Prosperidade é um assunto que está em voga no meio evangélico pentecostal. É uma volta e outra volta-e-meia e se retoma para a mesma pauta dos assuntos. Gente curiosa em saber mais e outras se posicionando como guardiãs da sã doutrina cristã.
Mas para defender a doutrina, genuinamente, é necessário discorrer por toda ela. Não é o que vejo acontecer com alguns dos tais "guardiões". Eles querem criticar, mas não explicam o que a Bíblia Sagrada diz, na íntegra, sobre a prosperidade bíblica. Fico pensando comigo mesmo qual é o motivo deles desaprovarem tanto assim quem ensine sobre prosperidade, quem queira ser próspero e quem já vive prosperamente.
Não entendo como é possível haver crentes defensores da "Teologia da Miséria". Sim, existe quem pense que a miserabilidade seja um selo de qualidade e santidade. Os argumentos dessas pessoas é um resquício da filosofia de São Francisco de Assis, o padre católico que fez voto de pobreza, sendo alguém de família muito rica.
Nascimento de Jesus: interpretação equivocada.
Um dos argumentos de quem prega a “Teologia da Miséria” é comentar que Jesus Cristo nasceu em uma estribaria, um estábulo. E hoje em épocas natalinas encontramos com muita facilidade o cenário reconstituído, artesanalmente, com vários bonequinhos, representação de José e Maria, dos magos e dos animais.
No entanto, é deixado de lado o contexto histórico. Não se diz que José e Maria estavam em viagem, da Galileia à Judeia, por conta da convocação do imperador César Augusto pedindo que o povo fosse recenseado. José e Maria tinham uma casa como lar e também condições financeiras para se hospedarem durante aquela viagem. José procurou um lugar para pousar e não encontrou vaga disponível para pernoitar. Nesta situação, Maria entrou no processo de trabalho de parto e o Unigênito do Pai nasceu em um local dos mais simples (Lucas 2.1-14.
José era homem com uma profissão, era carpinteiro. Segundo os especialistas, embora a profissão de José não fosse enriquecedora era rendosa nos tempos em que Maria deu a luz. Dizer que Jesus Cristo nasceu e viveu pobre é apenas conjecturar, não há registro bíblico comprovando nada isso. Jesus também foi um carpinteiro até chegar aos trinta anos e abraçar Seu ministério pastoral.
Definindo o termo
Soteriologia: matéria teológica não apresentada inteiramente por quem critica a Teologia da Prosperidade.
Na Bíblia Sagrada, o substantivo salvação traz em seus originais em grego (soteria) e hebraíco (marpe'), o sentido de libertação, preservação, integridade, alegria, resgate, bem-estar geral e prosperidade.
No Velho Testamento, encontramos referências à tranquilidade, remédio e cura. O termo marpe' vem do verbo rapha (restaurar, curar, sarar). A salvação é apresentada tanto em sentido material, temporal, quanto o eterno. Marpe'/soteria é uma possessão presente com uma realização a ser completada futuramente.
Entretanto, estas descrições não são lembradas e divulgadas tanto quanto deveriam ser. Diz-se ou deixa-se a ideia errada de que a salvação tem a ver tão-somente com a alma no porvir.
É preciso esclarecer que a salvação é uma possessão presente (Lucas 1.77; 2 Coríntios 1.6; 7.10) culminando com o ápice no futuro (Romanos 13.11; 1ª Tessalonicenses 5.5-8).
Deus nunca aprova excessos
Querer agradar a Deus sendo uma pessoa financeiramente miserável é um grande equívoco, um dos exageros teológicos deturpados que atrapalham o crescimento do cristão em sua carreira de fé. Pensar em uma vida em miséria é desejar se distanciar ao máximo da imagem e semelhança que o Criador oferece aos seres humanos. O Criador é o dono de toda prata e de todo ouro, como quereria que o gênero humano perdesse a aparência que lhes deu? Por que?
Ao criar o jardim do Éden, Deus colocou Adão rodeado de prosperidade, naquele lugar nada faltava para ele. E ordenou-lhe que gerenciasse tudo, dando nomes aos animais, plantas e tudo o mais. Note: criou o homem e também lhes deu meios de sobrevivência aprazíveis.
Todo excesso é um erro. Ninguém deveria considerar o bem-estar como se fosse um deus. Ninguém jamais deveria ser escravo da ganância e avareza. Tais concupiscências fazem dessas pessoas gentes insensíveis que desprezam o mandamento do amor a Deus e ao próximo. E assim elas se afastam do propósito de Deus.
Tanto o indivíduo desmesuradamente apegado ao dinheiro quanto, igualmente, ser alguém que despreza todos os bens que o Senhor dá representam extremos equivocados para se viver. Esstes dois estilos de vida são maneiras de permanecer afastado do propósito de Deus à Humanidade.
Os extremos é que precisam ser criticados e combatidos por todos nós, não é a prosperidade em si.
Está escrito:
"Se deixar de lado seu amor pelo dinheiro e jogar fora seu ouro fino ganho desonestamente, então o próprio Deus, o Todo-poderoso, será a sua riqueza, o seu ouro e a sua prata" - Jó 22:24 e 25.
Sei que nada há melhor para o homem para o homem do que regozijar-se e levar vida regalada; e também que é dom de Deus que possa comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho” – Eclesiastes 3.12-13, ARA.
A prosperidade vem de Deus. A pessoa próspera está definida por Salomão assim: um trabalhador encontra uma oportunidade de trabalho com fonte de alegria e ainda, além disso, consegue desfrutar muito bem do resultado dele monetariamente. É uma situação altamente satisfatória idealizada pelo Criador.
Quem trabalha naquilo que gosta, e ao mesmo tempo é remunerado à contento, pode se declarar alguém portador do dom de Deus, profissionalmente.
Prosperidade é a paz que Deus dá
A palavra paz em hebraico (shalom) tem sentidos com profundidades muito amplas, que, geralmente, em nenhum outro idioma pode ser expressado usando apenas um vocábulo.
Consideremos o estrito sentido bíblico do termo paz nos idiomas hebraico e aramaico:
Antigo Testamento: Shalom (paz), quer dizer estar completo, ter saúde, estar bem em todos os sentidos, ser feliz, é ter prosperidade. O uso bíblico de shalom expressa o completo bem estar, que se assemelha à paz no seu mais profundo significado. Paz com Deus, paz interior, paz com o próximo e com a natureza.
Novo Testamento: Paz (em grego koiné é eirene), tem o mesmo significado do Velho Testamento. A paz que Jesus mencionou, falada em aramaico e depois traduzida ao grego, era muito mais do que a ausência de brigas, guerras. Tinha o sentido do relacionamento de Deus com o ser humano, abrangendo a esfera espiritual e física.
Os ímpios não possuem tal prosperidade, eles conseguem, no máximo, apenas ajuntar as riquezas materiais. Existem muitos milionários sem prosperidade e gente na classe média cheia dela.
O texto áureo
."Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" - João 3.16.
Deus nos deu Jesus Cristo. O nome "Jesus" é uma transliteração grega do hebraíco Yeshua, que, por conseguinte, é uma forma abreviada de Yehoshua, Josué que significa Jeová é salvação.
Algumas vezes eu ouvi que a passagem bíblica João 3.16 é o texto bíblico mais traduzido de todos os tempos. No entanto, parece que ainda não foi possível a todos compreender a plenitude do seu significado. Trazendo à luz a raíz etnológica das palavras e nome, espero que o entendimento do propósito de Deus para conosco seja totalmente esclarecido.
Temos a salvação, no sentido pleno dela. Negar isso é faltar com o compromisso sério ao Evangelho de Cristo.
Muitos pregadores, interpretando as Escrituras equivocadamente., espiritualizam as bênçãos que o Criador quer dar. Dizem que o bem-estar financeiro e o bem-estar físico são apenas direitos à vida além-tumulo, após a ressurreição, E eu acredito que não fazem isso por maldade. É por preconceito contra uma Verdade Bíblica que alguém em algum lugar resolveu apelidar de Teologia da Prosperidade. Criou-se uma corrente do mal que urge ser quebrada.
Conclusão
Einsten certa vez afirmou: "É mais fácil quebrar átomos do que preconceito".
Prezo pela moderação, creio que o leitor desta artigo também.
Cometendo excessos, escritores e preletores adotaram a linha do comportamento de ensino equivocado com relação à prosperidade que a Bíblia Sagrada apresenta.. O simples toque ao tema é rejeitado por eles e descrito equivocadamente como uma abordagem fora do ideal cristocêntrico.
Esta atitude é consequência de um preconceito forte, que precisa ser derrotado. Vamos à luta, mostrar o que a Palavra de Deus diz sobre prosperidade, derrubando os muros desses conceitos erradamente estabelecidos.
Tudo é possível ao que crê.
Finalizando, deixo o link de um vídeo encontrado no site Youtube, será que Deus planejou isso? Não assista, se não tiver coração forte. http://www.youtube.com/watch?v=fNdRYGAinNI