a qualquer momento; canais pagos, com programação específica, 24 horas ao dia, voltados às crianças e adolescentes.

Pense em utilizar a seleção de canais. Provedores de televisão digital oferecem aos consumidores vários pacotes de canais. Esteja consciente de que canais você quer em sua casa e conheça a espécie de programação que é transmitida neles.

O local da televisão dentro da sua casa. É recomendável que os televisores sejam colocados na sala comum a todos os integrantes do lar. Isso torna muito mais fácil para os pais a monitoração do que
seus filhos assistem, o quanto eles olham e como eles reagem ao que veem. Imponha limites claros. Se as crianças e os adolescentes têm consoles de jogos e acesso ao computador em ambientes privados, é preciso lembrar que confiança e responsabilidade são vias úteis. A quebra de uma ou de outra é motivo justo para retirar o privilégio da "porta fechada".

Decodificador: a ferramenta de parentalidade A maioria dos decodificadores de televisão fornece a capacidade de adicionar códigos PIN em canais que você não quer que as crianças possuam acesso. Se o manual do usuário não fornece informações sobre o decodificador, contacte o provedor de TV, para ativar a proteção do código PIN. Os pais têm condições de estabelecer limites para o uso da mídia por parte de suas crianças: quantidade, conteúdo e tempo de visualização de televisão.

Crie bons hábitos. Tome a iniciativa para ver bons filmes e programas com os seus filhos e deixe a experiência que a TV pode oferecer à família, com momentos agradáveis de horas de lazer e descanso. Mantenha sua atenção sobre o que é transmitido e seja claro sobre os limites que você delineou em sua casa. É natural que as crianças de diferentes idades possuam diferentes limites sobre o que e quanto eles podem ver. Para alguns, pode também ser útil introduzir "zonas livres de TV. Não use muito tempo a negociar com as crianças mais novas. Um "não" ou "sim" é muito melhor do que um "OK, se ..." ou "talvez". A clareza dos pais fazem com que as crianças sejam mais seguras. E lembre-se que as crianças adquirem hábitos televisivos observando os hábitos televisivos de seus pais.

Converse com seus filhos. Dialogue com seus filhos sobre bons hábitos de televisão, ensine-o a reconhecer uma programação criativa e instrutiva e a seus filhos a consciência do que eles escolhem para ver. Convide seus filhos para falar com você se eles assistem algo assustador, triste ou repugnante na televisão. Também é bom e importante para falar com as crianças sobre a preferência deles em programas divertidos e emocionantes.

Fale com outros pais É útil a troca de experiências com outros pais, o compartilhamento de experiências.

Assuma a responsabilidade! Não deixe que os heróis na TV e no cinema sejam os mais importantes modelos na vida de seus filhos. Seja visível, ouça com atenção quando eles contam sobre suas necessidades, medos, sonhos e interesses. Assim, você incentivará boas atitudes da parte deles por toda a vida.

Fonte: Barnevakten

Renan Calheiros, Carmen Lúcia e Vallisney de Souza Oliveira - "juizeco" e investigações da Lava Jato


Por Eliseu Antonio Gomes

O Magistrado Vallisney de Souza Oliveira, 51 anos de idade, titular da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, autorizou a Polícia Federal a deflagar a Operação Métis - a ação que prendeu o chefe de polícia legislativa do Senado e mais três agentes, dentro das dependências do Senado, na sexta-feira (21).

Renan Calheiros, presidente do Congresso Nacional, um dos investigados da Operação Lava Jato, reclamou duramente, criticando as prisões. Desferiu ofensa ao Meritíssimo Vallisley, chamando-o de “juizeco”, desqualificando-o por trabalhar na esfera de primeira instância. 

Deve ter sido uma grande surpresa para Renan ver que a Ministra Carmen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), maior autoridade do Judiciário no país, e presidente Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - órgão de controle dos tribunais - tenha saído em defesa do colega togado Vallisley: "Todas as vezes que um juiz é agredido, eu e cada um de nós juízes é agredido. E não há a menor necessidade de, numa convivência democrática, livre e harmônica, haver qualquer tipo de questionamento que não seja nos estreitos limites da constitucionalidade e da legalidade", afirmou ela.

Para Vallisley, são "gravíssimos" os indícios contra os policiais do Senado Federal. Eles são suspeitos de atrapalhar investigações da Operação Lava Jato, na qual parlamentares são investigados, por fazer varreduras em residências particulares de Senadores para identificar e destruir eventuais escutas telefônicas instaladas com autorização da Justiça. 

Renan é alvo de 11 inquéritos no Supremo. Veja alguns:

• Renan é denunciado no chamado “caso dos bois”, inquérito criminal 2593, em andamento no Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria-Geral da República o acusa de ter cometido três crimes: peculato (desvio de dinheiro público ou bem público por funcionário público), falsidade ideológica e uso de documento falso. Segundo o Ministério Público, ele apresentou documentos falsos para forjar uma renda com venda de gado em Alagoas e assim justificar seus gastos pessoais.
• Renan também é acusado, na denúncia apresentada pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de desviar R$ 44,8 mil do Senado, por meio da chamada verba indenizatória, benefício ao qual os parlamentares têm direito para cobrir despesas associadas ao mandato. A punição para esses três crimes é o pagamento de multa e prisão, que varia de cinco a 23 anos.
• A pensão da Mendes Júnior. O caso é o seguinte: o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pagava R$ 16,5 mil mensais à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha. A revista Veja, entre 2004 e 2006, publicou matérias sobre a relação de Renan com a empreiteira, que recebeu R$ 13,2 milhões em emendas parlamentares de Renan destinadas a uma obra – feita pela empresa – no porto de Maceió.
• Crime ambiental. Renan é denunciado no inquérito 3589. Como proprietário da Agropecuária Alagoas Ltda., é acusado pelo Ministério Público Federal de pavimentar ilegalmente, com paralelepípedos, uma estrada de 700 metros na estação ecológica Murici, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no município de Flexeiras, a 66 km de Maceió.
• Laranjas do rádio. Renan ainda tem o inquérito 2998, por tráfico de influência no Ministério das Comunicações. Trata-se da compra de emissoras de rádios em nome de laranjas.
• A cota das passagens aéreas. Renan é acusado de usar a cota de passagens aéreas do Senado para arcar com os custos de viagens feitas por três personagens acusados de atuarem como seus laranjas em empresas de comunicação e por um agricultor suspeito de fraudar a venda de gado, em Alagoas.
No último dia 4, o ministro do STF, Luiz Edson Fachin, liberou para julgamento no plenário da Corte a denúncia contra Renan Calheiros, apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR), que acusa o senador de arcar com as despesas de sua filha com a jornalista Mônica Veloso através de recursos da empreiteira Mendes Junior. Quem determina a data do julgamento da denúncia é, justamente, a ministra Carmem Lúcia. Caso essa denúncia seja aceita, Renan se tornaria réu.

Ação no STF, cujo objetivo é manter a preservação do sistema político nacional, que visa considerar inconstitucional que políticos réus em ações penais da própria Corte façam parte da linha sucessória da presidência da República, poderá atingir o presidente do Senado, Renan Calheiros, independentemente da data em que a determinação possa ser aprovada - ou de quando Renan vier a se tornar réu, se isso acontecer.

Além disso tudo, é possível que por essas ações, e outras, que tramitam no STF, o parlamentar corre o risco de perder o mandato e o posto de presidente do Senado, se em um desses casos for transformado em réu. A jurisprudência chama-se Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara de Deputados e ex-deputado federal, que foi afastado da presidência por determinação do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

E.A.G.

Por que as crianças veem televisão?


Por Bia Rosemberg 

Pense na televisão, por um momento, como uma geladeira que se enche de comidas e bebidas variadas. Salaminho, queijo e caqui em uma gaveta; alface, bife de fígado e pudim de chocolate, em outra; em cantos específicos, refrigerantes, panquecas congeladas e chuchu.

Poderíamos dizer que a mídia equivale a essa geladeira cheia de ofertas ao alcance dos dedos e dos olhos; programas vitaminados; com fibras naturais; com muito açúcar; programas salgados demais; alguns amargos; outros sem nenhum nutriente a não ser um sabor agradável, e assim por diante.

Um nutricionista sabe que alimentação deve ser equilibrada, moderando em itens como doces e gorduras. Ao planejar uma dieta, ela leva em consideração os nutrientes necessários ao desenvolvimento de uma criança. É assim que pode combinar, por exemplo, bife com puré de batatas e vagem com morango e chantilly.

Com a televisão é a mesma coisa. É importante fazer escolhas que agradem tanto ao paladar quanto ao desenvolvimento saudável da família. Se a metáfora de uma dieta nos serve é porque a TV pode ser pensada como como algo além de um cardápio de programas nocivos por natureza. Se tudo o que está na programação da TV fosse apenas um menu calórico e gorduroso, sobraria muito pouco a fazer além de desligar o televisor. É um gesto simbólico de reação à mídia, que agradaria muito a determinada crítica, intelectualmente popular, mas paralisante. Isto não seria nem razoável e nem factível, dada a importância que a TV assume na vida de seus consumidores.

Desde o começo da era da televisão, estudiosos, principalmente na Europa e na América do Norte, tentam entender o fenômeno. Por que as crianças (e os adultos, é claro) gostam tanto de assistir televisão? Quais as expectativas? Que sentimentos são despertados? Por que passamos tanto tempo em frente à telinha? Tenta-se entender os "usos" e "gratificações", para usar expressões típicas dos pesquisadores do ramo, que o público obtém por meio da mídia. Saber o que faz com que o espectador se sinta satisfeito com determinado programa e, portanto volte a assisti-lo, é importante tanto para quem produz  como para quem estuda a mídia ou tem filhos espectadores.

Os norte-americanos Barry Gunter e Jill McAleer não fizeram apenas uma única pesquisa. Eles reuniram no livro Children & Television os trabalhos realizados entre as décadas de 1950 e 1990 nos países do hemisfério norte. Cada uma dessas investigações tem a seu modo, certo mérito na difícil tentativa de compreender como as crianças se relacionam com o meio e por que assistem à televisão. Elas apresentam resultados obtidos por intermédio de metodologias que nem sempre têm pontos em comum. Mas, a partir desse conjunto de investigações distintas, podemos filtrar nove razões básicas, citadas pelas crianças pesquisadas, como motivadoras do ato de sentar-se à frente da telinha.

Os motivos, detalhados a seguir, não são excludentes entre si e, em geral, variam conforme o momento e o estado de espírito da criança. Observe se você se encaixa em algum dos tópicos listados. Procure perceber se há algum item que mais se adapta a seus filhos.

1. Passar o tempo / hábito de ligar o aparelho

É o motivo mais alegado pelas crianças. Em geral, é fruto de um hábito adquirido ao longo da vida. Na falta de uma atividade programada para fazer, ver televisão é provavelmente, a alternativa mais à mão. Não exige treinamento, planejamento, esforço ou equipamento especial.

2. Escapismo

A TV ajuda a matar a vontade de quem querr viver uma perigosa aventura ou um grande romance. O meio nos dá recursos para viver intensamento, sem levantarmos, como se diz, da poltrona. Filmes de aventura, romances, desenhos animados, vida animal e mil outros programas "nos tiram" da poltrona sem nenhum esforço ou movimento. Assim, literalmente, fugimos do dia-a-dia ao escapar para universos de fantasia que possuem fórmulas de entreter a audiência, embalando nossa atenção até o próximo intervalo.

3. Companhia

Uma situação comum é a de crianças que ficam em casa sozinhas. Às vezes, estão realmente desacompanhadas. Em outras, os adultos estão em casa, mas estão tão ocupados com suas tarefas que não dão atenção aos pequenos. O sentimento de solidão provocado pelo isolamento faz com que muitas crianças procurem na TV um companheiro.

4. Aprender sobre "as coisas"

Uma outra razão mencionada pelas crianças para ver televisão é que os programas são escolhidos porque ajudam a compreender como o mundo funciona. Há inúmeras informações sobre pessoas, lugares, músicas, comidas que as escolas não ensinam, mas a televisão sim. A criança, em fase de descoberta de como as coisas funcionam e se relacionam, se diverte enquanto aprende.

5. Aprender "sobre si mesmo"

Embora muitas crianças vejam televisão porque aprendem "sobre as coisas", ouras dizem que aprendem não sobre as coisas, mas sobre si mesmas. É surpreendente que pessoas de tão pouca idade percebam  esta utilidade na mídia. Quando questionadas sobre suas preferências, mencionaram programas de ficção e documentários. Em ambos os casos, a possibilidade de verem outras crianças na tela funciona como uma espécie de espelho. Ao verem refletidas, entendem melhor o que estão vivendo ou sentindo.

6. Tema de conversa

Na medida em que todo mundo assiste aos mesmos programas, a televisão se transforma em um mundo comum de conferências para crianças, adolescentes e adultos. Do ponto de vista infantil, quem não acompanha as exibições televisivas fica "por fora", sem poder participar das conversas e das brincadeiras que usam a mídia como base.

7. Babá eletrônica

Esta razão é a mais mencionada pelos adultos desde os primórdios da televisão, nos Estados Unidos, em 1948, e no Brasil de 1950. Usar a mídia como babá eletrônica é um ato tão comum que a expressão até faz parte do nosso vocabulário cotidiano. Quando estamos ocupados ou cansados de inventar diversões e entretenimentos, quando a criança já tomou banho, leu livros, já brincou como o seu brinquedo preferido, e todas as alternativas foram esgotadas, ligamos a televisão. Se possível, localizamos algum programa colorido e movimentado, e "depositamos" o filho ou a filha na frene do aparelho. As crianças ficam quietas, entretidas, controladas e os adultos podem se ocupar de outras coisas.

8. O prazer da fantasia

A fantasia tem uma função muito importante no desenvolvimento da criança. No plano da fantasia, meninos e meninas têm a oportunidade de experimentar situações correspondentes à realidade, com personagens e histórias. Aprendem a lidar com os problemas dos outros, familiarizam-se com o fato de que existem eventos em sequência e embora os heróis tenham de enfrentar muitos obstáculos, em geral o final pode ser feliz, o que é outra maneira de dizer que a criança pode confiar no futuro.

Nesse sentido, a televisão, assim como outras formas de histórias (livros, histórias noturnas etc), abre espaço para a criança recriar realidades e usar a imaginação ativamente, sem correr os riscos da vida real,

9. Estímulo emocional

Um outro item mencionado por muitas crianças é que assistir a certos programas de TV "dá medo", "faz chorar" ou as deixa "nervosas" querendo saber o que "o que vai acontecer". Assim como os adultos, as crianças gostam de se sentir estimuladas por desafios e emoções. Vivenciar uma aventura, um perigo ou um mistério pode ser gratificante.

Porém, cada pessoa tem seu limiar confortável de estímulo. Para alguns, andar numa montanha-russa é um pesadelo. Para outros, um grande prazer. A mesma situação se repete com a TV. Geralmente, as crianças escolhem programas nos quais o estímulo é sentido como seguro, dentro dos limites, com a possibilidade de trocar de canal ou desligar o aparelho, se a emoção se tornar perturbadora.

__________

Pelo tempo que fica vendo TV, uma criança brasileira, ao atingir dezessete anos, terá passado quase quatro anos de sua vida diante da telinha. Por isso é que os pais questionam tanto o efeito da televisão no desenvolvimento de seus filhos. A TV é uma babá confiável? Ela estimula o consumismo. Ela prejudica o rendimento escolar? Uma boa notícia: programas de televisão podem ser aliados no processo de aprendizagem, sim. Este livro mostra o que pais e educadores podem fazer para modificar o papel da televisão na vida das crianças e jovens.

Fonte: A TV que seu filho vê - Como usar a televisão no desenvolvimento da criança, Bia Rosemberg, capítulo 1, resumidamente, texto da contracapa, edição 2008, São Paulo - SP - www.pandabooks.com.br  

Eis que Deus manda dizer para você...

Leia a Bíblia Sagrada.


As coisas preparadas por Deus aos que o amam


"Porém, como dizem as Escrituras Sagradas: “O que ninguém nunca viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso o que Deus preparou para aqueles que o amam” - 1 Coríntios 2.9 (NTLH).

Menina com os olhos tapados.






sexta-feira, 28 de outubro de 2016

EBD: 1º trimestre de 2017 (CPAD): As Obras da Carne e Fruto do Espírito - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Comentarista: Osiel Gomes


Lição Bíblica da CPAD produzida ao primeiro trimestre de 2017, com comentário de Osiel Gomes.
A editora Casa Publicadora das Assembleias de Deus apresentou a capa, de muito bom gosto, e o tema, importantíssimo, do 1º trimestre de 2017 da Revista Lições Bíblicas - Adultos.

Assunto: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pastor. Osiel Gomes.

Sumário de subsídios, clique nos temas e confira o que há preparado:

Lição 5 - Paz de Deus: Antídoto contra as Inimizades
Lição 6 - Paciência: Evitando as Dissensões
Lição 7 - Benignidade: um Escudo Protetor contra as Porfias
Lição 8 - A Bondade que Confere Vida
Lição 9 - Fidelidade, Firmes na Fé
Lição 11 - Vivendo de Forma Moderada
Lição 12 - Quem Ama Cumpre plenamente a Lei Divina
Lição 13 - Uma Vida de Frutificação

E.A.G.

As consequências das escolhas precipitadas


EBD - Revista Lições Bíblicas Adultos - 4º quarto trimestre de 2016 - CPAD - O Deus de toda provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio as crises. Comentarista: Elienai Cabral. Lição-5: As-consequências das escolhas precipitadas.
Por Eliseu Antonio Gomes

O livre-arbítrio é um presente de Deus ao ser humano, pois este foi criado de maneira autônoma, de modo que Deus jamais permitiria que vivesse sem autonomia. Embora dotado de livre-arbítrio, um dom de Deus, o ser humano fez e continua a praticar o mau uso daquilo que deveria ser para a glóriia de Deus.

1. É necessário ter cuidado com as decisões.

Você pede a orientação de Deus antes de fazer suas escolhas? Então terá facilidades em conduzir sua vida.

Muito das nossas decisões tem a ver com a questão da vontade, a nossa vontade e o confronto com a vontade de Deus. Todos queremos fazer a vontade de Deus, mas sabemos que fazer a vontade de Deus, quase sem exceção, envolve mudanças, riscos, ajustes, decepções, sucessos e às vezes fracassos.

Não sejamos apressados em nossas decisões, precipitar-se produz crises econômicas, prejuízos irreparáveis em nossa vida espiritual, erros de difícil reparação.

2. Abraão, Ló e as planícies do Jordão 

O caminho que Abraão teria que percorrer não era sem as dificuldades próprias que surgem na caminhada, mas seria uma viagem sob a égide de Deus, e o patriarca não teria o que temer, porque Deus cuidaria dele e tudo o quanto possuía.

Deus disse a Abraão que deixasse sua parentela e fosse para Canaã. Entretanto, Abraão se deixou dominar pelo sentimentalismo familiar e permitiu que seus parentes interferissem na caminhada traçada por Deus para a "Terra Prometida". O patriarca levou consigo o seu sobrinho Ló.

Logo, fez-se necessário a separação de Abraão e Ló, para assegurar as bênçãos materiais e espirituais prometidas por Deus a Abraão. Os rebanhos de Abraão e seu sobrinho cresceram bastante. Com isso, compartilhar pasto e água passou a gerar conflitos familiares. Assim, Deus convida Abraão a peregrinar por toda a terra e declara: "toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre" (Gênesis 13.14-18).

3. É preciso entender que Ló foi atraído por aquilo que viu.

Ló, sobrinho de Abraão é um exemplo de prosperidade e perdas, é um modelo bíblico das consequências de atitudes baseadas na falta de paciência. Ao se separar de seu tio, escolheu ir para Sodoma, uma direção que a seus olhos parecia ser o melhor destino, sem consultar a vontade do Senhor, sem honrar Abraão, o chefe do clã.

A grande falha de Ló foi amar as vantagens pessoais, mais do que abominar a iniquidade de Sodoma. Ele teve pressa em decidir o caminho que queria seguir porque foi seduzido pelo seu olhar. Viu somente a campina bem regada de Sodoma, mas Deus enxergava com toda nitidez os habitantes daquela cidade como "grandes pecadores" que eram (Gênesis 13.10; 1 Samuel 16.7). Talvez tenha raciocinado que as vantagens materiais, a cultura e os prazeres de Sodoma compensariam os perigos, e que ele possuía estruturas espirituais suficientes para permanecer fiel a Deus. Com isso em mente, juntamente com sua família, ficaram expostos à imoralidade e à impiedade de Sodoma. Só após o castigo do Altíssimo, ele aprendeu  a amarga lição de que sua família não era forte o suficiente para resistir às influências malignas daquela sociedade.

A tradição localiza Sodoma no limite sul do Mar Morto. A devastação e esterilidade fornecem um depoimento do julgamento pelo "fogo e enxofre", que este local sofreu. Indícios geológicos nessa região de formação de sal, asfalto, enxofre e petróleo confirmam o registro bíblico. A parte oeste da região está dentro das fronteiras da moderna Israel. A cidade de Sidom funciona como um resort de saúde e um campo de repouso. Uma montanha peculiar, quase exclusivamente de puro sal identifica Sodoma, e os guias locais referem-se a ela como a "mulher de Ló".

Conclusão

Ló ao deixar de aborrecer o mal, trouxe morte e tragédia a sua própria família. Devemos aprender com as Escrituras que qualquer decisão importante que tomamos, não devemos fazê-la debaixo de pressão ou precipitadamente, pois é um grande mal que precisa ser evitado.

O crente não pode agir sem pensar, e acima de tudo sem oração, pois Deus conhece todas as coisas. Ele sabe aquilo que é melhor. Quando nos precipitamos não raciocinamos bem, não damos lugar ao bom senso, deixamos de andar por fé, andamos guiados pela vista. Quem tem a mente de Cristo, deve sempre manter os pés no chão, pedir orientação e aguardar o calor dos acontecimentos passarem.

Os pais de família devem tomar cuidado para não se embaraçarem como se embaraçou à família de Ló. Evitar que a pressa e a cobiça das coisas desse mundo tragam prejuízos ao seu lar, que faça sua esposa, ou esposo, e seus filhos padecerem. Existem diversas "Sodomas" nos tempos atuais, capazes de arruinarem espiritualmente o lar cristão.

E.A.G.

Compilações:
Lições Bíblicas - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 35-40, Rio de Janeiro (CPAD). 
Ensinador Cristão, ano 17, nº 68, outubro - dezembro de 2016, página 38, Rio de Janeiro (CPAD).
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 1ª edição 2016, páginaS 52-54, Rio de Janeiro (CPAD). 

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Não desanime


Lâmpada acesa em plena escuridão.
Jó havia perdido a saúde, os seus bens e os seus filhos. Tudo já estava tão ruim que parecia não ter como piorar mais, então, a sua esposa aproximou-se e disse-lhe: "Amaldiçoe o seu Deus e morra!"

Naquela situação péssima em que estava, a dose de desânimo da sua companheira foi rejeitada por ele, que manteve sua fé intacta. Resposta: "Mulher, eu sei que o meu Redentor está vivo!"

E o resultado deste comportamento positivo, a espera da redenção do Senhor, estando em meio às negatividades de sua cônjuge e de "amigos-da-onça", pode ser constatado ao final do livro de Jó. No último capítulo encontramos o relato de como ele experimentou a superação de todos os males que o afligiram.

Não se deixe abater pela indiferença daqueles que não se importam com você e a situação difícil, que talvez esteja experimentando agora. Olhe para Jesus! Leia e medite no capítulo 42 do livro de Jó, sabendo que você é muito importante para Deus.

Não desanime na primeira tentativa fracassada.

E.A.G.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Filmes bíblicos versus Bíblia

Por Neiva Silva

"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" - 2 Timóteo 3.16.

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Quem não gosta de assistir um bom filme com histórias bíblicas? Eu sempre apreciei, mas no decorrer de alguns filmes assistidos, percebi que muitas situações encenadas à obra cinematográfica não estão escritas na Bíblia.

Pois é, muitos produtores ao apresentarem filmes, dizendo que estão baseados em histórias da Bíblia, criam algo à mais encima do relato bíblico. com a desculpa da haver necessidade de complementar as cenas. Eles chamam tais adaptações de "licença poética".

Segundo a Wikipédia, “a licença poética é permitida para que o escritor tenha toda a liberdade para manipular as palavras, para que ele possa transmitir tudo o que pensa ao leitor.”

Então, sempre que assistirmos algum "filme bíblico", devemos avaliá-lo do ponto de vista cristão. Não devemos tirar conclusões precipitadas de coisas representadas. Precisamos observar atentamente, com a finalidade de certificar se as cenas são fiéis às páginas das Escrituras ou se elas apenas se constituem numa peça de ficção. Não podemos aceitar tudo que é oferecido como produções fiéis aos Textos Sagrados sem fazer apuração séria. E nem tão pouco nos deixar influenciar por qualquer obra apresentada em sessões de televisão ou de cinema.

Os cristãos que estão acostumadas a ler a Palavra de Deus possuem o entendimento da necessidade de se fazer a comparação entre o que há registrado na Bíblia e os conteúdos das artes cinematográficas. Recebi um relato sobre algumas pessoas que dizem acreditar que cenas criadas com a tal "licença poética" são extraídas da Bíblia sem alterações ou adições. Elas estão muito confusas. Para não sermos confundidos, precisamos usar nosso tempo manuseando a Bíblia, não deixá-la aberta sobre a estante da sala de estar.

No Salmo 1, aprendemos que necessitamos ter prazer na lei do Senhor e nela meditar dia e noite. O Senhor diz assim em Oséias 4;6: “Eis que o meu povo está sendo arruinado porque lhe falta conhecimento da Palavra”.

Deus chama os povos que estão longe para permanecer perto, os que ainda não são seu povo para que seja seu povo. “Deem ouvidos e venham a mim; ouçam-me, para que sua alma viva" - Isaías 55.3 a.

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E aos que já são seu povo Ele diz: “Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, o meu próprio". “Sê sábio, filho meu, e alegra o meu coração, para que tenha alguma coisa que responder àquele que me desprezar" -  Provérbios 23.15; 27.11.

Para o nosso bem-estar espiritual, temos que agir como agia o povo de Beréia, conferir sempre na Bíblia o que se diz ser parte dela, se o que é dito é de fato verdadeiro. Só agindo assim é que obtermos a real possibilidade de andarmos sob a luz verdadeira. "Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo". Atos 17.11.

Algo que nós, como membros do Corpo de Cristo, não podemos permitir que aconteça em nosso coração é o desprezo pelas Escrituras Sagradas, pois deixando de examiná-la ficaremos atrapalhados, perante os enganos desse mundo, que por  jazer no maligno, não propaga a mensagem divina do modo como ela realmente é.

O salmista escreveu assim: "Em ti, Senhor, me refugio; nunca seja eu confundido". Salmos 71.1. 

Por meio da Palavra, sabemos qual é a vontade de Deus para as nossas vidas. Ela é viva e eficaz. O Espírito Santo inspirou-a e através dela nos guia em toda a verdade. E conhecendo-a e obedecendo-a, Ele testifica em nosso espírito que somos filhos de Deus. E, por agora sermos filhos de Deus, honremos o compromisso com a Palavra da Verdade.
__________

Notas:

Noé (Noah) EUA. 2014. O ator Russell Crowe interpreta um Noé que toma várias decisões que a Bíblia Sagrada não relata que o patriarca bíblico tenha tomado. Filme distribuído pela Paramount Pictures. Dirigido por Darren Aronofsky. Roteiro escrito por Darren Aronofsky e Ari Handel.

Os Dez Mandamentos, produção da Rede Record de Televisão. Exibida nos televisores do Brasil de março de 2015 a julho de 2016, com alto prestígio da audiência. Após este período, migrou aos cinemas com muito sucesso de bilheteria. Criação e autoria de roteiro: Vivian de Oliveira. Diretor principal: Alexandre Avancini. Música-tema de abertura: Tigres; compositor do tema: Daniel Figueiredo. Destaques do elenco: Moisés (Guilherme Winter); faraó Ramsés (Sérgio Marone); Arão (Petrônio Gontijo); Miriã (Larissa Maciel / Isabela Koppel / Ariela Massoti ); Zípora (Gisele Itié); e Joquebede (Denise Del Vecchio). O enredo possui inúmeras situações inexistentes na Bíblia.

Artigo publicado no Belverede com adaptações do Editor.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A superstição difama o caráter de Deus


"Não se deve brincar com a superstição, pois é uma forma de difamação do caráter de Deus; Essa crença presume, inconscientemente, que o Altíssimo é fraco, e não tem poder para controlar tudo. Temor a demônios e a combinações de números ou a certos dias, estrelas e constelações e certos padrões estelares presumem que o Altíssimo criara uma força irresistível nesse mundo, a qual, Ele mesmo, não pode controlar. O Universo seria grande demais para o Senhor, onde se moveria apressadamente daqui para ali, tentando nervosamente controlá-lo."

A. W. Tozer, Os Perigos de Uma Fé Superficial, página 145, edição 2014, Rio de Janeiro (Graça Editorial). 

domingo, 16 de outubro de 2016

A providência de Deus no Monte do Sacrifício


Por Eliseu Antonio Gomes

Os itens estruturais da história expostos em Gênesis 22.1-19, são: o cenário (versículo 1); a ordem divina (versículo 2); o ato de obediência (3-10); e a bênção resultante por obedecer (11-19).

Nós encontramos nesta passagem bíblica experiências extraordinárias. O relato alcança aos limites  mais extremos da certeza que o crente tem, de que Deus ao penhorar sua palavra é sempre fiel, mesmo quando dá ordens que parecem destruir a evidência de que suas promessas estão sendo cumpridas

O monte Moriá. Moriá é um nome que possui poucas ocorrências no Antigo Testamento. As referências bíblicas, são as seguintes: Gênesis, capítulo 22: 2 Samuel 24.18-25; e, 2 Crônicas 3.1-2. Tais referências apresentam a prova fé de Abraão, situa o lugar em que estava localizada a eira de Ornã, o jebuseu, e aponta a localidade onde Deus apareceu a Davi, e esta mesma área especificada como o lugar em que houve a construção do Templo de Salomão.

A obediência de Abraão e a provisão no monte Moriá. "Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado" - Gênesis 22.1-3 (ARA).

Para a maioria dos leitores do Antigo Testamento, o relato de que Deus ordenou a Abraão que levasse seu filho, Isaque, à região de Moriá e que ali o oferecesse como oferta queimada sobre uma das colinas, é uma situação difícil de se pensar.

A tradução "tentou" (versículo 1, na Almeida Revista e Corrigida) cria desorientação, pois tal expressão induz para um pensamento negativo, trazendo à tona as perguntas: Deus estava estimulando Abraão a praticar pecado? Deus desejava provocar mágoa e tristeza no coração do patriarca?

A palavra hebraica, traduzida ao idioma português como "tentou" é "nissah", que significa “colocar em prova”. Neste episódio de Abraão e Isaque no monte Moriá, Deus testava a lealdade espiritual de Abraão, ao apontar para a vida física de Isaque, a quem o patriarca tanto amava.

Com certeza a caminhada rumo ao holocausto foi tensa para Abraão, ele percorreu três dias de viagem, quilômetros após quilômetros carregando um vaso que continha brasas para o fogo do holocausto e conduzindo o animal de carga que levava a lenha.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos crentes da igreja em Corinto, declarou que Deus não permite que o cristãos sofra tentação maior do que a sua capacidade de suportá-la. Deus nos ama e por cauda deste amor, nos protege (1 Coríntios 10.13).

Um altar é erguido no monte do sacrifício. "Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos" - Gênesis 22.6 (ARA).

Havia aspectos desta situação que eram racionalmente inexplicáveis. Uma comunidade pagã justificaria o sacrifício humano dizendo que a vida dos sacrificados servia para fortalecer os deuses da comunidade em tempos de adversidade severa. Mas não havia semelhante adversidade na vida de Abraão ou do seu clã.

A obediência de Isaque e a provisão no monte do sacrifício. "Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho" - Gênesis 22.9-10 (ARA).

Os leitores da Bíblia são pegos pela grande agonia de Abraão, que silenciosamente deixa o acampamento, sem revelar para a mãe de Isaque, gerado em sua extrema velhice, a ordem que recebeu da parte de Deus. Como um ato assim contribuiria para o bem-estar mental e emocional de Sara? Também, seria muito difícil dizer sobre isso aos seus servos. Com certeza, por estes motivos, Abraão seguiu ao monte Moriá sem contar a ninguém o motivo da viagem.

Matar Isaque não seria de nenhum proveito óbvio para a vida de Abraão, do rapaz ou da vida coletiva do clã que o patriarca liderava. Inclusive, tal sacrifício contradizia as promessas de Deus. A base lógica do atentado não seria entendida facilmente pelos outros, pois tal ordem não refletia a natureza moral do Deus de Abraão.

O cordeiro substituto no monte do sacrifício. "Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui! Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho" - Gênesis 22.13, 14 (ARA).

A dor e a fé de Abraão são indescritíveis. Sem explicar o que ocorria, ele foi capaz de dizer aos seus servos: "Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós". Em seguida, ao ouvir a pergunta de Isaque: "Onde está o cordeiro para o holocausto?", manteve-se firme em sua fé e pôde responder: "Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto" (versículos 5, 7).

Quando os detalhes da construção do altar estavam meticulosamente realizados, os pulsos e tornozelos de Isaque amarrados, então Isaque foi posto sobre a pira. Quais eram os pensamentos amedrontados do rapaz, no iminente  ato final de seu pai, ao apanhar o cutelo, a faca do sacrifício, erguer o braço, pronto para desferir o golpe fatal? (Versículo 10).

"Quando é que Deus vai providenciar um cordeiro?" - talvez tenham perguntado para si mesmos. O sofrimento de entrega sincera de Abraão se desmanchou em alívio ao ouvir o brado do Senhor pedindo-lhe que não sacrificasse Isaque.

A bênção de Deus no monte do sacrifício. "Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a Abraão e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz" - Gênesis 22.15-18.

Para Abraão, após sua prova de fé e a providencial intervenção divina em seu favor e de seu filho, o monte Moriá passou a ser considerado um novo lugar. Honrando a manifestação da graça de Deus na hora da provação, o patriarca mudou o nome lugar, passando a chamá-lo de Jeová-Jiré, que significa “o Senhor vê e proverá" (versículo 14).

Com certeza, a volta de Abraão e Isaque para casa foi bem diferente da viagem rumo ao monte!

A fé do patriarca, as provisões de Deus no monte Moriá e na cruz do calvário. "Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou" - Hebreus 11.17-19.

Abraão enfrentou a ameaça devastadora da morte de Isaque e venceu seu poder pela confiança plena na integridade de Deus. O escritor da Carta aos Hebreus nos revela que o patriarca, impulsionado por uma fé gigantesca no Deus de toda provisão, dentro de seu coração alimentava a esperança da ressurreição de seu filho, caso seu filho fosse sacrificado.

Neste episódio de Abraão e Isaque no monte Moriá, Deus demonstrou claramente que o que Ele realmente desejava era observar a inteireza de coração do patriarca, e a rendição às suas ordens, e não o derramamento de sangue humano. E por causa desse desejo, Deus enviou Jesus Cristo, como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas receba a vida eterna; e desde então. toda pessoa que invocar o nome do Senhor tem condições de ser salva (João 1.29; 3-16; Romanos 10.12-13).

A vida em Cristo Jesus. O grande compromisso da vida cristã feliz encontra-se em submeter-se inteiramente a Deus. O crente está sob solene obrigação para com seu Deus, para com seu próximo e para consigo mesmo.

• Para com Deus por causa das obras divinas na criação e na redenção;
• Para com o seu próximo porque, sem Cristo, aquele vizinho perecerá eternamente, se não evangelizado;
• Para consigo mesmo porque um dia todos comparecerão diante do Tribunal de Cristo e a vida de todos serão passadas em revista. 

Portanto, cabe ao crente atender sua tríplice responsabilidade da melhor maneira possível Se viver exclusivamente para si mesmo, ele será miserável nesta vida e sofrerá prejuízo na próxima. Mas se viver para o bem geral do seu vizinho, anunciando o Evangelho, terá realizado uma bondade real porque o que os homens realmente precisam é de Cristo e sem Ele perecerão eternamente.

Conclusão

Quando o crente entrega a sua vida inteiramente ao Senhor, age da melhor maneira possível que alguém possa agir, pois a sua pessoa, que ama a Deus acima de tudo, ajudará necessariamente a humanidade por meio da proclamação do Evangelho e estará, consequentemente, antes de servir ao próximo, serve aos seus próprios interesses. Isto é assim pelo fato de que ao servir com fidelidade a Deus, simultaneamente semeia sua felicidade no presente e conquista os seus galardões no futuro.

O grande segredo de uma vida cristã feliz encontra-se na disposição de obedecer a Deus, tal qual fez o patriarca Abraão.

E.A.G.

Compilações:
Comentário Bíblico Beacon, Gênesis a Deuteronômio, volume I, página 72-73, 4ª impressão 2012, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 33, Rio de Janeiro (CPAD). 
O Novo Dicionário da Bíblia, volume página 1073, 4ª edição 1981, São Paulo (Edições Vida Nova).
Pensa no teu futuro, William MacDonald, página 41, 2ª edição brasileira 2005, Ourinhos / SP (Edições Cristãs).

sábado, 15 de outubro de 2016

15 de Outubro: o dia do professor brasileiro


A classe de professores deveria ser honrada, mais do que todas as outras classes profissionais.

“Professor é profissão. Educador é missão" – Salomão Becker.

No Brasil, hoje, 15 de outubro, é celebrado o Dia do Professor. Esta data foi escolhida para a celebração porque coincide com o decreto imperial de Dom Pedro I, que em 15 de outubro de 1827, criou o Ensino Elementar e a obrigatoriedade de que se construíssem escolas em todos os cantos do nosso país. A data só passou a ser usada para comemoração aos professores em 1947, na escola Caetano de Campos, Rua Augusta, nº 1520, uma pequena escola paulistana. A celebração só foi estendida para todo o Brasil em 14 de outubro de 1963, quando ocorreu a promulgação do Decreto Federal 52.682, oficializando que o dia 15 de outubro seria um feriado escolar com vista a render homenagens aos profissionais do ensino.

A categoria de professores deveria ser honrada, mais do que todos as outros grupos capacitados em outras áreas de trabalho.

Defendo a tese que deveria ser assim porque é o pedagogo que forma outro pedagogo, que prepara o cidadão que vem a ser o cirurgião, o odontologista, o advogado, o arquiteto, o bombeiro, o engenheiro agrônomo, o economista, o farmacêutico, o fonoaudiólogo, o jornalista, o artista dos palcos, o instrutor de trânsito, o zootecnista e tantos outros meios de trabalho honesto que pessoas decentes encontram para sobreviver e, ao mesmo tempo, ser uteis para nossa sociedade.

Escrevi o óbvio, mas creio que fiz isso necessariamente, pois tamanha obviedade passa despercebida para tantos entre nós. Caso esta evidência fosse realmente perceptível, os mestres brasileiros seriam mais valorizados que jogadores e jogadoras de futebol, cantores e cantoras da música sertaneja. atores e atrizes de novelas e cinema.

Logicamente, os esportistas, gente do canto e das artes cênicas, têm sua valia. Porém, por questão da obviedade acima exposta, os especialistas do ensino merecem o reconhecimento de maior importância e relevância entre o povo brasileiro e em todas as comunidades existentes ao redor do mundo.

Parabéns aos cidadãos e cidadãs que escolheram como profissão o exercício da pedagogia.

E.A.G.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Crentes afortunados - segunda parte da reflexão: Mateus 6.31


A referência bíblica Mateus 6.31 nos mostra a lição de Jesus Cristo sobre prioridades, Jesus recomenda buscar primeiro o Reino de Deus. Vamos enfatizar: primeiro, porque não é da vontade do Senhor que busquemos apenas o Reino de Deus, devemos buscar, também “as outras coisas”.

Temos que buscar o bem da nossa alma, buscar bem do nosso corpo, e bem das nossas finanças. E para buscar essas “outras coisas”, a Bíblia exorta que tudo seja feito em nome do Senhor e para a glória do Senhor. Vejam Colossenses 3.17: “E, tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai".

Não é claro para muitas pessoas cristãs como podemos definir o vocábulo “prosperidade” na Bíblia Sagrada. Elas pensam que é a mesma definição que encontramos no mundo, que descreve o termo como o acúmulo de muito dinheiro. Ser próspero para Deus não é assim, porque o dinheiro não é resposta para tudo. Aliás, em muitos casos traz tristezas.

Ter uma fortuna neste mundo não é o mesmo que possuir a prosperidade que Deus oferece. Embora, na maior parte das vezes, o grande volume de dinheiro traga pompa, luxo e muitas regalias, jamais comprará a alegria de espírito e a paz do Senhor. Belos carros, joias que possuem as marcas mais desejadas, viagens ao redor do mundo, não são capazes de fazer a criatura ser amiga de seu Criador.

A prosperidade que Deus dá é mais rica, incomparavelmente mais poderosa do que a prosperidade oferecida pelo mundo. Pela ótica espiritual, ter prosperidade é estar próximo de Deus, gozar da paz com o Criador de todas as coisas, ser amigo do Dono de toda prata e todo o ouro e ter a capacidade de declarar tal qual o salmista “o Senhor é a minha porção na terra dos viventes” (Salmos 142.5).

A aproximação com Deus só é possível quando a pessoa se reconhece como pecadora, ser alguém carente da salvação que Deus oferece, através do sacrifício de Cristo na cruz. Ao reconhecer a condição lamentável da vida em pecado e decidir arrepender-se, para viver de acordo com a vontade do Pai celestial, a pessoa arrependida alcança a verdadeira prosperidade criada pelo Senhor.

A prosperidade de Deus é independente do saldo bancário. Uma pessoa com poucos recursos financeiros pode gozar da prosperidade dada por Deus, e, sendo próspera, viver em estabilidade financeira, estabilidade emocional, estabilidade espiritual. Esta condição faz com que ela seja plenamente feliz – algo que dinheiro algum pode comprar.

Há uma frase popular que diz o seguinte: “Aquela pessoa é tão pobre que só tem alguns milhões em dinheiro”.

Entretanto, quem possui as riquezas deste mundo também poderá viver a prosperidade de Deus, pois Deus não faz acepção de pessoas. Para tanto, os bilionários deste mundo devem receber a Cristo como Senhor e Salvador, recebê-lo com toda sinceridade de coração, “dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (Efésios 5.20).

E.A.G.

Crentes afortunados


Em toda postagem contendo o assunto o uso de dinheiro por cristãos evangélicos, antes de tudo o mais, esclareço que não sou adepto da tal Teologia da Prosperidade.

Faço esta publicação com a necessidade de lembar que as Escrituras Sagradas nos falam de bênçãos materiais. No texto de Efésios 1.3, lemos que o crente é abençoado com bênção espiritual em Cristo Jesus; é necessário lembrar que alguns pregadores, ao explanar sobre Efésios 1.3, interpretam esta passagem alegando que Deus pouco se importa conosco enquanto carne e ossos, se sofremos ou não com escassez e doenças geradas pela falta do que comer.

Reflitamos. Toda bênção que Deus nos dá é espiritual e tem origem espiritual, mesmo que se manifeste em nossas vidas no plano material ou físico. Afinal, Deus é espírito (João 4.24)!

Também, preciso dizer que Deus nos fez seres tricotômicos. Somos seres compostos de três partes: espírito, alma e corpo. E como Ele nos ama, quer o nosso bem-estar completo. Jesus morreu por nós para nos salvar por inteiro, e não apenas no espírito, desprezando o bem-estar da alma e do corpo. E assim sendo, devemos esperar que as bênçãos do Senhor também alcancem a nossa esfera física e econômica.

Veementemente, refutemos aquela doutrina franciscana que apregoa que santidade está aliada com pobreza e ensina que riqueza é maldição. E nunca esqueçamos que o crente deve amar o Abençoador e não, tão-somente, as suas bênçãos.

Que o alerta do apóstolo Paulo não seja desprezado: tomemos cuidado com o desejo de enriquecer, porque este desejo atrai laços, tentações e atos loucos (2 Timóteo 6.9).

Tudo isto escrito aqui, nada tem a ver com essa tal Teologia da Prosperidade. Todo pregador que tem compromisso com Deus e amor pelas almas, estuda este assunto com carinho e repassa aos cristãos a Bíblia como ela é.

E.A.G.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Qual o significado para a Igreja, hoje, da festa do pentecoste?

Desde que a experiência do falar em outras línguas, de modo sobrenatural, começou a ser fenômeno comum em alguns grupos cristãos tradicionais, tem havido muita reação por parte dos conservadores, que não aceitam como algo normal para a atualidade, fazendo com que este assunto seja um dos mais controversos no seio da cristandade evangélica, apesar de ler nas Escrituras Sagradas que isso era algo experimentado na Igreja Primitiva.

Desde que a experiência do falar em outras línguas, de modo sobrenatural, começou a ser fenômeno comum em alguns grupos cristãos tradicionais, tem havido muita reação por parte dos conservadores, que não aceitam como algo normal para a atualidade, fazendo com que este assunto seja um dos mais controversos no seio da cristandade evangélica, apesar de ler nas Escrituras Sagradas que isso era algo experimentado na Igreja Primitiva.

Antes de qualquer explicação sobre o povo pentecostal e suas práticas, é importante ponderar na relação existente entre o Espírito Santo e o termo "Pentecostes". A maioria dos pentecostais sabe que esta palavra é de origem grega, cujo significado é "cinquenta", pelo fato deste evento ocorrer cinquenta dias após a Páscoa. Os outros nomes da cerimônia, são: festa dos primeiros frutos ou das primícias. O evento tratava-se de uma das sete festas comemoradas pelos judeus, sendo a quarta delas. As festas eram; Festa da Páscoa; Festa dos Pães Asmos; Festas das Primícias; Festa do Pentecostes; Festa das Trombetas; Expiação e Tabernáculos.

Sobre o Pentecostes no Antigo Testamento a respeito: "Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia imediato ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então, trareis nova oferta de manjares ao SENHOR. Das vossas moradas trareis dois pães para serem movidos; de duas dízimas de um efa de farinha serão; levedados se cozerão; são primícias ao SENHOR. Com o pão oferecereis sete cordeiros sem defeito de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão ao SENHOR, com a sua oferta de manjares e as suas libações, por oferta queimada de aroma agradável ao SENHOR. Também oferecereis um bode, para oferta pelo pecado, e dois cordeiros de um ano, por oferta pacífica. Então, o sacerdote os moverá, com o pão das primícias, por oferta movida perante o SENHOR, com os dois cordeiros; santos serão ao SENHOR, para o uso do sacerdote. No mesmo dia, se proclamará que tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis; é estatuto perpétuo em todas as vossas moradas, pelas vossas gerações" - Levíticos 23.15-21.

Os sete cordeiros significavam uma oferta perfeita, total e voluntária; o novilho é o símbolo da mansidão e do serviço; e os dois carneiros uma maior convicção do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz do Calvário.

Como o Espírito Santo desceu sobre os quase 120 irmãos que aguardavam a sua vinda, segundo a promessa feita por Jesus, no dia em que a cidade de Jerusalém comemorava o Dia de Pentecostes, tal acontecimento ganhou este apelido, identificando-se com ele apenas no calendário (Lucas 24.49; Atos 1.8; 2.1, 4). Assim, a partir do Novo Testamento, Pentecostes passou a significar  unção, capacitação, poder.

O termo mais apropriado para definir os pentecostais seria "carismáticos", por acreditarem na atualidade dos dons do Espírito Santo. Contudo, o termo já foi consagrado pelo uso, buscados e experimentados pelos "pentecostais" desde o dia em, atendendo à pregação de Pedro, houve a primeira colheira de almas para Cristo, quando três mil pessoas se converteram.

Jesus foi ungido com poder para o desempenho de sua missão, conforme anunciou o profeta: "O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram" - Isaías 61.1-2.

E.A.G.

Artigo contendo extratos resumidos, de:
Mais de 201 Respostas para o seu Enriquecimento Espiritual e Cultural, Abraão de Almeida, páginas 151 e 152, 1ª edição 2014, Rio de Janeiro (CPAD).
Teologia para Pentecostais, volume 2, Walter Brunelli, páginas 221-223, 1ª edição 2016, Rio de Janeiro, Central Gospel.

domingo, 9 de outubro de 2016

Abraão, a esperança do pai da fé

 Abraão, a esperança do pai da fé
Na cronologia histórica de Gênesis, nos capítulos 1 ao 11, temos o relato da criação da Terra e  a criação do ser humano. Esses onze capítulos são vitais para entender o restante da Bíblia. Da Criação ao Dilúvio, as datas aproximadas envolvem os anos 3975-2319 a.C.; e do Dilúvio até a Era Patriarcal, temos os anos 2319-1967 a.C.

Abraão, o patriarca da fé, cujo nome Deus mudou mais tarde para Abraão, nasceu em uma dos mais fabulosos povoamentos do mundo antigo, Ur dos Caldeus, ao sul da Mesopotâmia. Nos dias de Abrão, Ur dos Caldeus, era o centro de uma rica cultura, lugar que ostentava uma arquitetura monumental, possuía enorme riqueza, moradias confortáveis, música e arte. A cidade, localizada ao longo do rio Eufrates, desempenhava um papel pequeno na história do Antigo Testamento, entretanto, era muito considerável. 

Abrão sob vocação e promessa

Gênesis capítulo 12 relata o início da nação de Israel, por intermédio da vida do patriarca Abrão.

Abrão, Tera e sua família eram semitas ocidentais (ou amorreus), embora nessa época estivessem vivendo no sul da Mesopotâmia, dentro dos limites ou nas proximidades da cidade sumeriana de Ur.

Tera era o pai de Abrão e o chefe do clã da família de Abrão; tomou a Abrão, Ló e Sarai para sair  de Ur dos Caldeus a fim de migrar à Canaã, mas, antes da chegada ao destino final ele faleceu na cidade de Harã, uma importante cidade da Síria (Gênesis 11.31).

Em Ur do Caldeus, Tera servia a outros deuses (Josué 24.2). Porém, apesar da idolatria, Abrão já havia tido contato com Deus, que o exortou a sair da cidade e deixar sua parentela e partir rumo à região que lhe mostraria (Atos 7.2-4). Após a morte de seu pai em Harã, Abrão recebeu a segunda exortação para deixar Harã e partir à terra que lhe mostraria, Canaã (Gênesis 12.1-5). Então, Abrão seguiu em peregrinação, acompanhado de Sarai, sua esposa, de seu sobrinho Ló, que era órfão de pai, e de seus servos, foi em rumo à Canaã, onde viveram como nômades em tendas por quase cem anos (11.29, 31).

Em uma caravana em ritmo normal, que cobriria uma distância de 32 quilômetros ao dia, a viagem de Harã até Canaã, algo em torno de 800 quilômetros, teria levado pouco menos de um mês.

O Deus que provê

A respeito da provisão na vida de Abraão, é importante considerar os seguintes detalhes:

• O patriarca teve a disposição de deixar a sua cidade natal e ir para outro lugar que o Senhor o mostraria;
• Ele foi dirigido pela fé, embora demonstrasse ter uma fé viva, precisou enfrentar muitos transtornos em sua caminhada;
• Quando recebeu as provações, não questionou a Deus; 
a. A primeira prova foi ter que afastar-se de sua pátria e de sua gente;
b. A segunda provação era a infertilidade de sua companheira;
c. O terceiro teste foi a falta de alimentação na terra.

A fé que Abraão tinha em Deus fez com que ele vencesse todos os obstáculos.

Por que haveria fome justamente na terra para onde Deus havia chamado Abraão, se o Senhor havia prometido que ele seria abençoado? Por que a incapacidade de sua esposa engravidar, se Deus havia prometido que faria dele uma grande nação? Os episódios serviram de testes de fé.

A chamada e o exemplo de fé apresentada por Abraão

Na cronologia bíblica, quando Deus chamou a Abrão em Ur dos Caldeus, o patriarca tinha, aproximadamente, 75 anos de idade ano aproximado de 1892 a.C. Ele trocou a glória passageira deste mundo por um relacionamento pessoal com Deus, e ganhou fama imortal. Hoje, é reverenciado por adeptos de três religiões mundiais: cristianismo, judaísmo e islamismo. O Antigo Testamento o reconhece como patriarca do povo escolhido por Deus, os judeus. E o Novo Testamento o honra como o pai espiritual de todos que "andam nas pisadas daquela fé de Abraão, nosso pai" (Romanos 4.12).

O pacto de Deus com Abraão manifesta que, desde os primórdios da raça humana, o propósito do evangelho era abençoar todas as nações da terra. Disse o Senhor a Abraão: "Em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gênesis 12.3).

Abraão teve uma vida longa e além disso foi muito feliz com as riquezas que o Senhor lhe deu (Gênesis 13.2). Porém, a maior bênção na vida de Abraão foi ele vivenciar intimidade com Deus. 

A chamada do cristão

A promessa sobre a descendência de Abraão é a segunda profecia sobre a vinda de Jesus Cristo a este mundo. Refere-se à bênção espiritual por intermédio dos sucessores de Abraão.

Quando Deus resolveu escolher um homem e uma família como ancestrais da nação de Israel, esse homem foi Abrão e a família foi a família de Tera. Ao escolhê-lo, o Senhor não desejava favorecer apenas o patriarca e sua posteridade. Tinha um plano colossal para abençoar as nações do mundo inteiro. O projeto divino ao chamá-lo, era fazer da família dele um povo separado, e através da sua semente enviar Jesus Cristo, o Salvador toda a Humanidade, de todas as épocas.

Ter fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador, não significa que não teremos obstáculos em nossa marcha rumo à Canaã celestial. Em nossa caminhada neste mundo, temos que enfrentar muitas crises. Sem fé não é possível transpor as barreiras de maneira equilibrada. Contudo, o mesmo Deus que chamou, guiou e abençoou Abraão, também nos guia e abençoa. Ele está conosco, não caminhamos sozinhos.

Para que seu coração se encha de fé, busque o conhecimento da Palavra de Deus e queira obedecê-la integralmente: "E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" - Romanos 10.17 (ARA).

Conclusão

Quando meditamos nos relatos bíblicos sobre Abraão, encontramos muitos princípios que podemos aplicar hoje para enriquecer nosso relacionamento pessoal com o Senhor. Por exemplo, é preciso ter fé e determinação para obedecer a Deus e cumprir a sua vontade. A confiança e a disposição em obedecer a Deus fazem com que o crente alcance vitórias.

Muitos crentes descobrem que, quando começam a realizar a vontade de Deus, imediatamente encontram grandes obstáculos. Quando você enfrentar um teste assim, não tente repensar a vontade de Deus para a sua vida. Use a inteligência que Ele deu a você e, como fez o patriarca ao se deparar com a crise de fome na região em que estava, mudou-se temporariamente para o Egito, onde havia o que comer. Não desanime perante às dificuldades. Não tema as crises e não permita  que venham a impedi-lo de caminhar, Veja as crises como uma oportunidade  para fortalecer a sua fé e conduzi-lo a uma provisão ainda maior com o Deus de toda a provisão.

Aprendemos com Abraão que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer lugar que estejamos, desde que haja em nós a disposição de reconhecer a sua soberania e suprema vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma vida em harmonia com as exigências divinas. 

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Arqueológica NVI, página 21, edição 2013, São Paulo (Editora Vida).
Ensinador Cristão, ano 17, nº 68, outubro - dezembro de 2016, página 37, Rio de Janeiro (CPAD).
Gênesis - Introdução e Comentário, série cultura bíblica, Derek Kidner, página 104, reimpressão 2011, São Paulo (Vida Nova).
Lições Bíblicas - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 22-25,  Rio de Janeiro (CPAD).
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 1ª edição 2016, página 32, 51, Rio de Janeiro (CPAD).