Pesquise sua procura

Arquivo | 14 anos de postagens

domingo, 1 de abril de 2012

Plágio e descoberta

Estamos diante de uma realidade nova com o advento do mundo digital. As novas gerações possuem uma mentalidade diferente dos tempos analógicos. As crianças que nascem e crescem hoje estão entre máquinas potentes, telefones celulares, fazem up load e down load com extrema facilidade. Elas carecem de ensino apropriado sobre o produto alheio, aquilo que está acessível na tela do computador pessoal, mas  não é físico e nem delas. A ética é imprescindível em todas as situações, é importante que a percepção de justiça exista, que todos escolham fazer uso justo de tudo que está ao alcance.

Não é difícil apoderar-se de um texto na Internet. É só copiar e colar, dois cliques no mouse, ou pressionando as teclas CTRL C e CTRL V. Mas, existe uma espécie de perseguição de gato e rato, também não é complicado descobrir o conteúdo plagiado.

Na era da comunicação virtual, pessoas que tendem às facilidades, costumam usar a Web e pegar conteúdos e utilizá-los sem considerar, ou não entender, as regras clássicas à reutilização de material protegido pelo direito autoral. Simplesmente elas não param para pensar que aquilo não lhe pertence. É um equívoco presumir que só porque está on-line é conteúdo liberado.

Infelizmente, o âmbito das universidades tem sido o lugar onde é encontrado o maior número de plagiadores. Uma pesquisa americana, com 4.500 alunos consultados, detectou que mais da metade eram plagiadores. Para os estudantes, a Internet é vista como um campo aberto e livre onde eles copiam o trabalho de outros integralmente, se apropriam das ideias alheias como se nada de errado houvesse. Mas o verbo para isso é conhecidíssimo e chato de ser pronunciado: roubar.

Atualmente, existem ferramentas de varredura de conteúdo em instituições de ensino, escritórios de advocacia, editoras comerciais. São programas específicos para vasculhar e encontrar plágios de artigos, frases, e documentos na Rede Mundial de Computadores. Hoje em dia é possível usar programas com banco de dados de 11 bilhões de páginas da Internet, 90 milhões de trabalhos de estudantes, mais de 12 mil jornais, revistas e periódicos acadêmicos e milhares de livros. Mas, muitos professores não se dispõem a usar programas de vigilância eletrônica.

Além disso, até sem qualquer programa especializado, é possível encontrar os saqueadores, tomar ciência de apropriação de trabalho em sites de qualquer Internauta. Se você lançar um ou dois parágrafos deste artigo no Google, aparecerá a localização, ou localizações, dele. O resultado é exato. E a partir deste dado, basta verificar datas, a data mais antiga é a provável fonte de autoria.

O leitor atento percebe, e muito mais o professor. A luz amarela logo acende quando um texto possui escrita diferenciada ao que costumeiramente é encontrado na síntese normal daquela pessoa que assina o texto. Palavras e frases denunciam a capacidade e autenticidade do escritor e do plagiador.

Há quem seja capaz de fazer plágios descaradamente. Praticar este tipo de atividade virtual é sinal de falta de noção da realidade, e assim que quem a comete é descoberto cai em descrédito intelectual. A pessoa que faz isso não tem sucesso perene. Não há como esconder o que faz, será descoberta. No mínimo, o senso comum a julgará como alguém sem criatividade, sem ética e de baixa moral. Este delito não compensa.

É claro que é preciso considerar o plágio não intencional, geralmente o volume de cópias dessas pessoas é pequeno e não visa lucro ou favorecimento social. Também é preciso ponderar que é possível alguém criar algo e depois encontrar coisa parecida em outro lugar, mas sem nunca tê-la visto antes.

Especialistas da área afirmam que existe gente entre o meio termo. Há caso de plagiador em completa ignorância. Eles copiam porque não viram nada melhor para fazer e não são capazes de atinar que cometem erro grave. Entretanto, a maior parte faz plágios intencionalmente, pensando ser possível enganar a todos. Tal situação está difundida em larga escala, então elas não levam a sério o problema, são maliciosas e continuam a agregar para si propriedade intelectual com objetivo claro de benefício próprio.

Os plágios não estão apenas no meio acadêmico, só em trabalhos de conclusão de curso universitário, pelo método de extrair da esfera on-line para o mundo físico. A disseminação de cópias irregulares também está presente até no microblog Twitter. Naquele site, com suas postagens de 140 caracteres, é possível ler tweets sem atribuição autoral.

Mais frequentemente, os blogs são disseminadores do uso injusto da propriedade de terceiros. É de se lamentar bastante quando o fato ocorre entre pessoas que se dizem cristãs. 

Enfim. tomar uma obra alheia sem citar o nome do autor e colocar outro nome não é empréstimo. O uso de conteúdo on-line sem atribuição adequada não é ação legal. É uma ação reputada como feia, totalmente reprovável. 


E.A.G.

2 comentários:

Thiago de Meira Rezende disse...

Parabéns pelo blog irmão! Já estou seguindo-o. Devemos ser originais, autênticos e expor as nossas ideias de acordo com o nosso ponto de vista intelectual e único de escrever. Convido-te a visitar o meu blog: http://tmropoderdafe.blogspot.com Muito Obrigado! abraços, Thiago!

Tina Ernestina Reis disse...

ótima postagem sobre o plágio; várias vezes já entrei num blog, com nome igual pensando que era duma pessoa, quando terminei de olhar era de outra. E preocupada com o leitor sempre adiciono meu nome ao blog, para a pessoa saber de quem é. no caso do meu primeiro blog Vivendo Pela Fé, o nome surgiu num momento da minha vida de muita lutas, e me veio a memória. Vivendo Pela Fé, depois de algum tempo, vi que existia blogs com o mesmo nome, faço questão de quem entra no meu blog saber quem é que criou, e se estiver procurando um outro blog tenha como identificar de cara, que não está no blog certo. Os nomes dos meu blogs surgiram da minha experiência com Deus, e outros foram para compartilhar posts de outros blogs, que leio e gosto. Procuro ser ética em tudo na minha vida, se errei foi por falta de conhecimento das leis do mundo digital, e artigos como este acima são ótimos para aprendermos a vivermos de maneira ética na Web, Deus continue o abençoando!