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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

MINHAS REFLEXÕES SOBRE QUASE, QUASE, QUASE TUDO...

Série Futebol, óleo sobre tela, criada em 1966, por J. R. Aguilar (Museu de Arte Contemporânea).


Na semana passada eu estive dois dias longe do meu computador. Creio que o afastamento foi providencial, vindo lá do alto. Deus sabe o que faz!


Num dos meus momentos de descanso das tarefas virtuais, assisti televisão. Vi jogos antigos da Copa do Mundo no canal Sport TV. No documentário, haviam partidas desde os tempos que o Zagalo ainda estava nos gramados, jogando.

Então, me vi pensando numa dessas épocas de Copa do Mundo de Futebol, de um passado não muito distante. Falo do tempo das telas de televisores em cores fazendo parte das transmissões, quando as câmeras já eram capazes de flagrar por closes os jogadores em seus solilóquios, escarradas no gramado e palavrões. Lembrei-me de um determinado jogador carioca, bom boleiro e muito carismático, ele não foi escalado para participar do campeonato, apesar de aclamado por todo o Brasil para que fosse convocado.
Numa entrevista, o treinador de então não usou meias palavras, explicando sobre a rejeição à imprensa e aos brasileiros inconformados, disse:

- Ele não tem espírito de equipe - justificou.

O que seria isso? Faltava ao jogador a mentalidade da união consensual, o senso de unidade, faltava a consciência da importância da coesão do grupo. Não havia naquele atleta o entendimento sobre o desejo do técnico em ver todos os onze jogadores fazendo o mesmo esforço para chegar num denominador comum.

Numa situação que não tem nada a ver com o que acabei de escrever acima, assisti na Rede Record o jornalista Percival de Souza, dizendo o seguinte:

- Não basta o vento soprar a seu favor, é importante você saber aonde quer chegar.

Atletas que sonham ler apenas seus nomes em letras garrafais nas manchetes das colunas de esportes não servem para participar de times importantes. Eles devem participar apenas de esportes onde seja possível seguir carreira solo.

Bem, eu sei quais são meus objetivos. Sei quais são as minhas metas. A mais importante delas têm caráter estritamente espiritual. Eu quero chegar ao céu. Queiramos todos entrar no céu. Para chegar lá não podemos nos enganar pensando que o eixo do mundo gira centralizado em nossos umbigos.

O passaporte do cidadão do céu é o tal espírito de equipe.

Para que atinjamos nossas metas precisamos agir de maneira coletiva, mesmo que pensando de maneira diferenciada dos outros membros do nosso time. É necessário compartilhar a bola. Deixar que os companheiros marquem o gol que estamos sempre sedentos para fazer, se o ato de deixar de marcar conduza a vitória da coletividade.
Não assisti apenas televisão. Também li algo sobre Juízes 17.6, trecho bíblico que é perfeitamente possível alinhar neste artigo. Naquela época não existia autoridade que estabelecesse as normas, ou que determinasse o cumprimento das normas da Lei. Cada qual fazia o que achava mais correto aos seus olhos.

Hoje este é o pensamento básico de nossa época, quando muitas pessoas querem ter a liberdade de tomar a decisão que achar melhor sem ser questionada. Estamos vivendo num período em que as pessoas não querem se submeter a qualquer autoridade, achando-se no direito de determinar as suas normas de acordo com os seus desejos desenfreados, sem que haja limites impostos. Estamos numa geração que vive debaixo da concupiscência da carne (Efésios 2.3). As autoridades foram constituídas por Deus para que estas normas escritas na consciência humana (Romanos 2.14-15) fossem respeitadas pelos homens (Romanos 13.4), mas é justamente o oposto disso que vem acontecendo cada vez mais em escala maior.

Exatamente por causa disso, as instituições que deveriam ter autoridade sobre nós, infelizmente, não gozam mais de credibilidade. Família, justiça, governo, polícia, escola.

Diante disso, vivemos numa sociedade complicada, com relação ao comportamento do ser humano, que não tem fundamentos para buscar a sua postura ética diante do seu meio social, e termina escolhendo o que lhe parecer melhor, de acordo com os seus interesses.

Está reinando no coração de quase todos a tal falta da filosofia do espírito de equipe.


É exatamente sobre isso que Paulo explicitou para Timóteo. Ele falava de uma sociedade cheia de gentes egoístas, blasfemadoras, desobedientes aos pais, irreverentes, descontroladas, inimigas do bem, atrevidas e amigas dos prazeres.

Reflitamos sobre tudo isso!


E.A.G.

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