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domingo, 8 de fevereiro de 2009

O Apocalipse: definições escatológicas sobre a Volta de Cristo, a Grande Tribulação e o Milênio

Os quatro cavaleiros do Apocalipse.
Tudo o que a Bíblia apresenta a respeito dos últimos acontecimentos da vida e da história não são simplesmente ocorrência de sorte ou azar para que façamos uma reflexão. O Livro de Gênesis mostra ao leitor da Bíblia que o Criador fez tudo compatível com um plano equilibrado e voltado para um ápice maravilhoso. Nada foi criado ao acaso. Quando Adão e Eva cederam à tentação do pecado, Deus pronunciou a promessa de que o descendente da mulher esmagaria a cabeça do Tentador (Gênesis 3.15; Apocalipse 12.9). E a partir deste episódio, gradualmente um plano de redenção é revelado com promessas aos servos do Senhor: a Abraão (Gênesis 12.3), a Davi (2 Samuel 7.11,16) e aos profetas do Antigo Testamento.

A redação do apóstolo Paulo enfatiza a inclusão da Igreja nesta promessa de salvação, dizendo o seguinte: "aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo" (Filipenses 1.6). Ou seja: a Bíblia toda coloca em evidência o futuro assegurado pela própria organização de Deus com relação aos judeus e não judeus no Plano da Salvação em Cristo Jesus.

As testemunhas oculares que viram Jesus subir ao céu receberam a promessa da sua volta (Atos 1.11). Quando o Evangelho de Cristo alcançou os gentios através da pregação dos seguidores do Salvador, a mensagem compartilhada tinha como característica estar "em poder e no Espírito Santo, e em muita certeza", assim muitas pessoas abandonavam os ídolos e passavam a viver servindo ao Deus vivo e verdadeiro, e a aguardar a Volta de Jesus Cristo, a quem um dia morreu e ressuscitou, e torna o crente livre a ira futura (1 Tessalonicenses 1.5, 9-10).

As visões de João, relatadas no Livro do Apocalipse, quando este estava feito prisioneiro na ilha de Patmos, mostram um cenário escatológico apontando para a vitória posterior de Cristo, acrescentam a garantia do reino milenar antes do derradeiro juízo e dos novos céus e nova terra profetizados por Isaías (65.17; 66.22). Então, a partir da Ásia Menor, portanto, os conceitos premilenistas se espalharam com rapidez.

Ao ler o livro Apocalipse, é importante compreender alguns termos usados nas doutrinas escatológicas:

A segunda vinda de Cristo: Do Gênesis ao Apocalipse, a Bíblia aborda sobre a Segunda Vinda de Jesus, este evento é o mais esperado pela Igreja ao passar dos séculos. A volta corporal de Cristo à Terra, será primeiro nos ares, fora da visão da população mundial que não o reverencia e nem nEle crê, para levar consigo a Igreja ao céu, depois o retorno do Messias acontecerá na metade da Grande Tribulação, em glória, quando todo olho o verá, como juiz e Rei de todas as nações da Terra.

O arrebatamento: Reunião instantânea de toda a Igreja existente na terra para encontrar-se com Jesus nos ares e estar com Ele para sempre. é descrito nas narrativas bíblicas como o assalto e rapto repentino da Igreja. As pessoas lavadas e redimidas pelo sangue do Cordeiro serão retiradas desse mundo sem que as pessoas que não obedecem ao Senhor percebam de imediato o que ocorreu (1 Tessalonicenses 5.2, 4; 1 Corintios 15.52).

A Grande Tribulação: Geralmente, o termo "tribulação" é usado referindo-se às dificuldades e sofrimentos que o povo de Deus está sujeito a ser acometido. Está escrito em Atos 14.22 tem um aconselhamento de ânimo, falando aos cristão a não desanimarem na fé, pois os justos experimentam muitas aflições para entrar no Reino de Deus. Porém, Jesus é específico ao comentar sobre o final dos tempos, quando chegarão dias de Grande Tribulação sem igual na História da humanidade, quando o sol escurecerá e a lua não refletirá nenhuma luminosidade, as estrelas desabarão do céu, os poderes do céu serão abalados, momento em que o sinal do Filho do Homem surgirá (Mateus 24.21; e 24.29).

A informação que a Grande Tribulação durará sete anos não consta no Novo Testamento. O profeta Daniel apresentou esta previsão no capítulo 9 e versículos 24 ao 27, de maneira bastante detalhada. O Livro do Apocalipse retoma a questão de tempo, porém, especificando três anos e meio (ver as porções bíblicas 11.3; 12.6; e 13.5).

O pré-tribulacionismo: A perspectiva afirmando que o Arrebatamento acontecerá na História, sem aviso prévio, após o qual a Grande Tribulação será desencadeada é conhecida como Arrebatamento Pré-Tribulacional.A afirmação de que antes de Cristo retornar em glória, retornará em ser percebido pelo mundo para buscar a Igreja e conduzi-la ao céu, implica na defesa do argumento de que a Igreja não experimentará o terrível momento da Grande Tribulação.

O mid-tribulalacionismo: A perspectiva que afirma que o arrebatamento ocorrerá no meio do período da tribulação, mas a 2ª vinda de Cristo acontecerá ao final da mesma (portanto, a Igreja não passará pela segunda metade da tribulação).

O pós-tribulacionismo: A perspectiva dizendo que o arrebatamento coincidirá com a Segunda Vinda
de Cristo ao final da tribulação, portanto, segundo esta interpretação a Igreja passará pela tribulação A maioria dos pós-tribulacionistas interpretam que a Igreja será livrada, que Deus os protegerá de modo especial, como protegeu os israelitas das pragas do Egito (1 Tessalonicenses 5.9), mas há entre eles aqueles que acreditam que alguns crentes que estiverem vivos nesta época, serão martirizados.

O amilenismo: A perspectiva que diz que não haverá milênio terrestre, que os mil anos em Apocalipse 20 são simbólicos da era da Igreja em que vivemos. Nesta visão interpretativa, a Segunda Vinda dará início ao estado final dos novos céus e nova terra, o retorno do Senhor se dará ao final da História.

O pré-milenismo clássico ou histórico: O prefixo "pré" significa "antes". Teólogos dessa corrente  dizem  que a Segunda Vinda de Cristo precederá seu reinado milenar. Para eles o tempo de mil anos será literal, interpretam as profecias do Antigo Testamento, bem como as de Jesus de maneira estrita, para eles acontecerá literalmente como os textos bíblicos esclarecem. Jesus governará física e pessoalmente a Terra por exatos mil anos.

O pré-milenismo pré-tribulacionista / pré-tribulacionista dispensacionalista: É uma posição semelhante ao pré-milenista clássico, é o retorno invisível de Cristo nos ares.

O milênio: O período de mil anos revelado em Apocalipse; terá início no final da Grande Tribulação (20.1-6). Época maravilhosa, tempo no qual Cristo reinará em todo planeta Terra em comprimento às alianças abraâmica, davídica e da Nova Aliança. A cifra mil corresponde a mil anos, literalmente. Será uma temporada de paz, prosperidade e justiça. Nesta ocasião, Jesus Cristo, que outrora foi humilhado, sofreu e morreu pelos nossos pecados, se apresentará a todos como o Rei dos reos e Senhor dos senhores, e regerá as nações com vara de ferro (Gálatas 3;13; Apocalipse 19.15; Salmos 2.7-12; Isaías 11.1-10).

Esta época é aguardada com ansiedade pelo povo judeu. Jesus mantém esta esperança para Israel, apenas não revelou o tempo; Muitas profecias falam deste tempo glorioso aos descendentes da linhagem de Abraão (Zacarias 14.9-21; Miqueias 4.8-13; Daniel 2.44-45; Isaías 11.1-13; e 60.1 e 66.20; Lucas 2.25-38; Atos 15.16; Apocalipse 20.1-6).

O pós-milenismo: A perspectiva de que o mundo será "cristianizado" gradativamente, que o mundo será gradualmente convertido até que a Igreja tenha a capacidade de instalar na Terra um estado de retidão e paz entre todos os povos e nações. A ideia de que a Igreja reinará durante um milênio após a Segunda Vinda de Cristo, até haver um surto do mal e Cristo aparecera na Terra garantindo a era de ouro da Igreja.

Definições apocalípticas sobre a volta de Cristo a Grande Tribulação e o Milênio.

E.A.G.

Atualizado em 16 de abril de 2019, às 00h55.

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito úteis essas definições, visto que o livro do Apocalipse é um dos que provocam mais polêmicas nas cadeiras dos institutos de Teologia. Aproveitando o assunto, o que importa é que seja lá qual for a interpretação correta do milênio e da grande tribulação, precisamos melhorar a cada dia nossos caminhos diante de Deus, para aquele dia não nos pegar de surpresa. Um grande abraço e a Paz do Senhor.

Crescendo com Deus disse...

Creio que o arrebatamento vai acontecer antes do milênio. Seguindo-se então, o periodo da grande tribulação e só então acontecera o milênio. No entanto, o que importa mesmo que estejamos preparados para subirmos ao soar da trombeta. Que estejamos sempre alertas para um acontecimento de grande impacto para toda a humanidade.
Arrebatamento: uma realidade!

Pastor Sergio Fraga disse...

Meus amados, essas linhas de pensamentos surgem a partir do momento em que exista interesse pelo assunto que é sem dúvida alguma muito empolgante. As dúvidas e opiniões divergentes na verdade existem em todos nós, mas todas acabam somatizando para sermos cada vez mais criteriosos e cuidadosos no julgar.
Sendo assim quero dar um pouquinho da minha contribuição, pois segundo algumas das minhas pesquisas, tenho observado que em todas as linhas de pensamentos existem pontos verdadeiros, mas acho que o que é mais coerente é pensarmos que não podemos entender este assunto sem observarmos o livro do profeta Daniel no capítulo 9 em que ele faz menção das 70 semanas, que não se refere a igreja, mas sim a Israel. Acho que aqui é o segredo de toda polêmica, porque pelos cálculos as 70 semanas já teriam passado se a igreja estivesse incluída nela, mas é óbvio que depois das 69 semanas, com a ressurreição de Cristo, deu-se uma interrupção para o tratamento de Deus com a Igreja, neste momento o relógio de Deus com relação a Israel parou e ele está tratando com a igreja, quando este período se findar então Deus volta outra vez a tratar co Israel dando assim o cumprimento da última semana de 7 anos que se encaixa perfeitamente no período da grande tribulação.
Mas para que isso aconteça a igreja precisa sair do cenário, o que acontecerá com o arrebatamento.
Deus começou a Igreja com a descida do Espirito Santo no pentecoste e começará a grande tribulação com a subida do Espirito Santo que habita na Igreja, portanto levando a Igreja.
Isto não significa que o Espírito Santo não estará atuando na grande tribulação, ele sempre atuou no antigo testamento e sempre estrá atuando, mas não como hoje atua na igreja. Na grande tribulação será um período de juízo, haverá salvação, mas como que pelo fogo, as pessoas terão que crer e andar pela fé mesmo, dispostas a morrer, o que ocorrerá.
Outra coisa importante é que a Bíblia não fala de mais duas voltas de Cristo e sim de uma segunda vinda, isto tem criado muita confusão em relação ao arrebatamento. Acontece que quem fala sobre o arrebatamento é Paulo, em segunda Tessalonicense e em I Coríntios. Paulo foi o apóstolo para falar aos gentios e não a Israel, ainda que a igreja seja formada também de Israelenses precisamos entender que igreja é Igreja e Israel é Israel, isto é muito importante no relógio de Deus, Paulo não falou da segunda vinda de Cristo, falou da nossa reunião com ele nas alturas, é a Igreja sendo retirada para o alto, o Céu apenas se abre para a Igreja se encontrar com Cristo, não é a vinda de Cristo ainda, este é uma acontecimento distinto predito por Paulo.
O fim da grande tribulação, ou da última semana, culmina com a Segunda vinda de Cristo, aí sim descendo até a terra quando todo olho O Verá, dando início ao milênio, que será o Reino de Cristo com a Igreja.

Que Deus nos dê a verdadeira compreensão de todas as coisas.