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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Os dízimos de Abraão e Jacó

A interpretação que Abraão e Jacó entregaram dízimos uma vez só pode ser considerada falha.

Abraão viveu 175 anos e Jacó 147 (Gênesis 25.7, 47.28). A vida deles não está escrita por inteira na Bíblia. Então, por haver apenas uma narrativa contando a entrega de dízimos, não pode-se afirmar que foi uma vez só que eles deram dízimos.

Será que 322 anos, 175 somados à 147, caberiam em 50 capítulos de Gênesis?

Não existe biografia completa da vida dos personagens bíblicos. Apenas relatos de partes importantes da vida deles, na perspectiva da didádica espiritual.

Lemos em Gênesis 14 que Abraão entrega o dízimo. Isto ocorreu 430 anos da Lei de Moisés existir. E, em Gênesis 28 lemos que Jacó sonha e vê uma escada e o céu aberto, anjos subindo e descendo, e faz o voto de entregar o dízimo. Isto aconteceu cerca de 350 anos antes da lei de Moisés vir a existir.

Então, quem diz que os patriarcas entregaram os dízimos uma única vez precisa ter seus pensamentos revistos.

E.A.G.

9 comentários:

Anônimo disse...

Fica muito claro no texto bíblico. Abraão pega dos despojos de guerra o dízimo e entrega a Melquisedeque. Jacó faz uma espécie de voto prometendo que de TUDO que ganhasse entregaria o dízimo. Acredito que de TUDO em toda a vida. Ambos voluntariamente, antes da imposição pela Lei. Se Abraão teve disposição para sacrificar o próprio filho prometido, não "sacrificaria" o dízimo?
É interessante notar que certos homens como Jacó, Davi, etc, não tentaram parecer super-crentes nem ficaram acovardados pelo medo do inferno. Veja Jacó. Estabeleceu uma condicionante para a entrega do dízimo: primeiro, seria guiado, protegido, alimentado, vestido, abençoado por Deus, depois daria o dízimo.

Black Jr

Unknown disse...

Visite o blog CREIO E CONFESSO (www.creioeconfesso.com).
Um forte abraço.
Rev. Agnaldo Silva Mariano
Pastor Presbiteriano

Georges - DOA A QUEM DOER disse...

Dizer - ou sub-entender - que é possível que eles tenham entregue os dízimos é o mesmo que dizer - ou sub-entender - o contrário. A Bíblia não é feita de suposições. Se não há indicação clara de que algo deve ser feito, então não deve ser feito. O que há de claro é que, se dízimos são anteriores à Lei e por isso são superiores a ela, os sacrifícios de animais também são anteriores (cf. Gn 8:20; 22:13; 31:54 etc.); a separação entre animais puros e impuros (Gn 7:2,8 etc.); a primogenitura (Gn 22); o sábado (Gn 2); e muitas outras ordenanças. Por que então só se prega com essa veemência o dízimo, se ele está em pé de igualdade com outros mandamentos?
Aliás, o dízimo nem era mandamento até ser estabelecido NA LEI, pois antes disso não existe nada dizendo que alguém deveria separar 10% de seus rendimentos; pelo contrário, Abraão e depois Jacó é que ofereceram VOLUNTARIAMENTE o dízimo. Portanto, os pastores, que têm tanto apreço por essa prática, deveriam ensinar ao povo a liberalidade voluntária, que é o mandamento do Novo Testamento.

Eliseu Antonio Gomes disse...

Georges.

A questão do sacrifício de animais recebeu veto dos apóstolos no NT. Isso está claríssimo. Não acha? Vide Hebreus, assunto holocausto.

A questão do dízimo nas Igrejas segue pela questão da voluntariedade, com vista em Gênesis 14; Salmo 110.4 e Hebreus 7.

Abraço.

Georges - DOA A QUEM DOER disse...

Exatamente essa a questão. Clareza. Dízimo foi insituído para sustento dos levitas, e o sacerdócio levítico foi extinto quando rasgou-se o véu. Além do mais, dízimo nunca foi em dinheiro. Isso é claro na Bíblia. Quando se arrecadava dinheiro, era para sustento dos pobres e necessitados, e não é isso que se faz hoje em dia.
Volto a insistir: e o sábado? E os animais puros e impuros? Tudo isso também é anterior à Lei, mas não se ensina isso (a não ser talvez os adventistas). No mesmo capírulo que se ensina o dízimo, na Lei, se dia que não se deve misturar lã e linho. Alguém segue isso hoje em dia? Se o pastor usar calça de linho e colete de lá deve ser apedrejado fora do arraial?
Irmão, não devemos confundir a lei cerimonial com a lei ética e moral. A lei cerimonial, da qual o dízimo faz parte, foi abolida.
Abs
Georges

Eliseu Antonio Gomes disse...

George

"O dízimo foi instituído para sustento de levitas."

Essa frase pronta é recitada como se fosse um versículo bíblico, mas não faz parte das Escrituras Sagradas. Ela não se encaixa aos textos sagrados.

Eu pergunto e eu resposto:

Abraão deu o dízimo? Sim.

Ele fez isso quando? Há 430 anos da Lei de Moisés vir a existir.

Então, o dízimo fazia parte da Lei quando Abraão dizimou? Não.

Abraço.

Georges disse...

Exatamente, meu amigo, o fato de o dízimo ser anterior à Lei não faz dele maior que a Lei, e sobreviver a ela mesmo depois da epístola aos Hebreus esclarecer que o velho pacto acabou no romper do véu. Foi isso que eu quis dizer quando citei outras práticas anteriores à Lei.
O irmão não fala nada sobreo dízimo não ser em dinheiro.
Abraão também circuncidou seu filho antes da Lei.
Noé separou animais puros e impuros antes da Lei.
Guardava-se o sábado antes da Lei.
Muita coisa se fazia "antes da Lei", mas a Igreja não é obrigada a fazer hoje. Por que só se invoca a anterioridade como fator de autoridade no caso do dízimo?
Por favor, faça um esforço e tente entender o seguinte, com todo respeito: o que chamamos de Lei tem 3 núcleos - (1)a lei civil (que funcionava como uma constituição do Estado de Israel que acabava de ser formado); aqui entra o "olho por olho, boi por boi", a lei da escravidão, da guerra, da cidade de refúgio e da terra (exemplificada no livro de Rute); essa "lei" já foi extinta, nem Israel a segue mais. Depois vem a (2)lei cerimonial, da qual o dízimo e outras práticas vieram a fazer parte. E por fim a (3)lei ética e moral, que ainda está vigente e à qual Jesus fez menção ao dizer que o cumprimento dela é o amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a si mesmo, o resumo do resumo dos 10 mandamentos.
É por isso que o dízimo, a primogenitura, a circuncisão, o COMER animais puros (e não apenas sacrificá-los), tudo isso foi abolido.
É por isso que à Igreja são feitas apenas as recomendações de At 15:19.
É por isso que à Igreja são dadas apenas duas ordenanças, ceia e batismo.
É por isso que não se vê nenhum apóstolo (os daqueles dias, bem entendido, não os de hoje) pedindo dízimo, apenas chamando à generosidade, nem se vê obrigatoriedade de 10%, mas sim a consciência coletiva de ofertar voluntariamente, cf. At 4:34, 37.
Quando Deus estabelece uma nova dispensação, algumas ordenanças da dispensação ou pacto anterior permaneciam, outras eram abolidas e novas eram criadas. O dízimo foi uma ordenança que sobreviveu até o início da era da Igreja. Patriarcas deram o dízimo, judeus sob a Lei deram o dízimo, e acabou, assim como antes dos patriarcas e da Lei se guardava o sábado e circuncidavam-se os meninos. Para a Igreja, nada disto subsiste! Isto é cristalino. Não entender isso é que leva à mistura de elementos judaicos no culto cristão, como "levitas", shofar, danças, kippah, tallith, primícias... e dízimos!
Não vejo qual a dificuldade no entendimento das coisas que são para Israel e das que são para a Igreja, cf. I Co 10:32. Quando se entende o plano divino por meio das diferentes dispensações, esse problema acaba.
A não ser, é claro, quando a falta de fé no sustento do Alto leva o "líder" a manter esse peso sobre a congregação, sob as mais diversas justificativas.
Aí já é outra historia.
Obrigado pelo espaço.
Georges

Eliseu Antonio Gomes disse...

Georges.

Não é o fato de escrever muito que lhe dará a condição de ter razão.

As suas digitações apenas mostram sua opinião, sua maneira como interpreta a Bíblia.

Há passagem bíblica que aponta que o dízimo era entrega em dinheiro: Levíticos 27.31,33.

Circincisão, separar animais puros e impuros, a guarda do sábado e o dízimo foram práticas antes da Lei de Moisés e foram incorporadas a ela, no entanto, apenas o dízimo é a prática que você não encontrará instrução no Novo Testamento lhe dizendo que não se deve praticar.

Amigo, suas explicações não estão cristalinas. E não têm suporte de convencimento. Portanto, não se esforce em me convencer.

Dízimo é ato de fé. Se não existir fé para entregar o dízimo, melhor não fazê-lo.

Deus te abençoe.

Georges disse...

Amigo
não quero me estender mais sobre isto, pois já vi que nem a explicação curta nem a longa háo de mudar posicionamento tão arraigado. Eu também custei a entender, é assim mesmo. Muitos anos de doutrinação.
Só quero terminar dizendo que a passagem de Levítico é uma exceção. Quando não se podia levar o produto, fazia-se a conversão em dinheiro.
Lei cerimonial acabou.
Atos 15:10 - 10 Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar?
Gálatas 2:14 - Por que obrigas os gentios a viverem como judeus?
Abraços, adeus, que o Senhor abra o entendimento.