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sábado, 5 de março de 2016

Milênio - Um tempo glorioso para a Terra

Por Eliseu Antonio Gomes

Não existe qualquer margem de dúvida que é extremamente relevante ao cristão ter a consciência que Jesus virá outra vez à Terra e que aqui irá governar durante mil anos.

Milênio, o que é?

O Milênio refere-se ao Reino com período literal de mil anos, a ser implantado na Terra pelo Senhor Jesus. A capital do mundo será Jerusalém, quando as nações do  mundo inteiro experimentarão o reinado benigno de Jesus. Efetivamente, o Messias se apresentará como Abençoador de Israel e também de todos os países, reinará logo após o Arrebatamento da Igreja e a partir do fim da Grande Tribulação (Apocalipse 20.4-6). Participarão das bênçãos do Milênio todos os salvos em Jesus Cristo, o "restante" dos israelitas, salvos por Cristo na batalha do Armagedom e os que escaparem da Grande Tribulação.

Durante o Milênio o Reino de Deus  será revelado sobre toda a Terra. "E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e um sera o seu nome" -  Zacarias 14.9.

Inspirado pelo Espírito Santo, o profeta Zacarias escreveu o livro, que carrega seu nome, com o propósito de dar esperança ao povo de Deus, mediante a revelação da futura libertação que o Todo-Poderoso concederá através do Messias. O capítulo 14 retrata o triunfo final de Jesus sobre toda a terra. O Senhor será rei sobre todas as nações, reinará sobre o povo de Deus, porém, a sequência cronológica destes eventos futuros não está clara. Mostra que devemos observar os desdobramentos dos acontecimentos  e o escape que Deus tem ao seu povo.

Todos verão o Rei dos séculos e o adorarão para todo o sempre. "Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus, seja honra e glória para todo o sempre. Amém" - 1 Timóteo 1.17.

Na primeira carta que o apóstolo Paulo escreveu ao jovem pastor Timóteo, aborda assuntos como as falsas doutrinas, o evangelho da graça e o bom combate, faz uma reflexão sobre o seu passado, relembra que ridicularizou os ensinos de Jesus, perseguiu e assassinou o povo de Deus antes de ter um encontro com Cristo e vir à fé (Atos 9.1-9). Deus o perdoou e usou-o poderosamente para o engrandecimento de seu reino. O versículo 17 nos revela a doxologia composta por ele, como uma resposta natural e emocionada a estas reflexões sobre a misericórdia de Deus.

Depois da volta de Cristo e da destruição do anticristo e dos seus exércitos (Apocalipse 19), os sobreviventes das nações virão anualmente a Jerusalém por ocasião da Festa dos Tabernáculos a fim de adorar o Rei Messias, o Senhor Jesus. Os sobreviventes da grande tribulação, provavelmente, serão em sua maioria, civis, que permanecerão na sua pátria e aceitarão Cristo como Senhor.

Deus fará tremer a Terra e depois virá o "Desejado de todas as nações". "Pois assim diz o Senhor dos exércitos; ainda uma vez, daqui a pouco, e abalarei os céus e a terra, o mar e a terra seca. Abalarei todas as nações; e as coisas preciosas de todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, diz o Senhor dos exércitos. Minha é a prata, e meu é o ouro, diz o Senhor dos exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos exércitos; e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos exércitos"- Ageu 2.6-9.

Estes versículos referem-se ao juízo divino contra o mundo antes e durante a volta de Jesus Cristo (Hebreus 12.26-27) Neste período, a glória de Deus encherá o templo como nunca anteriormente aconteceu. Jesus Cristo habitará entre o seu povo, em paz, como o Salvador glorioso. Então, os céus e a terra tremerão (Joel 3.16; Mateus 24.29-30).

Durante o Milênio haverá harmonia até entre os animais. "O lobo e o cordeiro juntos se apascentarão, o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor" -  Isaías 65.25.

Deus criará novos céus e nova terra. A queda de Adão não afetou apenas o homem, mas até a natureza, nosso planeta clama por uma ação restauradora de Deus. Por isso, o Criador tem um plano perfeito para as nossas vidas e esse plano também inclui a natureza, o meio ambiente, tão agredido pela ganância humana. No período do Milênio, a Terra será restaurada das ações maléficas do homem e do Diabo.

A profecia de Isaías (65.17-25) prediz o futuro reino de Deus na terra, descrevendo a um só tempo  a era da eternidade, em que o pecado e a morte não existirão (versículos 17 ao 19), e o reino milenal, que a antecede (versículos 19 ao 25; Apocalipse 20.4-6).

Durante o Milênio haverá abundância de alimento sobre a Terra. "Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, e regozijai-vos no Senhor vosso Deus; porque ele vos dá em justa medida a chuva temporã, e faz descer abundante chuva, a temporã e a serôdia, como dantes. E as eiras se encherão de trigo, e os lagares trasbordarão de mosto e de azeite" - Joel 2.23-24.

Nesta perspectiva profética, em última análise, Deus está por trás de tudo que acontece, orquestrando o curso da história mesmo quando aparentemente é permitido que a correção rigorosa prevaleça (versículo 25; Isaías 40.1-2).

A passagem de Joel 2.18-27 fala da obra futura de Deus na restauração da terra. O Senhor "se compadecerá" do seu povo e removerá as pragas com que Ele os havia punido.  Assim, o mundo saberá que Deus está no meio do seu povo (Ezequiel 48.35).

O Reino de Deus é espiritual e eterno, por isso, jamais será destruído. "Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; nem passará a soberania deste reino a outro povo; mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos, e subsistirá para sempre. Porquanto viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro, o grande Deus faz saber ao rei o que há de suceder no futuro. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação" -  Daniel 2.44, 45.

Assim como os demais capítulos do livro de Daniel, o segundo capítulo nos traz mensagens devocionais e escatológicas.

No capítulo 2, somos levados a refletir que uma coisa é cultuar a Deus estando em nossa intimidade ou na igreja entre os irmãos em Cristo e outra é cultuá-lo entre os descrentes e permanecer fiel ao Senhor em situações adversas e ambientes dominados por gente iníqua.

Na leitura, observamos que o costume de Daniel, ao estar sozinho ou na presença do rei e da cultura pagã que o rodeava, era exaltar a Deus. Estando cativo no reino de Nabucodonosor, e diante do monarca do mundo da época, jamais o bajulou em busca de prestígio e sucesso na carreira profissional, suas palavras eram muito parecidas com sua oração em seu quarto: "Há um Deus nos céus, o qual revela os segredos" (versículo 28). Aparentemente, "Deus nos céus", frase que designava o Deus vivo, o Deus do universo, o grandioso Criador, em contraste com os deuses falsos presos nos templos, era uma afronta ao rei Nabucodonosor em sua religiosidade idólatra.

E, no exercício de sua condição de profeta, tendo muitas oportunidades para seu próprio enaltecimento, desconsiderou sua própria sabedoria: "E a mim me foi revelado este mistério, não por ter eu mais sabedoria que qualquer outro vivente, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu coração" ( versículo 30). Uma das armadilhas de Satanás, na questão da idolatria, é a infiltração sorrateira ao coração do culto à sabedoria, ou revelação profética, mas Daniel soube administrar cuidadosamente esta questão e removeu de sobre si e direcionou toda a glória a Deus.

Quando Nabucodonosor sonhou que uma pedra havia sido cortada sem mãos, isto é, sobrenaturalmente, da parte de uma montanha e destruiu uma grande estátua cuja cabeça era de ouro fino, o peito e os braços de prata, o ventre  e as coxas de cobre, as pernas de ferro e de barro, e ao despertar não se lembrar do conteúdo do sonho mas saber que havia sonhado e seu espírito havia se perturbado por causa disso, ordenou que trouxessem os magos, os astrólogos e encantadores caldeus que estavam em seu reino, para que eles revelassem o que havia  sonhado e lhe dissessem qual era o significado. Mas eles não puderam descobrir qual era o sonho e o rei mandou matá-los. O profeta Daniel, ao saber da sentença de morte interferiu nesta situação e solicitou ao responsável pela execução da pena capital que não houvesse pressa para matá-los. E, corajosamente, disse que poderia revelar e interpretar o sonho do rei, se o levasse à presença do monarca.

Daniel, diferente dos representantes da astrologia, bruxaria e outras práticas ocultas, buscou a Deus em companhia dos amigos Hananias, Mizael e Azarias. Juntos, eles solicitaram a manifestação da misericórdia divina. E numa visão durante a noite foi revelado o segredo a Daniel, que louvou ao Senhor pela resposta das orações. A revelação o fez saber que os diferentes materiais que compunham a estátua representavam quatro impérios do mundo: o  babilônico; o medo-persa; o grego; e o romano. Estes quatro reinos serão destruídos pelo "reino que não será jamais destruído", reino este que será levantado pelo Deus do céu.

A pedra que esmiúça a estátua representa Jesus. Ele estabeleceu o seu reino espiritual no período romano, e estabelecerá um governo justo e contínuo na sua segunda vinda (João 18.36-37). Será época de paz e concórdia, temporada nunca vista igual neste planeta; o Messias restabelecerá  para sempre a harmonia deste mundo que tem sido acometido pela ação devastadora dos homens.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, páginas 1701,  1702, 1184, 1196, edição 2004, Rio de Janeiro (CPAD).
Bíblia de Estudo Defesa da Fé, página 1340, edição 2010, Rio de Janeiro (CPAD) 
Bíblia de Estudo Devocional Max Lucado, páginas 1072, 1073, edição 2005, Rio de Janeiro (CPAD). 
Bíblia de Estudo Pentecostal, páginas 1349, 1367, 1071, segunda impressão 1996, Rio de Janeiro (CPAD). 
Lições Bíblicas Adultos - O final de Todas as Coisas: Esperança e glória para ps salvos, Elinaldo Renovato, páginas 70, 74, 75, 1º trimestre de 2016, Rio de Janeiro (CPAD).

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