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quarta-feira, 1 de junho de 2016

Para não entrarmos na escuridão

1963. Marcha sobre Washington, Martin Luther King  profere seu mais famoso discurso, cujo título é I Have a Dream.
1963. Marcha sobre Washington, quando Martin Luther King
 proferiu  o famoso discurso  "Eu Tenho um Sonho".
Por Ronald Gimenez

Natural de Atlanta, nos Estados Unidos, Martin Luther King foi pastor da Igreja Batista e ativista. Foi o mais importante líder do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e em todo mundo. A campanha, liderada por ele, pregava a não violência e o amor ao próximo. Em 1963, ele comandou a Marcha sobre Washington, onde fez o discurso "I Have a Dream". Martin Luther King foi assassinado no dia 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee.

Usei um pouco da biografia de um dos maiores líderes da história para balizar e jogar um ingrediente positivo naquilo que está por vir. Diante de tempos em que camisas amarelas e vermelhas provocam agressões mútuas; tempos em que amizades são desfeitas quando você descobre que a outra pessoa pensa diferente de você; tempo em que reuniões de família ficaram menores, já que você descobriu que "aquele" parente vai estar lá; precisamos de um sopro de esperança. E isso não está ligado a este ou aquele partido: não estou falando de um salvador da pátria ou um traidor; estou falando das nossas relações e no respeito às opiniões.

Confesso que, se não precisasse trabalhar, passaria os próximos meses ou anos num lugar com pouco ou nenhuma comunicação. Acho que envelheci algum tempo além do normal. Mas não dá para ser assim. O que vai sobrar dessa intolerância após mudanças que ficam cada vez mais próximas? 

Luther King disse: "o que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons". Será que podemos pensar numa saudável convivência ou os previsíveis tempos sombrios serão confirmados?

Tenho medo de que voltemos 40 anos na história, época em que defender as próprias teses custava a permanência em salas escuras e  "entrevistas" nada amistosas. E isso começa quando discórdia torna-se incontrolável. Quais serão esses novos tempos? Vamos andar para trás ou aproveitar as mudanças e evoluir?

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Folha Noroeste, ano 9, nº 187, editorial, 2ª quinzena de abril de 2016.

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