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domingo, 23 de agosto de 2015

Servos de Cristo, porém, livres


Por Eliseu Antonio Gomes

"Ali a coruja fará o seu ninho, porá os seus ovos e os chocará; e na sua sombra abrigará os seus filhotes. Também ali os abutres se ajuntarão, cada um com o seu par" - Isaías 34.15 (NAA). 

A conotação da palavra servo nas Escrituras Sagradas é a mesma que conhecemos fora de suas páginas, o termo é escravo.

No Evangelho escrito por Mateus, capítulo 25, encontramos o registro de algumas parábolas contadas por Jesus Cristo em que Ele aborda a questão importante da vigilância constante na caminhada cristã. Um dos ensinamentos do Mestre é a lição dos talentos, quando refere-se ao cristão como servo. 

Nesta parábola, um homem rico sai em viagem de negócios e em atitude de confiança entrega seus bens para três servos administrarem. Para que eles tenham condições de cumprir as tarefas, segundo suas capacidades, ao primeiro o senhor entrega cinco talentos - moeda grega usada naquela época -, ao segundo, dois talentos e ao terceiro, um talento. Na ausência do senhor, o servo que recebera cinco moedas esforçou-se e ganhou outras cinco; o que tinha em mãos duas moedas conquistou outras duas; mas, o que recebeu um talento não quis granjeá-lo e o guardou em lugar secreto. Quando o senhor retornou, fez a prestação de contas com os três servos. Elogiou aqueles que trabalharam e dobraram os valores, retribuindo a eles suas benesses. E ao que apenas devolveu o dinheiro recebido, disse-lhe que deveria ao menos ter levado o dinheiro ao banco, para que rendesse algum juro, considerou-o um servo mau e negligente e o encaminhou às trevas exteriores, local de choro e sofrimento.

É imprescindível considerar a Jesus Cristo como Senhor para ser um autêntico cristão. Veja: Mateus 25.14.30; Lucas 19.12-27. A ordem dEle aos seus seguidores é pregar o Evangelho para todas as criaturas em todas as nações. Como conhecedores e participantes do plano da salvação, a atitude esperada é a obediência voluntária.

Todos os cristãos são livres e capacitados para usar suas aptidões em favor da expansão do Evangelho em todos os lugares. Não existe um só ser humano na face da Terra que não possua aptidões natas, dadas por Deus, para interagir com seus semelhantes de alguma maneira. E, como servos do Senhor, temos o dever de usar as características natas da nossa personalidade para conscientizar as almas perdidas, falar a elas sobre a real existência além túmulo, dizer que há o céu e o inferno.

Jesus liberta o ser humano das garras do pecado, e realmente o torna livre (João 8.36). A pessoa que tem um encontro com Cristo não continua escravizada. Em toda situação de liberdade existe a necessidade de lidar com a responsabilidade. A liberdade do cristão implica em praticar a ordem de ir ao mundo pregar o Evangelho aos que ainda estão aprisionados pela força do pecado. A decisão correta do cristão, liberto, é usar a liberdade responsavelmente, enviando a mensagem de libertação ao mundo.

Nós, cristãos, precisamos ter disposição para usar toda a inteligência, perspicácia, qualidades mentais e físicas para expressar amor ao próximo. dizer-lhe que todos somos pecadores e que só Jesus salva o ser humano arrependido de seus erros.

Ninguém escapará do momento da prestação de contas. Anexo à parábola sobre o trio de servos, reflitamos sobre a profecia contida em Isaías 34, emitida aos israelitas. Através dela entendemos claramente que o Senhor não trata nenhum inocente como culpado e não inocenta quem tenha culpa. São duras palavras de juízo, porém, exercício de juízo justo, em que escapam do castigo divino apenas os animais selvagens, porque eles não possuem deveres a cumprir.

São muitos os cristãos parecidos com o servo que recebeu apenas um talento. Todo cristão precisa levar em conta que o valor recebido para trabalhar é exatamente a quantia que tem capacidade para administrar. Então, é preciso pôr mãos à obra.

Faça a sua parte e empenhe-se na missão de evangelização de almas. De uma maneira ou outra, envolva-se em projetos de evangelismos locais e missões cristãs transculturais.

Talvez, você não se sinta preparado para ir à luta, então, administre a "moeda" para que renda juro no "banco". Entendo que a situação do "banco" seja a questão de financiar missionários e evangelistas em suas atividades ministeriais. Se não encontra em si mesmo competência de ir ao campo missionário, não enterre o talento que está em suas mãos, patrocine financeiramente evangelistas e missionários.


Observação: Dentre as muitas edificantes mensagens do Blog Belverede, destaco e republicando esta, postagem de 01 de agosto de 2012: http://belverede.blogspot.com.br/2012/08/servo-de-Cristo-liberdade-talento-coruja-profecia-Isaias-34.15.html" (Arlete Oliveira).

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