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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

As fábulas de Esopo: Lobo em pele de cordeiro

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores" - Mateus 7.15.

Diz-se que a frase "lobo em pele de cordeiro" tem origen em uma das fábulas de Esopo. É bastante antiga.

Esopo viveu na Grécia Antiga entre 620 e 560 a.C., segundo Plutarco era gago e corcunda, foi condenado à morte pelos délficos. Existe uma coleção de fábulas creditadas a ele, reunidas por Demétrio de Falero no século IV, mas as que se têm contado nos dias atuais foram compiladas em prosa pelo grego bizantino Planúdio no século XIV. As estórias são todas de cunho moral, e em sua maioria contêm personagens animais personificando a bondade e a vilania. A coleção é aproveitada até nos dias atuais para educar a criançada. São: A Raposa e as Uvas; A Cigarra e a Formiga; A Tartaruga e a Lebre; O Lobo e o Cordeiro, etc. .

Se Esopo foi realmente o autor das fábulas ou não, não sabemos. Ao longo dos séculos as fábulas ganharam diversas versões, uma das mais conhecidas mundo afora entre nós é O Lobo e o Cordeiro. Os contos foram traduzidos para o idioma inglês a partir de 1.484.

A frase "lobo em pele de cordeiro" tem origem em período pré-cristão, refere-se ao comportamento dissimulado, a alguém que esconde a intenção maliciosa, sob o pretexto de bondade. O conselho adverte que não podemos ter pressa para confiar em alguém desconhecido que entra em nossos círculos mais íntimos demonstrando de maneira falsa ser amigável.

Durante os anos em que Jesus Cristo pisou aqui na Terra, a coleção de fábulas de Esopo era popular no Oriente Médio, seus contos tinham grande circulação entre as massas.  

O lobo e o cordeiro
Um Lobo, ao encontrar um Cordeiro desgarrado do rebanho, decidiu, ao invés de deitar mãos violentas sobre ele, encontrar alguma razão para justificar ao Cordeiro seu direito de comê-lo. Então ele lhe disse:
- Seu tratante, você me insultou rudemente no ano passado.
- Como? - redarguiu o Cordeiro num tom choroso de voz - eu não havia nascido ainda.
O Lobo então disse:
- Você pastou em meus campos.
- Não, bom senhor, - respondeu o Cordeiro - ainda não senti o gosto de grama.
Novamente o Lobo disse:
- Você bebeu água de meu poço.
- Não, - exclamou o Cordeiro - eu nunca bebi água, pois o leite de minha mãe é para mim tanto comida quanto bebida.
Após isso, Lobo agarrou e comeu o Cordeiro, dizendo:
- Bem! Não vou ficar sem minha ceia, embora você refute cada uma de minhas acusações.
Moral: O tirano sempre encontrará pretexto para sua tirania. 

E.A.G.

Consulta: Larousse Cultural.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Morre Joelmir Beting


Acompanhava com admiração o estilo de passar informações do jornalista Joelmir José Beting, principalmente em sua fase no Grupo Band. Sempre fiquei muito atento para ouvir as frases que ele inventava.Grande frasista, genuíno e sempre bem humorado. Ele se foi aos 75 anos nesta madrugada de 29/11/2012 depois de um acidente vascular encefálico.

Carta aberta de Mauro Beting, seu filho, lida ao vivo em transmissão de rádio:

Nunca falei com meu pai a respeito depois que o Palmeiras foi rebaixado. Sei que ele soube. Ou imaginou. Só sei que no primeiro domingo depois da queda para a Segunda pela segunda vez, seu Joelmir teve um derrame antes de ver a primeira partida depois do rebaixamento. Ele passou pela tomografia logo pela manhã. Em minutos o médico (corintianíssimo) disse que outro gigante não conseguiria se reerguer mais”.

No dia do retorno à segundona dos infernos meu pai começou a ir para o céu. As chances de recuperação de uma doença autoimune já não eram boas. Ficaram quase impossíveis com o que sangrou o cérebro privilegiado. Irrigado e arejado como poucos dos muitos que o conhecem e o reconhecem. Amado e querido pelos não poucos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

Meu pai.

O melhor pai que um jornalista pode ser. O melhor jornalista que um filho pode ter como pai.

Preciso dizer algo mais para o melhor Babbo do mundo que virou o melhor Nonno do Universo?

Preciso. Mas não sei. Normalmente ele sabia tudo. Quando não sabia, inventava com a mesma categoria com que falava sobre o que sabia.

Todo pai é assim para o filho. Mas um filho de jornalista que também é jornalista fica ainda mais órfão.

Nunca vi meu pai como um super-herói. Apenas como um humano super. Só que jamais imaginei que ele pudesse ficar doente e fraco de carne. Nunca admiti que nós pudéssemos perder quem só nos fez ganhar.

Por isso sempre acreditei no meu pai e no time dele. O nosso.

Ele me ensinou tantas coisas que eu não sei. Uma que ficou é que nem todas as palavras precisam ser ditas. Devem ser apenas pensadas. Quem fala o que pensa não pensa no que fala. Quem sente o que fala nem precisa dizer.

Mas hoje eu preciso agradecer pelos meus 46 anos. Pelos 49 de amor da minha mãe. Pelos 75 dele.

Mais que tudo, pelo carinho das pessoas que o conhecem, logo gostam dele. Especialmente pelas pessoas que não o conhecem, e algumas choraram como se fosse um velho amigo.

Uma coisa aprendi com você, Babbo. Antes de ser um grande jornalista é preciso ser uma grande pessoa.

Com ele aprendi que não tenho de trabalhar para ser um grande profissional. Preciso tentar ser uma grande pessoa. Como você fez as duas coisas.

Desculpem, mas não vou chorar. Choro por tudo. Por isso choro sempre pela família, Palmeiras, amores, dores, cores, canções.

Mas não vou chorar por algo mais que tudo que existe no meu mundo que são meus pais. Meus pais, que também deveriam se chamar minhas mães, sempre foram presentes. Um regalo divino.

Meu pai nunca me faltou mesmo ausente de tanto que trabalhou. Ele nunca me falta por que teve a mulher maravilhosa que é dona Lucila. Segundo seu Joelmir, a segunda maior coisa da vida dele. Que a primeira sempre foi o amor que ele sentiu por ela desde 1960. Quando se conheceram na rádio 9 de julho. Onde fizeram família. Meu irmão e eu. Filhos do rádio.

Filhos de um jornalista econômico pioneiro e respeitado, de um âncora de TV reconhecido e inovador, de um mestre de comunicação brilhante e trabalhador.

Meu pai.

Eu sempre soube que jamais seria no ofício algo nem perto do que ele foi. Por que raros foram tão bons na área dele. Raríssimos foram tão bons pais como ele. Rarésimos foram tão bons maridos. Rarissíssimos foram tão boas pessoas. E não existe outra palavra inventada para falar quão raro e caro palmeirense ele foi.

Mas sempre é bom lembrar que palmeirenses não se comparam. Não são mais. Não são menos. São Palmeiras. Basta.

Como ele um dia disse no anúncio da nova arena, em 2007, como esteve escrito no vestiário do Palmeiras no Palestra, de 2008 até a reforma: “explicar a emoção de ser palmeirense a um palmeirense é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… é simplesmente impossível!.

A ausência dele não tem nome. Mas a presença dele ilumina de um modo que eu jamais vou saber descrever. Como jamais saberei escrever o que ele é. Como todo pai de toda pessoa. Mais ainda quando é um pai que sabia em 40 segundos descrever o que era o Brasil. E quase sempre conseguia. Não vou ficar mais 40 frases tentando descrever o que pude sentir por 46 anos.

Explicar quem é Joelmir Beting é desnecessário. Explicar o que é meu pai não estar mais neste mundo é impossível.

Nonno, obrigado por amar a Nonna. Nonna, obrigado por amar o Nonno.

Os filhos desse amor jamais serão órfãos.

Como oficialmente eu soube agora, 1h15 desta quinta-feira, 29 de novembro. 32 anos e uma semana depois da morte de meu Nonno, pai da minha guerreira Lucila.

Joelmir José Beting foi encontrar o Pai da Bola Waldemar Fiume nesta quinta-feira, 0h55.

Fonte: Blog do Mauro Beting

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Céu lindo céu

"E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem..."
[Apocalipse 11.12 a]

Céu, lindo céu
 Fernandinho
 [ao vivo]

terça-feira, 27 de novembro de 2012

CPAD - EBD 2012: Habacuque e a soberania de Deus sobre as nações

O perfil de Habacuque

O nome Habacuque significa “abraço”. Ele profetizou para Judá, reino do sul, emitiu profecias a respeito da iminente invasão dos babilônios (caldeus).

Habacuque não era como os outros profetas. Os outros profetas exerceram seu ministério trazendo mensagens de Deus para a humanidade; entretanto Habacuque se limitava a dirigir-se a Deus e a meditar acerca dos enigmas profundos da vida, enquanto se defrontava com duas terríveis realidades: a degeneração de sua própria nação e a certeza de que ela estava a ponto de ser destruída por outra nação ainda pior.

Deus faz o profeta entender que aos fiéis não é difícil compreender as coisas em sua volta.

Contexto

Habacuque exerceu seu ministério em uma época de crise. Comparando os contextos da referência 1.2-4 com 2 Reis 21.22, podemos posicionar seu ministério no período do rei Jeoiaquim, entre 612 e 600.

O profeta abordou o período da opressão babilônica, quando os babilônios se apoderaram do império assírio e dessa forma os judeus, outrora subjugados pela Assíria, ficaram sob o domínio da Babilônia. O jugo dessa nova opressão não era menor do que a anterior. 

As dificuldades internas no reino de Judá eram gravíssimas. O profeta vê isso, medita nesta situação e interroga-se sobre o futuro do seus contemporâneos. Discute o problema do mal, talvez um dos assuntos mais difíceis com o qual a teologia tem de lidar. E Deus faz-lhe ver que não é difícil compreender para quem se mantém fiel.

O livro

Alguns biblistas afirmam que o livro foi compilado em 607 ou 606 a.C.

O livro de Habacuque é resultado da introspecção e observação do profeta. Ele observava seus contemporâneos cometendo iniquidades e se sentia frustrado e confuso e em oração dizia a Deus quais eram os seus sentimentos de incompreensão. Em geral, eram coisas como: “Deus às vezes o Senhor simplesmente não faz sentido!”.

Ao testemunhar a violência, a injustiça e maldade em seu próprio país, em seu coração o profeta se perguntava a razão de Deus não intervir, questionava para si mesmo porque Deus não respondia quando ele clamava pedindo providências. Então, levou seus dilemas internos diretamente a Deus. Em oração, perguntava o motivo de um Deus tão bom não interferir ou demorar a intervir. E clamava pela justiça divina diante de tanta iniquidade.

A resposta do Senhor causou perplexidade ao profeta. Deus informou a ele que os babilônios deixariam Judá em pedaços. Ele não esperava que Deus dissesse que permitiria a opressão dos babilônios sobre Judá como uma maneira de punir os judeus violentos, injustos e maldosos. Ao tomar ciência da crueldade com que a Babilônia era capaz de tratar Judá, o profeta se revoltou. Então volta-se aos questionamentos queixosos: poderia ser considerada justiça permitir que Judá recebesse castigo por meio de uma nação mais malvada que ela? Como pode um Deus justo permitir, e até fazer uso de um mal assim? Não sabemos quanto tempo Habacuque esperou pela resposta de Deus, mas a resposta foi dada a ele.

Para aprofundar plenamente as perguntas de Habacuque, convém ao estudante das Escrituras aprofundar-se no livro de Jó e no Salmo 73, conteúdos bíblicos que exploram temas semelhantes.

Ao ler o livro tente imaginar as transformações emocionais que o profeta experimentou ao falar com Deus.

Os dois primeiros capítulos contêm as perguntas do profeta e a resposta de Deus, que se resume fundamentalmente nisto: Deus age com justiça; é Ele quem domina o mar, a terra e as nações, é capaz de socorrer e salvar o seu povo.

O justo viverá da fé...” (2.4; Romanos 1.17; Gálatas 3.11; Hebreus 10.38). A declaração na referência 2.4 pode ser considerada uma das mais importantes da história eclesiástica. Citada pelo apóstolo Paulo em sua carta aos crentes de Roma, o texto viria a se tornar o grande lema da Reforma Protestante, ocorrida no século 16, o alicerce à apologia da vida cristã.

Habacuque 2.4 é a única citação da palavra “fé” em todo o Antigo Testamento. A passagem confirma a inspiração divina e canonicidade do livro, por ser citada três vezes no Novo Testamento. 

As referências neotestamentárias à Habacuque 2.4 são os mais expressivos textos que confrontam a salvação pela graça e a salvação pela lei.

O livro ainda se ocupa em repreender a idolatria, apontando as “respostas” dos pedidos feitos aos ídolos como uma manifestação do espírito do engano.

O Salmo de Habacuque 

No terceiro capítulo, temos uma das mais belas expressões do amor incondicional a Deus , é a melhor explicação sobre a relação de Deus com o mal existente no mundo. Trata-se da resposta de Deus a Habacuque, que diluiu os dilemas que havia no coração dele.

O capítulo 3 é o desfecho do livro, é composto por um dos mais famosos cânticos da Bíblia Sagrada.

Encontramos um Salmo alegre, uma teofania. Habacuque vê a poderosa glória do Senhor, e seu coração se comove. O que ele viu mudou sua disposição de queixa para alegria. E passa a descrever Deus em ação vencendo os ímpios e toda impiedade. A manifestação do Senhor é inspirada em sua presença majestosa no Monte Sinai (Êxodo 19). 

Habacuque 3.19 parece indicar a associação do autor com a música, o que dá a entender que, talvez, ele fosse um levita.

Lições em Habacuque: semeadura e colheita

Deus mostrou para Habacuque duas coisas seguras. Primeira: os babilônios violentos e orgulhosos seriam destruídos com as mesmas armas que haviam usado contra outros povos, assim como destruíram nações inteiras, também eles seriam destruídos. O mal pode até dominar sobre a terra, mas ela não tem força permanente (2.13). A segunda certeza era o caráter de Deus. Ele permanece em silêncio durante determinado tempo, mas nunca para sempre (2.14).

O livro de Habacuque não responde a razão de Deus permitir o mal. Declara que Deus jamais perde o controle sobre as situações. Esclarece que o mal encontra seu destino lógico de autodestruição. Informa que a glória do Senhor encherá a terra no tempo que o Criador assim determinou acontecer.

Aplicação pessoal

O cristão deve apegar-se à verdade de que o justo vive pela fé.

Seja paciente, o futuro pertence a Deus. O crente pode encontrar esperança e alegria mediante a fé em Deus, sem se importar quais sejam as circunstâncias no tempo presente e no futuro.

É possível que aconteça muitas vezes de o cristão sentir-se confuso ao presenciar a escalada, aparentemente triunfante aos olhos de Deus, de pessoas injustas. E em sua mente confusa fazer reclamações a Deus por considerar que Ele esteja sendo omisso. Habacuque não permaneceu apenas no campo das reclamações. Demonstrou que acontecesse o que acontecesse, para ele a vida só seria considerada plena na presença do Senhor. E aproximou-se de Deus em oração, abriu seu coração com clareza plena fazendo indagações que desejava respostas. Ao agir assim, mostrou ser homem de fé.

Podemos fazer a mesma coisa? Sim, porque existe um pouco de Habacuque dentro de nós. É exatamente isso que nós cristãos devemos fazer quando nos sentimos confundidos com ocorrências em nosso derredor. Emitir reclamações "perturba" ao Senhor, porém, as perguntas sinceras são sinais de confiança e Lhe agradam!

Deus lhe concederá contato direto e exclusivo para tirar todas as dúvidas. Quando alguma coisa não faz sentido, costuma ser porque ainda não dispomos de informações suficientes. Falta uma visão geral da situação. Em situações confusas, peça em oração que Deus esclareça tudo, mas não espere que Ele esclareça no momento seguinte, continue perseverante em sua devoção ao Senhor, mantenha a confiança de que Ele esclarecerá você no momento certo, e se realmente for preciso terá todos os detalhes muito bem explicadinhos.

Medite sobre a origem da confiança e alegria de Habacuque.

Conclusão

O profeta expressou maravilhosamente essa atitude de fé nos últimos três capítulos do livro e por seu procedimento aprendemos que não importa quão difícil a vida possa ser, pela fé encontramos fontes de alegria e de renovação das forças para continuar em pé e seguindo adiante.

A declaração sobre a importância da fé não resolve problemas, mas ajuda o ser humano a superar os momentos difíceis, até que o julgamento divino chegue. No caso de Habacuque, o julgamento divino sobre a Babilônia.

É quase certo que Habacuque não viveu tempo suficiente para ver a destruição dos babilônios, mas hoje a Babilônia é apenas parte de memória histórica conforme a predição. Assim como Habacuque, devemos esperar com fé que as promessas divinas se cumpram, pois é exatamente no cumprimento delas que a glória do Senhor enche a terra (2.14).

E.A.G.

Compilação:

A Bíblia Apologética de Estudo, edição 2.005, São Paulo, Instituto Cristão de Pesquisas.
Bíblia Devocional de Estudo, edição 2.007, Rio de Janeiro, Editora Fecomex.
Bíblia Faith Girlz!, edição 2.009, São Paulo, Editora Mundo Cristão.
__________

Existe permissão para cópias. A reprodução poderá ser feita desde que por completo e que não seja por motivação comercial e ao rodapé do texto haja crédito de autoria e coleta da fonte (isto é, Eliseu Antonio Gomes, Belverede, http://belverede.blogspot.com.br).

Repúdio contra o tratamento do Facebook em oposição aos evangélicos



Quem é Carlos Roberto Silva? Brasileiro, casado, Ministro do Evangelho, Vice Presidente Executivo da COMADESPE, Vice Líder da Assembléia de Deus - Ministério de Cubatão, Secretário do Conselho de Doutrina da CGADB, Relator do Conselho Consultivo da UNIPEC - Conselho de Pastores e Ministros Evangélicos de Cubatão.

Também, editor do blog Point Rhema desde de 15 de Abril de 2007 e membro da comunidade UBE Blogs - União de Blogueiros Evangélicos , que nesta data soma 18.575 integrantes.

Pois bem, nesta data eu recebi uma postagem dele, via Facebook, e o que surgiu em minha tela foi a imagem acima, gerada pelo Facebook, com a mensagem indutora a pensar que o Point Rhema não é idôneo, não é site seguro.

Proteste, repudie: A política do Facebook quanto ao relacionamento de blogueiros evangélicos não é louvável. O site se levanta contra as indicações de leituras na Blogosfera Cristã. O blogueiro não tem a liberdade de indicar outro blogueiro ou site? Por quê?

 Sugiro que nós, blogueiros e blogueiras, atentemos com bastante atenção para isso e escrevamos contra tais atitudes de má qualidade como essa em nossos blogs, sites, e redes sociais concorrentes do Facebook.

E.A.G.
__________

Postagem original de Abrindo e Fechando Parênteses.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pica pau agradece divulgação gratuita de Mário Meirelles



O diretor global Mário Meirelles, apavorado com o fraco desempenho do seu trabalho no programa TV Xuxa, que perde no índice do IBOPE para a ave maluca Pica Pau, apresentado pela Rede Record, esqueceu a boa compostura. 

No sábado passado, ele postou impropérios no Twitter contra os fãs do personagem criado por Walter Lantz. Digitou: "Atenção retardados que estão assistindo Pica Pau começou #TVxuxa”. Não deu certo, a reação foi rápida e ele foi obrigado a tentar remendar seu erro.

Gafe enorme, Meirelles fez propaganda da grade de programação da concorrência, de graça!

Salmo 40

Alguns se equivocam ao dizer que Deus tarda mas não falha. Ele é perfeito em tudo que faz, e sempre faz tudo pontualmente. Não se atrasa, não se adianta.

Muitos entregam suas vidas ao Senhor, porém, por serem apressados erram quando não esperam em Deus. É um grande desperdício de tempo apresentar os problemas ao Todopoderoso e não esperar que a solução tenha desfecho de acordo com a Palavra, contida na Bíblia Sagrada. 

Vale esperar! Porque Deus não está parado, Ele sempre está trabalhando e indo na direção e rítmo certos!
 

domingo, 25 de novembro de 2012

Fazer a diferença


Quero ser um crente diferente.
Não quero ser conhecido apenas como alguém
que
"não bebe, não fuma e não joga".
Isso é muito pouco.
•••
A
geração saúde,
que frequenta as academias e come comida natural,
não bebe
e
não fuma,
e
nem por isso pode ser chamada
de
cristã.
•••
Também
não me contento em ser chamado de crente por ter um modo diferente
de me vestir.
Durante muito tempo, no Brasil, a diferença que os crentes queriam mostrar era que eles se vestiam de uma maneira
esquisita,
e isso acabou tornando-se motivo
de
chacota
e
que em nada engrandecia o Reino.
Com certeza, usar uma roupa fora de moda, não faz de ninguém um cristão.
•••
Também
não me satisfaço com o modelo
gospel de crente que há hoje em dia.
Broche de Jesus,
caneta de Jesus,
meias de Jesus.
Sabe-se lá onde isso vai chegar.
Tem muita gente ganhando rios de dinheiro com esses cosméticos
para
o
crente moderno.
A grife "JESUS" tem vendido muito.
•••
Mas
não adianta.
Usar
toda a parafernália do marketing gospel
não faz de ninguém um
cristão.
•••
Pensei comigo:
a moçada evangélica hoje está toda na Internet.
E saí à busca de salas
de
bate-papo
de
evangélicos.
Confesso que tentei inúmeras vezes, mas não consegui.
Me adentrava por assuntos
importantes e profundos
da
vida cristã
e as respostas eram chavões
o
tempo todo.
Não se pensa, cria ou reflete,
só se repete chavão do tipo
"glóooooria",
"Tá amarrado",
"É tremendooo",
etc.
Definitivamente,
repetir chavões a todo o momento não faz de ninguém um cristão.
•••
Quero ser um crente diferente.
Que não seja alienado da vida e de seus acontecimentos.
Que saiba discutir
e
entender as questões existenciais,
como
a dor,
a miséria,
a sexualidade,
a paixão,
o amor.
•••
Quero ser um crente que não vive acuado,
com medo de tudo,
vendo o diabo em toda a parte
e
querendo amarrá-lo a todo momento:
Jesus Cristo o derrotou na cruz,
ele é um derrotado,
e eu não preciso ficar me preocupando com ele 24 horas por dia.
Sei que sou mais que vencedor por Aquele que me ama!
(Romanos 8.37-39)
•••
Quero ser um crente que saiba falar
de tudo
e não apenas de religião,
e
que tenha,
em todas as áreas,
discernimento
e
sabedoria.
•••
Quero ser um crente que não tenha
uma
atitude conformista
diante
do mundo, do tipo:
Ah, Deus quis assim...,
mas
que eu seja um agente de transformação nas mãos de Deus.
Que a minha diferença não esteja
na
roupa,
mas
na essência: coração bom, olhos bons.
•••
Quero ser um crente que cria os filhos
com
liberdade,
apenas
corrigindo-lhes, para que cresçam
e
desabrochem toda a criatividade que Deus lhes deu.
•••
Quero ser um crente que vive bem com o seu próximo.
Quero ser reconhecido como um crente
pelo
que eu "sou"
e
não por aquilo que "não faço".
•••
Quero ser um crente simpático aos outros,
agradável,
piedoso,
que se entristece com a dor do próximo,
mas
também se alegra com
o
seu
sucesso
- já reparou que as pessoas se solidarizam com nossas derrotas, mas poucos manifestam alegria quando vencemos?
Não quero ter de falar a todo momento que sou crente,
para que outros saibam,
mas
quero viver de tal modo que outros percebam
Cristo
em
mim.
•••.
.
[Autor Desconhecido]


__________

Reprodução de postagem do blog Belverede, publicada originalmente em 18 de Junho de 2007, sob o título Quero Ser Um Crente Diferente.

sábado, 24 de novembro de 2012

Hernandes Dias Lopes na Redetv!

"Não é Roma que vai me matar. Eu é quem vou me entregar. Não vou me entregar para Roma. Eu vou me entregar para Deus em sacrifício santo e agradável."
__________

Frase proferida na transmissão de 24/11/12 do programa Verdade e Vida, por volta das 7h15, durante preleção baseada em 2 Timóteo 4.6 cujo assunto era o exemplo do apóstolo Paulo, o maior pensador do seu tempo, sobre o comportamento dele quando aprisionado e antevendo a própria morte, percebendo estar abandonado pelos homens mas assistido por Deus.

E.A.G.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

CBF demite Mano Menezes


Ainda não é oficial, mas, vale publicar.

Segundo informações do repórter Leandro Quesada, da rádio Bandeirantes, Mano Menezes está demitido do cargo de técnico da seleção brasileira. A deposição ocorreu hoje, 23, em reunião na Federação Paulista de Futebol (FPF), em São Paulo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Gênesis 10.9: Ninrode poderoso caçador

Quem foi Ninrode?

Não se sabe muito a seu respeito. Era filho de Cuxe, que por sua vez era filho de Cam, e este filho de Noé, portanto, era bisneto de Noé.

Nasceu logo após o dilúvio. Pensa-se que o pai de Ninrode não seria o mesmo Cuxe da Etiópia, mas uma pessoa pertencente à dinastia caxita da Babilônia.

Era guerreiro e tinha fama de herói. O título de “caçador” pode ser compreendido literalmente a respeito daquele que vai à caça de animais ferozes, ou talvez signifique o chefe das incursões contra as nações circunvizinhas.

Atos de Ninrode

Sabe-se que Ninrode era um homem deveras capaz de atrair pessoas ao redor de si, grande empreendedor, uma personalidade proeminente, um líder que viveu por  400 anos entre a geração que veio a existir após o dilúvio e a vida do patriarca Abraão. A julgar pelas idades mencionadas em Gênesis 11.10-16, viveu intensamente durante todo este período.

Ninrode é descrito como homem valente “poderoso caçador diante do SENHOR” (Gênesis 10.9). Provavelmente, a fama de “poderoso caçador” adveio-lhe de ser ele protetor do povo, num tempo em que animais ferozes era uma constante ameaça de morte. A descrição ”diante do SENHOR” talvez tenha sentido teológico, leva-nos a pensar que as proezas de Ninrode fossem de interesse do Criador (Gênesis 10.9).

Além do livro de Gênesis, a ocorrência do nome Ninrode é encontrada no livro de Miquéias, capítulo 5 e versículo 6, quando “terras da Assíria” e “terras de Ninrode” são citadas em paralelo - recurso poético usado pelo profeta para referir-se ao mesmo lugar. A Assíria, nesse trecho bíblico é símbolo de todas as nações ímpias do mundo.

A torre

Sabe-se que, primeiramente, Ninrode estabeleceu um império em Sinar (Babilônia). Cogita-se que na ambição de controlar a multiplicação dos povos e evitar a dispersão rápida da raça, empreendeu o projeto de construção da torre em Babel, cidade fundada por ele (10.10 – 11.9). Os povos da região se ajuntaram para edificar a torre com a intenção de alcançar o céu. A narrativa bíblica informa que o Criador confundiu a língua dos edificadores e confundidos todos se dispersaram sem que entendessem um ao outro.

Após a confusão de idiomas em Babel e a dispersão do povo, Ninrode continuou seu projeto de expansão. Iniciou as obras de construção das cidades da Babilônia, ele fundou nas proximidades de Babel, as cidades Ereque, Acade, Cainé (Gênesis 10.11-12).

A Babilônia foi por longo tempo conhecida como “País de Ninrode”. Nos sinetes e relevos babilônicos primitivos muitas vezes se representava um rei em luta com um leão. Pode ser isto uma tradição de Ninrode.

A presumível ambição de Ninrode

Com o passar do tempo, talvez ambicionando controlar a raça que ainda se dispersava, estendeu seu império ao norte de Babel, dirigiu-se 482 km mais para o norte seguindo o curso do rio Tigre, fundando um segundo grupo de cidades: Nínive, Reboane-Ir, Calá e Resém, que são consideras as principais capitais criadas por ele, que se transformaram em seu reino setentrional.

Descoberta arqueológica apresentou inscrições cuneiformes informando que a colonização de Nínive partiu da Babilônia. Durante muitos séculos as duas cidades, Babilônia e Nínive, fundadas por Ninrode, foram os principais centros populacionais do mundo.

Tradição 

De acordo com o Livro de Jasar, uma obra extrabíblica, criou-se uma lenda de que Ninrode teria adquirido poderes especiais devido o uso de uma capa sobrenatuaral, presente de seu pai, que ganhou de Noé, que por sua vez teria recebido de Deus. Ao usar o vestuário, Ninrode dispunha de poder de grande influência sobre os animais e sobre seus semelhantes. A obra apócrifa ainda o descreve como líder carismático, muitíssimo inteligente e forte.

A tradição acerca de Ninrode é forte entre os árabes da atualidade. Atribuem a ele quase todas as grandes obras públicas da antiguidade, e associam sua pessoa ao mitológico Gilgamesh (metade ser humano e metade deus).

Reflexão

Até quanto a fama e o poder afetam a personalidade de alguém? As pessoas dotadas de carisma,  grandes talentos, podem tornar-se orgulhosas e deixar de ser instrumentos nas mãos de Deus para abençoar o próximo? Provavelmente isso deve ter acontecido com Ninrode, ao passar de caçador bem sucedido a governante de nações.

A Bíblia não relata o final da vida de Ninrode.

E.A.G.

_______

Compilação: Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, edição 2004, Brasil, CPAD. Dicionário Bíblico Universal – edição revista e atualizada; A. R. Buckland & Luckyn Williams; maio 2007; São Paulo; Editora Vida. Manual Bíblico; Henry H. Halley; 4ª edição 1994 reimpressa em 1998; São Paulo; Edições Vida Nova. Pequena Enciclopédia Bíblica Orlando Boyer; 1992; Minas Gerais; Editora Vida.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CPAD – EBD 2012 – 4º trimestre: Naum e o limite tolerância divina

Quem era Naum?

O nome Naum significa “consolo”, cujo ministério profético apresentaria a consolação do Senhor aos judeus de Judá.

Pouco se sabe acerca de Naum, exceto que talvez esteja na lista genealógica apresentada pelo evangelista Lucas, e que sua cidade natal era Elcos – de localização incerta, provavelmente seria Cafarnaum, pois em árabe “Kefr-Nahum” significa “cidade de Naum”.

De acordo com dados históricos apresentados no livro, cogita-se que o profeta tenha vivido durante o reinado de Josias e tenha sido contemporâneo de Sofonias e Jeremias, então um jovem.

O livro

O livro contém a visão de Naum. Apresenta a natureza de Deus. Revela de maneira magnífica uma extraordinária descrição do caráter de Deus, em especial no capítulo 1, versículos 2 ao 8.

O estilo literário do livro é poético e profético, uma mescla de expressiva descrição simbólica com a contundente e clara sinceridade da declaração profética. A data do livro é calculada de acordo com as evidências internas e fatos históricos conhecidos. Existem duas datas fixas entre as quais o livro deve ser situado. A primeira referência é a captura de Nõ Tebas, capital do alto Egito (3.8), que caiu perante os assírios entre os anos de 663 e 661 a.C. A segunda é quando Naum prediz a condenação iminente de Nínive (2.1; 3.14, 19). Portanto a obra tem de se situar em algum momento entre essa data e a subsequente queda de Nínive, em 612 a.C.

Naum escreveu anunciando a futura queda de Nínive, que no século VII a.C dominava Israel e quase todo o Oriente.

O ministério de Naum

Em data anterior à ministração profética de Naum, o profeta Jonas proclamou a destruição de Nínive (Jonas 3.4), quando os ninivitas se arrependeram e a condenação divina foi suspensa. Mas, após receberem a misericórdia divina, Nínive voltou a praticar iniquidade, desumanidade e soberba.

A Assíria já havia destruído Samaria, por volta de 722-721 a.C., o que resultou no cativeiro do Reino do Norte, Israel, e ameaçava Judá.

Por volta de 700 a.C, Senaqueribe, rei da Assíria, fez de Nínive a capital do império assírio e a cidade permaneceu assim até ser destruída, por este motivo Naum refere-se à Nínive representando-a como toda a nação Assíria.


O comandante do rei da Assíria, Senaqueribe, desafiara o poder do Deus de Ezequias. Este é um dos motivos de Naum ser levantado por Deus profetizando contra Nínive. A profecia em 1.11-14 tem seu cumprimento registrado detalhadamente em 2 Reis 18.35; 19.37.


O ministério de Naum tinha duplo propósito: predizer a destruição de Nínive, por causa de seus pecados, e diminuir a lastimável falta de esperança de Judá, demonstrando-lhes que as promessas de Deus são verdadeiras.

O erro de Judá

A primeira derrota dos judeus para os assírios foi a queda de Samaria (722-721 a.C), e do Reino do Norte em 701, a invasão de Senaqueribe (2 Reis 18.13 – 19.37; Isaías 36, 37 - que não foi uma investida totalmente bem sucedida). Deus nunca permitiu uma vitória bem consolidada dos assírios contra os judeus. Mas, Judá sentia falta de uma resposta segura a suas perguntas, e um desconsolo muito grande predominava na terra. De súbito a voz de Naum trovejou: “Nínive cairá. Deus preservará o seu povo”.

A mensagem de juízo que Naum entregou para Nínive foi profética para Judá. Judá mostrara-se infiel ao desconfiar de Deus e entrar em aliança com nações estrangeiras com a intenção que essas alianças aumentassem seu poderio. A condenação de Nínive lhe serviu de aviso divino.

O erro dos ninivitas

A Assíria era uma nação perversa que oprimia o povo de Deus. Era conhecida por viver à custa da pilhagem de outras nações. Seus reis eram retratados alegrando-se com os castigos sanguinários aplicados aos povos conquistados. O rei assírio Samaneser III orgulhava-se de ter levantado uma montanha de cadáveres com cabeças decapitadas em frente de uma cidade inimiga. Outros reis assírios empilhavam cadáveres, como se fossem lenhas, nas proximidades dos povos derrotados.

A Assíria cometia inúmeras atrocidades contra as nações que invadia: amputações, empalações, decapitações, incêndios. Cobrava tributos opressivos e infligia com pesada escravidão os povos conquistados.

Os assírios eram brutos e cruéis. Conduziam suas guerras com ferocidade aterrorizante, arraigavam populações inteiras como política nacional e as deportavam para outras partes de seu império. Os líderes derrotados eram torturados e horrivelmente mutilados antes de ser executados (3.3).

Por ter pecado desconsiderando a Deus, quanto à mensagem entregue por Jonas, a Assíria seria completamente destruída.

Semeadura e colheita

 O auge da brutalidade dos ninivitas ocorreu durante o reinado de Assurbanipal, o último grande governante do império assírio (669-627), que subjugou o Egito e a quem o rei Manassés foi obrigado submeter-se como vassalo ( 2 Crônicas 33.11-13). O julgamento de Deus se cumpriu de maneira terrível, depois da morte deste rei, influência e o poder da Assíria entraram em declínio até ser destruída em 612 a.C.. O capítulo 2, versículos 1, 6, 9, trata de Ciaxares, comandante dos medos, e de Nabopolassar, o babilônio, que conquistaram Nínive. Os babilônios, citas e medos invadiram, saquearam e destruíram a cidade até não sobrar coisa alguma. A Assíria havia feito o mesmo com todos os países que capturara.

Nínive era uma cidade construída junto a três rios, o Tigre e rios menores, e se abastecia das águas deles por meio de canalizações que se estendiam ao redor e dentro de seu território. As entradas dos canais fluviais foram tomadas, as comportas foram estrategicamente fechadas e abertas pelos inimigos e as águas inundaram toda a cidade a ponto de ruir até o palácio real e outras construções mais baixas da cidade.

A invasão da Assíria contra Judá, durante o reinado de Manassés, foi o último ataque que esta nação pagã realizou.

Arqueologia

As muralhas de Assíria tinham aproximadamente 13 km de comprimento e 15 portões. Certo historiador da antiguidade, autor de Crônicas da Babilônia, narra um episódio em que uma grande inundação derrubou parte dessa muralha, por onde podemos aceitar a hipótese de que tenha sido o caminho de entrada dos medos, babilônios e citas. Este livro confirma o cumprimento da profecia de Naum, dizendo que os corações dos outrora insolentes e poderosos ninivitas se paralisaram ao haver grande quantidade de bens despojados.

Uma das peças arqueológicas da Assíria contém uma frase do rei Assurbanipal, na qual ele narra o tratamento dispensado a um líder vencido: “Coloquei nele uma corrente de cachorro e o obriguei a ocupar um canil no portão leste d Nínive” (Bíblia de Estudo NVI, página 1.553).

A história confirma que o então rei da Assíria morreu queimado dentro de seu palácio durante a invasão ocorrida em 612 a.C. Também, que o exército assírio dispersou-se sobre as montanhas da Arménia em 609 a.C., e que os soldados foram aniquilados por completo em 605 a.C..

No capítulo 3 e verso 11, Naum aponta para o fim e sumiço de Nínive. “se esconderás". Durante muitos séculos a localização de Nínive permaneceu desconhecida e a sua história considerada apenas uma lenda até que fosse redescoberta no século XIX d.C., mais exatamente por Layard e Botta em 1.842. Tal achado arqueológico revelou, confirmando a profecia de Naum, que o fogo contribuiu para a destruição da cidade. 

Conclusão

A mensagem de Naum é pertinente para todas as épocas. Avisa que a justiça divina não suporta a vigência do poder humano que se assenta no orgulho. Fala aos que resistem a Deus, aos que são arrogantes, para aqueles que desprezam Sua Palavra e deixam de confiar que Ele proverá e cuidará dele. Estes, inevitavelmente, experimentarão o juízo divino.

Quem confia em Deus será resgatado da vergonha e salvo da perdição eterna.

E.A.G.

Texto paralelo: Gênesis 10.9 -  Ninrode: poderoso caçador
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Compilações:

A Bíblia Anotada Expandida - Charles C. Ryrie; edição 2007; São Paulo; Editora Mundo Cristão.
Bíblia Almeida Século 21; edição 2008; São Paulo; Editora Vida Nova / Hagnos.
Bíblia de Estudo NVI; edição 2003; São Paulo; Editora Vida.
Os Doze Profetas Menores; Alexandre Coelho e Silas Daniel; 2012; Rio de Janeiro; CPAD.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

MP pede bloqueio de bens de Lula e Imprensa brasileira se cala sobre o assunto?

http://www.walla.co.il/
Durante o período de Outubro e Dezembro de 2.004, Lula, então figura presidencial, teria enviado carta assinada de próprio punho, situação incomum, ao banco BMG autorizando empréstimos à Previdência Social, época em que Amir Lando comandava esse ministério.

O Ministério Publico Federal, no Distrito Federal, pediu o bloqueio de R$ 9.526.070,64 das contas do ex-presidente Lula, com a acusação de que o ex-presidente fez uso da máquina pública para promoção pessoal e favorecimento de instituição privada.

Confira, o processo está disponível na Internet: consulta processual .

Por que  não há continuidade na profusão dessa informação em órgãos da Imprensa Brasileira? O que acontece sobre esse assunto desde então, passados cerca de 18 meses? A Imprensa brasileira parece ter feito pacto de silêncio, será que mandou às favas o profisionalismo? É preciso informar mais...

1 - Portal R7 - 22/02/2011
 Ministério Público Federal entra com ação contra Lula por improbidade administrativa
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/ministerio-publico-entra-com-acao-contra-lula-por-improbidade-administrativa-20110222.html

2 -  Portal G1 - 22/02/2011
MP Move ação contra Lula e ex-ministro por suposta improbidade
http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/02/mp-acusa-lula-e-ex-ministro-da-previdencia-de-improbidade.html

3 - Correio da Manhã - 23/02/2011
 Ministério Público pede bloqueio de bens de Lula
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/mundo/ministerio-publico-pede-bloqueio-de-bens-de-lula

E.A.G.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Crentes evangélicos avessos às igrejas

"Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo" - 1 Coríntios 12.27.

Quando a alma se converte ao Senhor, ela passa a ser membro do Corpo de Cristo, os membros são dependentes uns dos outros.

No passado brasileiro, acostumamos a ver os católicos nominais, aquelas pessoas que se diziam católicos apostólicos romanos, mas não frequentavam as missas. Nos dias atuais, observa-se que muitas pessoas se dizem evangélicos nomimais, gente que diz ter aceitado a Cristo como Senhor e Salvador, porém, rejeitam praticar a fé em movimentos cristãos institucionalizados, vivem sem uma denominação evangélica para ouvir a Palavra de Deus e participar da comunhão no ritual de Santa Ceia.

"Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns..." - Hebreus 10.25.

Uma parte dos crentes desigrejados demonstra estar decepcionada com líderes evangélicos, outra, mostra forte sentimento de rejeição às orientações de lideranças.

É certo afirmar que Jesus Cristo não fundou uma instituição eclesiástista. Mas, abordando a opção de ser cristão e manter-se em isolamento, de antemão, pretendo dizer que ao abrir os Evangelhos facilmente verificamos diante de nossos olhos que Cristo não pretendia o isolamento do cristão; Jesus comissionou os discípulos a anunciar o Reino dos Céus orientando-os a não irem sós, mas de dois em dois pregando as Boas Novas da salvação. Também pediu a eles que se reuníssem no Cenáculo, e ao obedecerem essa ordem eles receberam o batismo com o Espírito Santo.

A ideia de que alguém possa ingressar na Igreja e rejeitar a convivência com seus irmãos de fé é inconcebível. O isolameto anula a oportunidade de crescimento mútuo, a chance de desvendar novos horizontes, novas perspectivas. A prática da vocação que o cristão escolhe progride quando existe o convívio em comunidade. Nenhum cristão é capaz de ter saúde espiritual sem outros cristãos por perto. Para ensinar, antes é necessário ter a humildade de se colocar como aprendiz. Timóteo e Tito recebiam aprendizado pastoral do apóstolo Paulo.

A vida intramural no dia a dia no templo é importante. Através da experiência de relacionamento com pessoas da mesma fé é que surge a chance de ministrar e receber ministrações de conhecimentos básicos à caminhada cristã saudável.

Não considero possível um cristão obedecer à ordem de Cristo de "amar uns aos outros" sem que  outros possam receber seu amor. A proximidade faz com que uns cooperem com os outros em suas necessidades. Juntos têm o cuidado de lidar com as preocupações do próximo e em conjunto apresentá-las a Deus (Gálatas 6.1-2; 1Pedro 5.7).

Reflita mais no Belverede: Crentes desigrejados, certos ou errados?


E.A.G.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CPAD – EBD 2012 – 4º trimestre: Miquéias e a importância da obediência


O Profeta

"Quem é como Jeova?" Esta pergunta é o significado do nome Miquéias. O  profeta elabora o desfecho do livro fazendo trocadilhos dessas palavras com o uso de seu nome (7.18).

Miquéias refere-se a si mesmo como o "moratista", era de Moresete, próxmo de Gate, no norte da Filístia, cerca de 32 quilômetros a sudeste de Jerusalém, na fronteira com o território filisteu. Devido o nome de seu pai não ser mencionado, os estudiosos da Bíblia concluem que ele era de origem humilde.

O ministério profético de Miquéias aconteceu entre 750 e 686 a.C., ocorreu durante o período de três reinados: Jotão, Acaz e Ezequias (Mq 1.1; Jeremias 26.18). Ele ministrou nos mesmos dias de em que profetizaram Isaías e Amós.

Miquéias era um profeta com um ministério voltado para as pessoas comuns, mas sua mensagem também repercutiu nos palácios durante os dias do rei Ezequias e de Jesus Cristo (Jeremias 26; Mateus 2.5-6).

O contexto 

Ritos é o conjunto de cerimônias e prática litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé. O termo vem do latim ritus que significa cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, método, modo.

Os rituais judaicos se consistiam em sacrifícios em festividades religiosas, como a Páscoa e Festa dos Tabernáculos (Levíticos 9.16; Números 9.14; 2 Crônicas 35.13; Esdras 3.4; 6.9).

No tempo do profeta Miquéias, não existia falta de liturgia. Os israelitas realizam muito bem os rituais da religião judaica, mas faltava motivação correta para realizar a adoração. O Senhor não se agravada da religiosidade deles, das reuniões solenes e sacrifícios, porque tudo era feito pela força do hábito, sem que atentassem para o significado importante do que faziam. Eles cumpriam os passos litúrgicos da maneira certa, mas não entendiam o verdadeiro significado do amor a Deus e ao próximo. 

O problema dos contemporâneos de Miquéias era a falta de uma verdadeira conversão a Deus, fora do templo o povo de Judá cometia toda sorte de injustiças sociais, com o objetivo de conquistar proveito pessoal. E dentro do templo, acreditando que os sacrifícios os justificassem, cometiam loucuras, como oferecer em sacrifício os filhos primogênitos, que Deus não pedia que sacrificassem e deliberava penalização de morte aos que assim fizessem (Levítico 18.21; 20.2-5; 2 Reis 3.27; 16.3; 21.6; Jeremias 19.5; 32.35).

O livro

“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficiência e andes humildemente com o teu Deus” - Miquéias 6.8.

As profecias de Miquéias são destinadas para Judá e Israel, estas giram em dois focos, a saber, o ãmago da religião e o Messias Libertador. O profeta foi usado por Deus para denunciar a opressão e as injustiças sociais em Israel. O livro mostra que Deus é o responsável por julgar a falta de termos do seu povo, esclarece que Deus não se alegra com sacrifícios e rituais (Salmos 51.17-18).

Miquéias faz uso da poesia hebraica de maneira magistral para defender a causa dos aldeões. oprimidos pelos ricos arrogantes. O apelo em favor da religião autêntica, em 6.6-8,  é comparável ao de Tiago 1.27.

Os preceitos de praticar a justiça, amar a beneficência, ser humilde diante de Deus são considerados pela tradição judaica, desde o século 1 a.C. o resumo dos 616 preceitos apresentados pela Lei de Moisés. Miquéias 6.8 é visto como um paralelo de Mateus 23.37-40 e é considerado por muitos como a maior declaração do Antigo Testamento, pois os dois primeiros preceitos apontam para a conduta de uns para com os outros e o terceiro fala sobre a comunhão do homem com Deus.

A estrutura usada pelo profeta Miquéias é fácil de entender, um dos temas centrais do livro é o combate ao mero formalismo religioso, a divisão está baseada numa dupla sequência de ameaças e promessas.

Deus estava irado com Samaria e Jerusalém, pois o povo não o adorava de coração. Miquéias anunciou a ira divina em relação aos pecados de Samaria e Jerusalém, discursou contra a idolatria, censurou veementemente a opressão aos mais pobres, a injustiça nacional (1.5; 2.1-2; 3.9-11). Corajosamente, denunciou falsos profetas, líderes desonestos, sacerdotes ímpios que enganavam o povo e o conduziam ao pecado. Também mostrou a grandiosidade de Deus, que é capaz de perdoar (7.18).

Além disso, predisse o cativeiro do Reino do Sul e do Reino do Norte. Viu a queda de Samaria pela Assíria e a queda de Jerusalém pela Babilônia. Também que Belém seria a cidade em  que Jesus nasceria (5.2; Mateus 2.1; 4.6). E foi citado por Cristo ( 7.6; Mateus 10.35-36).

Ao lermos Miquéias, encontramo-nos com o juízo de Deus; a mensagem de esperança; juízos e misericórdia divina. E entendemos que para obedecer é necessário que a obediência seja precedida de compreensão.
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Conclusão

Deus não abomina rituais. Ele mesmo prescreveu em Levíticos a liturgia e as festas religiosas.

Entre os cristãos, há apenas dois rituais a ser praticado: o batismo nas águas e ceia do Senhor (Mateus 3.15; 26.26-30; 1 Coríntios 11.23-34). É necessário estar consciente que o cerimonialismo religioso não proporciona relacionamento íntimo com Deus e nem proporciona a salvação. Por mais que a prática ritualista seja praticada de maneira correta, jamais os rituais serão eficientes para aproximar o ser humano de Deus (1 Samuel 15.22; Salmo 40.6-8; 51.16-17; 1 Coríntios 1.14-17).

A mensagem de Miquéias convida cada um de nós a pensar com seriedade acerca de viver o cristianismo como realmente deve ser vivido. O profeta deixa claro o desejo de Deus para os israelitas numa referência que serve também para a Igreja: a prática da justiça; o amor à bondade; o viver de maneira não soberba diante dos semelhantes e do próprio Deus.

A obediência é fruto da salvação e não a salvação é fruto da obediência. As boas obras não tornam o ser humano salvo; o homem salvo pratica as boas obras. A segurança da salvação é para quem leva a sério a salvação. Aos que levam à sério a salvação, a graça de Deus se manifesta em sua vida
 
E.A.G.

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Compilações:

Bíblia Almeida Século 21, 1ª edição, 2008 (Edições Vida Nova/Editora Hagnos).
Ensinador Cristão,nº 52, ano 13 (CPAD).
Lições Bíblicas, Esequias Soares, 4º trimestre 2012.
Os Doze Profetas Menores, Alexandre Coelho e Silas Daniel; 1ª edição, 2012 (CPAD).

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Esforço e fé



Esforce-se e Deus ajudará você. Para que nossas realizações sejam perfeitas, não podemos nos esquecer de elevar o espírito em oração, falar e confiar em Deus, pedindo a Ele orientação sobre as decisões que precisamos fazer.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

SBB: a Almeida Revista e Corrigida - 4ª edição e o texto de João 21.15-17

 
É claro que o poder do Espírito Santo é essencial para transmitir a Palavra de Deus. Se só o conhecimento do idioma original bastasse, então, TODOS os cidadãos que dominavam o idioma grego, contemporâneos de Paulo e dos apóstolos que escreveram o Novo Testamento, teriam sidos salvos. Acho importante buscar o conhecimento bíblico, como também considero de igual importância ter experiência espiritual com Deus.

Meu objetivo é evidenciar que no idioma original, o grego, existe algo à mais, que não está vertido ao português na tradução Almeida Revista e Corrigida - 4ª Edição. 

Sem deixar de honrar o trabalho de gente séria que se dedica às traduções dos textos das Escrituras e sem deixar de reconhecer a submissão deles à orientação Deus em seus ofícios, não posso deixar de dizer que sabemos que nenhuma tradução bíblia é perfeita, inclusive a mais amada por todos nós, que é a Almeida Revista e Corrigida - 4ª edição, cuja mais recente correção é de 2.009, editada pela Sociedade Bíblica do Brasil. A última atualização nesta tradução foi importantíssima, pois corrigiu os termos "caridade" por amor em 1 Coríntios 13 e nos tempos verbais de passagens de 1 João 4.6, 8, 9 ("não peca / não vive pecando"). Mas, ainda penso que devem ir um pouco mais além...

Um exemplo de falha que se mantém na ARC - 4ª Edição está em João 21.15-17. Trata-se do texto que apresenta o diálogo de Jesus com Pedro. O tradutor não se aprofundou no texto grego.

Nos originais é percebido com clareza a nuance do termo AMOR. "Tu me amas?", perguna Jesus usando agape/amor de Deus. "Sim, te amo", responde Pedro, usando o termo phileo/ amizade. Então Jesus manda-o apascentar seus cordeiros e pela segunda vez faz a mesma pergunta, respondida pela segunda vez da mesma maneira pelo discípulo. E outra vez Jesus retoma a perguntar, na terceira vez usando phileo. A insistência de Cristo faz com que Pedro abale-se e afirmar que o sentimento do amor no estilo phileo. Jesus manda-o apascentar as ovelhas.

O leitor da Almeida Revista e Corrigida - 4ª Edição não tem a informação que motiva Jesus a insistir com Pedro. O discípulo responde que ama a Jesus com amor de amigo, sentimento humano.
Não está esclarecido ao leitor da ARC a sutileza do texto original, pois o tradutor não teve o devido cuidado de verter ao nosso idioma os vocábulos gregos exatos. Existe uma gama muito grande de ensino neste trecho bíblico, que se perde por não haver aprofundamento das palavras-chaves dessa narrativa, inclusive direcionadas ao chamado ministerial do pastorado. 

Link:  http://www.sacrednamebible.com/kjvstrongs/index2.htm  Vamos ao texto, com uso do dicionário Strong online.  As referências númericas 25 e 5368 são relativas aos verbetes de Strong.
João 21.15 - E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me ( [25] agapao ag-ap-ah'-o ) mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo ( [5368] phileo fil-eh'-o ). Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. 
João 21.16 - Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? ( [25] agapao ag-ap-ah'-o ). Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo ( [5368] phileo fil-eh'-o ). Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. 
João 21.17 - Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me?( [5368] phileo fil-eh'-o ) Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me?( [5368] phileo fil-eh'-o ) E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo ( [5368] phileo fil-eh'-o ). Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. 
Ao apontar a situação de João 21.15-17 na ARC 4ª Edição, não pretendo tirar o alto valor que a tradução possui à fala portuguesa. Ela é riquísima, continuemos a usá-la. Essa falha de tradução está em quase todas as traduções ao português, se minha memória estiver certa, exceto a tradução Nova Bíblia Viva da editora Mundo Cristão é fiel aos originais neste trecho bíblico.

Com a palavra, os revisores da SBB.

E.A.G. 

sábado, 10 de novembro de 2012

Ana Paula Valadão e a polêmica quanto aos pastores barrigudos

Glutonaria: assunto polêmico

Precisamos tomar cuidado diante do prato, não devemos comer nada além da medida necessária.

Durante culto de mulheres, realizado no dia 31 de Outubro de 2012, na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte – MG, Ana Paula Valadão usava o microfone palestrando uma mensagem cujo título  é Lembrem-se da Mulher de Ló, baseado em Lucas 17.32. Falava sobre a necessidade de manter o foco nas coisas espirituais e não nas da terra, e em determinado momento foca sobre os benefícios do jejum, quando revela não conseguir entender haver pastores barrigudos. “Gente, não combina com a liderança” – disse ela.

A mensagem que ela entregou dura mais de 90 minutos. Mas apenas dois minutos chamaram a atenção geral. O pequeno trecho da fala repercutiu em redes sociais, sites e na Blogosfera Cristã.

A impressão que ficou aos que não tiveram acesso ao sermão na íntegra não é das melhores, para alguns ficou a ideia que ela apontava para a estética como critério de escolha para o exercício ministerial. Não era isso! É preciso enfatizar que o assunto da preleção era não olhar para trás, como fez a esposa de Ló, na pregação há um sub tópico sobre jejum. Ao citar "barrigudo", a cantora fazia menção à glutonaria (uma das características das obras da carne).

 

Recomendo a todos assistir o conteúdo inteiro, para tirar conclusões próprias. Querendo assistir o vídeo, atente ao trecho em 1.05.20 até 1.09.40, que é o contexto próximo para o uso do termo barrigudo. Neste trecho, Ana Paula Valadão lembra que 31 de Outubro é o Dia da Reforma Protestante, o mesmo dia da palestra, lembra que os cristãos do tempo da reforma jejuavam dois dias por semana e os compara com as lideranças cristãs dos dias atuais.

A cultura da igreja brasileira

Sem a intenção de julgar, apenas informar, aqui na Capital de São Paulo, há uma igreja-sede, importante ao cenário pentecostal em nível nacional, que uma vez ao mês oferece grandes banquetes reservados às lideranças.

Noto que faz parte da cultura da igreja brasileira evitar o assunto da glutonaria. Acho que deveríamos falar mais sobre isso.

Confesso que sou convidado para banquetes em igrejas.

Pedido de desculpas 

Não podemos esquecer que Ana Paula Valadão usou seu blog para retratar-se. Na terça-feira, de 6 de Novembro ela escreveu se dirigindo a todos que se sentiram ofendidos com o que disse. “Quero pedir desculpas às pessoas que se ofenderam com algumas colocações que fiz em um dos cultos de mulheres. Eu me expressei mal. Obesidade não é um impedimento para o exercício da liderança e da espiritualidade”.

Apesar do pedido de perdão, Ana Paula Valadão remarcou seu posicionamento quanto aos valores espirituais do jejum. "De qualquer forma, continuo acreditando que a prática do jejum, da oração, da leitura da Bíblia e das disciplinas espirituais são fundamentais, não apenas para os líderes, mas, para todos os cristãos".

Costumes errados e a saúde

Nem toda pessoa acima do peso é assim por sua culpa. Obesidade é doença que precisa ser tratada. Além disso, é preciso considerar que nem todo glutão é um gordinho. Existem pessoas magras que comem à beça e ninguém sabe para onde vai tudo o que comeu! Como bem lembrou Robson Silva no Point Rhema, ¹ quem sofre com a anorexia não vive espiritualidade acima da média.

É verdade que comer é uma das melhores coisas que existe! Outra verdade é que nem toda pessoa acima do peso é gordinho porque come muito. Vários fatores contribuem para a obesidade. Às vezes trata-se de disfunção da tiroide. De igual forma, existem casos de uma barriga sobressair por causa do sedentarismo. Também há casos de costume errado à mesa, comer e beber mal: muita ingestão de frituras e refrigerantes.

No Point Rhema, outro participante comentou: “falo de costumes e tabus, principalmente assembleianos, achar que a vida dos lideres são só espirituais, não vão aos médicos periodicamente, não tiram férias com sua família, pouco lazer ou nenhum, muito estresse, mas nunca vão ao neuro, inclusive já ouvi pastor criticar membros que utilizam remédio controlado receitado por psiquiatra”. ²

Um terceiro, escreveu: “Fiquei feliz com o público pedido de perdão de Ana Paula Valadão. Contudo, receio que se nossos líderes não mudarem os hábitos, inclusive de quebra de tabus e costumes, a média de vida entre os líderes evangélicos diminuirá sensivelmente. Líderes há que se queixam de hipertensão, problemas cardiovasculares, dores na musculatura ou nas juntas, cefaleias, perda de libido, etc. Tudo porque? Por não fazer exercícios físicos, caminhadas, exames periódicos. Até o exame de próstata, que inicia com o psa colhido pelo sangue no laboratório, não se preocupam...” ³

Minha opinião

Sou uma pessoa com peso um pouco acima do que é ideal para minha altura. Carrego uma pequena e “charmosa” área abdominal. Em agosto, na minha mais recente visita ao clínico geral, o doutor chamou minha atenção, me fez entender que preciso emagrecer. Lembrou a mim sobre os cuidados que eu devo ter com respeito à saúde.

Não refuto o que a Ana Paula Valadão quis dizer, apenas digo que é lastimável a forma que ela fez a abordagem do tema obesidade na vida de líderes, pois o assunto é bastante complexo e deve ser abordado em sua complexidade.

Faça uso da  mente de Cristo

Há muita gente acertando com interesses errados, e muita gente que erra com intenções nobres Deus olha para as ações da humanidade e presta atenção na motivação de cada um. Toda pessoa que possui a Jesus Cristo deve imitar o jeito que o Senhor observa cada um de nós.

Façamos uso da mentalidade cristã, sempre.

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1 - http://pointrhema.blogspot.com.br/2012/11/ana-paula-valadao-pede-perdao-pelo.html
2 - http://pointrhema.blogspot.com.br/2012/11/ana-paula-valadao-pastores-barrigudos-e.html
3 - http://pointrhema.blogspot.com.br/2012/11/ana-paula-valadao-pastores-barrigudos-e.html  

Atualização: 11/11/12 - 16h27