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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um comentário sobre os protestantes cristãos e a salvação

Praticamente todos os cristãos evangélicos sabem, mas é sempre bom deixar as coisas bem esclarecidas em determinados pontos. O quê? Se apresentar como cristão protestante não é uma condição que leva a alma humana ao céu. Para ser salvo, não basta se dizer "sou cristão", da ala tradicional, ou pentecostal, ou neopentecostal, nem ser militante da doutrina calvinista ou arminiana.

E, nenhuma denominação evangélica têm o poder de salvar ninguém.

Os prerequisitos bíblicos para a salvação, são:

1 - Crer em Jesus como Senhor e Salvador (Atos 4.12)

Considerar Jesus como Senhor é mais do que dizer isso com nossos lábios. A mera confissão se constitui em fé morta, enquanto que a fé viva é ativa, faz com que o crente passe a agir obedecendo a Cristo.

Quem realmente aceita a Jesus como seu Senhor passa a viver segundo as vontades dEle. Para obedecer a Cristo é necessário conhecer tudo o que Ele disse. O Novo Testamento contém os Seus ensinos. Após conhecer esses ensinamentos, passamos a saber o que Ele quer de nós. Os servos fiéis seguem as vontades do seu Senhor.

A melhor maneira de conhecer ao Senhor, saber o que Ele espera de todo cristão, é ler e orar, com o coração disposto à submissão. A leitura do Novo Testamento e a oração são as atitudes que produzem resultados espirituais positivos entre os cristãos e Jesus Cristo.

2 - Colocar a fé em prática (Romanos 2.21-24; Tiago 1.22-23)

Crer não é apenas um esforço mental, é seguir o mandamento de amar a Deus e ao próximo.

a) Amar a Deus significa o mesmo que obedecê-lo de maneira espontânea, sem a busca de tirar proveito próprio dessa relação.

Não existe quem ame a Deus de verdade sem obedecê-lo. A obediência é a tradução do amor verdadeiro, e a rebelião - declarada por contestações ou no silêncio do desprezo - é a tradução do amor a si mesmo, é a manifestação da egolatria.

b) Amar o próximo é o mesmo que fazer o bem ao próximo, quer mereça ou não. O cristão fiel faz o bem a todos, até aos inimigos, porque Jesus manda, porque está consciente que a obediência ao mandamento do amor é a diferença entre ser fiel e rebelado, ser ovelha e bode, ser joio e trigo, ser luz e trevas.

3 - O Padrão dos crentes protestantes

Os protestantes consideram os personagens da Bíblia pessoas falhas, pecadoras. Nenhum prostestante segue os apóstolos Paulo, Pedro, ou outros apóstolos. Fazer deles padroeiros não é uma doutrina da Igreja Reformada, é doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana.

É um erro pensar que os apóstolos são modelos aos crentes protestantes! Quando Paulo escreveu "sejam meus imitadores", ele não estava aconselhando a imitar sua pessoa como ser humano. Ele acrescentou: "como eu sou imitador de Cristo" (1ª Corintios 11.1).

Assim sendo, a lição é: sejamos imitadores de Cristo, e não meros imitadores de homens.

Apesar de Martinho Lutero, João Calvino, Unrico Zuínglo e Jacó Arminio serem considerados grandes reformadores, os protestantes têm como modelo a ser seguido apenas Jesus Cristo.

Imitar homens é perigoso, é praticamente uma idolatria, pois Jesus deixa de ser entronizado em nossos corações.

Eu procuro sempre olhar a Igreja como Organismo Espiritual, cuja cabeça é Cristo. Ou seja: eu nunca esqueço que a Assembleia de Deus – denominação evangélica onde cresci e me converti - é apenas uma denominação, uma instituição humana (esta afirmação não é um desprezo!).

A Assembleia de Deus contém muitos cristãos que fazem parte do Corpo de Cristo, mas ela não é a Igreja, é apenas uma organização criada por homens. E como tal, possui seus equívocos - só Jesus não tem pecado. Nesta mesma condição estão todas as denominações evangélicas: Batista, Presbiteriana, Quadrangular, Deus é Amor, etc.

A Igreja é simbolizada pela anatomia do corpo humano, com seus membros diferentes e com funções diferenciadas e essenciais. Cada membro é útil em sua ação específica, útil a si e coletivamente. Mas, alguns líderes de denominações – assembleianos, batistas, presbiterianos, e outros - se esforçam para que todos os membros do Corpo de Cristo sejam iguais – segundo a doutrina denominacional em que vivem e desejam que todos a vivam também. Impossível acontecer essa padronização de fé e ações, então, eles criticam uns aos outros porque têm características e funções diferentes!

Conclusão

Observando os protestantes, encontramos diferenças teológicas encontradas na maneira de professar suas crenças. A diferença faz com que hajam diversas denominações evangélicas através de liturgias distintas, - agrupados nos movimentos tradicionais, pentecostais e neopentecostais. Mas esta diferença não interfere na questão da salvação.

Os pentecostais e os neopentecostais crêem, e recebem o batismo e os dons do Espírito, os tradicionais, não... Porém, os três movimentos crêem que a salvação é apenas crendo em Jesus Cristo como Salvador e Senhor.

Como alguns dizem: maior é a semelhança que une a cristandade do que a diferença que a separa.

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que citados o link (HTML) do blog Belverede e o nome do autor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olha amado só vou citar uma pequena correção à imagem que o Senhor usou falando sobre o logo tipo da Igreja Quadrangular.
Os nossos fundamentos são Jesus Salva,Cura Batiza e Ele breve voltará (para buscar os seus).E não "leva pro Céu", Jesus leva pro Céu sim mais não a qualquer um e sim aqueles que realmente crêem nele e o verdadeiramente o serve e o busca.
Fica na paz espero nao ser mal interpretada.